Ele a amava. Só que amava do seu jeito. Luciano Rolim queria protegê-la de ameaças, mesmo que as ameaças relambórias viessem dela mesma.

O tapa foi o golpe que menos doeu. Os gritos do pai eram bem piores.

— Sem respeito, sem pudor, sem porra de vergonha nenhuma! Como deixou isso acontecer?! — Juliana já estava sem ar, mas o pai a derrubou mais uma vez no chão. — Foi se misturar com o lixo e agora está suja de merda. Imunda!

Ela precisou cobrir o roxo no carnaval, Dé estava sempre ao seu lado. Só ele importava agora, era seu porto seguro.