Conclusões Precipitadas escrita por Aline Black


Capítulo 1
Conclusões Precipitadas


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Estou de volta!
Essa história é uma Snamione bem levinha e divertida.
Espero que gostem!
Boa leitura!



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Minerva McGonagall caminhava apressadamente pelos corredores de Hogwarts, já estava atrás do diretor Snape há cerca de meia hora.

— Onde ele pode estar? — Questionou-se Minerva após sua busca infrutífera no laboratório de Severus.

Minerva precisava consultá-lo sobre assuntos referentes à festa de dia das bruxas, que se aproximava, ela não queria fazer todo o trabalho sozinha. Além disso, Snape tinha o dever de ajudá-la. Porém, não conseguia encontrar o diretor em lugar nenhum do castelo.

Minerva suspirou e disse a si:

— Acredito que nesse momento eu não tenho escolha, preciso ir até os aposentos dele, já que é o último lugar em que falta procurá-lo. — Minerva massageou as têmporas já se preparando para o mau-humor de Snape, pois ele detestava ser incomodado quando estava em seus aposentos.

Minerva então se se dirigiu até os aposentos do diretor, que não estavam muito longe de onde ela se encontrava agora, já que ele havia decidido mantê-los nas masmorras.

A vice-diretora, assim que chegou em frente aos aposentos de Snape, bateu na porta e aguardou ser atendida. Esperou por alguns momentos, no entanto ninguém veio recebê-la. Como as decisões sobre o banquete de dia das bruxas precisavam ser tomadas ainda naquela manhã, Minerva insistiu e bateu na porta novamente. Mas não foi atendida.

Enquanto batia na porta pela terceira vez, esta abriu-se com um leve clique. Minerva estranhou a situação, certamente era um acontecimento muito raro Snape deixar sua porta destrancada.

Minerva, temendo que algo tivesse acontecido com o diretor, empurrou a porta lentamente e adentrou o recinto. Aparentemente tudo estava normal no vestíbulo, então ela seguiu, cautelosamente, adiante.

Quando alcançou a entrada, que dava acesso a pequena sala pessoal do diretor, o que Minerva viu, em parte a chocou e em parte a deixou enfurecida, havia diversas peças de roupas femininas jogas displicentemente pelo chão.

“Eu precisando de ajuda para resolver questões relacionadas à escola e aos alunos e esse... descarado está por aí se divertindo, em vez de estar fazendo seu trabalho.”, pensou Minerva enquanto avançava mais alguns passos, decidida a levar o diretor de volta ao seu posto.

Minerva seguiu a trilha de peças de roupa. Primeiro ela encontrou uma camisa branca comum, jogada sobre uma poltrona, caminhou mais alguns passos, então encontrou uma saia de cor cinza chumbo, que ela tinha quase certeza de que pertencia a nova professora de poções.

A cada passo dado, Minerva enfurecia-se mais com o diretor e, consequentemente, com a professora de poções.

A peça seguinte, encontrada por Minerva, foi uma meia calça, jogada próximo a porta do quarto de Snape.

“Isso já está indo longe demais.”, pensou a bruxa.

A vice-diretora, munindo-se de coragem, para talvez enfrentar uma situação constrangedora, caminhou mais um passo e parou em frente à porta do quarto do diretor.

No entanto, a porta estava aberta e não havia ninguém ali.

Por alguns segundos, Minerva suspirou aliviada, mas logo voltou ao seu objetivo. Precisava encontrar o diretor.

Ela estava prestes a fazer o caminho de volta, quando escutou vozes vindas do fundo do quarto, onde ficava o banheiro pessoal do diretor.

— Severus, seja mais gentil, vá mais devagar. Assim você vai acabar me machucando.

Minerva cobriu a boca ao escutar aquela frase tão obscena, mas não foi só isso que ela ouviu, o diálogo seguiu.

— Sinto muito, minha querida, mas não posso fazer mais devagar. O ideal é que terminemos isso logo. Pois, você sabe que preciso voltar ao trabalho.

Minerva só conseguiu pensar “Que sem-vergonha!”.

Decidida a acabar com aquela pouca vergonha durante o horário de trabalho, Minerva estufou o peito, colocou em seu rosto sua expressão mais severa e avançou até o banheiro, de onde estavam vindo as vozes.

Minerva vê que a porta do banheiro está entreaberta, então a empurra e logo já vai esbravejando:

— Podem me explicar o que está acontecendo aqui?

Duas faces se voltam rapidamente na direção da vice-diretora.

Minerva, ao ver a cena que se desenrolava à sua frente, logo desmanchou sua expressão severa e suas bochechas adquiriram um leve tom rubro.

A vice-diretora viu Hermione Granger Snape, a professora de poções, de roupa íntima sentada dentro da banheira e Severus Snape, o diretor, sentado na borda da mesma banheira, com uma esponja em uma mão e um frasco de poção na outra.

— Minerva! — Hermione exclamou em parte surpresa e em parte assustada. — Nós podemos explicar...

A jovem professora iria tentar explicar a situação, mas foi impedida por seu marido, Severus.

— Quer saber o que aconteceu aqui? — Perguntou Snape com ar sarcástico. — Quer mesmo saber? Aconteceram os gêmeos Longbottom. — A voz de Snape agora já carregava certa ira. — Aquele dois, são iguais ao pai deles, Neville, são pequenos desastres ambulantes.

Minerva, que antes estava furiosa, agora estava confusa.

— Não entendo, — disse McGonagall.

— Olhe a situação de minha esposa. — Snape indicou Hermione com a mão.

Minerva olhou com mais atenção para a bruxa na banheira, a pele de Hermione estava coberta de bolhas vermelhas, algumas das bolhas até pareciam pequenos vulcões.

— Deixa que eu explico, — disse Hermione dirigindo à Snape primeiro e depois à Minerva. — Eu estava na aula de poções, com os primeiranistas, nós estamos estudando poções-antídoto, estávamos praticando uma poção contra urticária, nós usamos folhas de Heracleum mantegazzianum, para produzir essa poção.

Hermione voltou a coçar os braços assim que mencionou o nome da planta usada na aula. Snape, ao ver que a situação das bolhas estava piorando, voltou a aplicar a poção com a esponja, sobre o corpo de sua esposa.

Assim que as bolhas voltaram a diminuir, Hermione seguiu com a explicação à Minerva:

— Porém, os gêmeos Longbottom fizeram algo errado com a poção deles e o caldeirão começou a borbulhar de forma estranha. Então, conhecendo bem os Longbottom e sua capacidade de destruição, — Hermione usou de pitadas de ironia — eu pedi para todos os alunos saírem da sala imediatamente. Só que assim que voltei à sala, para limpar e esvaziar o caldeirão que os gêmeos estavam usando, a poção explodiu, jogando aquele líquido para todos os lados. E eu fui atingida em cheio.

Hermione suspirou pesadamente e depois concluiu:

— Eu não sei de que forma, mas os garotos Longbottom conseguiram transformar uma poção que deveria curar urticária, em uma poção que causa uma urticária severa. Depois da explosão, a coceira foi tão insuportável que eu sequer consegui pensar direito, eu só vim até meu marido, o mais rápido possível, em busca de ajuda. Eu nem consegui limpar a sala de poções, aquela poção assustadora ainda está espalhada pelas paredes e pelo chão.

Snape, que ainda passava a poção curativa, com a esponja, pela pele de Hermione, disse:

— Aqueles dois garotos são um perigo para a sociedade.

Minerva, naquele momento, ficou imensamente envergonhada pelos seus pensamentos anteriores. Havia julgado muito mal o diretor e a esposa.

— O mais importante agora é cuidar de sua condição, Hermione. — Disse Minerva ocultando seu constrangimento. — Não sabemos quais os males que essa poção criada pelos garotos pode causar, é melhor você ficar em repouso e também em observação.

— Não posso ficar em repouso. Tem toda aquela sujeira na sala de poções. E se algum aluno desavisado entrar lá? É um risco muito grande deixar tudo daquele jeito.

Então, como uma forma de se redimir de seus “pensamentos julgadores”, Minerva ofereceu à Hermione:

— Pode deixar que eu irei limpar a sala de poções e também avisar aos alunos que, por hoje, não haverá aula de poções.

 — Sou muito grata pela sua ajuda, Minerva. — Disse Hermione de forma sincera.

Minerva assentiu com a cabeça e depois dirigiu-se a Snape:

— Sei que não é o melhor momento, mas precisamos resolver algumas questões sobre o dia das bruxas. Venha falar comigo depois que a situação de Hermione acalmar.

— Certo, — Snape disse.

Minerva então deixou os dois. Assim que se viu fora do aposento, deixou o constrangimento tomar conta de sua face.

— Eu deveria me envergonhar de ter pensando essas coisas do diretor. — Minerva disse a si enquanto andava em direção a Torre da Grifinória. — Como vou encarar Snape a partir de agora?

 Assim o casal voltou a ficar sozinho, Severus disse à esposa:

— Enquanto houver um Longbottom em Hogwarts esta escola não será um local seguro.

Snape esfregou as costas de Hermione, que ainda estavam cheias de bolhas, e continuou:

— Certamente nossa noite romântica de hoje vai precisar ser cancelada. Não tem como ter romance com você dessa forma. — Severus indicou a pele de Hermione, coberta de bolhas vermelhas.

— Tem razão, meu amor, — disse Hermione desanimada — péssimo dia para um caldeirão explodir.

— Bom, eu acho que eu não tenho outra opção, — Snape estava com sua expressão séria — vou precisar expulsar os gêmeos Longbottom da escola. Explodir um caldeirão é aceitável, mas estragar a minha noite de sexta não é.

— Severus, não é para tanto — disse Hermione, obrigando-se a rir. — Porém, precisamos urgentemente mudar meu horário, não posso dar aula aos primeiranistas na sexta-feira. Ou nossas noites de sexta serão sempre assim. — Hermione indicou a situação em que ela se encontrava.

— Certo, podemos mudar seu horário. — Disse Snape com voz levemente enfadada. — Mas ainda acho que expulsar os Longbottom seria mais efetivo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
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Um beijão!



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