O Senhor das Florestas escrita por Jupiter vas Normandy


Capítulo 21
O Rastro de Morte


Notas iniciais do capítulo

Olá! Me desculpem pelo sumiço ;-; Mas eu garanto que apesar dos hiatos inesperados, essa história vai chegar ao fim sim, minha promessa de ano novo foi virar o tipo de escritora que conclui as coisas, e eu estou bem dedicada. E eu consegui passar da parte que estava "entupindo" o fluxo da produtividade por aqui kkkkk
Vou postar dois capítulos hoje, porque se alguém ainda está aqui depois de tanto tempo, realmente merece um agrado pra comemorar o retorno ;-; E meus sinceros agradecimentos pela paciência.



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Eiren sonhava com a mãe em casa, às vezes com o pai, um fogo acolhedor na lareira e o cheiro do jantar que fazia doer seu estômago vazio.

Ascian sonhava com a árvore mais alta da Floresta, e tudo o que via era o verde sem fim. Por mais que se esforçasse para escalar, estava sempre exausto e sempre na metade, não aguentava mais. Deixava-se cair, engolido pelas folhas.

Hernan não sonhava mais com nada. Apenas o silêncio e o escuro, preso e perdido no tempo. Apesar do cansaço, o sono era sempre leve. Era difícil dormir com os murmúrios carregados até ele pela grama e pelo vento. Será que os compreenderia algum dia?

A dor tinha retornado ao ferimento, antes incômodo apenas pela aparência, e de forma persistente. Hernan já tinha notado as ramificações esverdeadas sob a pele. Veias, mas não suas. Dela. Quase alcançavam o ombro, deixando uma sensação estranha em toda extensão, mas ele evitava pensar nisso. Ainda tinha tempo. Só precisava levar os irmãos a algum lugar seguro, e então… parar o avanço da Floresta, pois não permitiria ser usado contra outras pessoas. Mas quanto tempo ainda teria? Quando foi que começou a mudar? Quando foi que começou a ouvir…?

Acordou em sobressalto, o silêncio interrompido por uma agitação estranha.

Jurgis segurava uma tocha improvisada de um galho, com intenções perigosas vertendo em seu olhar. Hernan sentia a revolta e teimosia em cada respiração do outro, e apesar de querer argumentar, algo gritava que não conseguiria convencê-lo, e a barreira idiomática pouco teria a ver com isso. Moveu-se devagar, acordando Ascian com um toque leve no ombro, sinalizando para que ele acordasse Eiren também. A última coisa que queriam era que a Floresta os visse como agressores, precisavam se afastar do recém-conhecido. Assim que percebeu o que estava acontecendo, Ascian recuou com Eiren, como se pressentindo o perigo. Mas não pôde recuar demais, pois os vultos nas sombras estavam por todo lado, aquelas formas deturpadas de animais. Algo que lembrava um cervo, algo que lembrava um lobo, algo que lembrava uma pessoa… A forma era o de menos.

Estavam encurralados, mas dessa vez não era bem por causa deles. Enquanto os irmãos tentavam passar pacificamente naquela terra, Jurgis derrubava o que quer que atravessasse seu caminho. Se Hernan era uma presença marcada, Jurgis era um rastro de morte em um lugar onde nem a Morte libertava.


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Notas finais do capítulo

Um aviso: Eu joguei pro alto o padrão na quantidade de palavras, porque a partir de agora o drama se intensifica e eu vou deixar esse aspecto livre kkkk
Obrigada por ler ♥