Tão doce e tão fatal: Mel com limão e sal ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 48
Capítulo 29 - Parte 02 (048)


Notas iniciais do capítulo

Desfrutem ♥



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Com o clima mais ameno depois do intervalo, fazer as fotos se tornou mais divertido e menos constrangedor. 

— Gilbert, eu quero uma cara de mal. – Disse Sara enquanto instruía um assistente a colocar a luz do modo que queria.

— Impossível fazer uma cara de mal para você. – Ele disse rindo.

— Pare de flertar e comece a trabalhar. – Gritou seu agente, e Sara teve que concordar com uma gargalhada.

— Você o ouviu senhor Grissom. – Sara disse em tom de ordem, com um leve sarcasmo por trás. Ela se posicionou novamente com a câmera na frente dos olhos e focou a face de Gilbert. – Agora, por favor, me olhe com uma cara de mau e me faça sentir medo.

Gilbert então endureceu o olhar, e utilizando todas as suas qualidades de ator, fitou a câmera, duro, sério, dominante. E realmente causara tremor em Sara por alguns segundos, deixando-a seguidamente úmida. 

— Puta que pariu. – Murmurou ao sentir sua própria excitação.

— O que foi? – Ele olhou para ela.

— E... Esta foto deve ter ficado fantástica. – Improvisou, olhando para a câmera para que não corasse e fitando a foto. 

“Nunca mais me olhe assim seu desgraçado.”. Pensou Sara sentindo que sua intimidade estava pulsando.

— Realmente Sara. – Gilbert aproximou-se de Sara, encostando levemente em seu corpo. – A foto ficou ótima.

O corpo de Sara ardia em chamas. Mas logo ela tratou de se recompuser e voltar a fotografá-lo. A sessão de fotos transcorreu tranquilamente até o final, apenas com umas pausas para descanso e alimentação, porém sem mais enjoos e vômitos.

— Por hoje é só. – Disse Sara finalmente. – Amanhã teremos as fotos solos com a roupa que está na lavanderia, e as fotos com as outras atrizes. Falando nelas, elas chegam quando?

— Devem estar no avião já. – Disse o agente. – Chegam esta noite.

— Ótimo. – Disse com um sorriso.

Sara então pegou sua câmera e foi para sua sala. Queria fazer o backup de suas fotos antes de ir para casa, e enquanto as fotos copiavam para sua conta na nuvem e seu HD externo, ela organizava suas coisas para ir para casa.

— Muitos “gigas” de fotos? – Disse uma voz entrando em sua sala sem ser convidada.

— Gris, - Sara virou-se pacientemente – na América não ensinam a bater na porta antes de entrar? – Ela sorriu.

— Sara, nós precisamos conversar. Mesmo que você não me perdoe, mesmo que fique tudo como está. 

— Hoje estou cansada Gris. – Suspirou. – Vamos deixar estas fotos terminarem, por favor. Quarta-feira, antes de irmos ao médico, passamos em algum lugar, conversamos sobre tudo o que você quiser. Pode ser?

— Tudo bem. – Gilbert saiu com poucos sorrisos.

Por que era tão difícil ser dura com Gilbert? Está certo que ela conseguira na medida do possível, mas sentia-se mal por isto, mesmo tendo todas as razões para isto. Logo que chegou em casa chamou Camila, somente ela a entenderia nesse momento. Ela conversaria com Morgan ou Julie, mas nenhuma das duas sabia da gravidez. Atualmente sua única confidente era Camila.

Isso tinha suas vantagens.

Morgan era extrovertida até demais, nada que falasse para ela ficava em sua boca, se contasse da gravidez, provavelmente estaria nas capas das revistas no outro dia e com certeza nas redes sociais somente duas horas depois. Julie também era extrovertida, e também não sabia guardar segredos, sua grande diferença da de Morgan é que ela não contaria para Deus e o mundo, somente para as pessoas certas e tiraria suas próprias satisfações em defesa da amiga. Julie era capaz de matar pelas pessoas que amava, e isto era às vezes uma qualidade e outras vezes um defeito, levando em conta que às vezes lutava batalhas que não eram suas.

Camila tinha suas vantagens, era extrovertida no ponto certo, uma ótima pessoa para passar vergonha em publico, porém não podia falar de sua discrição. O presidente da republica poderia guardar com ela seus segredos de estado que ela morreria com eles sem contar nem se quer a sua sombra. Não dispunha sempre de conselhos, porém os poucos que dava era coerentes, querendo ou não admitir isto. E mesmo que não tenham se dado bem logo de primeira, por conta de seu ciúme obsessivo por Axel com Sara, depois que havia percebido que não havia o porquê deste ciúme, se tornaram amigas inseparáveis.

— Obrigada por vir Mila.

— Não tinha por que não Sar.

— E então como Axel reagiu? – Perguntei ansiosa.

— Então... – Enrolou um pouco. – Eu já sei que não vai ser eu quem vai sentir tonturas, desmaios e enjoos durante a gravidez. – Riu zombando. – Ele teve quase um treco do coração, mas ficou extremamente feliz.

— Gris também reagiu bem. – Disse sem tanto entusiasmos quanto o de Camila.

— Como assim? – Camila arregalou os olhos. – Conseguiu contar para ele? Contou por telefone, fax, carta, sinal de fumaça. Qual foi o jeito? 

— Pessoalmente. – Disse surpreendendo a mim mesma. – Lembra-se do artista famoso que viria dos Estados Unidos para eu fotografar? Então, não era ninguém mais, ninguém menos que Gilbert Grissom.

— Isso não pode. – Disse incrédula. – Você só pode estar brincando.

— Não. Falo a mais pura verdade.

— Que lindo. – Camila gritou. – Ele veio aqui só pra te ver, e usou a desculpa das fotos. Sara, finalmente você achou um homem para casar. 

Sara não havia pensado deste jeito. Será que Gilbert havia armado tudo aquilo somente para a desculpa de vê-la, de forçar um encontro e realmente estar perto? Será que ele estava realmente arrependido e essa foi sua maneira de “correr atrás”? Sara sentou-se no sofá por alguns segundos. Será que ele a amava? Como ela podia ter sido tão idiota de não cogitar essa hipótese antes?

— Não Camila. – Disse tentando negar-se a acreditar nisso. – Foi apenas por que faço um bom trabalho, e cá entre nós, sou uma ótima fotografa. Ele apenas uniu o útil ao agradável. – Disse simples.

— Não!  – Disse firme. – Me escute Sara, eu estou falando sério. Ele veio para te ver. Quantos fotógrafos existem no mundo? Ele podia ter feito as fotos no próprio país. Mas não, ele veio para o Brasil. É obvio que ele sente algo. – Sorriu.

Sara virou os olhos, como se desacreditasse Camila. Porém pensando por esse ângulo era uma tese meio difícil de contestar. Respirou profundamente.

— Mesmo que seja Camila. Isso não irá apagar o que ele fez.

— Não vai mesmo. E se você perdoar de primeira será uma tola, tem que ser má. – Riu maliciosamente. – O suficiente para fazê-lo se arrepender amargamente e não exagerar a ponto de fazê-lo desistir.

— Claro. – Respondeu cínica. – Assim como você fez com Axel há alguns anos atrás?

— Eu exagerei Sara. – Camila se incomodou visivelmente com a lembrança. – Você por outro lado fará melhor que eu, e tenho certeza que já está fazendo. Só tem que colocar na sua cabeça desde agora que uma hora colocará seu orgulho de lado e irá perdoá-lo.

— Não sei se consigo. 

— É claro que consegue. – Sorriu. – Quem não perdoaria Gilbert Grissom? – Disse irônica.

— Desde quando é fã de Gilbert Grissom? – Fitou-a desconfiada.

— Horas, você me mostrou muitas fotos dele. Ele não é nada mal, aliás, nem um pouco. – Disse tentando recuperar o fôlego. 

Outra coisa sobre Camila é que ela não sabia mentir, cada vez que mentia ficava estampado em sua face que estava mentindo. Sara reconheceu claramente que esta era uma vez.

— Camila, não minta para mim.

— Está certo. – Rendeu-se. – Desde sense. Ele atua muito bem naquele filme sabia? – Disse completamente corada.

Sara não teve duvidas, pegou uma almofada do sofá e tacou em Camila sem o mínimo dó. As duas gargalharam em seguida.

— Sara. Quer dizer que você pode ser casada com meu homem e eu não posso ver o seu seminu? – Ela disse gargalhando. – Aliás, aquele homem nu deve ser melhor ainda.

— Se é. – Disse Sara se abanando um pouco. Ambas gargalharam. – Vou contar isto pro Axel. – Disse desafiadora.

— Não devo satisfações a ele, - disse brincando – afinal a esposa dele é você. Atualmente me encaixo no papel de amante. – Riu.

— Somente até o fim desta semana. Logo os papéis estarão prontos e tudo estará resolvido. Até por que se aquele delegado metido me chamar de Senhora Aguilar mais uma vez eu o mato e ainda coloco a culpa nos hormônios.


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