Gibbs e Callen se encontraram para uma de suas várias conversas sobre qualquer assunto que eles poderiam encontrar para conversar enquanto tomavam uma cerveja.

— Ei, Gibbs. – Callen entrou no bar e sorriu quando o outro se levantou. – O que está bebendo?

— Uísque. – Gibbs sorriu. – Como você está, Callen?

— Melhor a cada dia com minha esposa e filha. – Callen pediu uma cerveja para ele. – E você?

— No céu com Jen e Jessie. – Gibbs sorriu. – Sério, eu achei que nunca mais sentiria isso depois de Kelly.

— Eu entendo. – Callen sorriu. – Quando Elisa ficou grávida a superproteção que eu tive com ela foi tanta que ela ameaçou me deixar e ir morar com o pai dela em New Orleans durante a gravidez.

1 Ano antes...

— Amor, eu acho bom que você queira ser independente e tudo, mas custa eu deixar um segurança com você? – Callen quase implorou. – Sou um homem que tem muitos inimigos, você sabe.

— Grisha, eu já falei a você que eu não vou ser perseguida por ninguém. – Elisa suspirou. – E eu juro que seu eu ver algum segurança ou algo do gênero, eu vou ter uma conversa com você.

— Lise... – Callen gemeu de chateação. – Eu não quero que você vá embora.

— Eu não vou embora. – Ela olhou para ele. – Vou passar o período da gravidez em New Orleans com meu pai.

— Tudo bem, eu me rendo. – Callen suspirou e a viu sair para o trabalho. – Arkady, eu tenho um serviço para você.

Elisa entrou uma rua quase deserta e notou um carro a seguindo de perto. Ela dobrou uma esquina e depois outra e percebeu que o mesmo carro continuava com ela. Então, ela parou em uma das muitas vagas disponíveis e abaixou o vidro, abrindo a porta de seu carro.

Batendo no vidro, Elisa revirou os olhos.

— Arkady, o que raios você faz aqui? – Elisa perguntou ao amigo. – Por acaso aquele marido meu mandou você me seguir?

— Sim. – Arkady não gostava de mentir. – Ele disse que você precisava de ajuda na gravidez.

— Talvez você queira estar lá em casa quando eu chegar. – Elisa colocou os óculos de sol. – E talvez deva chamar uma ambulância para ele.

Agora...

— Nem preciso dizer que naquele dia eu ouvi poucas e boas da minha esposa. – Callen tomou um gole de cerveja. – E agora na segunda gravidez, eu passei a diminuir o ritmo de superproteção.

— Mas não é apenas nesse período, não é? – Gibbs olhou para Callen. – Comigo foi desde o primeiro momento desde que eu e a Jenny começamos a namorar. Primeiro eu comecei a deixar ela longe de perigo e quando eu vi...

Gibbs apalpou a própria cabeça. Aquela era uma memória dolorosa.

Dois anos antes...

— Jenny, Tim e eu vamos fazer uma averiguação de perímetro antes de você e Abby entrarem. – Gibbs fechou a porta da SUV e clicou no botão do alarme. – Desculpe, garotas.

— Leroy Jethro Gibbs, abra está SUV agora mesmo! – Jenny gritou alto e o alarme tocou.

Gibbs logo desligou o alarme e Jenny saiu do veículo assim que Tony correu dizendo que não havia ninguém no prédio.

Jenny se aproximou dele e deu-lhe um tapa na nunca de Gibbs.

— Da próxima vez que você ousar querer me proteger, pelo menos me dê a escolha. – Jenny caminhou de saltos e ouviu o namorado atrás dela. – O que quer agora?

— Estou na casinha do cachorro? – Gibbs perguntou, mas precisou jogar Jenny para baixo quando uma série de tiros começou.

Os dois se levantaram quando os tiros parraram e Tony, Ziva e Tim foram atrás dos responsáveis. Jenny abraçou Gibbs, mas ainda estava chateada com ele.

— Onde Abby esta? – Jenny ficou preocupada com a cientista.

— Na SUV. – Tim voltou depois de seis tiros. – Ela estava pegando o kit. Eu vou encontrar o resto.

Agora...

— Eu não sei o que teria acontecido se um dos meus tivessem sido baleados naquele dia. – Gibbs suspirou. – Jenny me perdoou, mas eu mesmo reconheci que ela detesta essa coisa de superproteção.

— As mulheres são perfeitas, Gibbs. – Callen sorriu. – Nós é que vamos sofrer se elas partirem.

— Com certeza. – Gibbs teve que concordar com o amigo.

Enquanto isso, em um outro bar, Jenny e Elisa estavam tomando algumas bebidas. Elisa estava com um drink virgem por causa da segunda gravidez e Jenny, mesmo não grávida decidiu que ela também não beberia álcool essa noite.

— Então, quando eu confrontei Arkady, eu dirigi para casa e vi Callen sentado, parecendo um daqueles anjinhos que ficam em igrejas, com uma cara de pau. Eu acho que ele entendeu o recado naquele dia.

1 Ano atrás...

— Eu não acredito que você achou que eu precisava de uma babá, agente Callen. – Elisa olhou para os dois homens. – Arkady, Grisha? Algum de vocês dois gostaria de falar sobre isso?

— Eu agi mal, querida. – Callen parecia um cachorrinho pego no ato. – E fui um superprotetor, mas precisa entender que tudo o que eu fiz foi para te proteger e ao bebê.

— Eu sei, Grisha. – Elisa revirou os olhos. – Mas eu ainda não sou uma grávida de risco. E eu agradeço o que você está disposto a fazer, mas se fizer de novo, você nunca mais vai me ver na sua vida e eu posso fazer acontecer.

— Eu entendi o recado, querida. – Callen olhou para ela. – E prometo ser um novo homem.

— Eu também prometo não ficar te vigiando. – Arkady apenas disse.

Elisa sorriu para os dois homens e voltou ao trabalho.

Agora...

Meu Deus, eu teria pago qualquer coisa para ver a cara de Callen. – Jenny sorriu. – Eu quase fiz a mesma coisa com Gibbs, mas ao invés disso, nem falei direito com ele por duas noites.

Dois anos antes...

— Boa noite, Gibbs. – Jenny desligou as luzes do quarto e só ouviu um suspiro.

Ela precisava de tempo para processar o que havia acontecido. Talvez Gibbs tenha feito o que fez pelo bem dela ou qualquer coisa, mas ela ainda estava um pouco chateada, especialmente por conta do alarme.

Na noite seguinte, Gibbs se deitou na cama, mas assim que Jenny desligou as luzes, ele a puxou para seus braços e a beijou.

— Eu sinto muito por isso, querida. – Gibbs a olhou nos olhos. – Eu exagerei, certo? Mas se eu tivesse perdido você, eu teria morrido junto.

— Jethro, tenho que ter certeza que nessa gravidez você não vai ser superprotetor. – Jenny olhou para ele.

— Eu não vou ser... – Gibbs olhou para ela e a beijou. – Gravidez?

— Sim, três meses. – Jenny sorriu. – Era por isso que eu estava tão chateada.

— Oh, meu Deus! – Gibbs a abraçou. – Eu juro que não vou ser superprotetor.

Agora...

— Vamos admitir, Elisa. – Jenny tomou um gole de sua bebida. – Eles não podem viver sem a gente do mesmo jeito que a gente não viveria sem eles.

— Tenho que concordar. – Elisa bateu seu copo no de Jenny. – Aos garotos da nossa vida.

— Aos garotos. – Jenny concordou e as duas beberam a bebida.

— As garotas independentes da nossa vida, mães de bebês incríveis e mulher independentes. – Gibbs fez o brinde e Callen bateu o copo dele no de Gibbs.

— As garotas. – Callen e Gibbs tomaram suas bebidas e se levantaram.

Eles deixaram o bar ao mesmo tempo que as garotas. Elisa chegou e beijou Callen sorrindo para ele. Jenny beijou Gibbs e os dois foram para casa curtir, assim com Elisa e Callen.