Minha vida antes de te conhecer escrita por Gigelle ruiva
— Eu já disse Yakov, está tudo bem comigo. - falava Victor para o seu treinador enquanto amarrava o cadarço do sapato.
— Mais Victor. - persistia Yakov preocupado com Victor.
— Por favor Yakov. - fala Victor levantando a cabeça em direção de Yakov. - está tudo… - não conseguiu completar pois ao se levantar desmaiou.
— Victor!! - gritou Yakov segurando Victor desacordado. - chamei uma ambulância. - disse para alguns patinadores que estavam para sair. - AGORA! - esbravejou perdendo a paciência.
Dois ano depois, em uma pequena cafeteria estava Yuuri se preparando para começar o seu turno como garçom.
— Bom dia senhora, o que vai querer hoje? - pergunta Yuuri para a freguesa.
— Oh... ola Yuuri, eu vou querer algo com menas calorias. - respondeu a senhora com um sorriso simpático olhando para os pãezinhos. - quanto é esse aqui? - pergunta apontando para um pãozinho com leite em pó em cima.
— Bom, esse tem 170 calorias, e a senhora pediu esse ontem. - falou Yuuri sorrindo sem graça.
— Ah foi hahaha.. - riu a senhora com um pouco de vergonha. - e esse aqui? - pergunta a senhora apontando para um pãozinho com uma cereja em cima.
— 220. - respondeu Yuuri. - mas se a senhora comer em pé dá muito menos calorias. - completou com um sorriso para não desanimar a senhorinha.
— Ohh então eu vou querer. - falou a senhora animada por poder comer o doce.
— É para viagem? - perguntou Yuuri pegando o prato em que o doce estava.
— É sim. - respondeu a senhora sorrindo.
— Vou colocar num saquinho então. - falou Yuuri pegando o saco e colocando o pãozinho.
— Obrigada Yuuri. - agradeceu a senhora quando recebeu a sacola com o pãozinho.
— De nada. - falou Yuuri gesticulando as mãos nervosamente. - volte sempre. - disse para senhora que saiu.
Yuuri pegou um bule de chá e foi em direção de uma mesa com uma senhorinha.
— Acho que não consigo comer tudo. - comentou a senhorinha triste.
— Quer que eu embale para a viagem? - perguntou Yuuri. - para comer depois. - explicou para a senhorinha entender.
— Aham. - concordou a senhorinha muito feliz.
— Aqui está. - falou Yuuri estendendo o saquinho.
— Obrigada. - agradeceu a senhorinha.
— De nada. - falou Yuuri sorrindo. - volte sempre. - falou abrindo a porta para a senhorinha passar.
O dono do café foi em direção à porta ficando ao lado de Yuuri e virou a placa de aberto para fechado.
— Eu sinto muito. -falou o dono do café olhando para Yuuri com tristeza, logo depois estendeu o pagamento do mês para ele.
Yuuri pegou o pagamento e olhou com tristeza para o dono, voltou para a sala dos funcionários, se arrumou para voltar para casa.
Ao sair do café que trabalhou tantos anos foi andando pela rua que dava em direção à sua casa, enquanto caminhava tristemente pela rua ficou pensando em como arrumar um emprego no outro dia.
Chegando em casa, já era hora do jantar e sua mãe colocava os pratos na mesa, foi em direção a mesma para ajudá-la a organizar a mesa de jantar.
— Yuuri, você pode ir chamar o seu pai no escritório? - perguntou Hiroko para o filho.
— Claro mãe, vou chamá-lo. - falou Yuuri já indo em direção ao escritório do pai.
— Toc Toc. - bateu Yuuri na porta do escritório.
— Entre. - ordenou Toshiya dentro do escritório.
— Com sua licença. - falou Yuuri ao abrir a porta do escritório. - pai, mamãe mandou avisar que o jantar está na mesa. - avisou o pai que estava sentado na cadeira em frente a escrivaninha repleta de papéis.
— Certo já estou a caminho. - falou Toshiya se levantando da cadeira.
— Pai, eu já te falei que o café eu trabalho iria se fechar né? - comentou Yuuri indo em direção a mesa de jantar.
— Sim, você já me avisou sobre isso. - falou Toshiya se sentando na ponta da mesa.
— Bom é que eu fui demitido hoje. - falou Yuuri meio acanhado. - e eu já recebi o salário do mês. - disse colocando comida no prato.
— Um mês de pagamento, foi muito generoso da parte dele. - falou Hiroko da cozinha.
— Mas ele trabalhou naquele café por 5 anos seguidos. - falou Toshiya um pouco irritado.
— O café fechou, amor. - falou Hiroko tentando acalmar o marido. - ele não teve escolha.
— O que ele vai fazer então? - perguntou Toshiya para a esposa. - não dá para a Mari trabalhar mais hora extra na pousada. - completou indignado.
— A pousada é nossa querido. - falou Hiroko amavelmente.
— Mas… - Toshiya tentou continuar a fala mas recebeu um olhar repreendedor de sua esposa.
— Eu vou trabalhar um pouco na pousada. - falou Yuuri animado por trabalhar no negócio da família.
— Vai não. - falou Mari tirando a esperança de Yuuri. - você meu irmão precisa conhecer gente nova.
— Mas eu gosto de trabalhar na pousada. - tentou argumentar Yuuri para que mudassem de ideia e deixassem que ele trabalhasse na pousada.
— Gostar é uma coisa ficar se escondendo pelos cantos por encontrar um homem bonito é outra. - falou Mari constrangendo o irmão.
— O meu querido você vai encontrar um trabalho amanhã. - falou Hiroko tentando acalmar o filho.
— Mas se decidir mudar de ideia o estúdio estará sempre aberto para você Yuuri. - falou Minako sorrindo para Yuuri.
— Eu não sei não Minako-sensei. - falou Yuuri um pouco desanimado.
— Você tem potencial Yuuri, só precisa ter um pouco de coragem. - falou Minako tentando motivar Yuuri a voltar a fazer ballet.
— Não é pra tanto, eu nem possuía tanto potencial assim. - falou Yuuri constrangido pelo elogio.
— Ohh Yuuri, um pequeno passo para um homem pode mudar a sua vida, para poder voltar a patinar. - falou Minako convencendo Yuuri pelo menos a voltar a patinar.
Yuuri se levantou da cadeira e foi em direção a porta da casa saindo por ela.
— Você sabe que ele não vai mudar de ideia né? - comentou Mari quando Yuuri saiu pela porta de entrada.
— Pelo menos eu tentei. - falou Minako para todos.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!