Quando contaram para Arthur que o nome do primogênito dos Potter seria James Sirius, ele caiu na gargalhada. Ideia de girico!, como diriam os trouxas. E não deu outra… 

— Conta para o vovô por que você está de castigo, James — a novidade da semana sempre era o novo castigo do pobre garoto atentado e, por mais duvidoso que parecesse, Arthur gostava de ouvir as desventuras do neto. 

— Eu só estava treinando — suspirou desolado. — Como vou ser um jogador de quadribol se eu não treino o suficiente?

Há alguns meses, James Sirius tinha enfiado na cabeça um novo sonho: ser jogador profissional de quadribol e, de preferência, titular do Ballycastle Bats. Esse novo sonho resultou em diversas desavenças entre ele e os pais, já que ele era incapaz de se manter um dia longe da vassoura ou pelo menos do lado de fora da casa. Segundo ele, era muito interessante voar desviando de obstáculos. O problema? Ele não desviava. 

— Quero chegar em Hogwarts sendo um bom artilheiro, porque aí vão me colocar no time logo no primeiro ano, igual o papai! 

— Você precisa crescer um pouco antes disso, James — numa tarde de outono, a tarefa de conversar com o pequeno e entusiasmado Potter tinha ficado para Arthur. — Algumas coisas precisam de tempo. Você até pode entrar no primeiro ano, mas talvez não tenha um ótimo desempenho porque você precisa crescer, ficar mais forte para aguentar uma partida e para não se machucar. O que você prefere? Apressar as coisas e fazer de uma forma mediana ou esperar e ter um bom desempenho?

Ele ficou desolado naquele dia. Totalmente. Nem o avô estava apoiando a decisão de sua vida! Arthur percebeu o quão frustrado James ficou e respeitou a vontade dele de não tocar mais no assunto. Porém, foi Arthur quem deu um uniforme de quadribol tamanho infantil para ele no Natal, a vassoura do primeiro ano de Hogwarts e o cachecol do Ballycastle Bats. 

Quando James Sirius jogou pela primeira vez no time da Grifinória, no terceiro ano, Arthur estava lá para assistir. 

Quando James Sirius jogou pela primeira vez no time da Grifinória como capitão, no sexto ano, Arthur estava lá para assistir. 

Quando James Sirius jogou pela última vez no time da Grifinória, no sétimo ano, Arthur estava lá para assistir. 

Quando James Sirius jogou pela primeira vez como titular no Ballycastle Bats, com vinte anos, Arthur estava lá para assistir.

Foi num inverno rigoroso, no dia de Natal, que Arthur ganhou uma camiseta número 10 do Ballycastle Bats com seu nome escrito. Exatamente igual a que ganhara de Gina, décadas atrás.