Era oficial. Juliet Higgins iria matar alguém hoje. E ela seria forçada a ir para a cadeia.

A vítima? A mulher que estava dando em cima de Thomas bem na frente dela. E aquela garota iria precisar de uma proteção extra muito em breve.

Tudo começou quando eles receberam uma ligação de uma cliente querendo uma ajuda para encontrar seu pai que ela nunca mais viu depois que ele foi até a padaria comprar cigarros.

— Então, podem fazer isso? – A garota que Juliet havia nomeado de rouba namorados perguntou. – Podem encontrar meu pai antes de minha mãe morrer?

— É claro que não vai ser fácil, mas eu e minha noiva poderemos fazer isso. – Thomas olhou para a noiva e a beijou. – O que acha docinho?

— Claro. – Juliet sorriu triunfante, mas ela sabia que seria um tempo de brigas. – Temos uma política. Você estaria disposta a pagar as despesas?

— Com certeza. – A garota fez um cheque e entregou para Thomas. – Você é um amor, senhor Magnum.

— Me chame de Thomas. – Ele pode ouvir o rosnado de Juliet e nem se importava com o ciúme dela. Na verdade, ele adorou. – Esperamos conseguir encontrar seu pai antes da morte da sua mãe.

— Obrigada. – Clara se levantou e foi embora.

— Sério? Thomas? – Juliet viu o namorado sorrir para ela e a pegar pela mão. – O que? Estou com ciúmes de você agora.

— Eu estava tentando ser respeitoso com ela. – Thomas afastou o cabelo de Juliet. – Casos baratos não são necessários quando eu tenho você.

— Mas ela estava flertando com você. – Juliet estava um pouco embaraçada. – Meu Deus, desculpe.

— Ei, ela pode tentar o melhor dela, mas você é a única que eu quero e vou colocar você sobre meus joelhos se for necessário. – Thomas deu um sorriso de flerte para Juliet.

— Não no meu bar. – Rick brincou quando colocou uma água com gás. – Aqui temos um ambiente de família. E você sabe disso, Tommy.

— Quem disse que nunca fizemos nada aqui? – Juliet bebeu a água e viu a cara de assustado de Rick. – Se o banheiro falasse...

— Eu preciso fazer uma lobotomia ali. – Rick tentou não dar risadas.

Seus amigos eram como adolescentes, mas ele não os trocaria por nada. Ou talvez apenas por uma barra de chocolate.

— Então, temos quatro endereços para seu pai. – Thomas mostrou os endereços duas horas depois da primeira reunião. – Esses são os lugares que nós achamos.

Clara se abaixou o suficiente para que seus peitos caíssem no decote e quando ela olhou para Thomas, ele estava ao celular e Juliet estava olhando para ela com um olhar mortal.

— Desculpe. – A garota se desculpou e segurou o decote.

Desde que ela conheceu Thomas ela sentiu-se atraída por ele, mas tudo foi por água a baixo quando descobriu que o rapaz tinha uma noiva. Separar os dois era seu principal objetivo, mas não estava dando certo de qualquer forma.

— Tudo bem, mas da próxima vez, coloque um casaco. – Juliet foi até Thomas e o beijou. – Agora, de volta onde estávamos antes...

E com isso, o segundo plano de Clara falhou completamente.

Juliet nunca se considerava uma garota da ala brava da escola, mas ela não tinha sangue de barata.

Depois que ela e Thomas chegaram de mais uma caçada, eles encontraram o pacote de biscoitos em seu portão e com toda certeza eram de Clara.

— Thomas, preciso falar com você. – Juliet estava no quarto, com um vestido de renda branco, sapatos plataforma, um véu de tule e flores nas mãos. – Acho que não quero esperar mais para me casar.

— Deus, eu também não. – Thomas literalmente a beijou. – Cartório?

— Não, La Mariana. – Juliet sorriu quando eles partiram para o bar.

Rick havia se prontificado a casar os dois e depois de quatro minutos online, ele era oficialmente um ministro de casamentos. Eles se casaram com todos os amigos por perto, sem nada de luxo, apesar de terem uma mansão.

Era um casamento perfeito.

No dia seguinte, depois de uma pequena lua de mel a noite, eles voltaram ao trabalho ainda mais determinados a encontrar o pai de Clara.

— Desculpe, Clara. – Thomas olhou para a jovem. – Tivemos pouco sucesso em encontrar seu pai. Eu acho que temos que admitir a possibilidade de ele estar morto.

— Oh, Deus. – Clara não se preocupava com seu pai, ela só queria uma chance de tentar fisgar Thomas. – E agora?

— Desculpe, mas acho que você deveria se afastar. – Thomas tentou se desvencilhar de Clara, mas ele não conseguia. – Clara, por favor, sou casado e não quero você.

— Eu posso fazer você feliz, sabia? – Clara olhou para Thomas. – Um rapaz como você, meu pai iria adorar.

— Seu pai? – Thomas sentiu um frio passar pela espinha. – Não achamos seu pai.

— Tolinho. – Clara beijou Thomas, que logo a empurrou e viu Juliet olhando para ele. – Amor, eu não...

— Tudo bem, querido. – Juliet olhou para Clara. – Eu vi você cortando ela logo.

— Por favor. – Clara se levantou, finalmente assumindo a verdadeira face. – Eu não sei o que Thomas viu em você.

— Vejo que você não é a mulher que a gente pensou, Clara Smith. – Juliet jogou o arquivo de Clara na mesa. – Você é parte da Yakuza. Deu um nome falso apenas para entrar aqui.

— Eu queria Thomas. – Clara disse sem rodeios. – Mas ele é certinho demais. Ele nunca me deu uma chance mesmo eu usando os meus melhores meios.

— Isso é porquê Thomas não é superficial. – Juliet foi direta também. – Então, se não tiver mais nada a acrescentar, eu gostaria que fosse embora.

Logo Clara se levantou e foi embora da mansão. Ela estava furiosa que nem se importou em dirigir o próprio carro.

— Nossa, essa garota nunca me deixava em paz. – Thomas foi puxado para o beijo de Juliet. – Querida?

— Sim. – Juliet olhou nos olhos de Thomas, que a puxou ainda mais para seus braços.

— Não pare de me beijar. – Thomas a colocou em cima da mesa e eles fizeram amor ali mesmo.

Já era de noite quando mais uma vez a campainha tocou e carros entraram. Juliet abriu a porta e sorriu para os convidados.

— É aqui que mora a mulher mais ciumenta do mundo? – Rick brincou.

— Sim, é aqui. – Juliet o puxou para um abraço. – Com certeza.

— Eu trouxe frutas se não importar. – Gordon sorriu. – Morangos, uvas, mangas.

— Ótimo. – Juliet sorriu. – Nada de álcool.

— Sim, e podemos saber o motivo? – TC perguntou curioso.

— Bem, já que todos estamos juntos, acho que posso contar. – Ela pegou a mão de Thomas e deu um sorriso. – Thomas, amigos, daqui há alguns meses teremos outro integrante em nossa Ohana. Eu estou grávida.

Thomas estava literalmente em lágrimas naquele momento. Uma esposa e agora um bebê? Ele não poderia ser mais feliz na vida. Exceto que ele foi quando descobriu que Juliet estava esperando gêmeas.