Voltando a te amar escrita por aflmmart


Capítulo 1
Capítulo Único - Eu, ela sol e (a)mar.


Notas iniciais do capítulo


Olá pessoas!!
Depois de assistir esse anime eu senti que precisava escrever pelo menos uma one no ponto de vista do Mabuchi Kou, até mesmo para imaginar como ele se sentia com relação a Futaba.
Eu amei escrever essa one e espero que vocês gostem o

Quero agradecer a @vislise pela capa lindaaaa ♥



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(POV Kou)

 

Por dias cogitei sem nem hesitar

Tudo que me era importante 

Simplesmente pro alto jogar

Sem qualquer receio ou anseio 

Lidaria com as consequências

Como venho fazendo, dia após dia

Não acreditando num futuro 

Onde eu tudo entenderia

Foi então que a vi

De longe ela corria

Tão bela e decidida

Disposta a me salvar 

Daquela monotonia

A força no seu olhar me fez levantar 

Disposto a encarar a vida com nova perspectiva 

Enxergar além da neblina

Que me cega e paralisa 

Uma tempestade com curvas de mulher

Avassaladora por onde passa

Não importa o que a situação ofereça

Ela sabe bem o que quer

Yoshioka Futaba é singular

Ninguém ousaria jamais se equiparar

Tamanha gentileza e determinação

Somado ao mais puro coração

Eu a amei no passado

Eu a amarei no futuro

Mas o amor que sinto hoje 

Sem dúvidas é o mais profundo. 


 

    As férias de verão mal tinham começado e Kominato já me arrastava pelas ruas atrás das garotas. Sem deixar transparecer meu ânimo com aquele programa eu o seguia mantendo a expressão entediada. 

— Andem logo vocês dois! — Futaba tinha uma energia incomparável quando o assunto era sairmos todos juntos. 

— Estou tentando, mas preciso arrastar o Mabuchi-kun e sua enorme falta de vontade — Kominato gritou de volta já me puxando pelo braço para alcançarmos as três. 

— Já disse que tudo isso seria bem mais fácil de ser decidido por mensagem — Resmunguei.

— E qual seria graça Mabuchi-kun? — Os enormes e curiosos olhos de Makita me olhavam atentos, suas bochechas coraram sob meu olhar, acontecia com frequência e sempre me deixava confuso. 

— Ok, ok desisto. Só não demorem muito com isso — Futaba me fitava com os olhos estreitos, nitidamente mordendo a própria bochecha num gesto de impaciência. Quase não contive o sorriso que insistia em aparecer sempre que a via tão irritada. 

    Caminhamos até a loja de Donuts, percebi que ali tinha virado nosso ponto de encontro, e nos sentamos na mesa de sempre. Estiquei o braço para pegar o cardápio ao mesmo tempo que Futaba, fazendo nossa pele se tocar e se arrepiar subsequente. Vinha sendo assim desde aquela noite na beira do rio. Na noite que me permiti chorar diante dela sem qualquer receio de julgamento. 

— Me desculpe. — Apressei a falar antes que ficássemos tempo demais nos encarando. 

— Sem… sem problema. 

— O que acham de viajarmos para a praia? — Kominato quebrou o silêncio. Seu rosto inteiro brilhava em expectativa.

— Baka! Só quer ver as meninas de biquíni, não é mesmo? — A minha frente Murao estremeceu escondendo o rosto com as mãos. 

— Claro que não! Sequer tinha pensado nisso até você mencionar. — Todos viramos para encará-lo. Ao perceber o que tinha dito Kominato corou tanto quanto Makita. 

— Você mesmo consegue se afundar — Falei fazendo todos rirem.

— Eu acho a praia uma ótima ideia. Faz anos que não vejo o mar, e gostaria de fazê-lo com vocês — Por um breve segundo a imagem de Futaba de biquíni pulando no mar me agradou mais do que queria admitir. 

— Se todos concordarem, posso pedir as chaves da casa dos meus pais para nos hospedarmos — Eu e Shuko somos parecidos quando tentamos esconder nossa verdadeira empolgação.O tom de voz despreocupado, o falso desinteresse até podiam enganar, mas o brilho nos olhos esse não tinha como apagar. 

— Por mim pode ser. — Dei de ombros. 

    Uma vez decidido o primeiro lugar onde iríamos ficou para as meninas organizarem tudo que precisavam. Segundo Murao se deixasse algo para mim ou Kominato as chances de dar errado iriam triplicar. Não discuti obviamente, mas o loiro o fez. Eu não o julgava, era interessante observar a forma como ele fazia de tudo para manter uma conversa com Shuko. 

    De relance observei Futaba rir da discussão que acontecia à nossa frente. Sem perceber, minha mão se moveu sozinha indo em direção a mecha do cabelo castanho que insistia em tampar minha visão dos olhos que tanto amava. A risada cessou assim que minha mão tocou seu rosto, ela se virou para mim toda envergonhada. 

Contudo o que chamou minha atenção foi que a discussão também parou, assim como a risada de Makita. Agora todos olhavam para mim como se eu tivesse vindo de outro planeta. 

— O que foi? Não tenho culpa que ela não mantém o cabelo preso, estava me dando agonia — Minha fala pareceu convencer todos, menos ela. 

    Durante todo o caminho até a estação notei que Makita estava quieta demais, sem interagir com Futaba ou Murao. Às vezes eu sentia seu olhar sobre mim, mas sempre que me virava para olhar de volta ela desviava rapidamente. 

    Eu e Yoshioka nos despedimos dos demais e pegamos o trem que levaria direto para nosso bairro. Sentado ao seu lado durante todo o caminho eu fingia demonstrar interesse no que ela falava sem parar, porém estava concentrado demais tentando decifrar o cheiro de seu novo shampoo. 

— Pêssego. — Falei assim que percebi qual era. 

— O que tem pêssego? — Ela me olhava primeiro confusa, para logo em seguida seus olhos brilharem irritados — Você não ouviu uma palavra sequer do que eu te falei não é mesmo? — Ignorei a segunda pergunta. 

— Seu shampoo novo tem cheiro de pêssego. Acertei, não foi? — Me inclinei um pouco mais em sua direção, agora tinha certeza que tinha acertado. O silêncio da parte dela mostrava que mais uma vez estava envergonhada — Eu gostava do outro, mas esse realmente tem mais a ver com você. 

— Er… obrigada. Eu acho — Sorri minimamente ao vê-la tímida. Descemos na estação e de imediato avistei o pequeno gato no mesmo lugar de sempre. Me agachei ao seu lado acariciando sua cabeça. 

— O que acha de vir comigo hoje? — Como se entendesse o que eu dizia ele se esfregou contra minha perna. 

— Vai mesmo fazer isso? — Animada como sempre, Futaba se abaixou ao meu lado. 

— Acho que preciso começar a me importar. — Não ousei olhar em seus olhos, sabia que se o fizesse agora, os sentimentos que por muito tempo ficaram adormecidos voltariam à tona com maior intensidade e já bastavam os novos sentimentos que essa pequena garota ousou despertar nas últimas semanas.  

(...)

    Durante a semana que se seguiu todos, exceto Makita, apareciam na minha casa logo após o almoço. Segundo Murao a ruiva estava ajudando os pais com o mercado e por isso não iria poder viajar. O que me parecia completamente estranho uma vez que ela já tinha deixado claro desde as provas que estaria livre todo esse mês. Talvez os planos tivessem mudado para ela e fosse só coisa da minha cabeça. 

— Nem acredito que sairemos amanhã de manhã para uma viagem com as garotas que gostamos. — Me virei estupefato para Kominato, o semblante tranquilo esbanjava o sorriso pela animação de viajar junto a Murao. O problema em si era ele insinuar tão naturalmente que eu gostava da Futaba daquela forma. 

— Não sei de onde tirou esse absurdo. 

— Somente você e ela não perceberam ainda — Ele me olhava sério — De qualquer forma imagino que essa viagem ajude vocês dois a descobrirem sobre seus sentimentos — Estava pronto para retrucar, mas escutei os passos de Murao e Futaba pelo corredor encerrando aquele assunto. 

— Por favor me digam que as malas de vocês dois já estão devidamente arrumadas. Sabe que não aceitarei atrasos pela manhã — Desviei o olhar para a mala que estava aberta no canto do quarto. Vazia. 

— Não preciso de muito tempo para arrumar — me apressei a falar antes de levar uma bronca.

— Eu também — Kominato falou em seguida. As duas garotas se entreolharam antes de suspirarem. 

— Vocês não tomam jeito mesmo — disseram em uníssono. 

(...)

    Pela manhã me apressei a arrumar minha mala antes do horário combinado, longe de mim enfrentar a fúria de Murao. Estava saindo do banho quando a campainha tocou incansavelmente. Não precisava ter um olho mágico para saber que era Futaba na porta. Escutei meu irmão ir atender e não demorou para que o furacão Yoshioka entrasse em meu quarto. 

— Ohayo Kou! — Terminei de vestir minha camiseta enquanto ela dava um grito — Perdoe, eu… eu vou esperar lá fora. 

— Diz isso agora que já estou vestido? Sente logo aí enquanto termino de fechar a mala. — Revirei os olhos quando a observei se sentar sobre a cama. 

— Você já deu um nome para ele?

— Suwa — O gato se aconchegou no colo dela tranquilamente como se já a conhecesse a tempos. 

— Olá Suwa, está gostando da sua nova casa? Mesmo sendo Kou o seu dono? — O gato começou a ronronar enquanto era acariciado. — Vai deixá-lo com quem? 

— Yoichi vai cuidar dele enquanto eu estiver fora — O som da campainha novamente se fez presente. — Vamos, eles chegaram. 

    A viagem de carro foi algo realmente diferente. Kominato estava sentado no banco da frente conversando animado com o sr. Murao numa clara tentativa de conquistar o pai de sua amada. No banco de trás ambas as garotas se apoiaram em mim e com menos de dez minutos de estrada as duas já dormiam tranquilamente. 

    Felizmente aquele tormento só durou duas horas, assim que o mar estava a vista Futaba e Shuko acordaram animadas já planejando como aproveitariam o dia. Eu me questionava sobre a necessidade de planejar tudo de forma tão cronometrada. Não era apenas aproveitar?

— Imagino que não preciso repetir as regras. — A expressão séria do sr. Murao era um aviso claro de que as coisas ficariam tensas se ousássemos quebrar qualquer uma daquelas regras. 

— Tudo bem papai. Já entendemos e prometemos cumprir cada uma delas — Eu me perguntava se Kominato realmente respeitaria a regra dos quartos. Só vendo para saber. 

    Acenamos uma última vez para o pai de Shuko e observamos o carro sair de vista. Como esperado, Futaba e Kominato gritaram logo em seguida. 

— Férias! 

— Não deveríamos primeiro nos instalar? — Perguntei tentando conter aqueles dois. 

— Concordo, melhor arrumarmos logo essa parte do que deixar para fazer isso a noite quando estivermos cansados — Murao falou. 

— Você tem razão Shuko-chan — Obviamente Kominato concordaria com qualquer coisa que Shuko falasse, essa por sua vez apenas revirou os olhos voltando-se para Futaba. 

— Eu e você ficaremos no meu quarto, os dois ficarão no quarto de hóspedes que é por ali — Olhei para a porta que ela apontava e assenti. Peguei minha mala sendo seguido por Aya. 

— Vou chamar a Shuko para tomar sorvete hoje a tarde, por favor leve a Yoshioka para um passeio também — Assenti. O que não faria por um amigo não é mesmo?

— Você sabe que pode se magoar não sabe? — Senti que precisava deixar isso claro, mesmo que Shuko não tivesse me contado diretamente, eu sabia muito bem quem rondava seus pensamentos, e infelizmente esse alguém não era o Kominato. 

— Sei, mas preciso tentar. Vale a pena tentar. 

— Sendo assim eu chamarei Futaba para um passeio. 

— Não fale como se isso fosse ser um imenso sacrifício — Ele me repreendeu. Eu sabia que não era nenhum sacrifício, na verdade estava feliz com a ideia de passar um tempo a sós com ela, mas ela gostaria disso também?

 — Prometo me esforçar. 

— Sabe, ela gosta mesmo de você. 

— De novo essa história? — Desisti de mexer na mala e me sentei sobre a cama agora realmente interessado na conversa. 

— Eu… eu não deveria lhe contar isso. Mas acho que só se você souber vai ser capaz de tomar uma atitude. 

— Fale de uma vez — Ele se sentou mais ereto na cama, era visível o receio em me contar o que quer que fosse. 

— Eu ouvi um dia a Makita e a Futaba falando como se sentiam sobre você — Ele fez uma pausa remexendo nas mãos — É que as duas gostam de você — Por um longo momento eu fiquei sem saber como responder. Veio em minha mente a lembrança da loja de Donuts quando Makita parou de rir logo após eu ter mexido no cabelo da Futaba. Teria ela ficado magoada? Terei que esclarecer isso assim que voltar. 

— Eu não sei como agir, nem o que falar. 

— A Makita sabe que você gosta da Futaba, desconfio que seja por isso que ela achou melhor não vir. De qualquer forma eu a entendo, ela só quer vê-lo feliz. Por isso estou insistindo para que dê uma chance para seus sentimentos por Futaba. 

— Você é mais perspicaz do que eu poderia supor — Estava surpreso em ver que de todos do nosso pequeno grupo, era Kominato o mais perceptivo. 

— Eu estou sempre observando, apesar das brincadeiras. 

— Entendo. 

    O assunto se encerrou ali, ele me deu espaço para colocar as ideias no lugar e saiu para tomar seu banho. Sai até a varanda do quarto, a vista do mar talvez me ajudasse a pensar. 

    Sabia que precisava ser honesto com Futaba, mas para isso precisava entender o que se passava em seu coração. Lembrava-se com clareza do amor que sentia por ela no fundamental. Era um amor inocente e otimista. Nada parecido com os sentimentos confusos que o rondavam no momento. Compreendia que era impossível voltar a aquele amor, insistira para Futaba não procurar pelo antigo Kou, sendo assim não tinha direito de procurar pela antiga Futaba. 

    A Yoshioka de agora era radiante, impulsiva mas acima de tudo era persistente. O abraço que recebeu dela naquela noite foi como reencontrar um lugar no mundo. Um lar. 

    Ela me irritava, e me animava na mesma proporção. Sempre por perto e disposta a tudo para me entender, me ajudar. Enquanto eu… bom, eu com certeza não fui o melhor dos amigos nos últimos meses. Mas ainda tinha tempo para reparar seus erros não tinha? 

    Sentia uma vontade de ser melhor, de fazer melhor. Ela me ensinara como recomeçar do zero, ela era como um combustível me impulsionando a viver. Eu a queria por perto, até admitia que já não sabia mais viver sem tê-la para iluminar seus dias. 

Suspirou. Os sentimentos agora vinham como uma enxurrada, inundando meu ser de dentro pra fora. Não era um amor otimista, longe disso. Tinham passado por tanto enquanto estavam sozinhos que agora tinham maior compreensão sobre a vida. Era um amor real. Cercado por incertezas que mesmo existindo ficavam em segundo plano. 

Após o banho seguiu até a porta do quarto das garotas, hesitou por um breve segundo antes de bater. Tinha perdido a aposta com Kominato para ver quem chamaria primeiro e agora se encontrava na posição embaraçosa, repleto de expectativa para chamar Futaba para um simples passeio. 

— O que você quer? — Paralisei por um breve segundo enquanto recebia o cumprimento nada receptivo de Murao. Engoli seco antes de me atrever a responder. 

— Posso falar com a Yoshioka por favor? — Comemorei internamente por não gaguejar numa hora dessas. Murao me olhou de cima a baixo antes de chamar a Futaba. 

— Aconteceu alguma coisa Kou? — Tinha que admitir que se sentia genuinamente feliz com a forma íntima que ela o chamava. 

— Er… bom. Precisamos sair só nós dois! — Falei rápido e alto demais, ela por sua vez atingiu um tom escarlate imediatamente. — Desculpe. — Respirei fundo antes de repetir o pedido de uma forma não assustadora. — Vim perguntar se gostaria de dar um passeio comigo agora — Aquele segundo de hesitação quase me fez dar a volta e sair correndo dali o quanto antes. 

— Eu adoraria! — Dessa vez foi ela a falar alto demais — Digo, por mim tudo bem te acompanhar em um passeio. Vou apenas me trocar e já volto. 

— Esperarei na sala. — Assim que a porta se fechou eu escutei uma risada abafada logo atrás de mim. Me virei irritado por Kominato que agora não fazia qualquer questão de esconder o riso. 

— Ainda bem que Futaba gosta de você, ou teria fugido com toda aquela agressividade — Passei por ele decidido a ignorar suas provocações — Por favor se comporte nesse encontro, juro que se você magoar a Futaba precisaremos resolver isso entre nós dois. 

— Deveria se preocupar um pouco mais em como pretende convencer Murao a te acompanhar nesse encontro do que com o meu passeio com Futaba. 

— Dou conta dos dois, não se preocupe com isso — Ela bateu no peito e sorriu confiante. Típico de Aya. 

    Estávamos caminhando já a alguns minutos na beira da praia, por ser horário de almoço não havia muitas pessoas por ali e o sol estava realmente forte. Olhei de relance para a cesta que eu carregava contendo nossa refeição e me lembrando do sorriso de Futaba ao prepará-la. 


 

— Você ainda está pensando demais para fazer o que sente vontade. — Parei surpreso ao seu lado. 

— Como assim?

— Eu sei que você não me chamou para sair por vontade própria. Apesar de apreciar o convite me questiono se você faria se não fosse pelo Kominato-kun— Não mentiria para ela, provavelmente eu não o teria feito. 

— Eu…

— Tudo bem — Ela sorriu para mim — Eu sei que isso não interfere em nada nos sentimentos. Contudo preciso te lembrar que aquela promessa que fiz outra noite ainda é válida. Se alguém ousar criticá-lo por apenas seguir sua vida eu mesma acabarei com essa pessoa. 

— Futaba? — Ela já tinha voltado a caminhar, mas parou logo que me ouviu. — Eu… droga. Não sou bom com palavras como deveria, mas… eu… 

— Eu sei Kou — Os olhos castanhos mostravam uma compreensão reconfortante. Mesmo que os sentimentos estivessem claros em minha mente, traduzi-los em palavras era complexo demais. 

— Eu vou me esforçar! — Ela sorriu estendendo a mão em minha direção. O toque suave de seus dedos ao entrelaçar nos meus me deixou ainda mais confortável com aquela conversa. No entanto, ainda havia uma dúvida pairando. Ela gostava mesmo de mim? Balancei a cabeça tentando clarear as ideias, eu não tinha direito de perguntar uma vez que eu mesmo não tinha dito isso ainda.

— Eu prometi para mim mesma e para Makita-chan que faria o que fosse possível para fazê-lo feliz — Ela falava enquanto olhava para as ondas quebrando na areia. Eu estava perplexo com suas palavras era fato, mas por alguns segundos apenas aquela imagem dela ao sol sorrindo para o mar enquanto segurava minha mão ternamente me deixou hipnotizado — Eu estarei ao seu lado pelo tempo que você quiser. 

— Sempre — A palavra saiu tão baixo de minha própria boca que até mesmo eu me questionava se tinha mesmo falado. — Sempre. — Repeti. Dessa vez com confiança enquanto levava sua mão até meus lábios deixando um singelo beijo. 

— Sempre. 

    Nossos olhares se encontraram e eu soube que estávamos conectados de uma forma que palavras não poderiam descrever. O amor real era mais intenso, mais impaciente. Coloquei a cesta no chão porque sentia uma necessidade absurda de tocá-la. Futaba sorriu assim que minha mão acariciou sua bochecha, fechando os olhos ela repousou o rosto em minha mão apreciando o carinho. Não havia motivos para hesitar, eu sabia. Me aproximei mais até que seus lábios tocaram nos meus suavemente. O gosto doce de seu beijo jamais seria esquecido, nem precisaria. Agora que percebia o quanto se importava com ela tinha certeza que seguiriam juntos até o final. 


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