— Eu me diverti muito, Junior. – Tani beijou os lábios do namorado. – Que tal se a gente repetisse a dose amanhã?

— Claro. – Junior sorriu. – É uma pena que eu tenho que ir para minha casa. Porque senão eu te mostraria um bom tempo.

— Amanhã, quando sua avó vai embora a gente pode fazer isso. – Tani jogou um beijo para o namorado e acelerou o carro em direção a sua casa.

Entrando, ela percebeu que as luzes da casa estava desligadas e nenhum dos aparelhos emitia sons. Pegando a arma que tinha uma lanterna embutida, ela começou a caminhar em direção ao quarto, onde um barulho estava vindo.

— Mãos ao alto! – Tani pressionou o gatilho. – Vire-se bem devagar...

Tani olhou nos olhos do homem que estava revirando suas coisas e quando ela relaxou, outro homem a atacou por trás, a nocauteando por trás. Tani bateu em uma das mesas de vidro e caiu sobre ela, quebrando completamente o vidro.

— Leve essa cadela. – O que antes estava remexendo nas coisas ordenou. – Não podemos deixar que nos levem para a cadeia.

— Não acha que um sequestro não faz isso? – O mais jovem se encolheu quando sentiu um tapa. – Certo, desculpe.

Tani acordou em uma espécie de van. Ela sentiu uma fita em sua boca e suas mãos e pernas amarradas junto ao corpo.

— Isso é ruim, Ramon. – O mais jovem continuava a repetir. – Ela é da Five 0. Você viu o distintivo dela.

— Não me importo. – Ramon olhou para o mais jovem. – Pare aqui.

O mais jovem encostou a van e saiu dela com o mais velho. Um tiro, apenas um voltou para a van, enquanto o outro era um homem morto.

A van literalmente arrancou e foi com Tani como sua refém.

Junior tinha sentindo um pressentimento ruim. Ele pediu desculpas a sua avó e a senhora entendeu. Correndo de dois em dois pés para a casa de Tani, Junior calçou uma luxa assim que viu uma trilha de sangue.

— Tani! – Junior entrou e viu a bolsa que a morena usada naquela noite e a mesa toda quebrada na sala. – Steve, sou eu. Temos um problema sério.

Steve entrou na casa de Tani sem nenhuma preparação para ver o lugar completamente quebrado, revirado.

— Eles mexeram nas roupas intimas dela. – Junior estava fervendo. – Não sei o que eles queriam, mas se pararam de mexer aqui...

— Os vizinhos disseram que ela chegou a uma e meia da manhã em casa. – Danno olhou para o amigo. – Achei que ela ficaria com você.

— Minha avó está comigo. – Junior disse. – Tani não queria fazer onde vovó está.

— Certo, ela entra, deixa a bolsa, vem até o quarto tirando os sapatos e ela o encontra mexendo. – Adam começou. – Eu estou achando que tinham duas pessoas aqui.

— Com certeza. – Steve parou tudo quando um telefone chegou. – Acharam um corpo. É de um jovem. Ele tinha a credencial de Tani.

— Será que um dos ladrões traiu o outro? – Lincoln perguntou. – Onde ele vai?

— Atrás de Junior. – Danny suspirou. – Engraçado que Tani e Junior finalmente ficam juntos. Primeiro ele é sequestrado e agora ela.

— Pode fazer parte de algo mais grande do que apenas uma coisa dessas. – Lincoln falou. – Talvez um memory card com informações mais sensíveis?

— Tani tinha um cartão SD com informações sensíveis. – Junior disse. – Ela disse que iria expor uma bela farsa nas fianças.

— Temos que conseguir um rastro. – Danny olhou para o apartamento. – Onde você esconderia?

— Geladeira. – Todos falaram ao mesmo tempo. Havia uma pequena pipeta dentro do congelador misturada ao sorvetes e carnes. Eles limparam um pouco e conseguiram o Cartão SD.

Enquanto isso, Tani foi amarrada a um poste de cimento no lugar onde o sequestrador a levou. A sala era pequena, não havia luz e velas eram essenciais.

— Ei! – Tani gritou. – Onde eu estou seu pervertido!

— Está em um lugar onde vai ter que calar a boca. – O homem colocou uma nova mordaça nela. – Eu vou ligar logo para a sua equipe e te dar algo para comer.

Tani percebeu quando ele precisou ir ao banheiro mais uma vez que ele tinha um quarto com uma porta com tranca. Ela tinha que bolar um plano para conseguir entrar lá dentro e se soltar com algo afiado.

Junior estava olhando os colares de Tani e percebeu que faltava um em especial. Era um pingente de coração com um gps embutido que ele havia comprado de uma especialista em segurança.

— Acho que posso achar Tani. – Junior ligou o laptop dela. – Se ela ainda tem o colar com ela, vai ser de bom uso.

— Um colar rastreador? – Danno ficou interessado. – Seria fofo dar um desses para Grace.

— Eu não gosto da ideia. – Steve suspirou. – E a localização da Tani?

— Aqui. – Junior apontou com o dedo e os rapazes foram em busca da amiga.

Não demorou para Tani formular algo para ser levada para aquele quartinho. Ela se deitou e rolou até a mesa e a derrubou do melhor jeito. Como era uma mesa de plástico frágil, ela logo caiu com prato e copo se espatifando no chão.

Fechando os olhos, ela logo sentiu que ele a arrastava elos vidro. Ela agarrou um pedaço e fechou a mão. Tani poderia cuidar de seus problemas, mas ela adoraria a presença dos amigos e do namorado.

Cortas as das mãos foi fácil. O vidro era afiado e como as cordas eram finas, logo ela repetiu o processo com seus pés. Arrancando a fita da bota devagar, ela procurou uma panela ou frigideira.

Finalmente achando, ela pegou duas frigideiras e se preparou, derrubando copos no chão quebrando.

— Como você se desamarrou? – O homem apareceu e logo foi jogado para trás quando recebeu um golpe de panela na cabeça.

Tani pegou as chaves de cima da mesa e começou a tentar todas. Sentindo que ele a pegava por trás, ela levantou a perna, dando um chute no meio do estomago.

O homem tentou atirar nela, mas Tani virou o jogo e pegando a arma, deixou a cartucheira cair no chão e disparou contra a parede em advertência.

Steve, Danno, Lincoln, Adam e Junior correram para cima assim que ouviram o tiro. Segundos depois a porta se abriu e uma Tani machucada, esgotada, mas viva pulou nos braços de Junior.

— Por favor, me levem embora! – O ladrão implorou. – Me levem para longe dela.

— Eu só fiz o necessário para ficar viva. – Tani se aproximou e deu um soco. – Isso é por ter estragado minha noite.

— Você viu? – O homem olhou para Danno. – Ela me bateu.

— Não, ela não te bateu. – Danno E Steve se aproximaram. – E se quiser dar queixa precisa de testemunhas. E eu não vejo nenhuma aqui.

— Apenas me tirem de perto dessa louca. – O homem foi pego por Lukela e enviado a central com acusações de agressão, sequestro, roubo, invasão e um assassinato.

Tani foi para o hospital para ser tratada por uma concussão e Junior decidiu em conjunto com ela que iriam vender a casa dela e ela viria viver com ele.

Mas era óbvio que Tani Rey não era uma donzela em perigo.