Pouco tempo depois de despertarem, Hermione pega uma pêra e Draco uma maçã, levantam acampamento e ela guarda tudo na bolsa, dentro da mochila dela.

— Nós temos que andar logo, se não nunca chegaremos ao acampamento dos centauros. - Hermione saía andando decidida - Eu não vou perder ponto nesta matéria.

— Sabia que se você falar menos, você consegue ir mais rápido. - Draco falou passando por ela, mas, diferente dos dias anteriores, quando chegou ao seu lado a surpreendeu - Licença!

"Ele acabou de pedir licença? Depois de 1 dia me empurrando?" Hermione ficava se perguntando sobre as atitudes dele, e logo se lembrava do sonho. Mas, na cabeça de Draco o pensamento também se repetia, e passou a frente dela por um motivo especial.

— Trip! - Hermione acaba tropeçando e caindo em seu colo, seus rostos estavam muito colados. Draco a deixa de pé, mas sem a soltar - Eu preciso te falar, eu vi o seu sonho!

— Eu também vi o seu, e como você parece entender rápido as coisas... - Hermione nem dá um tempo para que ele respire. Simplesmente o beija e logo demostra que, embora ele esteja acostumado a mandar, ela quem manda nesta situação.

Ele tenta emprensá-la contra uma árvore, mas não consegue, pois, quando eles estão se aproximando, ela o vira e o coloca contra a árvore. Mas logo sentem o ambiente ficando frio, e começam a estranhar isso. Eles pegam suas varinhas e logo sentem como se algo tivesse sugando sua felicidade. Eles se afastam com as varinhas em punho. Quando Draco tenta lançar um feitiço de proteção em Hermione, uma sombra, usando um manto semelhante a dos dementadores surge, atacando seu braço com uma mordida pouco acima do pulso.

— Expectro Patronum! - Uma lontra de luz sai da varinha de Hermione, ampliando sua luz e afastando os dementadores. Quando a onda de luz se expande, acertando aquele ser encapuzado que atacou Draco, a criatura acaba perdendo o capuz, revelando ser um boneco com uma boca humana, Hermione para ganhar tempo direciona sua lontra para cima dele, que desvia e parte para cima da jovem. - Flipendor!

A criatura sai voando e se despedaça em uma árvore. Hermione corre para ajudar Draco.

— O que aquela coisa te fez?

— Ele me mordeu!

Draco respondia em meio a gemidos de dor. Aquelas marcas estavam queimando seu braço. Hermione pega seu braço e observa que a mordida estava tomando uma forma, este momento para Draco estava sendo pior do que quando recebeu um Septum Sempra de Harry. A mordida toma a forma da marca negra. Quando esta transformação acaba, ele quase desmaia. Sendo somente sustentado por Hermione, que o encosta na árvore que antes eles estavam se beijando.

— O que isso significa?

— Não, não pode ser! Ele está morto! Não pode ser.

O desespero de Draco era tanto que para ele se tranquilizar, Hermione deu um tapa em seu rosto.

— Férula! - Uma bandagem envolveu completamente a marca negra - Draco, vamos voltar e depois conversamos com a Minerva sobre isso! No meio da floresta não iremos resolver nada!

— Mas e a sua nota?

— Depois eu dou um jeito nisso, você estar bem é mais importante... - Hermione notou o que acabou de dizer, nem ela acreditava que estas palavras saíram de sua boca - Você sabe né? Somos uma dupla e... Vamos parar de conversar.

Dito isso, Hermione aponta sua varinha para sua mão, aquela que no dia anterior estava escrito o nome de Draco. Chegando no local, notou uma pequena confusão, onde alguns alunos choravam e outros estavam escandalizados. Dentre estes alunos estava Harry, ajoelhado ao lado de alguém que estava deitada no chão. Hermione reconheceu a roupa, era Luna, e o medo dela era que a cena do final do torneio tribruxo estivesse se repetindo. Ela foi apoiando Draco até perto da multidão. Abaixou ao lado de Harry, notando o braço dele com a marca negra, mas uma diferenciada, onde o crânio era o de uma serpente. Ela repetiu o feitiço que fez em Draco para não chamar atenção dos outros alunos.

— Harry, o que... - Ao ouvir a voz de sua amiga, Harry a abraça e deixa o choro vir. - O que aconteceu com a Luna?

— Os dementadores, eles deram o beijo nela!

Esta fala dele fez Hermione entrar em choque. Todos os que souberam estavam estarrecidos com a situação. Leo aparata para perto dos alunos e sai andando no meio da multidão. Mas antes de tudo, uma cobra pequena surge no meio deles.

— O primeiro passo foi dado! - Harry ouviu a voz e Draco também.

Hermione notando seu amigo murmurar algo na língua das cobras, procura pela serpente, a encontrando.

— Everte Stetun! - A cobra antes de voar, acaba por explodir em uma labareda. Nisso, Harry e Draco desmaiam. - Professor, por favor!

Leo demostrava uma calma demasiadamente preocupante para os alunos, que suspeitavam que ele estava louco. Uma aluna estava com um destino pior que a morte.

— Ótimo, eu só pedi um leito na ala hospitalar! - Ele pega Luna no colo, encosta um pé em Harry, um em Draco e olha para Hermione - Por favor, Hermione, segurem em meus braços. Preciso saber o que aconteceu.

— Eu também vou! - Neville logo se manifesta. - A mulher que eu amo tá morta e eu tenho o direito de saber o porquê!

— Por favor, sem drama! - Leo olha para Luna e vira novamente para Neville - Ela só está um pouquinho fora de si! Mas vamos, depois você senta e conversa com ela melhor! Turma dispensada, todos conseguiram conceito O.

Ali todos tinham a certeza que ele havia enlouquecido! Mas Neville encostou em seu braço e todos aparataram.