Contra o terrível fim chamado Medusa escrita por MT


Capítulo 2
Cap 2 - Uma bela duma joelhada no…


Notas iniciais do capítulo

Bom, mais um dia, mais um cap. Espero que gostem. Meu plano era fazer um cap mais engraçado e divertido... mas saiu esse cap que por pouco não é o completo oposto. No próximo eu tento de novo.
Palavra do dia é compasso. (se não me engano hehe)



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Aquela definitivamente não era a Terra, ao menos não a que conhecia. Percebeu aquilo tão rápido quanto o tempo que levou para ser enxotado de um estabelecimento simultaneamente belo e grotesco. 

Belas paredes de mármore branco com traços negros formando figuras em alguns pontos, um piso feito de algo parecido com ouro onde linhas verdes pairavam como lufadas de ar e moveis feitos de algum tipo de material de cor bronze. 

O espaço era amplo, mas estava, mesmo assim, abarrotado de gente, camas e gemidos de dor. Pôde até mesmo ver alguns corpos serem descartados por uma abertura ao fundo do local e vômito e sangue em algumas partes do piso.

Haviam imagens piores ali, porém ele decidiu que não seria saudável pensar sobre elas.

Fora daquelas paredes, expulso porque não tinham tempo a perder com alguém aparentemente recuperado enquanto feridos não paravam de grunhir suas dores, sua mente começou a trabalhar. Primeiro as orelhas das pessoas com rostos cansados e tensos que tinham o enxotado às pressas. 

Longas e finas. 

Em segundo a forma como aquilo lembrava uma espécie de enfermaria rudimentar. Algo similar a um hospital público sobrecarregado medieval. 

Terceiro, as casas eram feitas, quase sem exceção, majoritariamente de mármore branco e o que parecia ouro. Talvez fosse mesmo o minério dourado, o garoto não fizera nada para tornar-se um estudioso da área até o presente momento. Ao menos o solo da rua tinha um ar menos espalhafatoso. Pareciam ser tijolos de cobre ou só da cor mesmo.

Não haviam muitas pessoas nas calçadas. Mas pôde ver alguns e também um grupo de pessoas de orelhas pontudas trajando armaduras indo para sabe-se lá onde.

Por um momento aquilo foi demais para ele processar. Seu corpo tremeu assustado, suas pernas ameaçaram ceder e um súbito desejo de se colocar em posição fetal preencheu sua mente. É algo ao qual o ele atual se renderia sem ressalvas. Afinal, tornara-se patético após apanhar da vida do jeito que apanhara.

Mas por algum motivo não se sentia o mesmo. Em poucos segundos a ideia de estar num mundo de fantasia tomava mais e mais espaço. As possibilidades, as chances de ser um herói ou um rei ou simplesmente alguém notável, inflavam tanto em seu peito que sabia que só com o si de anos atrás aquilo poderia ter tal efeito. Mesmo com essa certeza, via acontecer a prova do seu engano. Estava excitado com aquilo.

Sua mente não estava mais presa aos antigos traumas, embora ainda recordasse deles.

Aquilo era pertubador. Definitivamente algo que devia enchê-lo de uma desconfiança paranóica. Afinal existia um ser capaz de não apenas levá-lo para outro mundo como também mexer com sua cabeça até sabe-se lá que ponto. O som de piano que ouvira definitivamente não era provindo de nada bom.

Mas não importava o quanto tentasse, não conseguia dar a isso a menor importância.

Respirou profundamente, escolheu uma direção ao acaso e começou a andar. Ficar preso ao medo de uma teoria sobre seres super poderosos iria pô-lo numa circunferência digna de um compasso diabólico. E o estranho bom humor percorrendo seu corpo seria desperdiçado.

Quanto mais adentrava na cidade maior a vida se mostrava. Carruagens, pessoas montados em animais exóticos e outras apenas caminhando. Não deixou de notar quando outro grupo armado e trajando armadura passou por ele.

A aquela altura já tinha um palpite de onde poderia estar. Mas antes que sua mente terminasse de pronunciar o nome, foi atropelado por uma garota vestindo roupas brancas sob um peitoral de couro e um cinto de onde via-se uma pequena faca embainhada.

Ficaram estatelados no chão por alguns intantes. Mas logo a garota se pôs de pé e o ergueu pelos ombros como se não fosse visivelmente mais pesado que ela. Recebeu um sorriso desajeitado. 

— Sinto muito por isso. - disse a elfa e simultaneamente apalpou as laterais dele como se limpando o pó. As íris dela brilhavam num tom ensolarado de âmbar. - Até.

— Ah! - o garoto falou instantes após ver as costas da elfa se afastando. - Eu preciso de ajuda, sou novo na cidade e…!

A segurou pelo ombro sem pensar muito. A elfa girou afastando a mão dele e se aproximou com um passo. Podia ver um ar ameaçador nos olhos da garota. Mas quando o golpe o acertou entre as pernas era tarde demais para aquilo ter relevancia.

Daquela vez ela simplesmente desatou a correr sem deixar um pedido de desculpas.


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Notas finais do capítulo

Bom, acho que não preciso dizer que aquela elfa vai ser relevante. Afinal entre todos os figurantes que o prota viu ela foi a única com quem interagiu. Mas será ela a heroína da história? Que tipo de lugar é esse? Como eles fazem para os cara não saírem roubando pedaços da estrutura para vender? Da onde saiu tanto ouro e cobre? Elfo caga ouro e cobre? Por que o autor chamou atenção para alguns grupos de elfos com armadura(provavelmente um tipo de patrulha policial)? Falando nisso, por quê ninguém estranhou o prota? Ele num é humano? Por que diabos o autor ainda não revelou nomes? Se isso for um sonho do moleque num vai prestar para quem tá escrevendo...
Enfim, é cedo, mais alguém imagina o que vai rolar? A dica é: casamento arranjado sempre dá merda.



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