Chanyeol tinha planejado tudo. A música tinha sido criada (e ensaiada várias vezes), o discurso (ou confissão no caso?) — que, em sua opinião, ficou perfeitamente original — foi decorado de ponta a ponta e revisado com a ajuda de um amigo (Sehun não ajudou muito na verdade, ele apenas riu e disse que estava ridículo, mas Chanyeol confiava o bastante em si mesmo para ignorar esse detalhe). 

Tudo estava perfeitamente pronto para Jongdae — seu melhor amigo e o homem por quem tinha se apaixonado — ser incapaz de rejeitá-lo.

E então, depois de se encontrarem e o Park cantar do jeitinho que planejou, com o violão o acompanhando, ele se levantou do sofá da casa de Jongdae e encarou o menor, sorrindo, mostrando todos os dentes.

— Fala sério, quem que pode ter a sorte de encontrar um homem fiel, cheiroso, carinhoso, bonito — Chanyeol ia listando, sabendo que suas orelhas estavam vermelhinhas, mas mantendo um semblante que tentava mostrar confiança acima de tudo — e que ainda faz música pro cara?!

Jongdae deu um sorriso de lado antes de responder.

— Mundão tá cheio, só procurar que acha.

— Ya! — Chanyeol fechou a cara instantaneamente com o comentário, já pronto para reclamar.

Mas sua reclamação se perdeu quando ele percebeu que Jongdae na hora transformou o sorriso presunçoso em um riso divertido, deixando claro como estava se aproveitando às custas do outro (como sempre costumava fazer).

Quando finalmente conseguiu parar de rir, ele revelou o que realmente achou da apresentação do Park. De sua confissão um tanto “não convencional” e em como, apesar de tudo ter sido “vergonhosamente criativo” (palavras de Jongdae), o sentimento era sim recíproco.

E o namoro, da mesma forma que começou, entre atos apaixonados, provocações e brincadeiras, prosseguiu assim. 

Não era só o amor que compartilhavam, mas também o companheirismo e humor divertido, provando que a união de tudo aquilo reforçava ainda mais o relacionamento entre eles.