Letter escrita por Erzy


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

• Capa pega no Google, créditos ao autor!

• Plágio é crime!

• História de minha autoria só peguei emprestado os personagens do tio Hiro, sem fins lucrativos!

Oiê, pessoal! Estou aqui de novo! Muahaha
Então, quero dedicar esse one Jerza para essa pessoinha incrível @Kuriyama_nyah ( ˘ ³˘)♥ Uma das pessoas que sempre me inspirei pra escrever jerzas. Espero que goste, apesar de simples comparado a sua, fiz com muito carinho. Dessa vez não matei ngmmmm



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Erza estava sentada em sua carteira na sala de aula. Sua perna recebia toda a ansiedade que estava sentindo, suas mãos suavam frio, e na sua cabeça só se passava uma pergunta: Será que ele havia encontrado sua carta no armário?

— Erza, está tudo bem? Você parece nervosa. — perguntou Lucy ao sentar na carteira ao lado. 

— Ah, sim.  Estou sim. — respondeu a ruiva, no entanto, quando Jellal entrou pela porta seu estômago embrulhou e a única vontade que teve foi de vomitar de nervosismo. — Lucy, eu não tô bem, não. Acho que vou vomitar.

E antes que a loira pudesse falar algo, Erza apenas sentiu o líquido sendo despejado no chão, assustando todos que se encontravam na sala de aula.

— Obrigada por me avisar, deu tempo de levantar meus pés. — Lucy comentou fazendo careta. — Agora vamos pra fora tomar um ar puro, avisar a tia da limpeza e beber uma água. 

Saíram para fora da sala se dirigindo ao jardim que ficava ao lado da quadra de esportes. Lá era um lugar bem cuidado com flores diversas, bancos de frente para um lindo chafariz de sereia e que tinha sombras feitas pelas árvores de cerejeiras. Lugar preferido da Heartfilia.

— Eu devo ter pagado o mico do século na frente do Jellal. Quero morrer! — comentou Erza se jogando no banco, agora mascando um chicletes que ganhou da loira.

— Você 'tá se referindo ao vômito ou a carta pomposa que você escreveu? — perguntou como quem não quisesse nada, mas soubesse de tudo.

— Vai te catar, enxerida! — a ruiva revirou os olhos sorrindo.

— Tão fofinha. — fuzilou-a. — Melhor eu pedir para limparem a sala e ir buscar um remédio pra você antes que sobre pra mim. Já volto!

Observou Lucy se afastar. Olhou para o céu e fechou os olhos aproveitando a brisa fresca. Pensou em Jellal Fernandes, o garoto reprovado que agora estava no último ano do colégio assim como ela. Que vivia com seus fones de ouvido emitindo alguma música enquanto o mesmo estava com um livro sempre em mãos. Dono de cabelos azuis e olhos verdes, sem dizer da intrigante tatuagem em seu rosto. 

Estava sempre com Erik e Gajeel, que hora ou outra arrancavam sorrisos discretos do azulado pelas bobagens que falavam. 

Erza não sabia dizer em que momento começou a nutrir esses sentimentos por ele. Seria por ele ter ajudado ela a se livrar de uns caras que estavam intimidando-a? Por ele ter se disposto a ajudar nas aulas de química? Por sempre comentar como seu cabelo era lindo? Ou por ele ser tão gentil com ela?

Ela se perguntava o que fazia ele tão especial, e como se fosse resposta para sua pergunta, lá estava ele.

— Atrapalho? — perguntou Jellal sentando-se ao seu lado, fazendo com que Erza desse um pulinho envergonhada.

— N-Não! — respondeu quase que gritando, tirando um sorriso discreto do rapaz 

— Você está melhor? — perguntou em tom de voz preocupado. Jellal havia saído atrás das garotas assim que saíram da sala, estava preocupado com a ruiva.

Ela não conseguia ficar tranquila, apertava suas mãos uma na outra de tão nervosa. Seu coração batia feito louco no peito e seu rosto estava mais vermelho que seus cabelos. Ela iria infartar!

— D-Devo ter comido algo que não me fez muito bem. — respondeu envergonhada pelo que aconteceu, nunca que contaria que seu nervosismo que causou tudo.

— Toma. — estendeu um fone para Erza, colocou um em seu ouvido, conectou o plug no celular e escolheu uma música. — Espero que possa se sentir melhor, Erza.

Nessa altura do campeonato Erza nem conseguia ouvir a música, apenas se controlava para não desmaiar. Estar tão próxima dele fazia com que ela se sentisse nas nuvens mais fofinhas que existiam. Era um sensação tão gostosa que deixava as famosas borboletas em seu estômago agitadas demais para seu gosto, sentia-se uma menina boba, vulnerável e apaixonada. Queria saber mais sobre ele, conhecer suas histórias, seu passado, seus sonhos.

— Por que você reprovou? — a pergunta praticamente pulou de sua boca. Era algo que ela sempre teve curiosidade, mas nunca ousou perguntar. — Não precisa responder, me desculpe.

— Está tudo bem. — sorriu um pouco triste. — Ano passado meu pai e minha mãe sofreram um acidente de carro e acabaram falecendo. Então, para suprir minha dor comecei a me envolver com pessoas má índole. Só aparecia às vezes no colégio, ganhei uma tatuagem no rosto e acabei reprovando, entre outras coisas. Conheci Gajeel e Erik no fim do ano e eles me ajudaram a sair dessa, são ótimas pessoas. 

— Sinto muito pelos seus pais. — lamentou a ruiva, afinal, sabia exatamente o que ele deve ter sentido.

— Acho melhor voltarmos para a sala de aula. — comentou Jellal olhando em seu relógio de pulso, tirando a ruiva dos seus pensamentos. — Esqueci. Lucy me pediu para te entregar isso quando nos esbarramos. Espero que melhore. — sorriu entregando o remédio que a loira havia ido buscar.

Realizaram o caminho de volta com Erza a um passo atrás de Jellal. Era incrível como todo aquele ar de durona acabava desmoronando na presença dele, como se ele pudesse despi-la apenas com o olhar. Era assustador esse sentimento para ela, mas aconchegante de várias formas.

Erza teve sua atenção desviada por um papel rosa que estava no bolso de trás da calça de Jellal. Era a carta que ela havia escrito!

Agora a pergunta que pairava em sua mente era: Por que ele não falou nada para ela se havia lido sua carta? 

∆•∆•∆

Os dias se passaram e nenhuma resposta havia recebido, mas ele continuava agindo sempre gentil. Seria uma rejeição indireta?

Suspirou. Estava cansada de se sentir tão pra baixo por causa de um amor não correspondido.

— Quantos suspiros, poderia encher um balão assim. — disse a Heartfilia que estava ao seu lado. As duas estavam sentadas no banco da quadra devido a aula de educação física. — Tem certeza que ele leu sua carta? — ergueu suas mãos em sinal de rendição ao receber o olhar da ruiva. — Não estou defendendo ele, mas Jellal não parece ser alguém que age de forma tão insensível. Sem dizer que o jeitinho como ele te observa fica na cara que 'tá caidinho por você.

— Está passando tempo demais com o Dragneel para falar tanta bobagem, Lucy. — falou a ruiva um pouco incomodada com o assunto.

— Se eu tô falando bobagem, então me responda por que o Fernandes está vindo aqui todo vermelhinho. — sorriu travessa acenando para Jellal e recebendo o olhar mortal de Erza. 

— Olá, meninas, como estão? — perguntou o rapaz sentando-se ao lado de Lucy, no único lugar vago. Estava com um novo livro em mãos, o que acabou chamando a atenção da loira que deu um gritinho.

— Livro novo? Posso ver? — perguntou Lucy animada, afinal, ler era o que mais amava. Pegou das mãos de Jellal e abriu, cheirando em seguida, fazendo com que um pedaço de papel caísse sobre suas pernas. — Ops, o que é isso?

Curiosa, Erza também olhou e lá estava a sua carta novamente. Sua cabeça girava em nervosismo, queria fugir e chorar em posição fetal em algum canto onde ninguém a encontrasse.

— É uma carta que recebi há um mês. — respondeu Jellal um pouco envergonhado, sem saber para onde olhar. 

Lucy e Erza se entreolharam rapidamente. Erza tinha engolido a língua e desaprendeu como falava. Lucy achava aquela oportunidade perfeita para esclarecer os fatos.

— E quem escreveu? — perguntou animada, recebendo uma cotovelada da Scarlet.

— Eu não sei. — respondeu simplório. — Não tem remetente e eu não recebi mais nada desde então. 

— O quê!? — gritaram em uníssono assustando o rapaz. E sem permissão alguma começaram a ler a carta.

Lucy começou a rir de ter que se bater para poder se expressar. Aquilo era tão cômico! Tinha até se esquecido que o rapaz estava ali.

— 'Cê é muito burra, Erza! — gargalhava a loira. — Você escreveu a carta pro Jellal e não assinou! E agora tá aí sofrendo por amor porque achou ter sido rejei… Ops. 

Erza em misto de desespero e vergonha saiu correndo sem dar chance para que alguém falasse algo. Nunca soube se expressar de forma correta, e ser exposta assim de surpresa a pegou desprevenida. 

Passou em sua sala, pegou sua mochila e saiu da propriedade de Fairy Tail pelos fundos. Queria apenas ficar sozinha.

∆•∆•∆

Estava na praça de Fiore encostada em uma árvore de cerejeira, sobre a grama aparada havia pétalas rosas. Crianças brincavam com seus pais animados, casais andavam de mãos dadas sorrindo e tirando fotos, afinal, era um lindo dia para passeio.

 O celular da ruiva apitou, havia recebido uma mensagem, dessa vez decidiu olhar.

Mensagens

Lucy ♡ : Onde você está? 

Lucy ♡: Me desculpe, Erza,  nunca foi minha intenção te expor na frente do Jellal.

Lucy ♡: Estou preocupada. Mande notícias!


Não é que ela estivesse chateada com Lucy, mas a responderia assim que chegasse em casa. Sabia que a loira não havia feito aquilo para constrangê-la, ela que era covarde demais para encarar seus sentimentos.

— Você corre, hein, Scarlet. — Jellal apareceu em sua frente ofegante, surpreendendo a ruiva. — Não fuja de mim dessa maneira. 

— J-Jellal! O-Oque está fazendo aqui? — perguntou corada, seu coraçãozinho estava a mil.

— Vim atrás de você, oras! — respondeu agora com a respiração normalizada. Vê-la ali na sua frente, tão linda com as bochechinhas vermelhas o deixava cada vez mais hipnotizado. — Preciso que me ouça, tudo bem? 

Ela assentiu. Não importava se seria rejeitada ou não, ela precisava de uma resposta pro seu coração. 

Sentiu Jellal segurar suas mãos trêmulas e suadas. Era um toque tão suave e macio que não se importaria de ficar assim para sempre. 

— Olha, eu realmente estou surpreso por você ser a dona da carta. — confessou. — Nunca imaginei que uma pessoa tão incrível como você poderia sentir algo por mim. Confesso que desde a primeira vez que a vi nunca mais a deixei de observar. — Jellal acariciou com as pontas dos dedos seu cabelo. — Seus cabelos de coloração tão única me deixava admirado, mas você se aproximar de mim com uma gentileza tão grande fez com que eu sentisse algo dentro de mim que não sabia explicar. E com o passar dos dias, eu sempre inventava uma desculpa para falar com você, como naquela vez que eu disse que esqueci o livro para poder sentar ao seu lado, ou quando eu disse para voltar juntos para casa nas quintas porque eu tinha cursinho, o que era uma grande mentira já que meu curso era pro outro lado. — sorriu tímido. — Enfim, o que eu quero dizer é que eu amo estar com você, conversar com você, sorrir com você, ouvir músicas com você. — Jellal começou a ficar cada vez mais vermelho. — Eu amo você, Scarlet, da forma mais linda que eu já conheci o amor. 

Aquilo era um sonho e Erza não queria acordar. Estava com os olhos marejados, mas o sorriso não saia da sua face. 

— Estou tão feliz! — exclamou a ruiva enxugando suas lágrimas. — Eu fui uma boba em pensar que você era um babaca insensível por desprezar minha carta. — sorriu. — Eu amo você, Jellal. 

Jellal selou os lábios de Erza com um beijo singelo. Encostaram uma testa na outra e fecharam os olhos apreciando aquele momento só deles, não percebendo o contraste perfeito do vermelho e azul que refletia o pôr do Sol no céu.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, principalmente a @Kuriyama_nyah ❤️
Até a próxima!



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