Always - O Mistério Continua escrita por Any Sciuto


Capítulo 18
O Julgamento - Parte 1




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Era um dia importante para todos na NCIS-FBI, mas para Jenny Shepard-Gibbs e Leroy Jethro Gibbs, era ainda mais.

Hoje Hollis Mann seria julgada, não apenas pela participação na conspiração para assassinato de agentes federais, mas também pelo crime cometido contra seu ex marido.

Os restos dele foram encontrados perto de uma praia duas semanas depois dela ser presa e confessar para uma colega de cela.

Enquanto ela confiava na mulher para ficar quieta, a colega tinha medo de Hollis e cooperou com a polícia em troca de ser levada a outro presidio. Então, depois de todos os tramites feitos, a colega foi transferida e Hollis só percebeu o motivo dois dias depois.

Ali já era tarde demais e ela não fazia ideia onde a mulher tinha sido levada.

— Todos de pé! – A assistente da juíza chamou. – Estado de Washington contra Hollis Mann. O honorável juiz Phillip Banks preside esse julgamento.

— Sentem-se. – Phillip acenou e todos se sentaram de volta. – Este tribunal está reunido para decidir se Hollis Mann é culpada pelas tentativas de assassinato de Jennifer Shepard-Gibbs, Penelope Grace Morgan, Elisa Pride Callen e de várias pessoas inocentes ao longo de dois anos. Eu também estou vendo que a senhora é acusada de matar seu marido no Havaí.

— Senhor, peço permissão para falar. – Elisa estava atuando como advogada.

— Permissão concedida, promotora. – O juiz viu Hollis suspirar.

— Obrigada. – Elisa se virou para o júri. – Sei que sou uma das vítimas de Hollis, mas eu gostaria que não me tratassem como uma vítima. Olhem para mim como alguém que sobreviveu a uma psicopata moralmente e mentalmente insana.

— Objeção, meritíssimo. – O advogado de defesa entrou em ação. – Obviamente ela está fazendo a cabeça do júri.

— Negado. – O juiz olhou para o homem com cara de poucos amigos. – Ela está pedindo para não ser tratada como vítima da sua cliente.

— Por que estamos nesse julgamento se você já fez o seu? – O advogado logo se arrependeu.

— Está dizendo que a sua cliente não ajudou uma traficante de drogas a drogar uma mulher grávida com um indutor de parto? – Elisa olhou para o homem. – Quer saber?  Meritíssimo, chamo a ré para interrogatório.

Ele acenou positivamente e Hollis subiu ao púlpito e começou a tremer no segundo que o juramento começou.

— Jura dizer a verdade, nada além da verdade com a ajuda de Deus? – O meirinho viu Hollis hesitar.

— Juro. – Hollis se sentou. Seria o começo do fim para a mulher.

Penelope deixou o tribunal com a filha. Ela precisava amamentar e ver Hollis Mann fez seu estomago revirar. Ela literalmente induziu o parto da menina que segurava em seus braços. Era complicado, apesar dela ser forte.

Jenny deixou o tribunal e foi em busca de Penelope. Ela não estava de bom humor para ver a mulher que poderia ter casado com Gibbs testemunhar no tribunal. Ainda mais sabendo que ele poderia ter acabado com o ex de Hollis.

— Ei. – Jenny viu Penelope com a filha mais nova. – Achei que Rossi ficaria com ela.

— Ele queria, mas eu queria que eles vissem o rostinho dela quando eu fosse testemunhar no tribunal. – Penelope sorriu ao ver os dedinhos da filha se moverem em seu peito. – Eu quero que eles vejam o bebê que Hollis quase matou.

— Sim, eu entendo. – Jenny sorriu. – Eu não consigo pensar se Gibbs tivesse casado com essa vaca.

Penelope olhou para Jenny. Ela podia imaginar, mas resolveu que não seria bom se ela compartilhasse.

— Hollis Mann, você foi coronel do exército americano, certo? – Elisa a viu assentir com a cabeça. – Deve ter sido um trabalho difícil. Algo que exigiria um pulso firme.

— Como mulher era difícil comandar uma tropa masculina. – Hollis olhou para Elisa. – Por que isso interessa?

— Bom, James era um de seus comandados na época e eu duvido que fosse fácil comandar alguém que você se envolveu romanticamente. – Elisa olhou para ela. – Estou errada?

— Está. James era o mais fácil de comandar. – Hollis confessou. – Ele era tão fácil como um cachorro com um pote novo de ração.

— E como esse amor se transformou em uma morte? – Elisa desafiou o advogado de defesa com os olhos. – Como você decidiu que não o queria?

— Ele se tornou um babaca quando eu o chamei de Gibbs na cama. – Hollis viu Gibbs ficar chocado e adorou. – Foi depois que voltei para um caso com Jethro e você sabe, eu ainda achei que poderíamos ficar juntos. É excitante ter um caso.

— Mas o agente Gibbs não quis um caso? – Elisa perguntou.

— Não. – Hollis cruzou os braços. – Ele literalmente me dispensou porque achava que eu não deveria trair.

— E por que decidiu se juntar a Any? – Elisa viu o advogado se levantar. – Lembre-se que está sob juramento.

— Eu... – Hollis sentiu um vento passar por ela.

— Objeção, meritíssimo. – O advogado pediu com veemência.

— Por que? – Phillip estava concentrado no julgamento.

— Intimidação de testemunha. – O advogado sabia que se Hollis contasse sobre o envolvimento dela com Any, ele mesmo estaria encrencado.

— Negado. – Philip mandou Elisa continuar.

— Conte sobre seu primeiro contato com Any e seu cartel. – Elisa se apoiou no púlpito. – Você e ela estavam de coluio para isso?

— Meu primeiro contato com ela foi por meio de um advogado. – Hollis olhou para o advogado abrindo a pasta. – Ele fez os primeiros tramites, transferiu cerca de vinte e cinco mil para minha conta. Usei 5 para matar, esquartejar e esconder o corpo do James.

John, o advogado de Hollis decidiu que era hora de terminar com tudo aquele julgamento. Ele montou com precisão uma arma na pasta e a carregou.

Gibbs olhava para o advogado o tempo todo.

— Hotch, eu acho que ele tem uma arma na pasta. – Gibbs sussurrou para o amigo. – Steve, o advogado tem uma arma na pasta.

— Eu vou pelo lado esquerdo. – Hotch falou. – Você quer ir pelo lado direito ou centro?

— Vou pelo centro. – Gibbs se levantou casualmente e sinalizou para Abby levar as pessoas para fora com a maior discrição.

Ela se levantou e passou a informação para Torres e Tim. Os três se levantaram cuidadosamente e começaram a falar com as pessoas.

Como Elisa havia aprendido linguagem de sinais, ela captou a mensagem e ficou em um lugar que pudesse fazer com que ela deitasse e agarrasse a arma de seu tornozelo.

John nem percebeu quando tudo fugiu do controle. Ele sentiu que o tribunal estava mais vazio e puxou a arma para fora, fazendo com que o restante do público fugisse ou se protegesse sob as cadeiras.

— Nem pense nisso, advogado. – Gibbs tinha a arma na mão. – Você não vai querer fazer isso.

— Não pense que eu tenho algo a perder. – John apontou a arma para ele. – Quem disse que eu não puxo esse gatilho?

Jenny levou Penelope e a filha dela para longe do prédio antes de voltar para a ação. Ela tirou uma arma cor de rosa de seu coldre e sabia que logo tudo ficaria bem.

Penelope cobriu os ouvidos da bebê, mas pulou quando uma salva de tiros começou e logo pânico. Ela sentiu seu coração errar batidas pensando em seus amigos e no marido.


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