Sins of Hope escrita por DGX


Capítulo 59
O Nascimento da Espada Lendária




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Opening

A cidade costeira de Camelot, Estborne, estava sendo evacuada por alguns dos cavaleiros sagrados, a cidade estaria destroçada e em um caos pior do que o presenciado se não fosse pela barreira, que separava o local da luta da mesma. Krioni debatia cada palavra atropelada com o Leviatã sem se intimidar nem mesmo um segundo, afinal ele tinha uma carta na manga e se tudo ocorresse como o planejado, ele ainda poderia ajudar um de seus antigos companheiros a viver por mais algum tempo.

—Como eu já lhe disse Leviatã, foi um erro ter vindo até aqui, porém não pouparei esforços e junto desses homens eu farei o que os antigos guerreiros deveriam ter feito há muito tempo, eu acabarei com você de uma vez por todas aqui, e agora!

Krioni estalou os dedos e aumentou a força da barreira quando seu corpo permitiu que ele o fizesse, afinal ele não poderia se descuidar da segurança dos moradores do local. Antes que pudesse pensar no seu próximo passo, viu o segundo mais orgulhoso dos cavaleiros surgir e invocar uma de suas armas mais poderosas para atacar o Leviatã.

Lancelot, agora recuperado, estava fora da visão do Leviatã, ou ao menos, estava. 

—88º Contrato de Invocação! Star Rebellion!

Quando usou esse contrato, uma espadachim com uma armadura leve branca ornada em prata apareceu em sua frente. Ele então a ordena para atacar o Leviatã, e ela prontamente acata, causando uma explosão de magia branca. O Leviatã aparentemente não se incomodou com aquilo, mas levou algum dano, por menor que fosse. O fato de não ter aceitado ajuda de Krioni estava acabando com os ataques de Lancelot.

Krioni suspirou com a atitude de Lancelot de fugir de seus encantamentos para os ajudar, porém era hora de voltar a sua estratégia principal. Mas antes que pudesse fazer isso, Krioni foi surpreendido por uma explosão de dentro do Leviatã, foi quando ele avistou Perceval que a partir daquele momento corria um perigo iminente, afinal a ira do Leviatã agora iria recair sobre ele. O monstro estava preparado para soltar uma esfera de energia sobre o cavaleiro, que se aproveitou do ataque de Lancelot para atacar em conjunto.

—Perceval! – Gritou o mago aparecendo em sua frente, fazendo a esfera desaparecer. – A intenção foi ótima meu companheiro, mas temos que nos reunir com a rainha agora!

Ele se virou para o Leviatã e ergueu sua mão esquerda, apontando para a cabeça da besta.

—Great Explosion!

Krioni deferiu um golpe certeiro no Leviatã lhe fazendo cambalear para trás.

—Eu lhe avisei criatura horrenda, você não está lidando com os antigos guerreiros que lhe ignoraram, você vai encontrar o seu fim! – Gritou na língua humana para o Leviatã. – Perceval, vá na frente e avise a Rainha que me reunirei com ela em breve. Creio que ela está reunindo seu poder para tentar dar um golpe definitivo nessa criatura asquerosa.

Ditas estas palavras, Krioni teleportou o cavaleiro dali para o lugar onde Arthuria se encontrava.

Em um canto mais escondido na orla, Arthuria estava com o cabo de uma espada velha que tinha apenas a guarda, mas não possuía lâmina, aparentemente amuada por não estar entendendo como usá-la. Ela notou sua presença e logo começou a falar.

—Perceval, meu mais nobre e esforçado cavaleiro... Diga-me, Merlin e os outros estão bem?

Perceval ainda elétrico com tudo que lhe acontecera, apenas assentiu com a cabeça. Arthuria olhou pelas frestas das rochas que a escondia vendo o Leviatã recuar alguns passos, e a frente dele alguém que ela conhecia muito bem. Era Krioni, seu mago.

—Seu exibido, seu orgulho uma hora ainda vai te matar... – Ela sorriu de canto, invocou outra espada e segurou-a firme, fechou os olhos e contactou o mago. – Krioni, eu estou pronta para a batalha!

No campo de batalha, a luta se intensificava entre o mago, o seu orgulho, que não o deixava descansar mesmo à beira do colapso, e a criatura.

—Já chega de brincar! Light Chain!

Krioni sorriu maleficamente para criatura que sentiu seu corpo inteiro ser acorrentado.

—Eu poderia expurgar o seu corpo inteiro aqui e agora, mas a profecia é bem clara quando dizia que apenas a espada forjada de um coração puro seria capaz de derrotar o grandioso Leviatã.

Dito isso, o Leviatã soltou um rugido e um riso medonho que foi ouvido em toda Camelot, e mostrou que também era capaz de falar a língua humana.

—Patético mago! A Excalibur é apenas uma lenda e você deveria saber disso.

Krioni olhou fixo na cabeça do Leviatã. Ele sorriu confiante de sua vitória para o Leviatã, que instintivamente tremeu com as palavras de Krioni.

—Eu também achava isso, até eu conhecer Arthuria!

Krioni estalou os dedos e se teleportou juntamente com a Rainha, Perceval, Catherine, Sayuki, Gawain e Lancelot para uma montanha em frente ao Leviatã.

Ele olhou pra todos eles rapidamente, pegou nas mãos da Rainha, sua amada. Por mais que não admitissem abertamente, todos os outros os viam como um casal, Catherine se derretia por dentro ao ver essas “declarações” de Krioni para Arthuria e vice-versa, e Gawain por algum motivo ficava triste.

—Arthuria, minha vinda a Camelot tinha apenas um propósito, encontrar a Excalibur e por muito tempo eu achei ter falhado, mas foi quando me dei conta que a espada de um coração puro é algo que apenas os predestinados pelo poder podem acessar se cumprirem os requisitos, algo que foi forjado por você e para você e por isso, eu vou te devolver algo que eu selei em você quando nos conhecemos, pois não há mais motivos para temer isso! Absolut Cancel!

Após suas clássicas palavras atropeladas, o mago cancelou toda magia que selava os poderes de Arthuria e seu acesso a memórias de supostas vidas passadas, se virou para o Leviatã e estendeu uma de suas mãos.

—Agora a batalha está equilibrada!

Com a revelação do mago, Arthuria sentiu como se vidas passadas que não eram dela, pois não sentia nenhuma sinergia vinda delas com a sua alma exceto algo fraco no fundo dela, estivessem passando em sua mente de uma só vez.

Ela viu seu mestre, Krioni, se ajoelhando em sua frente e recitando palavras que na época a mesma não entendia. Ele estava com uma aparência translúcida de não estar ali, e ela percebeu que era apenas a memória do dia em que ele selou seus poderes, mas agora sabia que aquelas confusas frases eram o cântico do selo.

Logo depois, se viu em um vasto reino, não tão grande na época, mas reconhecia pelo relevo onde estava. Era a região de Lioness, um lugar que ela não esqueceria depois de ter visitado uma vez em uma missão diplomática com Lancelot e Catherine. Mas era tão pouco desenvolvido que logo notou que era o início de Lioness, o mais antigo dos reinos humanos ainda de pé, formado pouco tempo após o fim da Guerra Santa.

Alguns metros a sua esquerda estava a imagem de Krioni brigando com um homem de cabelos brancos, mas em um piscar de olhos ela parou em frente a um homem, de longos cabelos negros amarrados em um rabo de cavalo repartido em diversas seções e olhos vermelhos, usando robes que lembravam vagamente os de Krioni. Reconheceu aquela forma como uma das vidas ligadas à sua por alguma linha, e logo começou a falar com ele.

—Quem é você? O que está acontecen– Arthuria foi cortada pela voz doce junto ao leve repouso das duas mãos do homem em sua frente sobre seus ombros.

—Você cresceu, Arthuria....Vejo que finalmente alguém retirou o selo que colocaram em você.

—Por que selaram meus poderes? E mais importante, quem diabos é você? – A rainha perguntou se afastando, a irritação em sua face era perceptível, o homem por sua vez suspirou, abaixando a cabeça.

—Tantas vidas já vividas... Que já até mesmo perdi as contas! Me deram apenas uma prioridade, manter a Excalibur segura, então espalhei o boato de que a lendária espada estava perdida para sempre, desde que fora usada por Brenin na Guerra Santa...

O feiticeiro falou dando alguns passos para trás e se colocando pensativo. Então, ele se sentou no ar, flutuando como via Sayuki fazer, por mais que sentisse que ele não era uma fada.

—Veja bem, Arthuria. Aquele tal de Krioni nunca contou metade dos segredos dele, e nem os seus que você desconhece. Como o que você é, ou dizer que esse punho de espada é a Excalibur, que ele pegou agora e estava brigando por ela. Também nunca lhe contou o que você realmente é, ou o porquê de você estar sentindo vidas passadas que não são suas, mas isso eu também não vou contar. Apenas entenda que você, ele e alguns outros que caminham sobre a Britânia são iguais, e esse laço que você tem com esses antigos é o que a faz ser capaz de empunhar a Excalibur. O poder é o que a faz ser capaz de trazer a paz à Britânia. O mais puro e genuíno poder.

Arthuria ouvia tudo atentamente, as imagens do passado de Lioness realmente poderiam ter sido lembranças distantes, um longo suspiro veio seguido de um esplêndido sorriso.

—Judar.

O nome do poderoso feiticeiro veio junto com uma risada, sempre o achou engraçado.

—Agradeço a Krioni por ter selado meus poderes. - Disse Arthuria, com um sorriso e um olhar distante.

Nessa altura, o homem já a encarava sem entender. Agradecer por ser selada? Essa era nova, até para ele.

—Assim eu vou apreciar mais essa habilidade que me foi concedida nesse momento, mas vou obrigar ele a me contar mais sobre o passado e o que eu sou, depois que o Leviatã cair perante a mim. - Explicou a rainha logo após, com um olhar destemido.

O homem deu um longo sorriso, sabia que finalmente havia alcançado seu objetivo. A Excalibur havia renascido, juntamente com a Rainha Arthuria.

—Vá e mostre para eles que a Excalibur não é apenas uma lenda.


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