Sins of Hope escrita por DGX


Capítulo 40
Dragon's Greed




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Opening

Takashi caminhava ao lado de Nier pela cidade de Lestalum, viam mercadores barganhando e um gatuno ou outro tentando tirar a sorte. O clima da cidade era agradável para alguns, e desagradável para outros, como Takashi. O acúmulo de pessoas não lhe fazia bem, fazia com que se lembrasse de eventos traumáticos de seu passado. Afastou esses pensamentos ao ouvir a voz de Nier.

—Ei, Takashi. – O chamou.

—Oi? – Respondeu Takashi distraído.

—O que tem feito durante estes anos mesmo? – Perguntou. – Digo, além de ter ficado sendo um cidadão exemplar de Araruna.

—Nada além de me esconder, eu diria. – Falou coçando o queixo.

—Se esconder? Isso de fato não faz seu tipo... – Proclamou arqueando uma sobrancelha e soltando uma risada.

—Escondido se faz muita coisa. – Takashi solta um riso irônico, para em seguida continuar. – Arrumei muitos problemas nesse meio tempo. Brigas de bar, criminosos que me davam no saco, apostas insanas… Eu me diverti nesse meio tempo.

—Duvido. – Nier continua. – Havia alguém no seu nível? – O maior soltou uma risada.

—Ninguém, capitão. Eu que tive que me adequar a eles. – Disse soltando um suspiro devido à falta de ação de verdade. Takashi contemplou as barracas de venda, com uma expressão anormalmente tranquila em seu rosto. – E você, Capita? Como foram as coisas nesse tempo? – Disse virando seu rosto para Nier, que seguia olhando em frente. Ele apenas fez um som pensativo com a garganta.

—Nada demais, Takashi. – Disse relativamente triste. – Eu diria que apenas ganhei quantias obscenas de ouro em apostas, mas perdia em jogadas péssimas de marketing... 

Os dois continuam a trocar conversa, falando de tópicos comuns e coisas que aconteceram um ao outro, até que se ouve alguns comerciantes falando a respeito de uma escrava gigante com uma aparência bem específica que trabalhava no porto.

—Ouviu isso, Capita? – Perguntou o ganancioso. 

—Sim, Takashi. Ouvi. – Respondeu Nier, fechando sua expressão.

—Parece que a Lilian está mais perto do que o esperado. – Prosseguiu o Pecado da Ganância.

—Temos que avisar os outros sobre isso... – Falou Nier preocupado.

Takashi então pegou de um dos seus bolsos uma das várias esferas mágicas que conseguiram em Araruna, uma de comunicação a distância. Ele e Nier vão para um beco e usam, e chamam primeiro pela fada pelas suas capacidades mágicas de dia.

—Skan– Antes que Takashi pudesse acabar de falar o nome da Pecado da Preguiça, ela o interrompe gritando:

—Capitaine, fomos rendidos! Há muitos deles aqui et je ne peux pas me mover!

—Skanfy! – Gritou Nier.

—Nie– A comunicação com Skanfy cessou de repente.

—Merda! – Nier diz enfurecido.

—Capita, vá até o bar e procure por ela, eu irei atrás de Lilian. – Falou o Pecado da Ganância.

—Certo, Takashi.

Os dois amigos se separam, correndo um para cada lado. Nier com fúria em seus olhos, Takashi com anseio para salvar sua amiga, com quem tinha uma intimidade até maior que com seu capitão. Porém, as docas de Lestalum eram enormes, e ele poderia muito bem se perder nelas e não achar a Lilian, dependendo do lugar onde ela estivesse, até por haverem outros gigantes ali.

Andando para perto das docas, ele aborda um grupo de comerciantes que aparentemente se aproveitavam das importações e exportações da cidade com sua típica expressão assassina.

—Então… – Ele diz sorrindo. – Onde está a tal gigante que mencionaram?

—Tsc, não é da sua conta, babaca. – Responde um deles colocando a mão no peito de Takashi para o empurrar, já que estavam quietos conversando e não queria atrapalhar seus negócios, mas não consegue empurrar o forte homem.

Takashi pega-o pelo pescoço e o ergue uns trinta centímetros do chão, quase esmagando seu pescoço.

—Não estou brincando, seu imbecil. – Fala o encarando. – Ela é uma importante companheira para mim, agora… Diga. Onde. Ela. Está! – Bradou a última palavra.

—N-No porto, seguindo adiante! – Respondeu aterrorizado, com seus companheiros impotentes perante tal situação. – Doca número vinte e sete!

—Sabe o que acontecerá se estiver mentindo para mim? – Takashi olha para o rosto aterrorizado do homem. – Eu vou achar você, vou abri-lo ao meio e vou dar seus restos para os cães!

Takashi joga o comerciante em cima de uma tenda, destruindo-a. Seus companheiros o ajudam a se levantar, e Takashi parte em direção a doca vinte e sete.

—Estou indo, Lilian.

Ele sai em disparada em direção às docas, mas logo nota que tem alguns homens com roupas pretas e máscaras brancas com expressões assustadoras desenhadas o seguindo, e vira em direção a um beco, e se esconde usando sua magia de ladrão. 

Quando eles entram no beco, não veem nada nem ninguém, e se sentem confusos. Sua confusão é rapidamente cortada assim como seus corpos quando Takashi sai das sombras e divide os corpos de 4 pela metade e soca outro no rosto quebrando sua máscara e o derrubando no chão.

O Pecado então se senta em cima do peito do homem e encosta seu outro Tesouro Sagrado na testa do homem, e começa a falar:

—Quem caralhos é você? Vocês são relativamente fortes e bem ordenados, porém escolheram a pessoa errada para se meter no meio das sombras.

—Como se eu fosse con– O homem gritou de dor ao passo que Takashi começou a enfiar uma de suas facas entre as costelas do homem.

—Eu não estou pedindo para me contar, rapaz. eu estou ordenando! – Falou mexendo levemente a faca.

—Nós somos do mercado de escravos! – Gritou o homem fazendo com que Takashi parasse de mexer sua faca. – Nós vimos você e achamos que um homem assim seria perfeito para os barões! 

Takashi sentiu um turbilhão de memórias invadirem sua mente, muitas das quais queria esquecer. Começou a morder seu lábio inferior até começar a sangrar, para tentar apagar coisas que não gostava que estivessem em sua mente.

—Me diga, caro sequestrador... Vocês pegaram uma fada? 

—Fada? – Pergunta tentando se lembrar. – Bem, pegamos uma mulher de cabelos vermelhos e peitões que flutuava por aí e uma ruivinha bonitinha de cabelo curto, mas ela era meio lisa, então...

Takashi soube nesse exato momento quem eles tinham pego. Skanfy e Camille foram sequestradas, e ele se perguntava quando e para quem seriam vendidas. Porém, quando pensou no leilão, se lembrou de ver uma multidão à sua frente gritando números obscenos de ouro por ele.

—Porra cara... – Ele falou cortando os pensamentos ruins. – Você acabou de me deixar muito puto... 

Takashi puxou o gatilho de seu Tesouro Sagrado e estourou a cabeça do sequestrador com um tiro de canhão a queima roupa. Ele se levantou e não se preocupou em esconder sua arma que recarregava no meio da rua, com vários transeuntes o olhando com medo, e também não se importou de arrastar sua Zephyrus coberta de sangue pelo chão.

—Espero que o Capita não se importe se eu incendiar essa cidade... – Falou para si mesmo no meio da rua, sem se importar com o que as pessoas estavam ouvindo. – Ah, o que eu estou falando? – Ele deu uma risada sádica quando acabou de armar sua garrucha e guardas chegavam de todos os lados, com alguns Cavaleiros Sagrados juntos. – Você mesmo vai incendiar esse lugar se eu não o fizer antes.

—Parado aí! – Gritou um guarda, que logo viu a tatuagem das moedas no seu pulso. – Não pode ser...! Você é Takashi, o Pecado da Ganância!

Takashi não se importou com o homem gritando. Ele apenas segurou mais fortemente sua grande espada, e pronunciou duas palavras:

—Dragon’s Greed.

Seu corpo teve uma súbita explosão de adrenalina e poder. Seus músculos hiper tencionaram e sua magia sumiu, sendo consumida pela sua força, e soltou um grito que mais lembrava o rugido de um dragão. Quando o primeiro cavaleiro da guarda de Lestalum se aproximou, seu corpo foi partido ao meio sem que pudesse perceber. Takashi então banhou sua espada em um óleo negro que carregava em um dos seus vários bolsos e a incendiou com uma fagulha. Quando os Cavaleiros Sagrados e os outros cavaleiros foram em disparada ao Pecado da Ganância, não conseguiram fazer frente a ele, sendo cortados de todas as maneiras em uma velocidade ridiculamente alta, enquanto seus corpos queimavam com piche e alastravam fogo por aquela região da cidade.

Ele foi arrastando a sua espada pelo chão em direção ao porto, pensando na dor que sentiu e que estavam fazendo Lilian passar sendo escravizada. As veias de seu pescoço estavam saltadas pela raiva que sentia, e quando outro Cavaleiro Sagrado veio em sua direção, o dividiu em dois e pegou duas esferas de cura que tinha com ele. Aquilo devia ser o suficiente para conter os efeitos da Dragon’s Greed. 

Cavaleiros vinham em sua direção, porém nenhum sequer fazia frente ao seu poder. Quando pararam de vir, seja por desistência ou por morrerem todos, ele se virou para trás, viu que um pequeno incêndio se alastrava por aquela região. 

Ele simplesmente virou sua cabeça para a frente, e guardando sua espada na cintura agora que já haviam se extinguido as chamas, comeu as duas esferas de recuperação e continuou a andar em direção a Lilian.


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