Thor de Phecda, estrela Gama:

Com pressa, subíamos as escadas em direção ao palácio de Valhalla, até que, em certo ponto, os degraus acabam, teríamos de seguir caminho pela neve. Mas as correntes de Shun detectam um perigo a nossa frente, e vimos surgir dois grandes redemoinhos, feitos por dois gigantes machados que rodavam em alta velocidade em nossa direção. Conseguimos desviar, mas as armas voltam por nossas costas, e nos atingem, à nossa frente estava um homem, tão alto quanto Aldebaran, que se apresentou como Guerreiro Deus Thor de Phecda, protegido pela estrela Gama. Estava disposto a impedir que continuássemos caminho, mas Seiya manda que prossigamos. Quando Thor lança novamente suas armas, o Cavaleiro libera os meteoros de encontro, para que Shun, Hyoga e eu conseguíssemos passar. Porém, o Guerreiro já esperava tal tática, e os machados estavam desde o início apontados para nós. Retornam rapidamente, e somos arremessados ao chão com a força do impacto, desmaiando logo depois.

Seiya tenta lutar com Thor, mas este parece levar grande vantagem. O Cavaleiro de bronze não consegue perceber os movimentos do homem que, apesar de muito grande, é extremamente ágil, e o faz cair do penhasco. Houve vezes que o garoto quase desistiu, mas os cosmos de Saori e de sua mestra, Marin, fizeram-no se levantar e continuar lutando, afinal, ele já havia lutado contra Cavaleiros de ouro, muito mais poderosos que ele, e vencido. Ele se levanta com grande dificuldade e tenta, com todas as suas forças, enfrentar o guerreiro. Ainda assim, parece que Seiya não é páreo para Thor, mesmo tendo conseguido, finalmente, enxergar seus movimentos, e lançá-lo uma vez ao chão, o inimigo é também muito resistente, e levanta-se sem perder nada de sua força.

Ainda nas paredes do penhasco, Seiya, quase vencido, é salvo por Shiryu, que acabara de chegar. Ele então explica ao amigo o que ouvira de seu mestre:

- Meu mestre conhece a história do anel Nibelungo e disse que, se for mesmo ele, não adianta apenas tirá-lo de Hilda, temos que quebrar seu encanto. Cada Guerreiro Deus possui uma pedra guardiã, a Safira de Odin, em sua armadura. Temos que vencê-los, reunir as sete safiras e, aos pés da estátua de Odin, no palácio de Valhalla, obter a espada Balmung, só ela pode arrancar de Hilda o anel Nibelungo e quebrar a maldição, e Hilda voltará a ser quem era.

- Obrigado, Shiryu, agora sei o que devo fazer. Lutarei e vencerei Thor. Você tem que encontrar os outros, dizer a eles sobre as safiras e seguir caminho.

Shiryu deixa Seiya, e vai ao nosso encontro. Depois de acordados e de ouvir suas palavras, nos levantamos para ir adiante, quando, mais uma vez, Thor aparece à nossa frente, dizendo que vencera Seiya. Shiryu está prestes a começar um combate contra o guerreiro, quando Pégaso reaparece.

- Eu disse que enfrentaria Thor e o venceria, e é o que farei.

Seiya o enfrenta, o combate ainda é difícil. Mesmo tentando explicar que Hilda havia mudado, o Guerreiro parece não aceitar que deveria entregar sua pedra guardiã.

Homem comum das terras de Asgard, caçava escondido nas florestas do palácio, e distribuía as presas aos pobres. Quando descoberto, apenas sentou-se diante de Hilda, dizendo:

- Pode fazer o que quiser. – ao que Hilda apenas responde:

- Queria que me desculpasse, governo esta terra e, ainda assim, não posso fazer nada pelo meu amado povo.

Hilda chega até Thor e cura, com seu cosmo cheio de bondade e pureza, o ferimento que os guardas lhe fizeram quando o perseguiam. Com tal lembrança, ele chega a questionar se os Cavaleiros estariam certos. Mas logo volta a negar.

- Isso é impossível, eu jurei lealdade à princesa Hilda, e lutarei por ela.

Ao tentar o último ataque, Seiya não tem saída, e atinge fatalmente o guerreiro com seu cosmo elevado ao máximo. Thor está morto, e seu desejo agora é unicamente de que os Cavaleiros tragam de volta a Hilda de outrora.

Seiya pega sua safira e nós seguimos o caminho que nos levaria a Hilda. Quando chegamos ao ponto onde acabavam os degraus, resolvemos nos separar. Para qualquer lugar que fôssemos, um dos Guerreiros Deuses estaria lá para tentar nos impedir então, separados, conseguiríamos enfrentá-los e obter suas safiras mais rápido do que permanecendo juntos.

- Tomem muito cuidado, amigos. – foram minhas últimas palavras antes de nos separarmos.

Continua...