Sins of Hope escrita por DGX


Capítulo 11
O Ataque das Gárgulas




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Opening

Parecia ser mais um dia como qualquer outro, um dia ensolarado e calmo na cidade de Rodório. Os habitantes e seus comércios estavam como sempre, apenas mais um dia para se viver e agir naturalmente, pensava um homem que passeava pela cidade, à procura de coisas para comer, roupas longas que cobrissem todo o corpo e ervas para diminuir a insolação.

Passou o dia andando pelo centro, socou um ou outro bandido que bateu carteiras e continuava a andar por lá, como uma espécie de vigilante ou herói da cidade, mas ninguém sabia seu nome.

Mas naquele fim de tarde, algo o surpreendeu. Enquanto caminhava para fora da cidade, pôde sentir energias extremamente poderosas que vinham dos arredores da cidade, não se tratava de energias hostis ou que lhe causariam algum mal, para ele eram poderes nostálgicos que lhe remetiam a algo de seu passado, se virou na direção de onde sentiu a energia, quando viu cair em sua frente um cidadão cortado pela metade. 

A cena se repetiu rapidamente com outros moradores e um grito ensurdecedor pôde ser ouvido por ele vindo em sua direção. Quando se virou, notou que se tratavam de quatro bestas horrendas, mais precisamente quatro gárgulas que estavam se alimentando da alma, do medo e do corpo dos habitantes da cidade, e mais do que isso, elas estavam sugando pouco a pouco toda a beleza e a vida do ambiente. Definitivamente esses eram seres construídos da mais pura energia negra, carregados de uma força ameaçadora e extremamente furiosa, nada parecia detê-los e desavisadas  estavam as pessoas mais ao centro para onde as gárgulas estavam voando.

Ele estava em um impasse: encontrar com seus amigos e tentar fazer tudo voltar como antes, ou salvar os aldeões que estavam tendo suas vidas ceifadas pouco a pouco? Uma coisa ele precisava ter em mente, o seu poder não estava no mais completo auge levando em consideração que o relógio ainda batia seis horas da tarde, e a lua mal podia ser vista no céu azul alaranjado.

Mushi, um pequeno garoto do lugar, estava apavorado. Em um minuto, sua vida estava completamente diferente do que estava antes. Ele estava ajudando o avô a comprar comida no mercado para a janta e então, de repente, enormes monstros parecidos com morcegos vieram voando pelo céu, e começaram a atacar as pessoas à sua frente. Quando uma dessas criaturas com cor de pedra estava prestes a acertar Mushi, seu avô o abraçou com força, e ele foi atingido nas costas pelas garras da criatura, fazendo com que sangue jorrasse das enormes feridas, e ele caísse no chão.

—Vovô, levanta! – Gritou Mushi, com lágrimas caindo pelos olhos.

A criatura cinza começou a andar na direção de Mushi e seu avô, que estava deitado no chão sem conseguir se levantar. O garoto estava ajoelhado, pedindo para o avô dele se levantar, enquanto chorava. A enorme criatura cinza levantou sua garra direita para atacar eles novamente. Ele já estava na sua frente, mas Mushi não saia do lugar.

—Por favor, alguém nos ajude! – Berrou chorando.

E bem quando tudo parecia perdido, um homem apareceu, e deu um soco no monstro morcego, o fazendo voar para longe. Ele era alto, vestia um capuz, mas era possível ver seu cabelo branco e seus olhos vermelhos como rubis, e alguns músculos fracos por de baixo da camisa meio aberta.

—Garoto, fuja. – disse o homem.

—Eu não posso! – Retrucou o menino. – Meu avô... Ele precisa de ajuda...

—Sinto muito, garoto, mas seu avô se foi. – O homem de cabelos brancos se abaixou e olhou para Mushi e quase como se o hipnotizasse, falou com ele. – Vá embora daqui, correndo o máximo que puder. Vá para fora da cidade junto com o resto dos cidadãos, e procure por sua família, ou qualquer amigo seu e fique com eles, entendido?

—Entendido. – Respondeu Mushi, como se estivesse em transe e sem contrariar. Depois disso, ele deixou o avô e correu para fora da cidade.

Agora que Asura podia lutar sem se preocupar com o resto dos cidadãos, ele decidiu ir enfrentar a Gárgula, até que o velho pegou Asura pela mão.

—Muito... obrigado... – Disse o senhor. – Mas... quem é você? – Perguntou querendo descobrir quem era o salvador de seu neto.

—Eu... – Ele hesitou um pouco. – Eu sou Asura, o Pecado da Gula.

—Ah... – Suspirou o homem. – Sempre soube que vocês eram boas pessoas... – Falou sorrindo, antes de perder a consciência e encerrar sua passagem na terra.

O Pecado ficou parado lá por um momento, e prestou seus respeitos pelo velho senhor, que deu a vida para salvar seu neto.

—Bem, eu acho que você não vai mais precisar do seu sangue, não é? – Falou olhando para o cadáver do velho.

Vendo que estava realmente morto, puxou seu Tesouro Sagrado, a adaga mágica Holy Drácula, uma bela arma ornamentada e fez diversos cortes rapidamente nas costas do homem, fazendo com que seu sangue todo escorresse.

Ele então se virou e fez um movimento com a mão, fazendo que todo o sangue do idoso começasse a flutuar em uma bolha. E com um estalar de dedos, a bolha explodiu e diversos espetos irregulares se formaram no ar.

Pensava em fazer espadas e lanças, mas acho que isso vai servir... Voltando a olhar para a gárgula, começou a se animar. Após longos dez anos, essa vai ser a primeira boa luta que eu vou ter!

—Certo, seu maldito – Disse removendo o capuz e o jogando para longe, com um sorriso enorme estampado no rosto. – Está na hora de pagar pelo seu pecado!


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