Garota ou Basquete? escrita por SS Saibot


Capítulo 8
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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10 anos depois.

 

— E esse foi mais um jogo inesquecível na carreira de Edward Cullen, senhoras e senhoras! — gritou o jornalista para conseguir se fazer ouvir através do barulho provocado pelos torcedores. Ao seu lado, a figura masculina tinha um sorriso esfuziante no rosto. — Conte-nos, Edward, qual é a sensação de encerrar seu período nas quadras com uma vitória como essa?

— É maravilhoso, realmente fascinante. — confessou — Eu nem sei como transmitir o que estou sentindo em palavras. Estou muito orgulhoso de minha equipe pelo trabalho árduo e pela dedicação que mostraram em quadra. Sem eles, seria impossível fechar esse período da minha vida com tamanha honra.

— Muito bem! Agora, precisamos fazer a pergunta de um milhão de dólares — brincou o jornalista — Quem acompanha sua carreira desde o início, sabe que você tem um apego enorme pelas quadras de basquete. O que o fez dar por encerrada sua carreira no auge de seus trinta de cinco anos?

— Aprendi com uma pessoa muito especial que, na vida  há tempo para tudo. Me dediquei e dei tudo de mim ao basquete por mais de vinte anos da minha vida e esse tempo foi o suficiente para que eu tenha em mente a importância que minha família tem para mim. Abdiquei de algumas coisas e de bastante tempo com as pessoas que eu amava. Não foi fácil,  mas foi o que minha esposa, Isabella Cullen, mandou que eu fizesse e todos que me conhecem sabem que eu não resisto a uma ordem da minha mulher — brincou — Tudo que quero agora é passar o resto de minha vida aproveitando de realizações que o basquete não poderia me dar.

— Isso sem dúvidas é um ótimo motivo, Edward. Todo o mundo do basquete sentirá muito a sua falta. Os jogos não serão os mesmos sem a sua presença em quadra. Os torcedores do mundo todo lembrarão seu nome a cada partida. Eu, inclusive, sou um deles. A hashtag #ReiDoBasquete está em primeiro lugar nos trending topics. Como você está se sentindo com esse carinho dos seus fãs?

Extasiado era uma boa palavra.

— É muito justo eles já estarem sentindo minha falta, porque já estou sentindo falta deles também.

Seus olhos ardiam, mas apesar disso, Edward não sentia uma verdadeira vontade de chorar. Tinha algo muito precioso esperando por ele ali e estava ansioso para realizar todos os antigos e novos planos que tinham.

Aprender coreano em um site de traficantes chineses; comer durante um mês com hashis só para sua garota rir dele; visitar Aspen e patinar no gelo; vestir-se de Papai Noel no natal; levar seus filhos incontáveis vezes para comer alguma refeição totalmente não-saudável  escondido de Isabella enquanto ela estivesse em sua clínica; ter infinitas noites livres para contar histórias para que eles dormissem e incontáveis manhãs para fazer Isabella Cullen acordar e se sentir a mulher mais amada e desejada do mundo, pois isso é o que ela era.

— Nós desejamos tudo de melhor para você, Cullen. Dentro e fora das quadras da vida!

Inesperadamente, o jornalista o puxou para um abraço e ele retribuiu, dando tapinhas nas costas do homem. Quando se afastou viu que o repórter tinha os olhos marejados e não pôde evitar se sentir grato. Estava deixando um legado para trás, enquanto se  afastava na direção de sua esposa.

Isabella vinha correndo na direção dele e Edward a pegou na metade do caminho, levantando-a do chão e enfiando seu rosto suado no meio dos cabelos macios dela. Ele respirou fundo, o seu cheiro, encontrando o lugar em que queria estar. Quando ela se afastou, olhou fundo nos belos olhos verdes, a sensação de dever cumprido o preenchendo.

Como ela havia previsto, houveram brigas, desentendimentos, gritos e choro. Havia tido saudade da parte dele e da parte dela, noites em que Edward dormia em algum hotel ao redor do mundo com a foto dela debaixo do travesseiro, desejando estar em casa; arrependimento, por não ter estado presente quando Isabella entrou em trabalho de parto. Mas, também houveram declarações de amor sussurradas no meio da noite; ligações que duravam uma madrugada inteira; sexo por telefone e xingamentos também. Apesar de tudo aquilo, eles haviam conseguido manter a promessa feita. Nunca deixaram de se amar.

— Então, quer dizer que agora você é todinho meu? — Isabella perguntou ao se afastar.

— Um pouco mais do que sempre fui, Cullen. — Ele respondeu, colocando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha.

Isabella riu e se aproximou um pouco mais, ficando na ponta dos pés para poder beijá-lo. Ele segurou firme em sua cintura. Escutou seus amigos gritando e vaiando ao fundo com a demonstração melosa de afeto. Foram interrompidos segundos depois por dois corpos pequenos se chocando contra às pernas de Edward.

Ele virou e pegou Frankie e Jordan pelas pernas, acomodando cada um de seus filhos em um braço. Não podia acreditar que suas crianças já tinham seis anos. Parecia que havia sido ontem a vê-los nascer, agora já eram uma mocinha e um rapaz, ambos hiperativos demais para que  conseguissem ficar no colo por muito tempo.

Edward abraçou a cintura de Isabella enquanto observava os filhos se afastarem para brincar na quadra com a bola do jogo, alguns membros do time se juntaram a partida infantil e pareceram virar crianças também.

Ele definitivamente sentia falta de quando tinha os filhos só para ele.

Já estavam no carro quando Edward lembrou de quando contou a Isabella que um time da liga nacional o queria. Ela havia dito que nunca se sentiria bem sendo o tipo de mulher que o faria escolher entre a garota ou basquete, sabendo que ele amava o que fazia.

Ele olhou na direção da bela garota; a sua garota. Estava absolutamente pronto para dedicar tudo de si a ela. Ninguém o impediria de colocar o mundo a sua disposição, se ela assim desejasse, porque o seu mundo estava todo ali, entre seus braços e a poucos metros dele, orbitando em torno das três partes mais importantes de toda sua existência.

Edward não hesitou dessa vez. Virou o rosto para o amor de sua vida, que estava encarando a janela do carro, cantarolando Sweater Weather, e murmurou baixinho, tendo a certeza de que ela não iria escutar:

— Eu escolho a garota. Definitivamente, a garota.

 


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Notas finais do capítulo

Ai, gente, eu amei muito escrever sobre esse casal. Eu sempre quis contar a história de um casal mais maduro, sem muitas daquelas intriguinhas bobas que tanto gostamos, mas tão legal quanto e, eu acho que funcionou bem!

Me contem nos comentários se gostaram, tá bom? Um beijo!



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