Extinção escrita por Alina Black


Capítulo 52
Jacob - Freedom


Notas iniciais do capítulo

Sentiram saudades?
voltando a atualizar.



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Whichita ,Eastborough,  31° 38' 52" N 99° 26' 53" O

Eu tinha consciência que estava quebrando minhas próprias regras ao sair do refúgio sem avisar a ninguém, mas eu precisava tornar aquela noite especial e por Renesmee valia a pena correr os riscos. Estacionei a caminhonete diante da pequena loja de flores e arrumei o capuz sobre minha cabeça, como se um cara musculoso de dois metros e dez não chamasse a atenção, mas eu estava longe da zona de vigilância do clã Volturi, provavelmente os sanguessugas que eu corria o risco de encontrar eram todos nômades.

Sai do veículo e caminhei entre os mercadores e compradores, pelo cheiro eram todos humanos, atravessei a rua me juntando à multidão e parei diante da porta da loja observando o cartaz de procurado colado à direita da entrada, pelo menos eu estava bonito na foto.

Entrei no estabelecimento e o mesmo se encontrava vazio, olhei de soslaio para as flores nos inúmeros vasos e meus olhos encontraram aquilo que eu procurava, a rosa em um tom vermelho brilhante e puro, parei diante do vaso e sorri pensando em Nessie tendo meus pensamentos interrompidos pela voz do homem idoso.

— Deseja alguma coisa meu jovem?

— Qual o valor da rosa? Perguntei sem virar o rosto para olhar para ele.

— Infelizmente essa não está à venda, mas pode escolher outros tipos de rosas – Disse o homem caminhando até o final do balcão e passando para trás do móvel.

— E por que não está à venda? Indaguei um pouco frustrado.

— Essa é a última da espécie, a Freedom, é a rosa de valor lastimável para mim, era a rosa preferida de minha esposa.

— E o que houve com sua esposa? Perguntei curioso.

— Escolha outra rosa! O velho falou em um tom de rispidez e deus as costas caminhando até um vaso de rosas brancas.

— É uma pena – Sussurrei olhando para as demais flores e em seguida retirei o capuz de minha cabeça – Eu vim justamente atrás dessa rosa pois sabia que a encontraria aqui.

Os olhos do velho arregalaram-se e ele caminhou rapidamente até a porta da loja, virou a placa para fechado e a trancou, dei um tímido sorriso ao vê-lo se aproximar.

— Black você por acaso perdeu o juízo? O homem disse me dando um abraço.

Não contive meu riso o abraçando enquanto sentia seus tapinhas em minhas costas – Eu estava de passagem e decidi vir visitar um velho amigo antes que ele decida bater as botas.

— Sabe que é perigoso estar aqui, tem cartazes seus por todos os lados e caçadores alguns humanos decidiram vender a alma aos Volturi – O velho falou ao se afastar.

— Estou ciente disso, mas eu prometi que um dia viria buscar essa rosa.

A sobrancelhas do velho se uniram em sua testa – Você se arriscou por essa rosa? – Em seguida ele ficou pensativo e novamente seu semblante foi dominado pela surpresa – Não me diga que você...

— Exatamente – Concordei com a cabeça alargando meu sorriso – Eu sofri um imprinting.

O velho sorrio e pousou sua destra em meu ombro – Nem Anna conseguiu fazer você sorrir dessa forma filho – O sorriso dele se desfez e ele se afastou – Me diga como está minha neta?

— Linda como a mãe! Respondi voltando a sorri – Ela está crescendo, pergunta por Anna, fugiu para encontrá-la, tenho certeza que se ela souber que tem mais um avô além de Billy...

— Não! Ele me interrompeu – Nós combinamos que ela não saberia, olhar para Sara me fará lembrar de Anna, e você sabe que seria arriscado eu saber onde estão.

— Tem esperança que Anna um dia retorne, é isso?

O homem se calou e voltou para trás do balcão – Quer beber alguma coisa?

Minha expressão mudou – Você a viu, não é? Sabe onde ela está.

— Não Black eu não sei!

— Você é péssimo em mentir.

Ele pegou uma garrafa e um copo, em seguida o encheu com a bebida – Eu prometi a ela que não diria nada – Ele explicou me entregando o copo – Mas sim, ela esteve aqui a alguns dias, perguntou pela menina e eu disse que não sei onde está, por isso não posso e nem quero saber.

Peguei o copo e tomei a bebida dando um só gole, em seguida deixei o copo sobre o balcão-  Quando ela vier, pergunte onde posso encontrá-la.

— Está procurando por ela?

— Prometi a Sara que encontraria a mãe dela.

— Acha isso uma boa ideia?

— Você esteve com ela, o que me diz? Perguntei olhando nos olhos do velho.

Ele engoliu a própria saliva – Apesar de agora ela não ser uma humana eu ainda vi a minha Anna no fundo dos olhos dela.

Dei um tímido sorriso.

O velho caminhou até o vaso com a rosa vermelha e se aproximou novamente o entregando para mim – É uma rosa de grande durabilidade – Explicou ele ao me entregar – Tenho certeza que ela vai gostar.

Eu assenti pegando o pequeno vaso das mãos dele – Obrigado.

— Seja feliz Black – Ele disse novamente se afastando, concordei com a cabeça e coloquei o capuz do casaco novamente sobre minha cabeça em seguida caminhei até a porta a parando ao ouvi-lo novamente. – O pagamento é uma foto de minha neta.

— Receberá sua foto – Respondi girando a maçaneta e sai da loja.

Passei em meio à multidão olhando de soslaio para os lados e segui até a caminhonete, deixei a rosa no banco carona e suspirei ao dar partida no carro pegando a estrada de terra em direção ao Parque de Animais Selvagens de Tanganyika.

Enquanto dirigia meus pensamentos se perderam novamente, porém dessa vez em Anna e Sara, a conversa com o pai de Anna havia me deixado com dúvidas de que eu havia feito a escolha certa ao ter desaparecido com Sara, apesar de Anna pedir para que eu a protegesse dela, ela ainda era a mãe dela e nossa filha precisava dela.

Eu sabia dos riscos que Anna representava a Sara, mas também sabia do amor que Anna sempre teve por nossa filha, pela primeira vez eu me senti perdido em qual decisão tomar, mas cedo ou tarde esse encontro aconteceria.

Após algumas horas pela estrada clandestina eu finalmente estacionei a caminhonete no ponto de entrada para o abrigo, após me certificar que não havia sido seguido eu finalmente retornei, olhei para a rosa no vaso e sorri, a dona dos meus pensamentos retornava ao seu lugar, eu tinha pouco tempo e precisava preparar tudo para nossa noite.

Entrei a francesa no abrigo evitando encontrar com qualquer pessoa, embora em tivesse certeza que haviam notado a minha ausência durante as horas que estive fora, pensaria em uma desculpa para dar caso alguém perguntasse, naquela hora com certeza todos os  habitantes estariam ocupados com o almoço, isso me deu tempo de seguir para o setor leste, eu havia descoberto um lugar, apesar de estarmos no subterrâneo havia uma saída no alto da montanha como uma varanda com uma vista linda para o céu, era arriscado sair com Nessie do abrigo mas eu daria a ela uma noite estrelada.

Passei algumas horas organizando o lugar e quando finalmente tudo estava pronto sai do meu esconderijo pronto para enfrentar as perguntas curiosas de quem me encontrasse, segui pelo setor Sul na direção da sala de reuniões e ao abrir a porta dei de cara com o projeto de gente sentada em minha cadeira.

— Oi papai Alpha! Ela falou cruzando os braços – Posso saber onde você estava?


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