Quando Elisa aceitou participar desse caso, que envolvia um caso de assassinato, extorsão e incêndio criminoso, ela nunca esperou voltar de uma cena do crime, noiva do homem que ela amava sem nenhuma medida.

Mas ela adorou cada segundo.

Quando o caso começou a dois dias, ela estava sentada em sua mesa, digitando um relatório chato e banal sobre um homem cuja laranjeira foi assaltada. Levaram quatro laranjas e Elisa não iria levar para frente.

Ela fez um acordo, o suposto ladrão deu 50 dólares e ela decidiu que precisava de algo novo.

— Bom dia, querida. – Callen trouxe a ela um copo de café. – Quer algo diferente?

— Sim, talvez um caso com você. – Ela brincou, mas viu Callen considerando. – Oh, ótimo.

Ela terminou o relatório, imprimiu, grampeou a pasta e desligou o computador.

— Seu chefe sabe que você está vindo comigo. – Callen sorriu. – Ele sabe também que você vai tirar umas férias comigo.

— Você é meu salvador sempre. – Elisa o beijou enquanto afivelava o cinto de segurança. – Vamos para a sede da NCIS?

— Sim. – Callen sabia que ela estava feliz naquele momento.

Ela sorriu entrando com o namorado na sede da NCIS. Ele pegou algo da gaveta dele e colocou em seu bolso. Era o anel que Hetty lhe dera. Ele tinha sido de sua verdadeira mãe e Callen tinha pensado em jogar fora pensando que nunca conseguiria encontrar alguém capaz de usar ele, mas Elisa apareceu no dia seguinte.

Era como se Hetty estivesse planejando algo.

— Nossa primeira parada é em uma cena de crime. – Callen olhou para a namorada. – Essa casa acabará a venda.

— É uma pena, mas não duvido muito. – Elisa suspirou. – Sabe a hora do enterro da Sra Wilson?

— Não, os familiares ainda não sabem nada ou como fazer. – Callen suspirou. – Venha comigo.

— Sr Wilson, agente G Callen, NCIS. – Ele apertou a mão do homem. – Essa é minha namorada, Elisa McGee Pride. Ela está conosco essa semana e é promotora de LA.

— Prazer, senhorita. – George olhou para uma foto da esposa. – Ficamos juntos por quase 52 anos. E agora alguém a tirou de mim.

— Eu sinto muito pela sua perda. – Elisa se compadeceu. – Pode falar um pouco do que se lembra?

— Laura era uma mulher perfeita para mim. – Ele suspirou. – Nesse tempo todo de casamento, eu nunca olhei para outra mulher do jeito que eu olhava para ela. Talvez apenas nossas filhas e minha netinha ganharam aquele olhar.

Callen segurou a mão de Elisa por debaixo da mesa e sorriu para a namorada. Ouvindo George falar com paixão de como Laura era a única mulher além das filhas e netas, ele podia reconhecer que tinha o mesmo sentimento com Elisa.

Ele se sentou na mesa dele enquanto Elisa estava conversando com Kensi sobre coisas de mulher e Sam olhou para ele com felicidade.

— Reconheço esse olhar. – Sam jogou umas barras proteicas. – Você já decidiu quando vai ser o grande dia?

— Mais perto do que você imagina, Sammy. – Callen suspirou.

— Se quer um conselho, G, faça quando e como seu coração quiser. – Ele deu um tapa leve no ombro do amigo. – Vocês são perfeitos juntos.

Ele sabia exatamente como fazer, só precisava encontrar o quando.

Então, Hetty os enviou a uma cena de crime. Elisa vestiu um colete a prova de balas para ir com ele, pois ainda havia risco de ter alguém armado por lá.

Ele estacionou o carro na frente do galpão e colocou o sistema de rádio no volume médio. A música foi um presente de Any que sabia que Elisa amava aquela em especial e seria perfeita.

— Vá na frente, querida. – Callen respirou fundo e colocou a música no volume médio depois de se certificar que não havia mais ninguém por lá.

Elisa andou e começou a ouvir Stickwitu e achou curioso.

— Aí, caramba. – Callen fingiu tropeçar para chamar a atenção dela.

— Querido! – Elisa correu para ele e se ajoelhou na frente dele. – Você está bem?

— Estou. – Ele deu um sorriso puxando a caixa do anel. – É apenas isso...

Elisa ficou sem reação ao ver o que Callen tinha em suas mãos e o motivo de sua música favorita estar tocando.

— Sinceramente, eu iria levar você para um restaurante, depois a beira do mar e te paparicar do jeito que você merece, mas George abriu os meus olhos para muita coisa. – Ele sorriu. – Você é a primeira pessoa que eu vejo quando acordo e a última quando durmo e quero ficar muitos e muitos anos assim. – Ele tomou a mão dela na dele e sorriu. – Então, Elisa McGee Pride, daria a honra de ser minha esposa para toda a minha vida e as próximas duas?

— Eu nunca poderia dizer não. – Elisa o beijou com carinho. – Sim! Sim! SIM!

— Meu Deus! – Callen se levantou e a ajudou a se levantar e colocou o anel no dedo dela. – Minha noiva.

— Meu noivo perfeito. – Elisa beijou Callen. – Eu acho que transformamos esse lugar em algo perfeito.

— Então, deixe-me levar você comprar um sorvete. – Callen se aproximou da orelha da noiva e sorriu. – E hoje à noite, eu vou ser o seu sorvete.

— Delicia. – Elisa deu risada daquela declaração, mas era perfeito demais o jeito como eles davam risadas juntos.

Eles chegaram a sede da NCIS e entraram com todo o jeito discreto, mas com Hetty, nada era segredo e eles nem se importavam.

— Então, eu tenho um comunicado a fazer. – Callen decidiu compartilhar com todo mundo. – Elisa e eu saímos daqui namorando e voltamos noivos.

Houve uma salva de palmas e Elisa se sentiu muito bem em contar a todo mundo sobre o noivado. Afinal de contas, eles trabalhavam com agentes federais e não com fofoqueiros.

— G, Você não quer me dar umas dicas que como pedir uma pessoa em casamento? – Deeks perguntou baixinho.

— Seja você mesmo, Deeks. – Ele sorriu para o amigo. – Com certeza Kensi não vai recusar isso.

— Valeu. – Deeks sorriu. – Você a ela o anel da sua mãe?

— Com certeza. – Callen sorriu. – Acho que Hetty tinha um plano para ele e eu adorei que ele serviu direito no dedo de Elisa.

— Não posso dizer que eu tinha um plano. – Hetty sorriu. – Foi mais uma premonição.

— Você acertou demais, Hetty. – Callen sorriu. – E como agradecimento a gente vai deixar você ser a nossa celebrante.

— Vamos precisar de uma baqueta para ela subir. – Deeks brincou. – Estou apenas brincando.

— Tudo bem, senhor Deeks. – Hetty sorriu. – É que eu não posso insultar alguém que se parece com o personagem salsicha do Scooby-doo.

— Hetty! – Deeks reclamou e todo mundo caiu na gargalhada com a afirmação.

Callen e Elisa deram as mãos um para o outro antes de voltarem para o caso. Eles pegaram os assassinos e deram um pouco de paz ao viúvo.