Don't Give Up On Us - Concluída escrita por Julie Kress


Capítulo 5
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Não consegui postar semana passada, mas aqui está o epílogo

Obrigada a todos por todo o carinho. E por terem dado uma chance a essa Short tão especial.

Boa leitura a todos!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/799692/chapter/5

P.O.V Do Freddie

O fim do ano letivo chegou com a encerração dos testes finais, Sam se esforçou bastante para conseguir as notas que precisava. Ela passou em todas as matérias sem ficar de recuperação, claro que isso me orgulhou bastante. Quando o boletim foi entregue a ela, nós saímos para comemorar com nossas mães, elas aprovavam o nosso namoro e torcia por nossa felicidade. Estávamos radiantes.

Ter o apoio delas significava muito.

Começamos a namorar quando suas aulas retornaram. Não houve um pedido especial, nem nada do tipo, simplesmente resolvemos que estávamos juntos pra valer e era de fato um compromisso sério. Já fazíamos programas de casais e tudo mais, apenas decidimos oficializar o nosso relacionamento.

Sam fazia questão de querer me acompanhar em minhas consultas. Era importante para ela, a loira queria participar de tudo, além de me motivar bastante. Como eu poderia recusar um gesto tão bonito e de coração como aquele?

Eu tinha uma namorada maravilhosa e não poderia deixá-la escapar por conta de um medo bobo que só pioraria as coisas nos fazendo sofrer. Fugir dos meus sentimentos como um covarde não faria eu me sentir melhor, pelo contrário, isto só me causaria uma tremenda infelicidade.

Também a faria sofrer de qualquer maneira.

Pelo menos estando juntos éramos mais fortes. A união faz a força, o apoio de Sam me ajudaria bastante. Ela queria estar ao meu lado. Queria cuidar de mim porque me amava. Sam acabou se tornando o meu porto seguro. Um presente de Deus.

Ela era a luz e todas as cores que faltavam em minha vida. A Puckett estava disposta a lutar por mim e por nós dois. Eu tinha um motivo, a razão para não desistir. Por isso agarrei a chance de ser feliz e viver o amor que aquela garota linda e cheia de vida estava me dando.

Eu me sentia mais vivo que nunca e livre estando ao seu lado. Ela era a maior razão de todos os meus risos e sorrisos. Me mostrou um lado da vida que eu desconhecia. Por isso eu seria eternamente grato a ela. Sem Sam Puckett minha vida não teria mais sentido.

O amor acabou me resgatando. Antes dela, eu não tinha amigos e me sentia vazio, solitário. Sam me apresentou aos amigos, me incluiu no ciclo de amizade dela e me fez querer conhecer mais pessoas.

Com o colegial terminado, ela não tinha a faculdade em mente. Nem eu, não fazia sentido para mim, passar anos cursando algo do qual eu provavelmente não chegaria a cumprir quando me formasse.

Meu destino e minha vida estavam nas mãos de Deus.

Eu só precisava viver o máximo e aproveitar o bastante, para não ter arrependimentos de não ter feito algo e partir sem concluir tudo que a vida me proporcionaria acerca das minhas expectativas e em torno de minha realidade..

Você nunca sabe quando será seu último dia na Terra.

Sendo portador de CMD, eu só tinha a certeza de que minha vida já estava condenada. Os tratamentos só me ajudariam a prolongar um pouco. Se eu ao menos chegasse aos 25 anos, já era muito. Um longo prazo para alguém com minhas condições.

O que mais me doía era que eu partiria deixando minha mãe, a Sam e meus novos amigos... Eu não veria o amor da minha vida envelhecer. Envelhecer ao seu lado era tudo o que eu mais queria.

Ter filhos, netos, bisnetos... Morrer velhinho ao lado da minha princesa.

[...]

— Amor, eu tenho algo para te falar! - Ela chegou na minha casa às 06h da manhã, afobada, nervosa e um pouco pálida.

Até me assustei. Sam nunca aparecia tão cedo. Aquilo era estranho.

— Meu Deus, Freddie, não surte, por favor... É melhor sentar. - Sam estava agitada, gesticulava e tremia.

— O que aprontou dessa vez? Os vizinhos te denunciaram pelo som alto? - Indaguei já imaginando a confusão que ela tinha arranjado.

Sam simplesmente tirou algo do bolso da jaqueta, me entregou o pequeno objeto dentro de um saquinho.

Curiosidade me atingiu em cheio, abri o saquinho e retirei o conteúdo. Era um palitinho plástico branco com detalhes em rosa, tinha o tamanho de um palito de picolé.

Olhei para a Sam que parecia uma estátua na minha frente, os olhos haviam dobrado de tamanho. Ela estava muito nervosa.

Analisei o pequeno objeto atentamente.

— Deus... - Minha ficha foi caindo.

Eu devia ter sentado, cambaleante fui até o sofá e sentei ali um pouco zonzo.

Minhas mãos tremiam. Comecei a suar e meu coração martelava forte em meu peito.

— A culpa foi minha... - Me vendo naquele estado, a minha loira começou a chorar descontroladamente.

— Não foi... Foi algo que fizemos juntos. Não se culpe. - Criei forças e levantei. Fui até ela e a abracei com certa força. - É nosso... Nosso bebê. Por Deus... É um presente lindo. Uma benção, amor. - Comecei a chorar emocionado.

E daí que mal havíamos completado 18 anos?

Se Sam estava me dando um filho ou uma filha, aquela era a vontade de Deus.

Comecei a beijar seu rosto, beijei cada pedacinho de sua face angelical. Me ajoelhei e levantei sua blusa. Beijei tanto sua barriga enquanto ela ria e chorava emocionada.

Ela teria uma parte de mim. Algo nosso quando eu partisse. O maior presente que eu poderia deixar pra ela.

— Te amo, te amo tanto, Sam. Você também, anjinho. - Repousei o rosto sobre seu ventre.

— Te amo mais. Vou te amar sempre e para sempre. Nós te amaremos muito. - Prometeu.

[...]

3 anos depois...

P.O.V Da Sam

— Ele foi pro céu, mamãe? - Clarisse se agarrou nas minhas pernas, os olhinhos marejados e a voz fina já estava embargada.

— Sim, meu anjo. - Respondi sentindo uma tristeza enorme.

Ela era uma mini-Sam como todos diziam, uma pequenina teimosa e que era muito parecida comigo tanto na aparência como na personalidade.

— Por quê ele teve que ir pro céu, mamãe? - Tão inocente, meus olhos marejaram.

— Ele estava muito doente, meu amor. - Me abaixei quase ficando da sua altura.

— Eu não quelia que ele fosse... Quelo ele de volta. - Começou a chorar.

Aquilo partiu meu coração.

— Oh, meu bebê, eu também não queria que ele se fosse... Agora ele está num lugar melhor. - Abracei meu anjinho enquanto chorava.

Sentiríamos muita falta dele.

Logo senti a presença do amor da minha vida, ele se abaixou e nos envolveu num abraço reconfortante. Respirei fundo.

— Já se despediram? - Perguntou igualmente triste.

— Sim, amor. - Levantei com nossa filha no colo.

Havíamos perdido o nosso animalzinho de estimação. Freddie trouxe o gatinho amarelado de olhos verdes para a casa quando Clarisse completou 1 aninho.

— Diga adeus ao Bolinho, filha. - Falei ainda envolvida nos braços de Freddie.

— Adeus, Bolinho! - Ela acenou chorosa olhando para a pequena caixa de madeira.

— Vamos, amor. Já paguei ao Roy para levar a caixa... - Disse em voz baixa.

Concordei, resolvemos fazer uma despedida ali no parque onde o Bolinho foi achado abandonado. Ele nos trouxe muita alegria e nos deu momentos maravilhosos que marcaram nossa vida.

O gatinho era o xodó da nossa filha.

Freddie nos conduziu até o carro, voltaríamos para casa com aquele pesar e a dor da perda de um animalzinho tão querido.

— Papai, a mamãe chorou que nem bebê... - A danadinha disse.

— Sua mãe está muito sensível, filha. Ela vai passar os próximos meses assim... - Tocou minha barriga enquanto parava num sinal vermelho.

Quando Clarisse completou 2 anos, recebemos ótimas notícias. Já estávamos casados. Ele havia se tornado gerente da assistência, e eu me tornei dona de casa e mãe de família temporariamente, eu ia esperar para voltar ao trabalho. Eu não podia deixar nossa bebê com nossas mães ou nas mãos de uma babá, ela ainda mamava.

Flashback on...

— O seu caso ainda é intrigante, Freddie. Você teve poucas recaídas nesses anos e seu estado continua estável, a doença não está mais avançando. Continua no Grau 3 com certo moderamento. - O doutor Talles informou.

— E o que isso significa, doutor? - Perguntou, sério.

Apertei sua mão, eu estava ali com ele em mais uma consulta.

— Você já é pai, certo? - Ele tinha me visto grávida e já havia reparado em nossas alianças.

— Sim, temos uma filha de 2 anos. - Clarisse sempre ficava com as avós durante as consultas.

— Assim que a criança atingir a idade para ser um doador infantil, faremos todos os exames necessários com a permissão de vocês. - Foi direto ao ponto.

— Doador infantil? Como assim, doutor Talles? - Indaguei.

— Ela pode ser a salvação do seu marido, Sra. Benson. A filha de vocês têm grandes possibilidades de doar a Medula Óssea. Teremos que esperar ela crescer mais um pouco. Se tudo ocorrer bem, o Freddward pode se curar.  - Nos deu a melhor notícia de nossas vidas.

Nosso anjinho poderia salvar o pai se o transplante funcionasse. As chances que eram nulas se tornaram uma possibilidade de cura, mesmo que as porcentagens não fossem excelentes, aquilo ainda sim era um milagre.

Com o avanço da medicina, as coisas se tornavam possíveis.

Flashback off...

[...]

— Você está bem? Está um pouco pálida. - Se preocupou quando chegamos em casa.

Eu precisava dar banho na nossa filha, tomar um banho relaxante e descansar um pouco.

— São apenas esses enjôos... Ai, eu não sofri enjôos terríveis quando estava grávida da Clarisse. Não consigo nem comer, até esse teu perfume está me causando náuseas. - Tapei o nariz.

Já estava com 3 meses de gestação.

— Amor, tome banho e deita um pouco, vou só dar banho na Claire. - Era o apelido da nossa princesinha. - Depois vou lá no quarto te levar um chá que minha mãe ensinou. - Beijou minha testa.

O afastei sentindo o meu estômago embrulhar. Seu perfume estava acabando comigo.

— Filhão, você está deixando sua mãe enjoada de mim. Isso não se faz. - Acariciou minha barriga.

— Não sabemos se é menino. Nem deu para ver, bobão. - Eu ri.

— Minha mãe diz que é, vai por mim, ela entende. - Sorriu convencido.

— Tô indo para o quarto. Se vier com chá amargo pro meu lado, eu te enfio goela abaixo. - Avisei.

— Mamãe, tô com fome. - Clarisse se aproximou fazendo biquinho.

Ela apareceu segurando o porta-retrato com a foto de nós duas no parque, o Freddie bateu aquela foto e mandou revelar.

— Vem princesinha, o papai vai te dar banho. Sua mãe precisa descansar. Me dá esse porta-retrato, filha. - Ele a pegou no colo.

Quelo pantecas, papai.Pediu abraçando o pescoço dele.

— Okay, o papai vai fazer suas panquecas. - Sorriu beijando o rosto dela.

Eu sorri vendo ele se afastar com ela.

Estava casada com o homem que amava, tínhamos uma filha esperta e que era tudo para nós. Freddie era sem dúvidas o amor da minha vida. Deus havia nos presenteado com mais um filho. Ele tinha chances de finalmente ser curado.

Eu tinha muita fé. Iríamos envelhecer juntos, ver nossos filhos se tornarem adultos. Teríamos um vida longa, eu era muito grata por tê-lo em minha vida. Freddie Benson só me trouxe alegrias. Eu o amava com todas as minhas forças.

Ele era meu e eu era dele até nossos últimos suspiros como citamos em nossos votos de casamento.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí???

Quase infartaram???

Se emocionaram???

Amei escrevê-la do começo ao fim.

Amo vocês. Até a próxima. Bjs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Don't Give Up On Us - Concluída" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.