Alys Arryn era a mais infeliz das mulheres.

De todos os maridos, ela tinha que ser casada com um homem com problemas mentais?

E daí que ele é um príncipe?

Ela preferia um senhor menor que tivesse ao menos a cabeça boa!

Rhaegel podia ter sangue real. Mas tinha uma mentalidade e modo de agir de um garotinho e não de um homem.

—Eu não quero ter que me deitar com ele! É uma criança num corpo grande!

—Filha, é seu dever.

—Ele nem deve saber o que está acontecendo quando eu estiver... Você entende?

—Sei que é desagradável, mas precisa ser feito, Alys. Não podemos perder essa oportunidade.

E então, tentando engolir todo o nojo que sentia de Rhaegel, ela cumpria seu dever.

Quando teve seus filhos gêmeos, ela pensou em ter esperança de que não mais exigissem que ela participasse de novo de tal tarefa.

Mas continuavam a pressionar Alys para uma nova gravidez.

—Já tenho Aelor e Aelora! -ela bradava.

Mas todos insistiam tanto que ela acabou cedendo.

Mas a última vez foi tão horrível, que ela acabou vomitando depois.

Rhaegel também não gostou.

—Alys má! Alys fez coisa feia com Rhaegel! Rhaegel não gosta de Alys! Não toca nas coisinhas do Rhaegel!

Nove meses depois, ela deu a luz a Daenora, e jurou que seria a última, mesmo com a pressão de todos.

—Não me importo que precise de outro filho homem! De mim só vão ter esses três! Não vou passar por isso de novo!

Ela já achava desgraça demais ter gerado essas crianças do modo que gerou.

"Amaldiçoado seja o dia que me casei com esse demente! Amaldiçoado seja esse sangue podre!"