A Cidade Prometida escrita por Adrila Agnes


Capítulo 1
A história


Notas iniciais do capítulo

Agradeço por terem chegado até aqui, estou participando de um desafio e essa será a primeira história, tenham uma ótima leitura!



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Nilo 

 Acordei ansioso pelas próximas horas, depois de 21 anos de espera finalmente iria passar pelo rito de passagem de minha tribo e minha família não poderia estar mais feliz. Mas meu medo era não voltar de lá vivo. 

 Rob 

Acordo com dores no corpo das brigas de ontem a noite. É difícil fazer parte do Exército e mesmo assim ser minoria, eu tenho que lutar, além de tudo, pela minha vida todos os dias. Hoje teremos uma missão diferente, estamos sempre viajando, mas estamos acampados aqui há várias semanas, a vista é muito bonita temos uma enorme cachoeira bem na frente do campo. 

 Nilo 

 Chegamos ao ponto de partida, uma enorme cachoeira com água cristalina caindo estava em minha frente, estamos todos armados e eu sinto o peso de uma espada presa em minhas costas. Sempre ouvi histórias sobre a terra e eu não tinha permissão para sair até completar a maior idade, disseram que estamos indo defender nossa terra e vejo isso como meu dever, mas ao mesmo tempo uma forma de escape. Eu sonhei em sair daqui a minha vida inteira, fui treinado, submetido á coisas que tenho certeza que os humanos não aguentariam, e a que custo? Eles realmente têm poder suficiente para nos destruir? Eu acho que não. 

 Rob 

 Coloquei minha farda que era um pouco diferente dos demais por ser tenente e me alimentei, pronto para receber as novas instruções, meu pelotão estava parado em frente a cachoeira e meus superiores olhavam para ela como se algo fosse sair lá de dentro, estava começando a ficar nervoso também. Nos mandaram pegar as armas e nos preparar para o combate e isso não fazia nenhum sentido, não havia nada e ninguém perto de nós, o que eles não estão me contando?  

 Nilo 

 Os chefes começaram a cantar os hinos de guerra, amarrei meu cabelo em um coque e comecei a tremer, eu não queria isso, eu não quero lutar. Estava pensando em rotas de fuga quando todos começaram a marchar, estavam passando pela cachoeira pois o portal ficava bem em baixo, era simplesmente assustador! Comecei a avistar o outro lado e percebi alguns de meus irmãos rindo, nossos inimigos portavam armas engraçadas, objetos de metal com canos largos, homens vestidos com trajes iguais e verdes escuros, separei a minha lança.. E comecei a correr. 

 Rob 

 Eu simplesmente não pude acreditar no que vi, de repente, homens e mulheres com roupas vermelhas e pele em seus corpos começaram a correr em nossa direção. Eles não tinham armas de fogo, tinham espadas, lanças e armas antigas, todos eram fortes e a maioria tinha o cabelo da cor vermelha como fogo se espalhando por toda a imensidão do espaço. Corriam de baixo da cachoeira e quando estavam chegando, eu comecei a atirar. 

 Nilo 

 Vi meu irmão cair após ser atingido por uma das armas de nosso inimigo, rapidamente ele levantou e olhou desnorteado para os lados e gritou que metal não seria suficiente para atravessar nossa pele e foi aí que percebi que os humanos não teriam á menor chance. 

 Rob 

 Eles simplesmente não morriam, as balas pareciam não atingir o corpo deles, o que eram aquelas pessoas? Escutei um de nossos adversários gritar em algum idioma desconhecido e tive medo, as armas deles com certeza teriam efeito em nós. Meu pelotão lutou bravamente mas tivemos baixas, e quando desviei os olhos um deles havia saltado em cima de mim. Cai no chão ofegante e ele continuava sobre meu corpo, ele era diferente dos outros, tinha os cabelos castanhos e presos em um coque, ele me olhava diferente, falava diferente e se vestia diferente, eu não entendia uma palavra do que ele estava dizendo e tentei me soltar. Ele me imobilizou e tudo o que eu pude fazer foi gritar. 

 Nilo 

 Eu fiquei paralisado, seria um massacre e eu realmente quis que fosse diferente, o que aquele povo poderia fazer contra o nosso? Eram eles a nossa preocupação? O que não estavam nos contando? Vi um homem vestido diferente dos demais, vi nele uma chance de escape, ia pedir ajuda e em troca eu o protegeria, porém teria que garantir que ele não tentasse nada contra mim, portanto eu saltei, pulei em cima dele e o imobilizei, pedi ajuda, disse que poderia salvar nós dois, mas ele ficou confuso e quando eu menos esperei ele começou a gritar, tampei sua mão com a boca e o implorei para parar, ele não me entendia e estávamos atraindo muita atenção, se continuasse dessa forma, eu terei que matá-lo. 

 Rob  

Eu não consigo me mexer, não consigo respirar, o nativo me olhava com um olhar suplicante, e eu queria poder entender o que ele dizia, mas não poderia mais continuar ali, precisava reagir, precisava matá-lo. Olhei para os lados e vi meus homens caídos no chão, eu não queria ser mais um, não podia ser mais um, mordi a mão do meu rival e ele gritou, tentei sair e gritar, mas ele era muito forte, como poderia? Era só um garoto! Vi meus homens correndo para me ajudar e fiquei aliviado, mas foi momentâneo visto que o garoto enfiou uma espada em meu coração, senti o gosto de sangue na boca e foi a última coisa que vi. 

 Nilo 

 Eu não tenho escolha, vou precisar de um novo plano, senti pela vida do homem em baixo de mim, prometi que seria a última pessoa que eu iria matar, dali seguiria minha vida de forma diferente, em um mundo diferente. Os empecilhos começaram a aparecer, o idioma, as vestes... mas eu iria conseguir, sou forte, sou esperto e o melhor de tudo, eu não sou humano. Enfiei minha espada em seu peito e me afastei para lutar com os inimigos que chegaram, porém, ao invés de voltar para a guerra. Eu corri, Eu fugi, e iria começar uma nova vida, longe de tudo e todos, minha família sentiria minha falta, mas logo se contentaria, eu tenho muitos irmãos. Eu viveria para contar história e quem sabe um dia revelar o mundo que realmente havia atrás da cachoeira. 


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Notas finais do capítulo

O que acharam?



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