Playing With Fire 🔥 Sirius Black escrita por Beatrice do Prado


CapĂ­tulo 41
Abracadabra


Notas iniciais do capĂ­tulo

Oii, como vocĂŞs estĂŁo?

Em primeiro lugar, eu preciso agradecer a todos os novos leitores que apareceram, e a KathGreyMalfoy pelos comentários. A todos os leitores que sempre comentam, o meu muito obrigada.

O capítulo de hoje é dedicado ao filme “Abracadabra”, como vocês puderam perceber. Eu gosto muito de inserir referências na fanfic, e como esse filme foi o meu favorito por MUITO tempo, eu precisava de alguma forma colocar ele por aqui.

As irmĂŁs Sanderson aparecem no enredo da fic, mas elas nĂŁo sĂŁo as vilĂŁs aqui.

É isso, boa leitura



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Durante o perĂ­odo histĂłrico da Idade MĂ©dia, muitas mulheres foram condenadas Ă  morte por serem acusadas de bruxaria, fossem essas feiticeiras ou nĂŁo.

A Inquisição, movimento responsável por essa barbárie, condenava pessoas que eram consideradas ameaças às doutrinas religiosas da Igreja Católica Apostólica Romana, dentre os grupos de perseguidos, estavam: os filósofos, cientistas, pagãos ou simplesmente mulheres que utilizavam de habilidades botânicas para curar enfermidades.

Três irmãs bruxas, Winifred, Sarah e Mary Sanderson, apesar de possuírem grande habilidade em feitiços de proteção, se sentiram acuadas com o avanço da perseguição que já cercava toda Europa, e por causa disso, decidiram criar uma poção capaz de protegê-las ainda mais, caso fossem atacadas.

Como elas não possuíam ciência do período de duração, daquela caçada às bruxas, pensaram em criar um elixir capaz de estimular o próprio organismo a originar uma barreira de proteção, assim que elas necessitassem ou quisessem e que fosse passado de geração para geração.

A irmã mais velha, Winifred, assumiu o comando do preparo e após se frustrar inúmeras vezes por falhar em sua missão, decidiu unir uma poção já conhecida como “Poção de proteção contra incêndio”, mais o feitiço Protego e adicionar ao caldeirão um fio de seu cabelo, para que a genética da família fosse identificada pelo próprio elixir.

Após tomarem a bebida pronta, as três irmãs saíram da cabana em que viviam à procura de um animal selvagem, e assim testar a efetividade da poção. A voluntária para o teste fora Mary, que ao identificar um lobo próximo dela, aguardou o seu ataque.

No instante em que o bicho correu em seu sentido, a bruxa colocou as mĂŁos na frente de seu corpo e antes que o lobo encostasse nela, um clarĂŁo fora emitido de suas palmas, e que fora capaz de impedir com que o animal a mordesse.

No momento seguinte, a bruxa desmaiou com o poder da prĂłpria magia, permanecendo em repouso por muitas horas e assim que acordou, tentou emitir o mesmo clarĂŁo anterior e conseguiu, mas dessa vez sem perder as energias, como anteriormente.

Todos os descendentes das três irmãs carregaram consigo o poder de proteção, por meio desse encanto hereditário, até que em meados dos anos mil e oitocentos, uma bruxa chamada Eva Ernest aniquilou todos os familiares que detinham daquele domínio, pois acreditava que a intensidade do poder de proteção era dividido entre os descentes vivos, diminuindo a potência a cada novo integrante que ganhasse vida.

Devido à sua ganância, Eva não teve filhos para que não perdesse o poder máximo de proteção e com a sua morte, o encanto fora instinto.

Muitos bruxos, que acreditavam naquela lenda, tentaram recriar a poção das irmãs Sanderson, mas sem sucesso, e outros acreditavam que aquela geração não havia sido encerrada com Eva, e que algum bastardo havia sobrevivido e dado continuidade ao encanto hereditário de proteção.

(...)

Elizabeth permanecia desacordada na enfermaria do castelo, devido aos acontecimentos na aula de Defesa contra as Artes das Trevas e tanto Borage, quanto Dumbledore acompanhavam a recuperação da aluna de perto, mesmo tendo por confirmação da Madam Pomfrey, de que a garota estava apenas recuperando as forças.

Os amigos de Lizzie em companhia dos Marotos ficaram próximos ao local, para poderem se atualizar a respeito do estado de saúde da estudante, e a cada uma hora um deles se revezava para ir até a enfermaria perguntar como ela estava, já que o diretor havia negado a entrada de todos, para que não atrapalhassem o trabalho das funcionárias.

Sirius se sentia muito culpado pelo ocorrido, mesmo sabendo que o feitiço lançado contra Elizabeth não fora forte o suficiente, para deixá-la machucada e muito menos desacordada, mas mesmo tendo ciência disso, era impossível não se colocar no papel de “vilão” de todo aquele contratempo.

—Você não machucou ela de propósito, foi um acidente. – Argumentou James, preocupado com o estado em que estava Black.

—Se acontecer algo de grave, eu nunca vou me perdoar. – Lamentou, sentido.

—Não aconteceu nada de grave, eles disseram que ela está apenas recuperando as forças. – Apontou Regulus, encarando o irmão. – E eu não acho que eles iriam mentir para a gente.

—Mas o que será que aconteceu? – Perguntou Longbottom – Ela conseguiu se defender apenas com as mãos.

—Foi um feitiço sem varinha, Frank. – Respondeu Alice – Acho que quando se faz pela primeira vez, o corpo reage como reagiu.

—Faz sentido, porque logo depois que ela fez o feitiço, ela desmaiou. – Completou Lilian.

—Mas na aula ela disse para o professor, que nunca tinha treinado feitiços sem a varinha. – Argumentou Pedro.

—Deve ter saído sem querer. – Apontou Remus.

—É, esse tipo de coisa sempre acontece. – Reafirmou, Henry.

—Igual quando a gente é criança, e acaba levantando uma coisa ou outra. – Lembrou Raven.

—Imagina só, lançar uma magia sem a varinha. – Afirmou Megan, impressionada.

—Ia ser muito útil para mim, aprender isso. – Comentou Frank – Eu vivo perdendo as coisas.

—Conte uma novidade. – Zombou Raven, antes de olhar para o fim do corredor em que estavam e perceber dois adultos que se aproximavam deles. – Será que são os pais da Lizzie?

—Sim. – Respondeu Sirius preocupado, afinal, se nada de grave havia acontecido com Elizabeth, por qual motivo os pais teriam sido chamados à escola.

Antes mesmo dos dois se aproximarem totalmente dos jovens, Dumbledore saiu da enfermaria e os chamou para que entrassem no local.

—Sr. e Sra. Mcguire, queiram me acompanhar, por gentileza. – Pediu o diretor, direcionando-os para a entrada da enfermaria – A filha de vocês estava duelando com um colega, e em um dos ataques dele, ela conseguiu se proteger apenas com o uso das mãos e depois disso acabou desmaiando – Explicou, calmamente – Nós acreditamos que ela tenha conseguido realizar um feitiço sem varinha, mas também pode se tratar de algum outro fenômeno, até então desconhecido. – Disse, olhando para Katherine.

—E como ela está agora? – Perguntou a mãe, tentando mudar de assunto.

—Ela acabou de despertar e está bem. – Respondeu Dumbledore, ao se aproximar do diretor da Sonserina – Eu e o diretor Borage acompanhamos o caso da sua filha, desde o início do ocorrido e apesar da boa recuperação, chegamos ao consenso de que precisávamos chamá-los.

—Nós agradecemos o cuidado com a nossa filha, diretores. – Afirmou Robert, o pai – Agora, eu creio que a minha esposa precise falar com a Lizzie, a sós.

—Claro, eu vou pedir para todos saírem. – Concordou, Alvo.

Katherine se sentou na cama em que Elizabeth estava deitada, e iniciou uma séria conversa com a jovem, que não estava entendendo o motivo de terem chamado os seus pais, afinal, ela não estava gravemente ferida.

—Nós precisamos conversar a respeito de um assunto muito delicado. – Afirmou a mãe, seriamente – E antes que eu comece, você precisa prometer que não vai falar disso com ninguém – Disse, rispidamente – Muito menos com o seu tio Keith.

—Eu prometo, mas o que está acontecendo? – Questionou Mcguire, preocupada.

—Você já ouviu falar na lenda das irmãs Sanderson, não ouviu? – Perguntou, recebendo um afirmativo da filha – Pois bem, ao contrário do que dizem, houve um feiticeiro que sobreviveu à matança da Eva Ernest, um filho bastardo de um dos bruxos mortos por ela. – Explicou – E nós duas somos descendentes dele. – Revelou, fazendo com que Lizzie se impressionasse com o que fora dito – Quando você conseguiu se defender do feitiço de seu oponente, você manifestou o encanto de proteção e quando acontece isso, o nosso corpo perde muita energia para o meio externo.

—Por que você não me contou isso antes? – Questionou a aluna, contrariada.

—Eu não achei que você fosse manifestar isso, agora. – Respondeu – Normalmente, nós só conseguimos acionar esse encanto na fase adulta.

—Tá, mas se ninguém pode saber, como é que eu vou explicar o que aconteceu? – Perguntou a filha.

—Você vai sempre dizer que foi um feitiço sem varinha, simples assim.  – Respondeu, Katherine – E mais uma vez, não conte esse segredo para ninguém, sua vida corre risco se alguém mais souber.

—Mas por qual motivo, a minha vida correria risco? – Perguntou, confusa.

—As pessoas erradas podem te usar como escudo e... – Katherine interrompeu a própria fala – ...o importante é não contar para ninguém. – Fez uma pausa – Agora eu e o seu pai vamos falar com os seus diretores, e o assunto se encerra aqui, entendeu?

—Entendi. – Respondeu a garota, cabisbaixa.

—Agora volte a descansar, creio que amanhã você já esteja recuperada. – Disse a mãe, antes de se levantar da cama e se afastar da garota.

Descansar seria a última coisa que Elizabeth faria naquele dia, afinal, quem em sã consciência relaxaria ao saber que faz parte de uma lenda centenária como aquela e o pior, que corria risco de vida caso as pessoas erradas soubessem que aquele conto era verdadeiro.

Após a sua saída da enfermaria, Katherine se aproximou de onde todos estavam e explicou o que havia acontecido com a filha, claro, mantendo a narrativa de que o mal-estar havia ocorrido devido a um feitiço sem varinha e ainda endossou que todos da sua família, haviam passado mal na primeira vez que conseguiram efetivar um encanto daquela maneira.

A mulher nĂŁo podia deixar, que nenhum boato fosse criado em cima daquele episĂłdio.

(...)

No meio da madrugada e sem supervisão de qualquer funcionário de Hogwarts, Lizzie acabou recebendo a visita de Sirius Black, que se aproximou de sua cama e colocou sobre ela inúmeras guloseimas do jantar.

—Eu trouxe para você. – Disse, antes de se sentar no colchão – Pelo que você fez por mim, no Natal.

—Obrigada. – Agradeceu, se sentando na cama – A comida que eles servem aqui é muito sem graça.

—Eu sei, por isso que eu trouxe essas coisas para você. – Comentou, ligeiramente constrangido – Eu não queria te machucar, Lizzie.

—Eu sei, Black. – Disse Mcguire, antes de pegar um bolinho de abóbora para comer.

—Eu realmente sinto muito. – Disse, cabisbaixo – E se você não quiser a minha companhia aqui, eu vou entender.

—Eu pensei que você não quisesse mais a minha companhia. – Rebateu, antes de enfiar o resto do bolinho na boca.

—Eu só estava chateado. – Explicou, contrariado – Ou você acha que eu não deveria ter ficado puto, com o que aconteceu?

—Sim, mas você não deixou eu me explicar. – Retrucou – Você tirou conclusões a partir de uma reação minha.

—Que foi mais do que suficiente. – Contra argumentou.

—Você veio aqui para brigar comigo? – Perguntou Lizzie, antes de receber um negativo do estudante – Olha, eu só reagi daquela forma, porque o Noah foi importante para mim e apesar dele ter sido um filho da puta comigo depois, ele me ajudou a passar por muita coisa ruim em Ilvermorny. – Fez uma pausa – Mas isso não significa que eu ainda esteja apaixonada por ele, e muito menos que eu tenha te usado por todo esse tempo.

—Às vezes você fala com muito rancor de Ilvermorny. – Comentou Sirius.

—Minha vida foi um inferno naquele lugar. – Disse, cabisbaixa – Imagina tudo o que vocês fazem com o Severus multiplicado por mil, e tudo isso porque minha mãe me proibiu de ser amiga de nascidos trouxas e mestiços, e o pessoal de lá achou que eu estava sendo intolerante de propósito.

—Eu sinto muito, Lizzie. – Disse Black, impressionado – Eu nunca imaginei que você tivesse passado por algo parecido.

—Pois é. – Disse, o encarando – Mas é melhor a gente mudar de assunto, porque o dia não foi bom para mim.

—Se quiser, eu fico te bajulando até de manhã. – Sugeriu Sirius, ao encostar a cabeça de Elizabeth em seu ombro e começar a fazer cafunés em seu cabelo.

—E se te pegarem? – Perguntou, abraçando o corpo do rapaz.

—Se me pegarem, eu vou ter que fazer companhia ao seu amigo Filch na detenção. – Respondeu.

—Eu vou pedir para ele pegar leve com você. – Afirmou Mcguire.

—Para sempre? – Perguntou, animado.

—Também não exagera, pulguento.  


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Notas finais do capĂ­tulo

O que acharam da lenda (que nĂŁo Ă© lenda) das irmĂŁs Anderson?

Lembrando que faltam 10 capĂ­tulos para a fase ser encerrada, ou seja, a partir daqui Ă© sĂł tiro, porrada e bomba.

Vejo vocês nos comentários.



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