NY

Laboratorio Criminal 20:10

O dia em Nova York foi corrido, vários casos haviam sido encerrados, vários bandidos já estavam atrás das grades de onde não sairiam tão cedo. Para o grande detetive Mac Taylor o dia estava apenas começando, inúmeros relatórios estavam em sua mesa esperando por uma assinatura, assim como algumas pastas de casos não solucionados esperavam para serem concluídos. Mas para Mac nada importava, há exatamente um ano e três meses ele havia perdido o seu único amor Stella Bonasera, que foi embora para chefiar o novo laboratório de Nova Orleans, e junto com ela levou toda essência de Mac. 

O detetive mais famoso do estado conhecido por seu mau humor e sua cara fechada, estava pior! sim era possível ficar pior, com seus amigos ele não era mais o mesmo, conversava sempre sobre o trabalho, não ia mais ao bar que sempre costumava ir com a equipe, e se alguém perguntasse se ele estava bem ele simplesmente não respondia. A única pessoa que conseguia arrancar um meio sorriso era a pequena Lucy Messer, que sempre vinha visitar o padrinho e ajudar ele com os papéis, ela apesar de pequena era inteligente e sabia exatamente como separar os relatórios. Mac adorava quando ela ia, eram poucas horas que ele tinha com ela, mas para ele era o suficiente para lhe dar esperança, com Lucy ali ele se lembrava dos momentos que passara com Stella e a pequena menina de olhos azuis, dos passeios que faziam ao zoológico aos parques, essas lembranças era o que alimentava a esperança de um dia viver tudo de novo. 

MAC

Mais um dia estava terminando, os relatórios na minha mesa já não me preocupavam, não tinha cabeça para nada a não ser minha Stella. Por anos pensei que meus sentimentos por ela era só amizade, meus pensamentos ficava em total confusão quando me pegava a desejando intimamente, ou quando sentia ciúmes por ela sair com alguém, pra mim eu estava confundindo as coisas, ou só estava carente, então me envolvi com a Dr. Peyton Driscoll, o que não deu em nada; não iria conseguir continuar a mentir pra mim e para Peyton, eu estava apaixonado pela minha melhor amiga, minha irmã. 

Depois que a Stella foi embora eu não consegui seguir em frente, foi como se eu estivesse morrido e meu espírito estivesse vagando na terra para pegar os pecados, e realmente eu deveria pagar por deixar a mulher mais incrível que já conheci ir embora. Me arrependo diariamente de ter deixado ela partir, mas eu estaria sendo egoísta se tivesse impedido ela de crescer profissionalmente. 

Olho no relógio e já são 21:00, dou um suspiro longo e cansado, meus olhos recaem sobre um porta retrato ao lado do relógio, na foto estava eu e Stella, juntos abraçados e sorrindo, minha mente automaticamente vai até esse dia em que ela foi me ver tocar em um bar que costumava tocar toda quinta, ela estava linda como sempre com um vestido verde esmeralda que realçava os seus olhos. Minhas lembranças se vão, tomo coragem e me levanto pegando meu paletó e colocando, fecho a minha sala e vou rumo ao elevador, aperto o botão do subsolo onde fica a garagem, saio do elevador e vou direto para o meu carro dei partida e sigo sem saber ao certo para onde estou indo.

Quando dou conta estou na frente do bar que toco, não sei ao certo como fui parar ali, olho para dentro do bar que estava cheio a banda tocava um jazz qualquer, penso por um instante e decido entrar, estaciono o carro e olho a minha imagem no retrovisor, estava com olheiras horríveis com o cabelo bagunçado e visivelmente mais magro, passo a mão no cabelo em uma tentativa frustrada de tentar arrumá- lo, tiro meu paletó e jogo no banco de trás, tiro a gravata que a Stell tanto odeia e também jogo para trás, pego minha arma e distintivo guardo no porta luvas, saio do carro e entro no bar. Tudo estava do mesmo jeito, Bruce me vê e acena, vou até ele.

— Hey Detetive há quanto tempo não vejo você!- diz o homem do outro lado do balcão.

— Olá Bruce, como vão as coisas por aqui?- digo o comprimentando.

— Tudo na mesma, vai querer o de sempre?- pergunta sorrindo.

— Claro, por favor!

Bruce pega um copo em cima do balcão e coloca um pouco de líquido dentro do mesmo. Pego o copo e dou o primeiro gole, o líquido desse queimando na minha garganta, sinto o seu sabor, Whisky Grand Old Parr 18 Anos Blended Scotch, o favorito da Stella.  

Noto que a banda deu um tempo, e também percebo que os músicos são os mesmos.

— Olha só quem apareceu, resolveu sair da toca, quer dizer do laboratório!- diz um homem magro e alto se aproximando.

— Russell Collins. Digo apertando a mão do mesmo.

— E Aí pronto para tocar?- diz sentando do meu lado e bebendo a sua bebida 

— Hoje não, só estou de passagem, na verdade já estou indo.

— Tá de brincadeira né, você fica mais de meses sem vir aqui, e quando vem não vai tocar? De jeito nenhum! 

Penso por um momento, precisava tomar um rumo diferente na minha vida, a Stella não estava mais aqui, e nem sei se um dia ela vai voltar; precisava seguir em frente mesmo com o coração sangrando, precisava esquecer a Stella. Minha vida vai se reiniciar hoje, sem Stella Bonasera, e nada melhor que começar tocando.

— Ok, você venceu! Digo levantando e o seguindo até o palco.

Subimos no palco e ele me anuncia enquanto coloco meu baixo. E começamos a tocar. Assim que acabamos todos do bar aplaude, Bruce vem até mim e diz qual a próxima música que vamos tocar. Começo os primeiros acordes, e um cheiro de perfume familiar invade as minhas narinas, o perfume que eu dei a Stella no aniversário dela assim que nós conhecemos, uma fragrância floral que ela amava. Assim que a vocalista começa a cantar eu estranho, a voz era da Stella, olho para a vocalista e ela não estava cantando.

Entrando no palco, estava Stella olhando no fundo dos meus olhos, vestida num vestido vermelho apertado revelando suas curvas, sinto o ar faltar em meus pulmões. 

Primeira e única

Você está na minha cabeça

E eu adoro mais a cada dia

Me perco no tempo

Só pensando em seu rosto

Só Deus sabe por que levou tanto tempo para deixar

minhas dúvidas partirem

Você é o único que eu quero

Eu não sei por que eu estou com medo

Eu já estive aqui antes

Cada sentimento, cada palavra

Já imaginei isso tudo

Você nunca saberá se nunca tentar

Esquecer o seu passado e simplesmente ser meu

Eu te desafio a me deixar ser sua, única

Juro que valho a pena

Você me abraçar em seus braços

Então venha e me dê uma chance

Para provar que eu sou a única que pode trilhar esse caminho

Até o final começar

Se eu estive na sua cabeça

Você se prende a cada palavra que eu digo

Perca-se no tempo

Com a menção de meu nome

Será que um dia eu saberei como é ficar perto de você

E fazer você dizer que irá comigo para onde eu for?

Eu não sei por que eu estou com medo

Porque eu já estive aqui antes

Cada sentimento, cada palavra

Já imaginei isso tudo

Você nunca saberá se nunca tentar

Esquecer o seu passado e simplesmente ser meu

Eu te desafio a me deixar ser sua, única

Juro que valho a pena, m

Você me abraçar em seus braços

Então venha e me dê uma chance

Para provar que eu sou a única que pode trilhar esse caminho

Até o final começar

Eu sei que não é fácil desistir do seu coração

Eu sei que não é fácil desistir do seu coração

Ninguém é perfeito

(Eu sei que não é fácil abrir mão de seu coração)

Acredite, eu aprendi

Ninguém é perfeito

(Eu sei que não é fácil abrir mão de seu coração)

Acredite, eu aprendi

Ninguém é perfeito

(Eu sei que não é fácil abrir mão de seu coração)

Acredite, eu aprendi

Ninguém é perfeito

(Eu sei que não é fácil abrir mão de seu coração)

Acredite, eu aprendi

Eu te desafio a me deixar ser sua, única

Juro que valho a pena, m

Você me abraçar em seus braços

Então venha e me dê uma chance

Para provar que eu sou a única que pode trilhar esse caminho

Até o final começar

Então venha e me dê uma chance

Para provar que eu sou a única que pode trilhar esse caminho

Até o final começar.

Quando a música acabou eu simplesmente deixo o baixo de lado e vou até ela, a seguro nos meus braços e a beijo.

— Você sempre foi a minha única!- digo saindo do beijo. - Eu te amo.

— Eu te amo!- ela diz e me abraça.