Meu Anjo da Guarda escrita por Mrs Kress


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal!!
Estou aqui com mais um capítulo para vocês.
Espero que gostem e boa leitura!!



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Sam tentava abrir os olhos, ainda um pouco tonta e tentando se lembrar do que havia acontecido, mas só conseguia se lembrar de estar na casa de Marissa em Yakima.

Olhou ao seu redor e viu que estava em um lugar totalmente sujo e empoeirado. Se levantou com cuidado do chão e se recostou na porta tentando ouvir alguma conversa, mas nada até o momento.

“Quanto tempo será que eu fiquei inconsciente?”

“Onde estou?”

“Onde está o Freddie? E o meu pai?”

Essas perguntas rondavam sua cabeça e que a deixavam ainda mais confusa.

Não sabe quanto tempo ao certo ficou parada sentada ao lado da porta, mas voltou toda sua atenção a escuta de passos que se aproximavam. Pararam.

—Serviço feito e de quebra conseguimos nos livrar daquele namoradinho imbecil dela. Está morto.

As lágrimas insistiam em rolar pelo meu rosto, e, eu já não tinha mais forças para me manter em pé. Aquela notícia não poderia ser verdadeira. Eles deveriam estar mentindo...

Ainda no chão, mas próxima da velha porta do pequeno quarto imundo em que eu me encontrava presa, tentava ao máximo ouvir o quanto podia da conversa daqueles que haviam me sequestrado.

—... você tem certeza de que ninguém mais estava seguindo você? – escutou uma voz grave masculina que certamente conhecia.

—Absoluta chefe. Aquele idiota tentou nos seguir com o carro, mas consegui atirar e acertar os pneus. Ele perdeu o controle do carro e capotou, depois disso, apenas vi fogo.

—Ótimo. Em breve o helicóptero chegará para seguirmos com o plano

(...)

Sam ainda não havia conseguido processar aquela notícia. Estava sentada no chão em um canto daquele quarto segurando firmemente o colar que ganhara de presente de Freddie. Era a única coisa que tinha dele ali. Era a única coisa que ainda a mantinha forte, mesmo querendo desistir.

Ela se sentia totalmente sem saída. Como poderia sair dessa? Quem saberia onde ela está?

Havia tantas coisas que deveria ter feito antes encarar o fim de sua vida.

Não queria deixar seu pai sozinho, o amava mais do que poderia imaginar. E quanto a Freddie? Como ela daria tudo para voltar no tempo e poder dizer que o amava, mas ao invés disso, haviam discutido na última vez em que se falaram.

Suas lágrimas escorriam com mais velocidade a cada vez que se lembrava de algum momento com ele. A dor da perda era insuportável.

—O chefe quer falar com você – ouviu uma voz grave ecoar pelo quarto quando a porta foi aberta.

Quando viu o homem a sua frente, não conseguiu conter sua raiva. Sabia que era ele quem tinha falado sobre o Freddie. Que havia o matado.

Levantou-se rapidamente e foi até ele em passos firmes. Reuniu toda coragem e força que ainda lhe restava e mirou-lhe um soco bem no meio do rosto.

—Isso é... – acertou outro soco – pelo que... – outro soco – fez com ele.

Sam sentia toda sua raiva a consumir enquanto dava o máximo de socos que conseguia. Demorou um pouco até Adam processar o que estava acontecendo, mas quando Sam levantou o braço para lhe acertar outro soco, sentiu seu pulso ser apertado.

—Eu não tentaria novamente se fosse você – ele apertou ainda mais forte. Sam notou que escorria um pouco de sangue do nariz dele – Aquele idiota teve o que merecia.

—VOCÊ VAI TER O QUE MERECE – Sam gritou e começou a chutá-lo e a balançar seus braços na tentativa de se livrar dos apertos – SEU CANALHA! CRETINO – fazia ainda mais força para acertá-lo.

Adam conseguia se desvencilhar de alguns golpes, mas perdeu a paciência em questão de segundos. Agarrou firmemente o outro pulso de Sam e a empurrou contra a parede do quarto fazendo-a cair no chão.

—Ou você sossega agora ou eu mato você também, assim pode se juntar com ele. O que acha disso? – Adam riu.

Sam sentiu suas bochechas queimarem de raiva e a garganta se fechar. Ainda o encarava do chão, respirando fundo para esquecer da dor que sentia nas costas agora.

—Atrapalho algo? – Michael parou na porta olhando com desdém para Adam.

—Nada, só estava dando uma lição nessa vadia. Acha que pode sair batendo nos outros sem motivo.

—Você é um cretino – Sam cuspiu as palavras enquanto se esforçava para se levantar – Você vai se arrepender de ter matado o Freddie. E eu vou garantir isso – ficou em pé de frente para ele.

Adam gargalhou.

—Você não está em posição de me ameaçar, meu bem.

—E você também não – Michael interferiu – Pode se retirar. Eu quem vou acertar minhas contas com ela.

—Claro, bom divertimento – sorriu malicioso mais uma vez para Sam e saiu do quarto.

Michael se aproximou mais de Sam.

—Você vem comigo – ele a virou e a amarrou.

Sam tentou relutar e até mesmo correr, mas Michael era incrivelmente mais forte que ela imaginou e acabou a imobilizando no chão e amarrou suas mãos atrás das costas firmemente.

Assim que conseguiu o que queria, se levantou e a puxou para ficar de pé. Segurou firmemente em seu braço e continuou a puxando para fora do quarto e logo em seguida para fora do armazém. Não havia sinal dos outros homens por ali.

Depois de mais alguns metros de caminhada, Sam avistou um helicóptero.

—Aposto que você deve estar se perguntando por que dentre tantas maneiras para te matar, eu escolheria um helicóptero – Sam não respondeu – Bom, presumindo, claro, que você saiba que eu irei te matar. Mas escolhi desse jeito porque foi mesmo jeito que a minha Ashley morreu.

Sam paralisou. Seu pai contara sobre essa história.

—Incrível como mesmo de cama naquela época, seu pai tenha sido capaz de fazer o que fez – Michael continuou – Eu sei que ele armou para Ashley morrer aquele dia.

—Isso não é verdade – Sam se pronunciou indignada.

—A não é? Como você pode ter certeza disso? Até onde eu sei, você irá assumir os negócios da família em breve. Seria um ótimo plano começar a eliminar a concorrência.

—Eu e a Ashley éramos muito amigas. Eu nunca aceitaria que nada de mal acontecesse a ela. Foi tudo um acidente.

—Claro, a desculpa que seu pai inventou para ser inocentado, afinal de contas é fácil alegar imprudência do piloto quando ele também está morto, não é mesmo?

—Não, não é isso. Meu tio queria me matar, ele queria me tirar do jogo porque achou que meu pai fosse morrer.

—Seu tio? – Michael riu – Engraçado já que foi ele quem me contou sobre tudo isso.

—Ele é um mentiroso.

—E você vai pagar o preço pela sua família – Michael apertou o ainda mais a mão ao redor do braço de Sam e começou a puxá-la em direção ao helicóptero.

—Então todo seu plano não passa de uma vingança, não é?

—Minha filha era tudo para mim – Michael gritou apertando agora os dois braços de Sam – Ela tinha apenas 16 anos! 16! Ela tinha a vida toda pela frente. E seu pai vai sentir a mesma dor que eu senti. Eu quero que ele veja e saiba que eu a matei. Não me importo de passar o resto da vida na prisão.

—Você está louco – Sam tentava sem sucesso se livrar do aperto dele – Meu tio quem deve pagar por tudo isso e está solto porque você ainda o ajuda! Ele planejou tudo, quer só o caminho livre para tomar tudo de nós. Ele não vale nada.

Sam conseguiu acertar um chute no meio do joelho dele, o que o desequilibrou por alguns minutos dando a deixa perfeita para ela correr. A loira firmou os passos e começou a correr o mais rápido que podia ignorando todo o desconforto de suas mãos ainda estarem amarradas para trás.

Uma dor invadiu a perna direita de Sam. Era o tiro que Michael disparou e acertou sua perna, a bala passou de raspão, mas foi o suficiente para causar um ferimento que lhe arrancou gritos, sangue começou a escorrer e sua perna fraquejou. Caiu de joelhos no chão, ainda tentava se rastejar, mas sabia que era em vão.

Ouviu passos se aproximando. Michael segurou seu braço e a puxou, sem delicadeza, a fazendo ficar de pé novamente.

—Não abusa da minha paciência! – ele a chacoalhou – Se eu não te matar nesse helicóptero, eu enfio uma bala no seu coração.

—Não! Me solta! – mesmo com toda a dor Sam tentava se soltar, mas sem sucesso.

—Acho que ela mandou você a soltar – uma voz masculina soou pelo ambiente.

O coração de Sam disparou nesse momento. Ela conhecia essa voz. Mas poderia mesmo ser?

Ela se virou no mesmo instante em que Michael. Ambos ficaram surpresos ao verem Freddie ali em pé. Estava com os cabelos mais bagunçados do que o normal, seu rosto e corpo estava todo sujo e com manchas vermelhas de sangue. Machucados novos estavam espalhados por seu corpo e seu olho esquerdo estava roxo. Suas roupas estavam rasgadas.

Ao mesmo tempo que Sam estava aterrorizada pelo que poderia acontecer com os dois, não pode evitar sorrir aliviada, afinal, ele estava vivo.

“Ele é o meu anjo da guarda.” Pensou por fim.


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Notas finais do capítulo

FREDDIE ESTÁ VIVO!
Eu não seria capaz de matar ele agora hahaha
Mas e aí, o que acharam?



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