Tão doce e tão fatal: Mel com limão e sal ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 43
Capítulo 26 - Parte Única (043)


Notas iniciais do capítulo

Desfrutem ♥



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Gilbert ouviu o celular tocar, mas relutou em olhar quem era. Olhou sobre a mesa as garrafas, havia cinco? Seis? Quem se importava, ele já enxergava tudo dobrado mesmo. Alguns relances vinham em sua memória confusa.

Ele havia pegado recém a primeira garrafa, quando se lembrou da carta de Sara, ele não teve coragem de jogá-la fora. E já estava na segunda quando abriu o computador. As mensagens nas redes sociais eram um tanto confusas. As fãs falavam ainda pior de Sara, e principalmente de um tal Axel.

Tentou recordar-se de Axel.

Sua mente naquele momento ainda estava um pouco sã. E ele lembrou-se que ele era o ex-marido de Sara. Mas ele ainda era o atual? Como assim? Quando abriu um site de fofocas, bastou ler o primeiro parágrafo.

“Sara, a fã que se envolveu com Gilbert Grissom. É casada”.

Ele não podia acreditar. Tudo começava a se encaixar, sem ler o resto da notícia, ele fechou a tampa do notebook com tanta força que quase o quebrou. Sara não o queria mais, havia sido somente um divertimento de férias, e agora ela voltava ao marido, e a sua vida normal sem ele. 

Fora aí que abrira a terceira garrafa? Ou já estava na quarta?

O telefone celular não parava de tocar. Então ele olhou para tela, era Sara. Indeciso por alguns instantes, ele resolveu atender. 

— Alô.

— Oi Gris, está tudo bem? – Sara havia percebido a voz diferente e enrolada de Gilbert.

— Está tudo ótimo. – Disse ele gritando. – Você me abandonou, não quer nada comigo, é casada e nem isso disse.  – Respirou profundamente.

— Gris não grite comigo. – Respondeu áspera.

— Como não vou gritar, você é uma falsa. – Ele já começava a chorar, completamente bêbado e já se enrolando nas palavras.

— Gris, você está bêbado? Você entendeu tudo errado... – Tentou explicar afoita.

— Eu não entendi nada errado. Um disse que se eu gritasse com você, nunca mais iria querer nada comigo. – Gritou. – Então quem está gritando sou eu, por que eu não quero saber de você nunca mais Sara.

— Gris, por favor, sejamos razoáveis... – Ela ainda tentou por alguns segundos.

— Não há o que ser razoável Sara. Você é uma...

Não aguentando mais insultos, em meio a lágrimas Sara, desligou, não sem antes murmurar baixo:  - Eu estou grávida Gris, grávida de você.

Ela não sabia se ele havia ouvido, porém quando desligou o telefone sentiu-se perdida. E a única pessoa que poderia lhe ajudar naquele momento era Julie, tinha de ligar para ela.

A campainha tocava incessantemente, e junto com ela parecia que sua cabeça latejava. Como doía. Quando abriu os olhos, pode contar algumas garrafas sobre a mesa de centro, além de uma dor nas costas incalculável por conta de ter dormido sentado no sofá. 

A campainha não parava.

— Já vai! Já vai! – Gritou ainda meio grogue por conta do sono.

Abriu então a porta, e uma loira estava com uma expressão furiosa na face.

— Nossa! Você está horrível.  – Constatou com desdém.

— O que você faz aqui? Como te deixaram subir sem interfonar? O que quer? – Perguntou ainda tentando se situar.

Julie sem dar bola para os questionamentos invadiu a casa e viu as garrafas sobre a mesa, fora a bagunça da casa, como se tivesse dado uma festa. Virou-se então para Gilbert no limite da sua paciência.

— Que história era aquela de brigar com Sara por telefone? Ela me ligou aos prantos ontem. E pelo visto ela estava certa, você estava bêbado. – Perguntou irritada.

— Ligação? Sara? Não me lembro de nada. – Sua cabeça estava girando ainda. Então pegou o telefone sobre a cômoda ao lado do sofá, mexeu até encontrar as ultima ligações e realmente havia uma ligação da Sara. – Eu... Eu não me lembro de ter conversado com ela.

— Claro. Vocês não conversaram. Você descarregou toda raiva que tinha sei lá do que sobre ela, gritou, e a ofendeu.

Gilbert então deixou Julie falando sozinha, ele precisava de um banho. Não se recordava de nada da noite anterior, um banho frio talvez ajudasse a recompor as energias e talvez a memória. Julie por outro lado, estava disposta a esperar o tempo que fosse, sentou-se no sofá, e olhou um papel amassado no chão. 

Parecia a carta de Sara.

“Por que ele jogou a carta fora?”. Pensou, enquanto se levantava e ia buscar a carta no chão. Ela então começou a ler.

— Espera aí, essa não é a carta da Sara. – Disse para si mesma.

Então esperou por que Gilbert terminasse o banho. Quando ele saiu do banho, já com uma roupa limpa, chegou à sala, Julie fitou-o séria.

— Temos um problema.

— Qual problema?

— Você vai ter que rebolar muito para que Sara aceite suas desculpas, e pelo visto eu também. – Respirou profundamente.

— E quem disse que eu quero suas desculpas? – Ele fitou-a sério. – Lembrei-me por que estava tão irritado ontem. Sara é casada, me deu um fora com uma carta e ainda teve a audácia de me ligar? Queria somente me lembrado do que disse ontem, mas minha cabeça ainda não deixa.

— Sente-se, e escute-me. – Julie ordenou.

— Não quero ouvir nada Julie, acha que eu já não ouvi, ou melhor, vi o suficiente? – Estava irritado.

— E se eu te disser que essa carta não é a carta da Sara. – Julie perguntou desafiadora.

— Como assim?

— Gris, eu não deveria, mas eu li a carta que Sara escreveu e não era essa. Essa nem é a assinatura de Sara. É muito parecida, mas Sara só escreve com canetas de ponta fina. Alguém falsificou essa carta.

— Você está mentindo Julie, não ter por que... – Ele então começou a recordar.

...

— Por que não pediu para o porteiro?

— Acredito que ficou com medo que ele abrisse e lesse. – Sorriu. – Eu por outro lado nunca mexeria em algo seu.

— Obrigada. – Disse por fim.

...

— Para quem você entregou a carta de Sara, Julie?

— Para sua secretária, ela disse que tinha uma reunião contigo a noite, e como eu não poderia trazer, achei que seria melhor entregar, queria que recebesse a carta assim que possível.

— Secretária, eu não tenho nenhuma...  – Ele então antes de completar a frase abriu o computador, pegou uma foto de Teri e mostrou para Julie. – Essa era a que se dizia minha secretária.

— Sim. – Julie concordou com a cabeça também.

— Merda. – Gritou irritado. – Mas isso não explica o fato de Sara ainda ser casada. – Fitou Julie.

— Nem ela sabia que era casada. Onde você leu isso?

— Em um site de fofocas.

— E leu tudo, ou leu só a chamada. – Perguntou obvia.

Ele era um idiota, as chamadas realmente eram sensacionalistas, para prender a atenção, mas como ele iria adivinhar que poderia ter algo a mais? Logo ela fez com que Gilbert sentasse no sofá e foi explicando o motivo de Sara viajar as pressas para o Brasil, o problema com os papéis da separação com Axel, e o porquê dela ainda ser a “senhora Aguilar”.

— Sara nunca vai me perdoar. – Gilbert colocou a mão sobre a cabeça.

— Sinceramente, acho que ela pode te perdoar, só acho que isso não vai ser fácil. 

— E a carta da Sara? Você leu Julie, o que ela dizia?

— Eu não me recordo exatamente as palavras que ela usou, mas ela pediu desculpas por ir sem se despedir. O fato é que ela saiu tão as pressas que deixou metade das suas roupas aqui, também disse que sentiria saudades, e algo sobre uma proposta que tu tinha feito a ela. Que ela tinha pensado e que voltaria para vocês conversarem sobre isso assim que ela pudesse. – Julie ainda tentava puxar algo da memória. – Ela agradeceu pelas férias maravilhosas que teve ao seu lado.

— Julie, o que foi que eu fiz? – Gilbert disse desnorteado. – O pior é que não me recordo de nada do que falei para ela ontem.

— Mas eu sei o que você disse, ela me contou ontem, enquanto chorava. – Julie fitou-o séria, repreendendo-o. – Chamou-a de falsa, se bem que esta fora apenas uma das palavras mais leves que utilizou, e disse que nunca mais queria vê-la na vida. Ela disse que você falou dela com tanta raiva. Ela estava realmente triste.

— Eu não posso ter feito isto... – Gilbert suspirou.

— Fez. E para piorar, alguns dias atrás quem atendeu ao telefone foi Teri, dizendo que vocês tinham tido uma ótima noite...

— Como assim? Eu e ela nunca tivemos mais nada desde Sara.

— Não? – Perguntou duvidosa.

— Com certeza não.

— E como ela atendeu seu telefone?

— Sinceramente? Eu não sei, mas não se preocupe ela vai me explicar Tim-Tim por Tim-Tim do que está acontecendo aqui.

— E o que vai fazer agora?

— Eu não sei Julie, eu tenho que viajar hoje a noite a trabalho, e ficarei fora por uns tempos. Não posso faltar por que está em contrato. Precisava falar com Sara, será que ela vai atender meus telefonemas?

— Sinceramente? Não. Ela não atende nem mais os meus.

— E-mail, redes sociais?

— Ela irá apagar tudo Gris. – Disse irritada. – Dá pra entender que você tem que ir lá e pedir desculpas.

— Eu sei, mas...

— Mas?

— Só poderei ir para lá depois de um mês Julie. Eu realmente tenho compromissos que não posso adiar. E não é questão de falta de vontade, é questão de que se eu não for a agência paga multa, e se isso acontece eu estou fudido. – Respirou profundamente. – Talvez seja até melhor, assim dá tempo da poeira baixar.

— Um mês Gilbert? – Perguntou incrédula. Ela então se levantou. – Sabe, você faz o que acha que tem que fazer, mas se você soubesse que vai perder muito mais que dinheiro esperando um mês, eu sinceramente iria hoje.

— Julie? Tem algo que você sabe e eu não sei.

— Na verdade tem Gris, mas isso não serei eu que vou te contar. – Falou irritada. – Se você quer colocar a frente seu trabalho e seus negócios ótimo, mas se você realmente quer saber tudo que está acontecendo vá para o Brasil. E tchau. – Saiu da casa de Gilbert então batendo a porta.


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