— Tem uma blusa minha na mochila, se quiser trocar... — ofereceu Jefferson, vendo o outro rórido.

Maurício acabou aceitando, mesmo estando um pouco relutante. Depois do agradecimento, houve um silêncio desconfortável que Maurício interrompeu.

— Tá tudo bem? — Apontou para a sacola da farmácia. — Tá doente?

— Não é pra mim...

— Pra namorada? — arriscou.

— Eu tô solteiro.

— Ah sim…

Outro momento de silêncio — dessa vez desfeito por Jefferson.

— E tu?

— Se estou solteiro? Sim...

— N-não, se você tá bem.

— Ah... sim pra isso também.

Ambos estavam sem jeito. Achavam um pouco estranho interagir sem aquelas mil provocações e deboches, mas seguiram tentando dialogar civilizadamente.