Magnolia escrita por noora


Capítulo 1
U: eu quero uma tatuagem


Notas iniciais do capítulo

oiii gente!! chegou meu dia, ebaaa!
explicações pra quem caiu aqui do nada e não sabe das minhas maluquices: um dos mais maiores headcanons da Astoria é que ela desenha muito bem e depois de um tempo completamente conturbada, ela resolveu ir tatuar junto com a tia no estúdio dela. Nessa época da fic, a tia já deu o estúdio para ela e a Astoria trabalha sozinha. Essa fic é tecnicamente um excerto de uma que eu tenho planejada sobre a vida da Astoria que espero algum dia conseguir terminar e postar para vocês ♥
espero que gostem, é drastoria sendo bem fluff!!



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— Eu quero fazer uma tatuagem.

A cabeça de Astoria surgiu da porta do banheiro. Havia um fio de cabelo preto rebelde que não tinha sido prendido pela toalha grudado em seu pescoço. Enquanto isso, Draco estava sentado na cama sendo coberto apenas pelo lençol.

— Desculpa, pode repetir?

— Quero fazer uma tatuagem – Draco repetiu, mesmo que estivesse confuso pois sabia que Astoria tinha conseguido escutá-lo muito bem.

— Eu ouvi da primeira vez, só queria ter certeza de que não estava imaginando coisas – ela apoiou o pé na cama e começou a passar o creme que tinha trazido consigo – O mesmo homem que quase desmaiou quando me viu fazendo a tatuagem da Holly por causa da agulha, agora quer que eu faça uma nele. Que crescimento, senhoras e senhores.

Ele jogou um travesseiro na esposa, que apenas riu e desviou.

— Falando sério agora, já sabe o que vai ser? Quem sabe um dragão.

— Astoria, por favor. Eu não vou tatuar um dragão.

― Por que não? Daí a gente teria tatuagens combinando – ela se referia ao dragão que tinha tatuado nas costas, logo depois do casamento deles, em homenagem ao marido.

― Astoria...

— Está bem, parei.

Draco suspirou, passando a mão pelo cabelo.

— Ainda não sei o que eu quero fazer, mas quando tiver uma ideia você vai ser a primeira a saber.

Astoria se inclinou para dar um beijo rápido nele, antes de se levantar para escolher uma roupa.

— Só pense bem, porque uma vez feito, é para sempre.

Draco olhou rapidamente para a Marca Negra em seu braço esquerdo.

— Eu sei.

— Pensei em uma flor.

— Que?

Os dois estavam em uma sorveteria no Beco Diagonal. Os donos dos feijões mágicos haviam aberto outra franquia e agora vendiam sorvetes com a mesma proposta dos feijões. Astoria, na sorte, havia conseguido um de maçã verde e Draco, infelizmente, acabou pegando um de cera de ouvido ao invés de marshmallow.

— Para a tatuagem – Draco explicou.

— Ah. Eu apoio. Acho lindo tatuagem de flor, até estava pensando em fazer uma em mim.

— Não estava não.

— Claro que estava! – Astoria protestou. Nos últimos dias, em discussões sobre o que Draco deveria tatuar ela, toda vez que o marido sugeria alguma coisa, dizia que iria tatuar exatamente a mesma coisa. Na verdade, ela fazia isso com absolutamente qualquer coisa. Draco queria comer algo, Astoria na hora dizia que queria a mesma coisa. Ia ler um livro? Lá ia ela brincando que ia comprar exatamente o mesmo. Para outras pessoas provavelmente deveria ser muito irritante, mas Draco amava quando Astoria fazia isso. Parte das pequenas coisas que ele amava nela.

— Enfim, estou confiante na flor.

— Que bom, meu amor. Agora só precisa escolher qual. Você sabe disso, não pode só chegar no estúdio e dizer “uma flor!” e achar que eu vou adivinhar. Até hoje não acredito que aquela menina realmente fez isso comigo.

Enquanto escutava Astoria reclamar de novo sobre a menina que havia aparecido em seu estúdio na semana anterior, Draco pensava em que tipo de flor ele queria tatuar. Não tinha muito conhecimento de flores para pensar em qual deveria fazer. Olhou para a esposa, que tinha terminado de reclamar e agora tomava seu sorvete assistindo o movimento e soube o que deveria fazer.

— Ast?

— Sim?

— Qual a sua flor favorita?

A colher de seu sorvete parou no ar. Astoria olhou para Draco, com absoluta adoração.

— Draco, não precisa...

— Não sentido nenhum ser qualquer outra flor. Vai, qual é.

— Magnólias. Já vou começar a fazer o desenho, assim que chegarmos em casa.

Draco pegou a mão dela por cima da mesa, dando um leve aperto. Astoria sorriu para ele, o peito quentinho pelo carinho que sentia por aquele homem.

Não é que Draco tivesse medo de agulhas, ele só se sentia um tanto desconfortável perto delas. Astoria iria eternamente tirar sarro dele quando sua pressão caiu ao ver as agulhas da pele da ex-namorada.

Tentava não parecer nervoso enquanto a esposa ajustava o estúdio para finalmente tatuá-lo. Era de madrugada para ninguém interromper, além de ser quando Astoria ficava mais inspirada. Ela queria que aquela tatuagem ficasse perfeita, já que era para a pessoa mais importante de sua vida.

— Tudo pronto – anunciou, já sentada em sua cadeira – Em qual braço que vai ser?

Draco havia dito que seria num dos antebraços, mas não havia especificado em qual. Não sabia por que, mas não tinha tomado coragem de falar para Astoria que queria cobrir a Marca Negra. Relutante, apoiou na maca o braço esquerdo. A morena franziu o cenho, olhando para o símbolo. Como se uma luz tivesse acendido em sua cabeça, arregalou um pouco os olhos.

— Ah Draco, é para cobrir? Por que não me disse antes? Não sei se o desenho vai conseguir cobrir...

Eles ficaram em silêncio, enquanto Astoria se concentrava em tentar ajustar o desenho das magnólias para cobrir completamente a marca. Depois de uns minutos, ela falou que tinha conseguido e que iria dar certo.

— Tudo certo. Pronto? – ela viu a cara do marido, como se estivesse enjoado e arriscou uma piadinha – Eu seguraria sua mão, mas preciso das duas para tatuar.

Draco apenas riu e disse que podia ir. Esperava um dor insuportável, mas quando a agulha tocou sua pele era como se um gato estivesse arranhando-o bem fraquinho. Doía um pouco, mas era totalmente suportável. Os dois ficaram em silêncio enquanto Astoria desenhava com a maquininha

— Você deve achar que sou fraco – Draco quebrou o silêncio – Por querer cobrir a marca.

— Não acho que você seja fraco. Acho que não é mais o mesmo menino que recebeu isso, o garoto que acreditava em tudo que os pais falavam sem ao menos se questionar. E eu sei que você está pensando no seu pai – Astoria tirou os olhos da tatuagem para olhar nos de Draco – Mas cá entre nós sabemos muito bem que seu pai é um tanto masoquista. Isso de “preciso deixar a marca para sempre e lembrar do que eu fiz” é besteira. Não é um símbolo que vai te lembrar dos erros cometidos, mas sim sua consciência.

Ele sorriu para ela, agradecendo por aquele pequeno discurso. Parecia que havia sido ontem que ele tinha aparecido naquele estúdio, apenas para acompanhar Holly e reencontrou a irmã mais nova de sua colega de casa. Mal Draco sabia que, em 4 anos, estaria casado com aquela menina. Astoria era o maior presente que havia recebido em toda sua vida. Se não fosse por ela, continuaria sendo o grandíssimo filho da puta que costumava ser. Todo dia Draco aprendia algo novo com Astoria e era sua maior alegria compartilhar esses momentos com ela.

Os ficaram ali pelas próximas 3 horas, conversando enquanto Astoria ia terminando o desenho. O braço de Draco estava quase dormente quando a morena finalmente anunciou que tinha terminado. Levou ele até o espelho para dar uma olhada no produto final. Astoria abraçava Draco pelas costas, apoiando o queixo em seu ombro, enquanto ele observava o belo desenho em seu antebraço.

— Espera, falta o toque final – Astoria se lembrou, indo pegar sua varinha no balcão. Tocou sua ponta em cima do desenho, murmurando o feitiço que sua tia havia criado para dar vida a tatuagem. As flores de moveram, como se uma brisa tivesse passado por elas. Draco olhou para Astoria, maravilhado.

— Elas vão se mexer assim de vez em quando e provavelmente vão deixar alguns trouxas muito confusos.

— Ficou lindo. Eu amei.

Segurou o rosto da esposa, beijando-a. Ficaram abraçados por um tempinho, apenas apreciando a presença um do outro. Astoria, ainda abraçando Draco, inclinou o corpo para trás para poder olhar para a cara dele.

— Quando eu disse que ia fazer uma tatuagem de flor, eu estava falando sério. Pode esperar que daqui a pouco somos os dois de parzinho.

— Astoria, não começa.

— Estou falando sério!

Draco apenas riu de Astoria. Nunca iria levá-la a sério (a ponto de, na semana seguinte, ter ficado surpreso ao encontrá-la com uma tatuagem de margaridas em seu braço esquerdo) com toda essa conversa. Ficou sentado enquanto esperava ela arrumar tudo no estúdio e por fim foram para casa, junto e felizes – e Draco com um peso enorme tirado dos ombros.


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Notas finais do capítulo

eu odiei esse final kk mas não conseguia pensar em mais nada, então foi isso!!! espero que tenham gostado e se alguém quiser saber quais são as tatuagens da Astoria eu posso fazer um thread no twitter hehe btw me sigam lá: @scorpiussmaIfoy

beijão!!