Playing With Fire 🔥 Sirius Black escrita por Beatrice do Prado


CapĂ­tulo 45
Beauty and the Beast


Notas iniciais do capĂ­tulo

Oii, tudo bem?

Gente, me desculpem a demora, eu tive um bloqueio criativo e esse capítulo não saia, mas o importante é que eu consegui finalizá-lo.

CapĂ­tulo inspirado na mĂşsica: Beauty and the Beast, Ariana Grande e John Legend

Espero muito que gostem ♥



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O café de manhã, daquela segunda-feira, havia começado com um longo discurso de Dumbledore, que revelou ter descoberto quem eram os responsáveis pela zombaria no Salão Comunal da Lufa-Lufa, após a vitória da casa no campeonato de Quadribol. É claro que, em nenhum momento o diretor anunciou o nome dos estudantes culpados, mas fora possível ouvir cochichos de que os causadores faziam parte da Sonserina e que um deles era o aluno Severus Snape.

Outro assunto ressaltado durante a fala, fora a letra V que estava sendo pichada nas paredes do castelo e que segundo prĂłprio, se tratava de um vandalismo que deveria ser descontinuado imediatamente.

Raven não havia prestado atenção no discurso de Dumbledore ou a qualquer outra conversa, devido à visão que teve com Lupin Remus no dia anterior.

A pior parte de toda aquela situação, não vinha do fato de Raven saber que o estudante era um lobisomem e sim ter ciência do quanto penoso aquilo deveria ser para ele, e do quanto aquela condição, provavelmente, o fazia se sentir inferior aos demais. Afinal, a comunidade bruxa ainda possuía grande preconceito com respeito aos lobisomens e/ou a qualquer outra criatura que fugisse de um padrão convencional.

A garota sabia muito bem, o quĂŁo custoso era carregar um segredo daquela magnitude e viver com o receio de ser julgada por causa disso.

—Ray, está tudo bem? – Questionou Henry, ao chegar perto do lugar em que Taylor havia sentado.

—Sim...  – Mentiu, o encarando – ... eu só estou preocupada, porque as provas finais estão chegando.                  

—A melhor aluna dessa escola, preocupada? – Zombou, Henry – Conta outra, vai.

—É verdade, eu estou preocupada com isso. – Respondeu de supetão.

—Você teve alguma visão, não teve? – Questionou, a encarando com atenção.

—Não. – Mentiu novamente.

—Bom, se precisar conversar com alguém, é só me chamar. – Disse, acariciando o ombro da corvina.

—Obrigada, amigo. – Retribuiu, antes que o lufano se afastasse dela.

Ao dirigir o seu olhar à mesa da Grifinória, Taylor conseguiu visualizar Remus, que cabisbaixo finalizava o seu café da manhã. Logo, a aluna captou o motivo pelo qual o rapaz se encontrava daquela forma: faltava apenas um dia para a noite de lua cheia.

Foi naquele momento que a corvina tomou uma decisão importante, a de contar ao grifinório que ela sabia de seu segredo, pois assim e talvez fosse possível ajudá-lo com o processo, de alguma forma. E para não pender o momento de revelação apenas para o lado de Lupin, Raven decidiu que contaria a ele, o seu segredo também.

Já do lado de fora do Salão Principal, Sirius Black cobrava um pedido de desculpas de Elizabeth, afinal, a culpa pela pegadinha contra a Lufa-Lufa havia sido direcionada aos alunos da casa rival, isso segundo um forte rumor que invadiu o refeitório.

—Eu estou esperando o meu pedido de desculpas. – Afirmou o rapaz, presunçosamente.

—Veja bem... – Dizia Lizzie, antes de Sirius a interromper.

—Nem vem me enrolar, que eu já conheço esse seu truque. – Repreendeu Sirius.

—Eu sinto muito por... – Dizia a garota, antes de Black a interromper novamente.

—Não é assim que faz. – Repreendeu, com um sorriso malandro em seu cenho – Você deve começar as desculpas com um “Querido Sirius Orion Black”, aí depois continua.

—Para começo de conversa, se a sua fama não fosse tão ruim, eu não teria...

—Não é assim que eu acabei de te ensinar. – Advertiu, posicionando as mãos nos ombros da garota – Vai, você consegue, cobrinha. – Completou, fazendo Elizabeth bufar de frustração.

—Querido, Sirius Orion Black, eu sinto muito por ter te acusado de ser um dos responsáveis, por pregar uma pegadinha contra a Lufa-Lufa.

—Esqueceu de falar que me deixou pelado no banheiro, com a Murta. – Lembrou.

—Mas aí, eu deveria pedir desculpas para quem pudesse te ver sem roupa, e não para você. – Retrucou, seriamente.

—Aposto que você ficou me espionando, só para me ver sem roupa. – Afirmou, convencido do fato.

—Eu já vi a sua traseira, no dia em que descobri que você era o Peludinho. – Informou – Você se esqueceu?

—Mas você não viu o pacote completo. – Disse, com um sorriso malicioso.

—Você é ridículo, Black.

(...)

 

 

No caminho para o SalĂŁo Comunal da GrifinĂłria e na companhia de seus amigos, Lupin acabou encontrando com Taylor, que pediu a ele que os dois conversassem a sĂłs em algum canto isolado do castelo.

Sem hesitar, o estudante a seguiu, mesmo que os seus pensamentos o levassem a crer que o assunto abordado, seria a sua licantropia. A verdade era que, Remus sempre tinha essa impressĂŁo quando algum aluno, que nĂŁo fossem os Marotos, o chamava para conversar.

O medo de ser “descoberto” sempre o atormentaria.

—Aconteceu alguma coisa, Raven? – Questionou o aluno, preocupado.

—Remus, eu preciso te contar um segredo. – Respondeu, seriamente – E antes de qualquer coisa, você precisa me prometer que não vai contar para ninguém.

—Claro que eu prometo. – Disse, se sentindo aliviado pelo foco da conversa não ser ele – Pode falar.

—Eu tenho o dom de ver o futuro. – Afirmou sem rodeios, antes que desistisse de contar o fato para o estudante.

—Como?! – Perguntou, impressionado – Você pode ver o futuro? Tipo, o futuro.

—É, o futuro. – Respondeu, embaraçada – Loucura, né?   

—Nossa, mas como isso acontece? Você pensa em algo e vê o futuro? – Questionou, ainda surpreso pelo que havia ouvido.  

—Na verdade, eu não controlo quando vejo o futuro. – Explicou – Algumas cenas aparecessem na minha mente, aleatoriamente.

—Mesmo assim, isso é extraordinário. – Elogiou.

Aluado sentia-se querido, por saber que a estudante confiava nele, ao nível de compartilhar o um segredo daquela importância... mas por qual motivo ela estava contando aquilo para ele, naquele momento?

—E a minha última visão foi com você. – Afirmou, fazendo com que o rapaz ficasse atônito com aquela informação.

—E o que aconteceu na sua visão? – Questionou aflito.

—Eu descobri o seu segredo. – Respondeu, se aproximando ainda mais do rapaz – Por isso eu achei justo te contar o meu.

—Raven, eu... – Lupin tentou elaborar algum argumento, que fosse capaz de amenizar aquela descoberta, mas ele não conseguiu obter qualquer reação àquele momento, ao fato da garota que ele amava desde o primeiro ano, saber que ele era uma aberração.

—Fica tranquilo, que eu não mudei os meus julgamentos a seu respeito. – Taylor encostou, delicadamente, as mãos nos braços do rapaz e continuou – Eu ainda te considero o estudante mais inteligente e gentil de Hogwarts.

—Você está errada. – Disse, balançando a cabeça de um lado para outro, em sinal de negação – Eu sou um monstro perigoso, que pode machucar pessoas. – Remus, que não conseguia mais fazer contato visual com a garota, devido à vergonha que estava sentindo, continuou – Que pode machucar você.

—O fato de você ser um lobisomem, não anula quem você realmente é. – Argumentou, calmamente – Eu entendo o seu ponto de vista, a comunidade bruxa não tem bons olhos para quem é diferente, e isso acaba criando inseguranças em você. – Disse, erguendo o rosto do estudante – Mas tenha certeza de que uma coisa, você não é um monstro. – Finalizou, antes de abraçar Lupin, que a apertou forte.

Foi durante aquele enlace, que Remus sentiu um peso saindo de seus ombros, pois sempre que cogitava contar Ă  Raven o seu segredo, para assim poder declarar a sua paixĂŁo juvenil, uma imagem de repulsa, vinda da estudante, era formada em sua mente.

—Não se preocupe, que eu não contei para ninguém a respeito da minha visão. – Avisou a garota, que ainda permanecia abraçada ao estudante.

—Obrigada, Ray. – Agradeceu Lupin, antes de conseguir encarar a corvina novamente.

E antes que os dois pudessem se desprender daquele abraço, Taylor aproximou os seus lábios da boca de Remus, que retribuiu o gesto com desejo.

O rapaz já tinha por certeza de que aquele momento de entrega, nunca se tornaria realidade, que aquele beijo viveria eternamente em seus pensamentos mais longínquos e inalcançáveis, mas para a sua surpresa e sem qualquer aviso, aquilo estava acontecendo.

Mas a sua felicidade logo fora interrompida, por ponderações pessimistas que o levavam a crer, que iniciar um relacionamento com a corvina, só trariam desconfortos a ela.

—Ray, nós não podemos ficar juntos. – Alertou, após desencostar os lábios dos dela – Você nunca teria paz ao meu lado. – Disse aflito – E se, por um descuido, eu acabar te machucando?

—Remus, eu não me importo com nada disso. – Rebateu – Eu só quero enfrentar isso, junto com você.

—Eu não posso te deixar entrar nessa. – Afirmou, cabisbaixo – Por favor, me entende.

—Nós não precisamos decidir nada, agora. – Disse Raven, calmamente – A gente pode viver o momento e quando você se sentir seguro, iniciamos algo sério.

—Eu não quero que você pense, que eu não quero nada sério com você... – Dizia, antes de a garota, o interromper.

—Relaxa, eu sei que você é apaixonado por mim, desde o primeiro ano. – Afirmou, fazendo com que o garoto ficasse um pouco constrangido com a revelação – É que eu vi isso, em uma visão.

—E isso faz tempo? – Questionou, curioso.

—Talvez algumas semanas. – Respondeu, antes de rir – Mas agora nós precisamos ir para a sala de estudos, porque as provas finais estão chegando.

—Você tem razão. – Concordou, a encarando sem jeito, mesmo depois de tudo o que haviam acabado de passar – Eu só vou passar no meu dormitório e logo vou para a sala de estudos.

—Te vejo lá. – Disse Taylor, antes de dar um beijo na bochecha do estudante.

Ao chegar em seu quarto, Remus acabou se deparando com trĂŞs marotos ansiosos, que o aguardavam para saber o motivo pelo qual, Raven havia o chamado para conversarem a sĂłs.

—O que aconteceu? – Perguntou James, ansioso.

—A Raven sabe que eu sou um lobisomem. – Respondeu sem rodeios, angariando a feição de preocupação dos demais – Mas ela não contou para mais ninguém, não se preocupem.

—Como ela descobriu? – Questionou Sirius, alarmado.

—Ela ligou os pontos e descobriu. – Mentiu – Vocês sabem, o quanto ela é inteligente.

—Mas e aí, o que ela acha de você ser um lobisomem? – Perguntou Potter.

—Ela te desprezou ou coisa assim? – Questionou, Pedro.

—Na verdade não. – Respondeu, com um sorriso tímido em seu cenho.

—Ei, eu conheço esse sorriso sacana. – Apontou Black, se aproximando do amigo – O que aconteceu, além da conversa?

—A gente acabou se aproximando. – Respondeu, Remus.

—Se aproximando como? – Questionou Rabicho, ao se posicionar do lado de Almofadinhas.

—Eles se pegaram! – Afirmou James, antes que Lupin pudesse responder – Caralho, depois de seis anos, seu filho da puta. – Disse animado, antes de pular em cima de Aluado, que caiu no chão ao se desiquilibrar.

—Deixa eu participar. – Avisou Black, saltando em cima do corpo de Potter.

—Vocês estão me esmagando. – Avisou Remus, tentando empurrar os amigos para o lado.

—Cuidado, gente. – Pediu Pedro – Ele precisa sobreviver para dar mais um beijinho na Raven.

—Seu safado, de merda. – Zombou Sirius, batendo no ombro de Aluado que ainda estava estirado no chão.

—Agora, só falta eu conseguir dar uns beijinhos na minha Evans. – Disse Potter, se levantando do chão.

—Falando em Evans, o nosso plano de atrair o Severus para a casa dos gritos amanhã, está de pé. Não está? – Perguntou Sirius.

—Eu acho melhor você se esquecer desse plano. – Pediu Lupin, preocupado.

—Ele quis ferrar a gente, nada mais justo do que fazer o mesmo com ele. – Retrucou Almofadinhas.

—Sirius, amanhã é dia de lua cheia. – Argumentou Pedro – Ele pode se machucar.

—Ele não vai se machucar, o máximo que pode acontecer é ele sair correndo de lá com as calças molhadas. – Rebateu Black.

—O Almofadinhas tem razão. – Defendeu Potter – Não vai acontecer nada com o Ranhoso.

—Eu ainda acho uma péssima ideia. – Afirmou Remus.

—Péssima ideia, é você estar aqui e não com a Raven. – Afirmou Sirius – Esperou seis anos e agora não vai aproveitar para ficar do ladinho dela? – Zombou.

—A gente nem vai para a sala de estudos com você, para não atrapalhar. – Avisou, Pedro.

—É, vamos fazer o sacrifício de não estudar hoje, só para vocês ficarem mais à vontade. – Afirmou Potter, antes de rir na companhia dos amigos.

—Esse sacrifício, vocês fazem quase todos os dias. – Zombou Aluado.


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Notas finais do capĂ­tulo

O que vocĂŞs acharam do momento casal, Raven e Remus? Ficou bom?

E esse plano "genial" do Sirius? SĂł lembrando que os Vingadores estĂŁo na pista, para atrapalhar a pegadinha dos Marotos, deixei no ar.

Vejo vocês nos comentários



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