— Muito bem senhores. Como sabem na última noite tivemos a fuga da prisioneira número 55 e a partir de hoje a punição dela será aplicada, ela está liberada. Por favor, apreciem com moderação — Falaram através do alto-falante a acordando. Ela bateu em seu travesseiro algumas vezes forçando seu rosto na cama se odiando por não ter conseguido sair então sentou e ficou de costas para a saída da sela se lembrando do que o prisioneiro 37 havia dito e fitando o número em sua roupa que agora estava verde indicando a liberação. Assim que ela ouviu um barulho perto de onde estava ela se virou saindo da cama, ficando de pé e entrando em posição de luta. Mesmo que por pouco tempo, ela iria resistir e ela arqueou uma sobrancelha ao ver o garoto em frente à sua cela escorado na entrada e de braços cruzados fitando-a também com uma sobrancelha arqueada.

— Você veio dizer eu te disse? — Ela perguntou relaxando o corpo e desviando o olhar para outro lugar. Ele riu de leve fazendo-a fita-lo novamente.

— Eu não sou de fazer isso, na verdade estou aqui por outro motivo — Comentou fitando as celas ao redor que acabaram de ser abertas. Um homem alto se aproximou da cela com olho na garota que ficou séria rapidamente se preparando para o enfrentar, o homem sorriu e tentou entrar, mas o rapaz que estava escorado colocou um braço para frente impedindo-o de passar. Ela o fitou surpresa e percebeu a coloração verde no número da camisa dele então arregalou os olhos o fitando. O homem pegou o garoto pela gola e o levantou até o rosto dele ficar na mesma altura do seu, Pedro apenas cruzou o braço que havia estendido para impedi-lo de passar.

— O que pensa que está fazendo!? Ou você nos deixa passar para nos divertirmos ou você sofre — O homem falou sério e Pedro riu — Qual a graça? — Perguntou. Pedro fez uma cara séria e deu uma cabeçada no homem que o soltou e caiu para trás, Pedro apenas ficou em pé no chão fitando o homem sorrindo que agora estava com o nariz sangrando e sorrindo — Idiota, se você bater qualquer outro presidiário vários guardas vem imediatamente para prender você alguns dias em uma solitária — Ele berrou olhando para o lado onde mais longe havia uma porta por onde saia os guardas quando acontecia alguma confusão. Pedro olhou para a porta por algum tempo e depois voltou a fitar o homem que estava sério pela demora dos guardas.

— Ora, parece que ontem tivemos uma fuga bem-sucedida — O alto-falante falou chamando a atenção de todos ali que olharam para cima — Bem, mais ou menos. Eles conseguiram sair e entraram de novo para realizar uma emboscada na mestra! — Ele falou rindo fazendo com que os presidiários rissem — Francamente prisioneiros 37 e 53, qual o problema mental que vocês têm? Ah, quem diria. Eles são novatos e receberam a escolha da punição em frente a mestra, ambos receberam a liberação assim como a prisioneira 55 — Terminou. O homem se levantou sorrindo e Pedro esticou os braços, mostrando o número verde em sua roupa.

— Você tem merda na cabeça mesmo, se os guardas não podem te pegar, nós podemos! — Ele falou correndo para cima de Pedro que cruzou os braços novamente. Uma perna apareceu no meio do caminho fazendo o homem tropeçar e Pedro chutou o rosto dele assim que ele chegou perto o derrubando no chão.

— Só para completar, existem 3 prisioneiros com liberação — Robson falou se aproximando do homem que estava desmaiado no chão.

— Quem são vocês dois? — A garota perguntou ainda dentro de sua cela vigiando os atos dos dois.

— Basicamente, somos os únicos que não querem te estuprar — Robson respondeu e Pedro o fitou com o olhar surpreso — Ah, ele quer te foder, mas ele não é do tipo que estupra — Completou e recebeu um soco leve de Pedro o fazendo rir.

— Você só confirmou fazendo isso — Ela falou de braços cruzados com um sorriso malicioso no rosto.

— De qualquer jeito, vamos para um lugar mais aberto. Aqui somos alvos fáceis e nosso objetivo é proteger você então...

— Certo entendi, mas quem são vocês? Você só me viu uma vez e quer me proteger, tem medo de morrer não rapaz?

— Tenho medo de morrer não e acredite se quiser, eu não quero só te proteger — Falou sério se aproximando dela e pegando em suas mãos então a puxou para fora de sua cela — Agora vamos para um lugar mais aberto, por favor — Completou a puxando. Os presidiários estavam os fitando com um sorriso no rosto enquanto eles caminhavam para um local aberto.

— Vocês têm merda na cabeça por acaso? — Ela berrou assim que eles chegaram no lado de fora do presídio — A melhor ideia seria derrubar eles e fazer uma barreira. Eles não podem tocar uns nos outros já que eles não possuem a liberação, se ficarmos aqui teremos de enfrentar todos eles além de termos de confrontar ele — Explicou olhando ao redor com os olhos arregalados.

— Esse é o plano — Pedro falou fazendo-a fita-lo — Vamos mostrar quem é que manda aqui.

— Se nós conseguirmos derrotar todos eles, ficaremos em paz durante um bom tempo, pelo menos até um outro prisioneiro chegar e tentar nos atacar.

— Certo, faz sentido... exceto por uma coisa. Somos três contra um presídio inteiro! — Ela berrou fazendo um gesto com o braço mostrando as dezenas de prisioneiros que estavam saindo do presídio em direção a eles, mas Pedro e Robson a ignoraram — Qual o problema de vocês dois!?

— Você se acha gostosa? — Pedro perguntou fitando-a fazendo com que ela o fitasse com uma expressão de dúvida estampada na face.

— O que!?

— Você se acha gostosa? — Repetiu e dessa vez Robson o fitou com uma sobrancelha arqueada.

— Por que a pergunta? — Ela perguntou sorrindo.

— Sei lá, talvez seja porque dezenas de prisioneiros estejam vindo aqui simplesmente porque eles têm a liberação para poder fazer o que quiser com você e que eles estejam vindo aqui simplesmente porque você é a única coisa que eles vão ganhar? — Robson perguntou em tom de deboche e ela riu.

— Vocês são loucos — Ela falou ainda rindo — Eu estou muito fodida — Terminando se abaixando e entrando em posição de combate. Pedro e Robson fizeram o mesmo fitando os prisioneiros que começaram a correr para cima deles.