O Homem Por Trás da Máscara escrita por Aline Black


Capítulo 1
O Homem Por Trás da Máscara


Notas iniciais do capítulo

Olá!!!
Voltei com mais uma Snamione. Dessa vez a história é bem curtinha, mas eu gostei muito de escrever ela.
Boa leitura!



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A guerra ainda se arrastava e não parecia que seria encerrada em breve. Já havia se passado seis anos da batalha de Hogwarts, quando Voldemort habilmente havia duelado com Potter e feito um grande estrago na escola.

Porém, aquele que deveria ser o duelo final, acabou não sendo, Voldemort percebendo que não sairia vitorioso naquele momento, recuou seus aliados e partiu, prometendo acabar com Potter em breve. Mas esse “breve” já estava se alongando por tempo demais.

Severus, já no alto de seus quarenta e quatro anos, ainda permanecia lutando, a seu próprio modo, mas permanecia. Ele ainda era uma marionete, sendo usada pelos dois lados daquela guerra. Dois lados que não cediam ante os inimigos, dois lados que justificavam a morte de tantos bruxos como um sacrifício necessário para se chegar à vitória, para se chegar em um mundo “melhor”.

Snape já estava esgotado, exausto de ouvir tantos discursos que nunca levavam a lugar algum. Ele se deu conta disso enquanto andava, lentamente, por aquele caminho de pedras, caminho esse que levava ao seu único refúgio, sua casa.

Snape havia chegado em casa, finalmente. Ele estava tão cansado, não só de ser um agente duplo, não só de fingir ser quem não era, estava cansado de ter sua vida roubada de si...outra vez.

Severus entrou em casa, largou sua varinha sobre a mesa de centro da sala de estar, jogou-se na poltrona mais próxima e suspirou pesadamente. Retirou sua máscara do rosto, aquela máscara que o marcava como um Comensal, segurou-a entre as suas mãos e se deteve por alguns momentos para observá-la.

No início, ele não imaginava que aquela máscara traria tanta dor à sua vida. Se ele soubesse que destino terrível o aguardava, jamais a teria aceitado, jamais a teria pego das mãos do Lorde das Trevas.

Mas já era muito tarde para lamentar suas escolhas púberes. O que precisava agora, era arcar com as consequências de seus atos e fazer o melhor possível para tentar consertar seus erros, mesmo já tendo passado tantos anos. Porém, isso, seguir em frente consertando os seus erros, era tão difícil, tão doloroso.

— Eu me tornei um monstro com a sua ajuda. — Severus passou a mão sobre a máscara. — E agora já não sei como deixar de ser.

Dois braços envolveram o pescoço de Snape e uma delicada voz sussurrou em seu ouvido:

— Você não é um monstro, Severus, você é um bom homem que apenas fez escolhas ruins quando era jovem.

— Não sabia que ainda estava acordada. — Disse Severus tentando não deixar transparecer o desespero que o afligia.

No entanto, apesar das palavras mais secas, ele deu um leve sorriso. Somente ela era capaz de ver algo bom nele, somente ela, com aqueles seus olhos castanhos que transbordavam bondade.

Hermione deu a volta na poltrona e tirou a máscara das mãos de Snape, depois colocou-a sobre a mesa de centro, ao lado de varinha dele.

A bruxa então sentou-se no colo de Severus e beijou suavemente seus lábios.

— Você é um homem bom, meu amor, se você não fosse, eu não estaria aqui. — Disse Hermione com sua voz doce.

— Às vezes, eu me pergunto o que fez você se aproximar e permanecer comigo. Eu não mereço você, eu não mereço seu amor, Hermione. — Severus acariciou levemente a bochecha da bruxa.

Hermione suspirou profundamente, Snape sempre voltava dessa forma depois de se encontrar com os demais Comensais da Morte. Ela sentia arrepios só de imaginar o que ocorria nesses encontros, mas evitaria pensar nisso agora, precisava, naquele momento, focar em tirar Severus de seu próprio desespero.

 — Eu amo você — disse Hermione após dar outro leve beijo nos lábios de Snape — e é isso que você precisa saber. Eu não vou deixar você se afastar de mim outra vez, Severus.

Snape a abraçou fortemente, depois descansou seu queixo sobre o ombro esquerdo de Hermione.

— Obrigado por estar aqui, ao meu lado, quando todos os outros já se foram.

— Eu sempre estarei aqui por você, Severus. — Disse Hermione enquanto passava delicadamente as mãos sobre os cabelos negros dele.

Severus soltou Hermione de seu abraço e afastou-se para observá-la melhor. Ele deu um leve sorriso amargo e respondeu:

— Eu sei, minha querida e é por isso que sigo vivendo.


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Notas finais do capítulo

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