Levantei-me naquela manhã, após observar o movimento do Sol se pondo a oeste durante todo o fim da tarde e fazer de Maria minha mulher durante toda a noite. Eu estava em meio a um campo de flores, um lugar paradisíaco no meio do nada. Maria observava minha expressão estática enquanto eu circulava meus olhos pelas águas de um pequeno riacho que estava à nossa frente.

_Então é aqui o tal lugar.

_É, aqui mesmo.

Olhei ao meu redor captando cada cheiro, cada centímetro do local para que pudesse me localizar durante a batalha. Ela já havia me falado sobre aquele bosque, mas nada tão meticulosamente desenhado pela natureza poderia ter se passado pela minha cabeça. Pequenas tulipas vermelhas caiam aos pés da cama que eu colocara ali, em meio à plantação. A lua era mais bonita vista pelo lado de fora e os olhos de Maria brilhavam como pequenos diamantes diante do luar também. Era como a visão do céu, do meu céu, onde só uma estrela brilhava.

_Você tem certeza que quer fazer isso? – perguntou-me enquanto enrolava suas pernas em meu quadril e posicionava-se perfeitamente onde o sol estava posto -.

Ela brilhava, e eu como um idiota apaixonado sorria sempre que me deparava com tal cena.

Beijei sua boca de leve:

_Sim, sei o que estou fazendo – respondi com firmeza e deixei um pequeno sorriso despreocupado escapar -.

A hora iria chegar e eu queria aproveitar o máximo que eu pudesse. Aquela poderia ser a nossa última vez, nosso último suspiro e eu não deixaria nada escapar.