O sol estava se pondo quando o celular de Sukuna fez um bipe. Ele normalmente ignorava, mas quando viu “mensagem de Megumi” escrito ali, no mesmo momento visualizou a mensagem, afinal seu esposo era prioridade máxima.

Minha bênção ♥: Que dia infernal… Sinceramente, ainda bem que é sexta-feira. 

Sukuna deu um risinho ao ler tais palavras. Megumi era sempre tão sério, focado, até mesmo em mensagens de texto ele exalava esse padrão. Isso era uma das muitas coisas que Sukuna amava em seu esposo. Ele logo tratou de responder:

Cursed househusband: Mesmo, bem? Então acho que devo compensar isso haha :P” ele começou dizendo. “Vai demorar muito por aí?~"

Minha bênção ♥: sim, infelizmente… Meu chefe está precisando de uma força aqui, a equipe inteira vai ficar até mais tarde… Bom, ao menos ganho um extra.

Cursed househusband: aff… Que filho da puta… Tá certo, estarei te esperando! ♥

Ele então juntou as duas mãos, já pensando no que poderia fazer.

“Perfeito, com isso dá tempo de planejar algo!” disse a si mesmo, empolgado. “Agora vamos ver…” e logo começou a fazer uma lista de compras.

Não demorou para que se arrumasse e fosse ao mercado. Comprou alguns ingredientes para um belo jantar, e claro, não poderia faltar: gengibre, coisa que Megumi adorava de paixão. Ao chegar em casa, olhou o relógio, seis e vinte da tarde, Megumi provavelmente chegaria depois das oito, daria tempo. 

Colocou a mão na massa e se aventurou na cozinha, olhando passo a passo a receita do prato que planejou. Até deu tempo para fazer uma sobremesa! Com o tempo que restou, limpou tudo e deixou a mesa bem bonita e organizada. Agora so faltava esperar por seu amado.

Por volta de oito e meia da noite, ouviu a porta do apartamento ser destrancada, e logo levantou-se para receber Megumi, que entrou dando um suspiro de alívio por finalmente ter chegado em casa. Sukuna não perdeu tempo e o recebeu com um abraço e um beijo terno.

“Dia difícil, querido?” o maior perguntou.

“Muito, alguns clientes são simplesmente impossíveis, sabe?” e deu mais um suspiro, enquanto deixava que Sukuna o embalasse num abraço. “Preciso muito de um banho quente.”

“Deixei tudo preparado para nós.” respondeu Sukuna, e Megumi sorriu, assentindo com a cabeça.

Megumi pôde notar que no trajeto para o banheiro, viu as mesas perfeitamente arrumadas na sala de jantar, levantou uma sobrancelha ao olhar para o marido. Sentiu um cheiro muito bom vindo da cozinha.

“O que está tramando, hein?” ele perguntou com um sorrisinho.

“Um bom jantar para você.” o outro respondeu. “Mas só depois do banho! Não seja apressado.” e cutucou o nariz de Megumi, que sorriu mais.

“Está bem, está bem!”

E nisso ambos tomaram banho juntos, e na banheira havia sais de banho com cheiros suaves e calmantes, Sukuna realmente havia planejado tudo. Megumi não cansou de agradecê-lo. Megumi ficou de costas para seu amado, enquanto se apoiava nele, e Sukuna o envolveu com seus braços. 

“Como foi seu dia? Me conte.” Sukuna pediu.

“Tudo ia bem até a parte da tarde, apareceu um cliente que de repente quis mudar tudo que foi combinado antes. Claro, isso seria um retrabalho e foi cobrado a mais, não somos idiotas, afinal…” Megumi dizia enquanto Sukuna agora lhe fazia massagem nos ombros, mas atento a tudo que ele dizia. “Mas por sorte, Nobara estava por lá hoje e sem a ajuda dela, eu teria virado a noite naquele escritório…” e soltou um suspiro de alívio. “E o seu, meu bem?” perguntou atencioso.

“Fico feliz em saber, se não teria que ir até lá para te dar apoio moral.” e Megumi riu de leve em resposta. Sukuna amava sua risada. “E meu dia foi tranquilo, até, só corri na hora de fazer nosso jantar.”

“Espero não ter dado trabalho...” disse virando-se para Sukuna agora.

“Que? Você nunca dá trabalho, meu amor. Tudo que eu faço por você, faço com prazer.” isso deixou as bochechas de Megumi vermelhas, e logo em seguida ambos trocaram um beijo.

Depois de um tempo ambos se secaram, e vestiram roupas bem confortáveis e quentinhas, afinal fazia bastante frio naquele dia, algo apreciado pelo casal. Sukuna pediu para que Megumi apenas se sentasse à mesa e aguardasse, e ele assim o fez.

Não demorou para que o homem tatuado trouxesse o prato que havia cozinhado com tanto carinho: udon de carne. E claro, pelo cheiro Megumi notou que havia um ingrediente que ele apreciava muito: gengibre. Seu estômago roncou em resposta.

“Não se apresse! Já vou servir para você, querido.” Sukuna brincou e mostrou a língua para Megumi, que riu.

Tudo estava impecável, e quando Sukuna terminou de servir Megumi e se servir, finalmente se prepararam para comer.

“Itadakimasu.” ambos disseram antes de pegarem os hashis e finalmente degustassem da comida.

Megumi experimentou o udon, enquanto Sukuna o observava com atenção. O homem de cabelos negros fez uma expressão de surpresa e sorriu enquanto fechava os olhos, aproveitando o sabor da comida.

“Está muito, muito bom!” elogiou ele, depois de engolir o pedaço que pegou.

“Mesmo? Que ótimo!” Sukuna disse orgulhoso, provando logo em seguida e tendo a mesma reação do marido. “Devo admitir que está realmente bom.”

O jantar seguiu muito tranquilo e descontraído, com Sukuna fazendo Megumi dar boas risadas, o que aquecia o coração do maior. Ver Megumi rir era muito gratificante, amava aquilo, amava tudo em seu esposo. Depois, resolveram assistir algum filme na televisão, algum de terror muito tosco, pois adoravam ficar rindo das burrices dos personagens. Deram mais risada do que sentiram medo, se é que dá para dizer que sentiram algum.

Após o filme, o sono os pegou e foram se deitar, com Megumi deitado no peito de Sukuna, que lhe acariciava os cabelos enquanto conversavam agora sobre como haviam se conhecido. Sukuna já se meteu em muitas encrencas, Megumi sempre foi mais certinho. Se conheceram enquanto Sukuna trabalhava numa floricultura, o que era irônico, dada a personalidade do homem. Megumi passou por ali depois da faculdade para comprar um belo arranjo de flores, daria a sua mãe como presente de aniversário, junto de uma jóia.

Quando ambos se viram, algo os atingiu na hora.

“Lembra quando nos conhecemos?” Sukuna perguntou, sem parar o afago.

“Claro que lembro, você quis me atender a todo custo, me deu total atenção, escolheu as melhores flores… Até seu chefe estranhou…” 

“O que posso fazer? Não é todo dia que um homem bonito e interessante aparece na nossa frente.” e sorriu ao ver que Megumi ficou um pouco vermelho.

“Tenho que dizer o mesmo de você. No começo estranhei um pouco toda aquela atenção, depois lembrava de você durante o dia. Até nos vermos de novo, e você me chamar para sair.” sorriu com a lembrança.

“E você aceitou de primeira.” observou Sukuna.

“É claro que aceitei, não perderia essa chance.” e riu de leve ao notar que Sukuna havia ficado muito feliz em ouvir aquilo. 

Megumi também reparava em como Sukuna era incrível, bem humorado, talentoso e carinhoso. E como aquelas tatuagens caiam tão bem nele. Amava as mãos dele, o cheiro, a forma como ele lhe abraçava e cuidava dele, não poderia ser mais grato por tê-lo como marido.

Trocaram um beijo terno e preguiçoso devido ao cansaço do dia corrido, e ficaram conversando mais um pouquinho, até que Megumi acabasse se rendendo ao sono, dormindo tranquila a profundamente no peito de Sukuna, que agora o admirava, e observava como aquele homem era abençoado até com longos e belos cílios, outra coisa que Sukuna amava nele. Além disso tudo ainda tinha a inteligência, a seriedade, e o jeitinho doce que só Sukuna conhecia profundamente.

Não demorou para que Sukuna também caísse no sono, com a mão emaranhada entre os cabelos negros de seu amado.

Ambos agora sorriam de leve e de maneira serena enquanto dormiam abraçados, juntinhos, como sempre foi e sempre seria.