Família escrita por Saori


Capítulo 3
Harry.


Notas iniciais do capítulo

Chegamos na metade da fic!! E estamos na metade do mês também. Aff, já estou com saudades. De qualquer forma, boa leitura! ♥



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Harry Potter sempre foi extremamente querido pela família Weasley. Depois de perder os seus pais, pegou-se imaginando inúmeras vezes sobre como teria sido a sua vida caso Lily e James tivessem sobrevivido. Tia Petúnia e tio Walter não eram exatamente grandes exemplos de figuras materna e paterna, mas Molly Weasley certamente foi o mais perto de uma mãe que ele teve. Molly, ao contrário de muitos, nunca o julgou por ser Harry Potter. Na verdade, ela o acolheu quando ele não tinha absolutamente nada além de seus medos. Sem temer a sua reputação. E o rapaz seria eternamente grato por isso.

Desde que conheceu o garoto, ainda quando criança, na plataforma de trem, acompanhar o seu crescimento tornou-se algo completamente natural para ela. Com o passar dos anos, orgulhava-se cada vez mais de Harry por ser um menino tão forte e corajoso e, ao mesmo tempo, nutria mais afeto e amor por ele a cada dia, se é que aquilo ainda era possível. Automaticamente, o sentimento forte de superproteção veio e, por mais que Harry achasse isso irritante em certos momentos, ele gostava de se sentir especial. Gostava de se sentir querido.

 Ela não tinha certeza se ele sabia, mas Harry era realmente amado. Tal como um filho. Molly jamais seria Lily, mas esforçava-se ao máximo para protegê-lo como uma mãe faria. Lembrava-se exatamente do dia em que bordara o primeiro suéter natalino para ele. Aquela era uma tradição da família Weasley e, ainda que Harry não compreendesse ainda o significado por detrás daquele simples gesto, entregar aquele suéter para Harry significava que ele se tornara parte daquela família.

Por isso, quando Harry iniciou o seu relacionamento com Ginny, sua filha, e automaticamente se tornou o seu genro, ela festejou, como se fosse uma grande data comemorativa. Implicitamente, aquilo significava que ele se aproximaria ainda mais dos Weasley, pois suas visitas se tornariam cada vez mais frequentes, e Molly simplesmente adorava passar tempo ao lado dele.

Mas nada era capaz de superar a felicidade de Molly no dia do casamento de sua filha e de seu atual genro. Ela estava feliz por Ginny, de fato. Repleta de felicidade pelo fato de saber que ela havia encontrado a sua alma gêmea, alguém para fazê-la feliz pelo resto da vida. No entanto, mesmo sabendo disso, e amando a sua filha com todo o seu coração, foi quando ela viu Harry caminhando em direção ao altar que deixou sua primeira lágrima escapar.

A verdade era que aquela cerimônia estava além de um simples casamento. Não que um casamento não fosse algo significativo e importante. Certamente era. Contudo, aquele evento selava a entrada oficial de Harry na família Weasley. Molly o considerava um filho, mas, agora, ele era oficialmente o seu genro. Agora, as famílias Weasley e Potter eram uma só, e isso era o suficiente para emocioná-la e fazê-la derramar lágrimas.

Naquele dia, a primeira dança do Potter foi com a sua noiva, mas, a segunda, foi com Molly. Como a boa emocionada que era, mais uma vez, ela não conseguiu segurar o choro de felicidade. A princípio, Harry não soube o que fazer além de pedir para que ela não chorasse, mas, obviamente, sua estratégia foi completamente falha. Inevitavelmente, Harry a puxou para um abraço, ainda se movimentando desajeitadamente no ritmo da música. De longe, Ginny assistia toda a cena com um sorriso no canto dos lábios. Ela sabia, mais do que ninguém, o quanto a sua mãe se importava com Harry.

— Senhora Weasley, não precisa chorar. Nós podemos vir te visitar todos os dias, se quiser — ele proferiu, um pouco sem graça, tentando acalmá-la.

— Não é isso... Seu bobo — respondeu, em meio a soluços.

— Eu sei que você vai sentir saudades da Ginny, mas podemos vir para casa quando quiser. Não precisa se preocupar, eu vou cuidar bem dela e...

De súbito, Molly saltou e voltou seus olhos inchados para Harry.

— O que você disse? — perguntou, dez vezes mais atenta do que antes.

— Disse que não precisa se preocupar, porque eu vou cuidar da Ginny — falou, com um sorriso nos lábios, ainda tentando confortá-la.

No entanto, Molly não pareceu impressionada, uma vez que moveu a cabeça negativamente.

— Não, não, antes disso! — retrucou, tão afobada que parecia apressada.

— Que podemos vir para casa quando a senhora quiser.

  Casa, Harry, você disse casa! — disse, sorridente.

O Potter ficou sem graça por alguns segundos.

— Sim, eu disse, porque...

— Isso quer dizer que você considera a nossa casa como sua, eu fico tão feliz em saber disso! — O sorriso se alargou em seu rosto.

— Aqui sempre foi mais a minha casa do que a Rua dos Alfaneiros. Achei que a senhora já soubesse disso. É minha culpa que tenha demorado tanto a lhe dizer — começou a falar, um pouco tímido. — A senhora sempre me acolheu, independentemente de qualquer coisa, mesmo quando as pessoas me olhavam torto. Eu serei eternamente grato por tudo o que fez por mim. Por tudo o que toda a sua família fez por mim.

— Não, Harry. — Mais uma vez, ela acenou negativamente com a cabeça. — Não é a minha família, Harry. É a nossa família.

Um sorriso que ia de orelha à orelha apareceu na face de Harry, e Molly o envolveu em um abraço tão apertado, que o rapaz quase ficou sem ar. Ainda assim, ele retribuiu, envolvendo-a carinhosamente em seus braços.

— Obrigado, senhora Weasley — ele agradeceu, com os olhos enchendo-se de lágrimas. — Por me deixar fazer parte da sua família.

— Não se agradece por uma coisa dessas, Harry — falou, em reprovação. — Não se agradece por amor. Mas saiba, querido, que você é muito amado.

— Eu não poderia ter uma família melhor.

Eles não disseram mais nada, apenas terminaram a dança e, depois disso, Ginny voltou para os braços de Harry. Molly, por outro lado, juntou-se ao Arthur, enquanto observava o casal completamente apaixonado na pista de dança. Perdida em seus devaneios, ela percebeu que Harry Potter havia sido um dos maiores presentes que havia recebido em toda a sua vida. No fundo, ela sabia que ele era muito mais do que um simples genro. Harry Potter era de sua família e não havia nada que fosse capaz de mudar isso, seja lá o que o futuro reservasse.


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Notas finais do capítulo

Aff, eu adoro escrever um fluffy. Espero que tenham gostado. Vejo vocês no próximo capítulo. Até. ♥



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