Shut up and dance with me escrita por Fanfictioner


Capítulo 1
Shut up, Malfoy!


Notas iniciais do capítulo

Apenas uma fic fluffy scorose, para marcar minha entrada no universo mais famoso (e aparentemente odiado no twitter dos biscoteiros fiscais de shipp e hc): o fandom Scorose!
Essa one é uma sequel da fic que estou escrevendo para o Junho Scorose - I think I wanna marry you (o plot tá compartilhado lá na conta do Junho Scorose no twitter), mas não faz, absolutamente nenhuma diferença estar sendo postada antes da fic.
É um exercício para eu me habituar a escrever com o shipp, e as únicas informações relevantes que preciso dar antes de vocês lerem é: Hector Asimov é meu OC, namorado do Albus; Ted e Toire são casados; Scorpius, Rose e Albus estão na faixa dos 25/26 anos;

É isso, enjoy it!



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She said shut up and dance with me
This woman is my destiny
She said oh oh oh
Shut up and dance with me

 

Eu ainda ia matar Albus pela péssima ideia de casar em novembro, em meio a um período torrencial de chuvas e, para piorar, no campo! Que ideia horrível!

Claro que absolutamente todo mundo tinha dito que era uma ideia ruim, mas ele e Hector tinham insistido, por todas as memórias afetivas da casa de campo da família Weasley, então ali estávamos nós, na véspera do casamento do meu melhor amigo, carregando caixas e caixas de decoração e ajudando a montar tendas de lona para abrigar todos os convidados.

Fazia dois dias que eu não via Rose, porque como madrinha e uma das organizadoras da festa, ela estava enlouquecendo para lidar com a mãe e outras muitas tias agitadas. Eu queria poder dizer que não me importava, mas quando você casa com sua melhor amiga de infância e vive com ela quase vinte e quatro horas por dia, é um pouco cruel não vê-la por dois dias inteiros.

Ou talvez eu só seja muito emocionado.

Mas bem, é sobre Rose, e não acho que algum dia vá ser exagero ser emocionado sobre ela.

Rose e toda a gangue familiar feminina dos Weasley e dos Potter estava reunida na casa ali do lado, e eu estava me roendo de vontade de entrar para dar um ‘oi’ – e roubar um beijo – mas ela me dissera que tia Ginny estava uma pilha de nervos por casar o primeiro filho, e estava até brigando com a sogra, vó Lily – coisa que ninguém nunca tinha visto!

Achei mais seguro evitar.

Assim, quando terminamos liguei para que ela saísse e viesse me dar um tchau antes que eu voltasse para Londres.

— Eu roubei tortinhas para vocês, mas se ousarem falar qualquer coisa, são homens mortos. Ouviu bem, Louis? – ela brincou, vindo com uma bandeja de isopor cheia de tortinhas de milho e abóbora. – Tem uma garrafa de limonada para os rapazes fortes e trabalhadores da família.

James Sirius, Louis e Fred, primos de Rose avançaram sobre as tortinhas, todos tão famintos e cansados quanto eu, mas a única coisa que conseguia era prestar atenção nela, que estava com o avental sujo e o cabelo despenteado. Desgraça de mulher perfeita!

— Trabalharam muito? Você tá todo sujo, Scorp! – Rose riu de mim, colocando os braços em torno do meu pescoço.

— E você continua gostando de mim mesmo assim. – pisquei e ela revirou os olhos, enquanto roubei um beijo. – Eca! Gosto de farinha!

— Eu estava provando a massa dos biscoitos. – riu, desculpando-se.

— Como vão os preparativos?

— Estressantes! Depois de um casamento extra-planejado e organizado, essa decisão de ‘um casamento feito à mão, pela família’ foi a pior ideia possível! Tia Ginny se arrepende mais a cada segundo. Juro, Scorp! Ela e a vó do Al só não se mataram ainda porque ele está apartando as duas!

Eu ri, não era possível que as coisas estivessem tão ruins.

— Eu juro! Mamãe e eu estamos na cozinha com a vó Molly, e tia Fleur ficou com a vó Lily para ajustar o terno do Al, e toda hora alguém lembra algo que está faltando. Rose, pega o glacê; Rose pega mais agulhas no quarto de cima; uma hora eu vou sumir, e aí-

— Vai fugir para casa comigo, e esquecer que ficou de ajudar nessa arrumação. – beijei Rose de novo, porque sabia que tínhamos que pegar estrada, mas não queria me despedir. – Aproveite essa noite sem mim, porque depois eu vou roubar você e não empresto para ninguém por uns dias, viu?

Ela riu, me chamando de bobo, e foi exatamente assim que me senti. Detesto admitir, mas sou completamente rendido por ela.

— Boa viagem, meninos! Não atrasem amanhã, pelo amor de Deus! – ela gritou em despedida.

James Sirius buzinou, dando tchau, e saiu na frente, porque era ele quem sabia o caminho para voltar à estrada principal. Baixei o vidro do carro e me despedi de Rose, seguindo James, e pouco depois Louis, o mais novo de todos os meus cunhados, riu de mim, revirando os olhos.

— Vocês são tão bonitinhos e melosos que dói! Como ficaram surpresos quando vocês falaram que iam casar, eim?

***

Tinha absoluta certeza de que não choraria em nenhum outro casamento depois do meu – exceto o de algum futuro filho ou filha, claro –, mas minha teoria caiu por terra justamente no primeiro evento desse tipo a que eu fui depois do meu casório.

A gente cresce e fica emotivo.

Mas, em minha defesa, foi impossível não me emocionar em casar meu melhor amigo. Albus estivera comigo desde sempre, e vê-lo ali, todo chique, quase se torcendo de ansiedade pelo começo cerimônia, foi algo além de especial. Ser padrinho dele também contava muito, porque a emoção e a responsabilidade de carregar as alianças era algo que eu lembraria pela vida toda.

Albus miserável, me fazendo chorar.

Foi tudo absurdamente lindo e, quem não soubesse, jamais desconfiaria que houvera algum estresse para produzir o evento, porque tudo estava perfeito. Da decoração aos docinhos, da tenda – que realmente nos protegeu porque choveu como um dilúvio durante a cerimônia – às flores, da equipagem de som à minha dupla de padrinho – Rose Malfoy.

Rose era o tipo de pessoa que ficava linda de qualquer forma, mas usando vestido longo ela parecia uma princesa, e eu me sentia pequeno diante de como ela me impactava. Os cabelos ruivos e trançados dela em um contraste arrasador e fantástico com a cor suave de verde-água, azul-turquesa ou seja lá qual for o nome, do vestido.

— Ela ficou maravilhosa! – comentou Alice Longbotton, a namorada de James Sirius, ao meu lado enquanto Rose tirava fotos com os noivos e eu aguardava minha vez de me juntar a eles.

— Ela é maravilhosa! – respondi, e Alice sorriu satisfeita com o que eu dissera.

— Meu Deus, você é muito emocionado, Scorpius! – implicou James, dando um tapinha nos meus ombros e rindo. – E, ei, não é porque você é casado com ela que vou deixar ficar secando Rose desse jeito, ouviu? Ela ainda é só um neném.

Rose viera me chamar e oportunamente ouviu o comentário de James, eu quis rir da cara que ela fez.

— Ai, me erra James Sirius, vai beijar sua namorada vai. A neném aqui já está quase fazendo um neném! Vem Scorp, vamos tirar foto com todos os padrinhos. – ela me puxou pela mão, revirando os olhos para James.

Era difícil ter a atenção de Rose ali, porque não apenas ela era madrinha, como prima do noivo e uma das organizadoras da festa, e passou um bom tempo para cima e para baixo com as avós e mães dos noivos, além da própria tia Hermione, que estava ajudando como podia.

Aproveitei para passear entre as mesas e conversar com outros convidados. Brinquei com Leonor, a filhinha de um ano de Teddy e Victoire – afilhada de James Sirius – e bati papo com meu sogro e tio Harry, e pouco antes de servirem o buffet do almoço, Rose finalmente se juntou a mim, com uma taça de champanhe.

— Desculpa o sumiço, estava uma loucura! – ela se explicou, me dando um beijinho. – Tá lindo, né, tio? Al e Heck vão abrir a pista de dança agora, quero ver você e tia Ginny balançando o esqueleto, eim?! – brincou, fazendo os demais adultos rirem.

Albus e Hector fizeram seus discursos de agradecimento pela presença dos convidados, puxaram uma salva de palmas para as mulheres das duas famílias, que tinham organizado a festa – fazendo Rose corar ao ficar de pé para receber os parabéns –, e então anunciaram que iriam fazer a primeira dança e que estava liberada, não só a pista, como as comidinhas do buffet.

Quando um professor de música é um dos noivos, como era o caso de Hector, era impossível esperar uma dança de casal menos que fenomenal, e foi isso que ele e Albus entregaram. Foi lindo de assistir, e eu estava radiante pelo meu melhor amigo, e cheguei a me perder em uma conversa com os dois recém casados quando, vinda de algum lugar que eu não sabia aonde, Rose surgiu, me puxando para a pista.

— Vem, vamos dançar!

— Ro... você sabe que eu não danço bem, amor.

— Nah, isso não existe! Anda, cala a boca e vem dançar, Malfoy! – insistiu, me puxando.

O sorriso contagiante dela fez meu estômago dar uma cambalhota, e eu me questionava se algum dia deixaria de me sentir como um adolescente apaixonado pela primeira vez – provavelmente sim, mas aí reinventaríamos nosso relacionamento. Mas tudo que eu sabia naquele dia era que queria seguir aquela mulher por onde ela fosse, aproveitar cada segundo com ela.

Por um tempo, fiquei apenas junto, observando Rose dançar, as curvas dela subindo e descendo e se balançando em todos os sentidos, com o vestido fazendo ela parecer uma bailarina. Eu poderia tentar negar, mas seria refutado no mesmo segundo: aquela mulher era tudo para mim, meu destino, e eu era absurdamente sortudo de tê-la junto comigo.

— Como era a história mesmo? – brinquei, puxando ela pela cintura. – Cala a boca?

Ela riu, me olhando marota, então roubou um beijo de mim e repetiu.

— Cala a boca e dança comigo, Malfoy. – uma expressão deliciosamente maliciosa e, ao mesmo tempo, meiga e inocente brincou no rosto de Rose e eu, hipnotizado, roubei de volta o beijo que ela pegara de mim.

— A qualquer hora, senhora Malfoy.

E tirando o máximo de todas as aulas de dança que eu fizera um ano atrás, para casar, eu girei Rose pela mão e dancei com ela. Dancei pelo resto da tarde, rindo e brincando e conversando com nossos amigos. Aproveitando um dia feliz, de celebração, com as pessoas que eu amava e, principalmente, com Rose.

Que era meu destino, e por quem eu me calaria um milhão de vezes, para me perder dançando com ela.


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Notas finais do capítulo

Espero vocês nos comentários, maybe?