Tão doce e tão fatal: Mel com limão e sal ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 25
Capítulo 15 - Parte Única (025)


Notas iniciais do capítulo

Desfrutem ♥



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Sexta-feira a noite havia sido perfeita para Sara e Gilbert. Na realidade todos os dias para eles pareciam perfeitos. O fim de semana Sara passou com Julie Finlay, mesmo a contra gosto de Gilbert. Queria estar com a amiga. 

Fora complicado, principalmente no domingo, quando resolveram ir a um shopping no centro da cidade e parecia que todos os seus passos eram fotografados. Sara adorava tirar fotos, não ser a modelo delas.

Na noite anterior, sábado, o diretor da empresa que Sara trabalhava – e chefe dela – ligou para saber dela.

— Então Sara, como está?

— Muito bem.

— Bem? A senhorita deve estar nas nuvens, não?

— Já chegou ao Brasil né? – Sara disse desanimada.

— Chegou o que? - Fez-se de desentendido.

— Deixe de ser bobo. – Sara deu-se a liberdade disto, sempre respeitou seu chefe, porém pelas três semanas que seguiam ele não seria. Estava de férias.

— Sobre você e o ator americano? Se for isto que pergunta, está em todos os jornais. Tens noção de quantas ligações nossa agencia recebeu em uma semana? Extrapola todas as ligações do ano passado juntas. 

— Ótimo. – Bufou.

— Morgan quer sua cabeça, pois ela quem ficou responsável pelo seu escritório.

— Espero que essa loucura passe logo. – Sara disse por fim, querendo dar o assunto por encerrado.

— E eu espero que volte ao Brasil, senhorita famosa.

— Não vou abandonar meu emprego se é isso que quer saber. – Disse ela por fim.

— Ótimo. – Respondeu visivelmente contente e até aliviado com a resposta. – Mas saiba que amor a distancia é algo bem difícil.

— Quem sabe não levo o moço dos olhos azuis comigo. – Brincou.

— Conheço seus poderes pequena Sidle, você levaria muitos homens ao inferno se assim desejassem. E sabe o pior? Eles iriam de bom grado apenas para obedecê-la.

— Não me iluda. – Riu.

— Não estou te iludindo.

A conversa com seu chefe havia sido muito boa. Porém sentada à mesa de uma cafeteria do shopping com Julie no fim da tarde, girando a colher dentro da xícara de café, seu pensamento estava longe: Até que ponto isto a afetaria quando chegasse ao Brasil? Não, ela não podia pensar nisto. E resolveu não pensar. A única coisa que ficou na sua cabeça era o que Gilbert estava planejando para aquela semana que começaria na segunda e terminaria no sábado. Depois disto, a rotina de trabalho dele voltaria, e nas duas semanas que restariam de férias para Sara, seriam poucas as vezes que teria oportunidade de vê-lo.

Gilbert havia ligado para Sara e lhe contado o que pretendia para aquela semana. Ela quase não acreditou no que ele havia planejado, e tentava esconder isto a sete chaves, principalmente da imprensa.

— O que ele está aprontando Sara? – Julie encarou a morena ainda na cafeteria.

Voltando a si, Sara fitou a amiga sem entender a pergunta. Na realidade estava tão concentrada em seus pensamentos que nem ouviu direito o que a amiga falou.

— Oi? – Sara fitou Julie com incerteza.

— Abre o jogo Sar. O que ele vai aprontar?

— Não posso falar aqui. – Sara apontou com o canto do olho, havia um paparazzo escondido atrás de algumas plantas. – Vamos fazer um trato? Conto-lhe tudo em casa se você pintar seu cabelo de loiro. É estranho eu te chamar uma morena de loira! – Sara queria fazer isto desde que tinha chego ao México e fitado sua amiga com cabelos negros.

— Perfeito. – Julie disse animada. – Mas você quem irá pintar meu cabelo.

— Como? – Falou desconfiada.

— Claro. Você o fez da primeira vez, e fará de novo.

— Julie, da primeira vez que fizemos erámos adolescentes inconsequentes e você sabia a merda que poderia ter se transformado seu cabelo.

— Exato. Agora sou uma adulta inconsequente. – Riu – E você acertou perfeitamente da primeira vez e era apenas uma adolescente, agora com certeza tem mais prática. Você quem irá pintar e ponto final. Durante o processo você irá me contar tudo.

— Se você se arrisca, só saiba que eu não me responsabilizo por nada. – Piscou desafiadora.

— Não carece. – Respondeu cínica.

E foi assim que aconteceu. Sara e Julie pagaram a cafeteria, e depois se dirigiram a farmácia. Elas compraram a tintura loira, a verdadeira cor de Julie Finlay na opinião de Sara e em seguida foram para casa.

— E então, vai me contar tudo?

Julie colocava a cadeira no banheiro, fariam tudo lá para evitar maiores sujeiras. Enquanto isto Sara preparava a tintura.

— Sim. Ele me ligou ontem, e disse que teremos uma ótima semana juntos. Sabe... – Respirou pesadamente - Eu não entendo muito ele. Nós sabemos o que vai acontecer daqui a três semanas, ele realmente não precisava ter preparado algo tão grandioso. Confesso que fiquei boquiaberta no telefone ontem.

— Oh meu Deus, me conte tudo. Para onde vocês vão?

— A viagem será em duas etapas. Ele conseguiu em cima da hora apenas passagens para Cancun, mas ele disse que gostaria que eu conhecesse Tulum. Então voaremos por quatro horas e meia aqui até Cancun no México e lá ele vai pegar um carro e teremos mais duas ou três horas de viagem até Tulum. Ficaremos lá de segunda até quinta-feira. Depois voltaremos para Cancun e ficaremos até domingo, e voltaremos para a cá durante a madrugada. 

— Uaul. – Julie não pode conter a empolgação que sentia pela amiga. – Vai aproveitar muito.

— Não sei por que, mas sinto que toda a emoção ficará para Cancun. – Sorriu maliciosa.

— Não importa onde ficará a emoção querida. Estar ao lado daquele homem lindo dos olhos azuis já é pura emoção. – Julie parecia mais empolgada que Sara.

— Isso não da para negar. 

Sara suspirou, tomando coragem para começar a pintar o cabelo de Julie. Vestiu as luvas. Fechando os olhos ela depositou um pingo de tinha sobre o cabelo da morena, que logo seria loira, e agora não tinha mais como voltar atrás. Teria de pintar todo o cabelo.

“Seja o que Deus quiser”. Pensou sozinha.

— Mas você também tem suas emoções com Nick. – Falou maliciosa.

— Já foi melhor. – Admitiu desanimada. – Nicolas anda mais infantil que o normal.

— Como isso é possível? – Sara interrompeu fingindo estar horrorizada com tom de voz visivelmente cínico.

— É possível, tanto é que está. Inclusive na cama já não é a mesma coisa. Crê que já fizemos dos mais diversos malabarismos, e hoje se sairmos do papai e mamãe já é muita coisa. – Julie riu da própria desgraça. – E o pior é que não consigo me entregar a qualquer outro homem para experimentar novas sensações. Eu gosto daquele inútil.

— Julie, eu posso ser sincera? – Sara prestava mais atenção no cabelo de Julie Finlay que na conversa em si.

— Sempre amiga.

— Você não me pareceu nada entediada na sexta-feira quando te pegamos no flagra, tinha um belo sorriso nos lábios. 

— E estava nua ao ponto do donos dos olhos azuis ficar duro. 

Sara ficou desconcertada.  Ela havia notado isto na sexta-feira, mas não tinha tido certeza se havia realmente acontecido ou se era coisa de sua imaginação. A confirmação de Julie a deixou incomodada. Não que ele não pudesse se excitar ao ver uma mulher nua, ainda mais uma mulher como Julie, linda, esbelta, definitivamente um corpo escultural.

Calou-se por algum tempo.

— Não se preocupe amiga. – Julie percebeu que Sara havia ficado mexida com a afirmação. – Eu não quero seu bofe.

— Você é o menor de meus problemas senhorita Finn. – Sara riu. – E está pronto. Agora é quarenta e cinco minutos e depois enxaguar. Se por acaso seu cabelo cair o máximo que posso fazer é comprar-lhe uma peruca loira.

Julie Finlay riu. Nunca havia visto Sara enciumada, nem com Axel, nem com Doug e muito menos com Hank. Porém Sara sempre havia sido ciumenta por Gilbert, só que até então era o ator Gilbert Grissom, e não o homem Gilbert Grissom. Sara podia estar se apaixonando e Julie tinha medo de como isso acabaria.

Quarenta e cinco minutos depois lavou seu cabelo. Ele não caiu e estava lindo e loiro. Sara estava contente por isto, mas Julie tinha a certeza de que os brilhos dos olhos de Sara eram por conta da viagem. Com certeza iria render muito.


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