Supernova escrita por Lady Anna, Morgan


Capítulo 8
Capítulo VIII


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♥



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Sirius manteve as mãos dentro dos bolsos de seu sobretudo para que ninguém percebesse que elas tremiam um pouco. À sua volta, vários de seus colegas de Hogwarts se reuniam, um pesado e palpável silêncio os rodeando. Ele podia ver muitos grifinórios, corvinos e lufanos, e se surpreendeu ao notar um bom número de sonserinos também. Nesse momento, sentiu uma força invadir seu corpo e a esperança brilhar novamente dentro de si. Eles eram fortes, jovens, destemidos e queriam lutar pelo que acreditavam, poderiam vencer Voldemort.

Dumbledore entrou naquela pequena e escura sala com passos preguiçosos, as tão conhecidas vestes espalhafatosas e os cabelos esbranquiçados causando um burburinho incontrolável. Todos queriam saber exatamente do que fariam parte, como venceriam essa guerra.

— Boa noite. Creio que a última vez que os vi ainda estava em Hogwarts com as vestes das casas. Fico feliz de reconhecê-los aqui fora, confortáveis em seus próprios estilos de vestimenta. Acho muito interessante... – Dumbledore parou de falar, olhando-os com olhos atentos e avaliativos. Sirius sempre gostara do professor, entretanto, isso não o impedia de considerá-lo estranho às vezes. O que roupas teriam a ver com uma guerra? – Me pergunto constantemente o que faz uma pessoa acreditar. O que a faz, em meio a uma guerra devastadora, continuar lutando e lutando e lutando?

”Penso que a única resposta lógica para esse questionamento seja os sentimentos e princípios. Vocês lutam, e continuarão lutando, pelo amor, pela justiça, por seus amigos e famílias, pelos seus ideais e pelos seus valores. Vocês acreditam em um mundo melhor e querem construir e fazer parte disso. Isso é tudo de mais nobre que uma pessoa poderia sentir.”

Para Sirius a palavra nobre nunca esteve realmente associada a coisas boas, sempre carregada de preconceitos e discriminações. Era a primeira vez que a ouvia em outro contexto e gostou muito disso. Se aquela mera palavra podia mudar, ele também poderia e conseguiria extinguir a fraca ligação que ainda sentia com sua família e todo aquele legado insípido. Era bom se sentir livre e confiante.

“Todavia vocês não precisam desse discurso,” continuou Dumbledore. “afinal, já acreditam nisso, já acreditam na Ordem da Fênix. O que faremos aqui, caros ex-alunos, não é somente lutar por tudo isso que sentimos, mas também garantir que as próximas gerações conheçam um mundo ainda melhor do que esse em que vivemos. Uma salva de palmas a vocês, integrantes da Ordem da Fênix!”

Junto do som estridente das palmas, Sirius levou sua mão à boca para soltar um alto assobio e não lhe passou despercebido pelo canto do olho que Lily possuía uma das mãos na barriga, sendo abraçada protetoramente por James. Foi nesse momento que ele percebeu. Cercado por seus amigos, pelos sorrisos esperançosos de Remus, Peter, Mary, Dorcas, Marlene, Frank e Alice, ele viu o que nenhum deles ainda tinha notado. A futura geração já estava ali.

Sirius tinha certeza que lutaria duas vezes mais para proteger esse bebê, o qual ele ainda nem conhecia, mas já amava profundamente.


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