Matchmaker escrita por violet hood


Capítulo 1
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, se você chegou aqui agora e está acompanhando o Fevereiro Drastoria provavelmente não esperava por essa fanfic, mas ela é uma fanfic surpresa!! E um presente de aniversário para minha amiga maravilhosa luísa/red
Antes de fazer aquele texto básico de aniversário, vamos de agradecimentos: obrigada camila por betar essa fanfic e escutar os meus surtos, e obrigada clara por também escutar os meus surtos e dar opinião na capa (muito difícil fazer minhas próprias capas!!), e por último obrigada as meninas do fevereiro drastoria que aceitaram essa fanfic no projeto, mesmo ela não podendo ser divulgada, colocada no cronograma e ainda postada em um final de semana, vocês são lindas e cheirosas ♥

E VAMOS DE TEXTO
Luísa, feliz aniversário!! Já passei, acredito que, mais de 10 anos do seu lado sendo sua amiga, e eu provavelmente não estaria nesse mundo de fanfics como estou hoje se não tivesse você do meu lado. 22 é um aniversário especial para as swifites, e eu queria muito passar esse dia com você em uma festa temática da Taylor Swift, infelizmente não vai ser possível. Mas assim que a gente tiver lindas com nossas vacinas vamos sim fazer essa festa!!
E eu já te falei isso em vários textos de aniversários, mas você é uma das pessoas mais especiais na minha vida e sei que a nossa amizade vai durar anos!! Vamos ser ricas morando no exterior, fazendo passeios chiques e com looks chiques SIM!!
Mas enquanto isso não acontece, espero que você goste de ler sobre essa Astoria rica e mimada, assim como uma das suas personagens favoritas a Emma ♥ Inclusive, aquele dia que você estava ouvindo a playlist de Emma, que você clicou porque eu estava ouvindo, e eu comentei que era boa para escrever, era essa a fanfic que eu estava começando ;)
Espero muito que você goste ♥

Essa é a minha primeira fanfic postada em 2021, dividi em 3 capítulos, porque apesar de postar one-shots de 10k, achei que nessa a leitura fluía melhor dividindo. Caso prefiram comentar só o ultimo capítulo, não tem problema nenhum. Também espero que todo mundo que esteja lendo goste!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/799519/chapter/1

Astoria Greengrass era conhecida por seus diversos dons: sabia tocar o piano como ninguém, possuía a voz de um anjo, conseguia pintar quadros lindos em pouquíssimo tempo, desde criança tirava as notas mais altas da turma. Porém, de todos esses infinitos dons, tinha um que se destacava mais que os outros: Astoria Greengrass tinha um dom para juntar casais.

Filha mais nova de uma família rica de Londres, Astoria revelou seu talento especial pela primeira vez aos doze anos quando juntou a governanta da sua casa com um chefe de um famoso restaurante cinco estrelas. É claro que a família não ficou feliz em perder uma funcionária de confiança, mas com o passar do tempo o talento de Astoria se mostraria muito útil para chamar atenção para os Greengrass e melhorar os negócios da família. Era impressionante o que as pessoas eram capazes de fazer para assegurar que seus filhos se casassem em uma família rica.

Era, também, graças à Astoria que sua irmã mais velha, Daphne, tinha se casado. Por mais que tivesse dinheiro, e que tenha se formado em uma das melhores universidades do país, Daphne não era uma pessoa fácil de lidar, e não tinha fortuna que fizesse homem qualquer querer se aventurar em um casamento com a famosa irmã mais velha e louca dos Greengrass. Mas Astoria conseguiu encontrar o único homem que estava desesperado o bastante para casar-se com sua irmã. Theodore Nott provavelmente nunca amaria Daphne, mas não era como se Daphne esperasse por isso, ela queria herdar a empresa do pai que só aceitaria a considerar como herdeira depois do casamento.

Astoria não ligava para a empresa, e para falar a verdade, casamentos por dinheiro não faziam o tipo dela. Daphne havia sido uma exceção, já que a irmã não a deixaria em paz até que a ajudasse.

Normalmente, Astoria juntava casais que gostavam um do outro, ela acreditava no amor. Foi assim que apresentou Luna Lovegood a Rolf Scamander, os dois eram vistos como estranhos pelas pessoas por gostarem de assuntos como teorias de conspiração — não é o melhor assunto para se abordar em reuniões de negócios —, e agora tinham um ao outro para conversar. Ela também havia encontrado alguém para Neville Longbottom, esse era excluído de quase tudo por ter seguido carreira de professor ao invés de assumir a empresa do pai — os pais dele não ligavam, mas os ricos de Londres amavam julgar a vida dos outros —, e no fim foi mais fácil do que Astoria achava. Hannah Abbott era uma jovem médica, que não ligava para a opiniões dos outros e Neville se apaixonou por ela à primeira vista.

Astoria tinha orgulho de ter juntado tantos casais, e ser responsável por diversas histórias de amor. Aquele era um dom que poucos possuíam. E tudo isso porque ela entendia as pessoas como ninguém.

Contudo, se perguntassem se Astoria planejava se casar ela gritaria um “não” na mesma hora. Gostava de juntar casais, mas estava muito bem sozinha. Faltava um ano para terminar sua faculdade de artes e possuía diversos planos que não envolviam casamento.

Casamentos eram eventos lindos, mas não eram para todos. E, definitivamente, não eram para Astoria Greengrass.

***

O verão era a estação do ano preferida de Astoria por dois motivos: ela estava de férias e a maioria das pessoas que ela não gostava — essa vasta lista incluía diversos nomes, e entre eles Daphne Greengrass — aproveitava o verão para viajar para um lugar mais quente que Londres. Contudo, Astoria achava o clima na cidade perfeitamente agradável no verão e finalmente sentia que tinha um pouco de paz.

Ela passava a maior parte das suas manhãs dormindo e a maior parte das suas tardes pintando. Era um paraíso.

E era para o seu estúdio dentro da mansão Greengrass que Astoria se dirigia depois de sair da cozinha com uma torrada na mão.

Porém, ao passar na sala foi surpreendida ao ver Draco Malfoy entrando no cômodo. Ele usava um terno, como sempre que o via, e segurava uma daquelas maletas de advogado.

Draco era a único filho da família Malfoy e em alguns anos herdaria o maior escritório de advocacia de Londres. Ele mal havia se formado, mas já era respeitado como advogado.

Astoria o conhecia desde pequeno, sua irmã seguia Draco de um lado para o outro até o fim do ensino médio, dizia que ele era o amor da vida dela. Patético, Astoria pensava, não entendia por que tantas meninas eram apaixonadas por Draco Malfoy. Ele até podia ser bonito, e podre de rico, mas Astoria o conhecia até melhor que Daphne, ela o observava quando eles eram crianças e Draco colocava o dedo no nariz quando ninguém estava vendo, nada charmoso. Ou quando ele era incrivelmente metido na época da escola e implicava com todos que não tinha nem metade do dinheiro dos Malfoy na conta bancária, mas isso Daphne também gostava de fazer.

O fato era que Astoria sabia como ninguém que Draco Malfoy nunca seria um bom pretendente. Tudo bem que ele havia mudado depois que entrou para a faculdade, e agora Astoria conseguia manter conversas civilizadas com ele, porém isso não mudava o passado, e algo em Draco a deixava incrivelmente irritada.

— Boa tarde, Astoria — cumprimentou com um sorriso educado, o qual Astoria via como falso. — Vejo que ainda está de pijama.

Ela olhou para o próprio corpo, vendo que não tinha tirado seu pijama verde de seda. Pensou que pelo menos não estava usando seu pijama do Toy Story.

Levantou seu braço direito, que segurava o celular e não a torrada, e conferiu as horas.

— São 11:58, então é bom dia para você, Malfoy.

Draco riu. Astoria não havia dito aquilo para fazê-lo rir.

— Então bom dia, Astoria — corrigiu, o sorriso era maior dessa vez.

Astoria não gostava do jeito que ele havia falado o nome dela, arrastado como se não quisesse terminar a frase.

Ela segurou a vontade de fazer uma careta e manteve a pose.

— O que faz aqui tão cedo, Draco? — perguntou, imitando o jeito com que ele havia dito o seu nome.

Se aquilo causou algum efeito em Draco, ele não demonstrou.

— Seu pai me convidou para almoçar — explicou. — E para tratar de negócios depois.

Astoria bufou. Ela não acreditava no próprio pai, no dia anterior ele havia tido uma febre e não foi para o escritório. O médico achou melhor que ele descansasse até o resto da semana, mas o Sr. Greengrass não conseguia ficar longe do trabalho.

Sua família eram um dos clientes VIPs dos Malfoy, e além do mais, os dois eram vizinhos. Muitas famílias ricas moravam em mansões no mesmo condomínio.

Antes que pudesse dizer algo para sair da sala, o Sr. Greengrass apareceu:

— Draco, chegou na hora certa! — cumprimentou contente. Ele parecia bem melhor do que há um dia, mas mesmo assim, Astoria não gostava de vê-lo trabalhando doente.

— É claro, Sr. Greengrass — disse Draco animado. — Vim assim que o senhor me ligou.

Astoria revirou os olhos, e murmurou em voz baixa:

— Puxa-saco.

O sorriso sumiu do rosto de Draco na mesma hora, ele estava muito perto dela para não ouvir. Pigarreou desconfortável, e Astoria sorriu vitoriosa.

Na mesma hora, sr. Greengrass notou a presença da filha:

— Astoria! — exclamou horrorizado. — Você está de pijama! Na frente do nosso convidado!

Astoria queria dizer que foi Draco Malfoy que invadiu a casa dela e ninguém a avisou, e que Draco visitava tanto que deveria se mudar logo, assim não seria problema vê-la de pijama.

Contudo, Astoria não conseguiu dizer nada, porque Draco foi mais rápido.

— Está tudo bem, Sr. Greengrass — assegurou, sorrindo calmo. — Astoria não sabia que eu viria, foi pega de surpresa.

Seu pai concordou.

— Para falar a verdade, não achei que ela acordaria antes das duas.

Ela segurou a vontade revirar os olhos mais uma vez.

— Vou trocar de roupa, já volto — anunciou indo para o seu quarto. E sua torrada já estava totalmente fria em sua mão.

***

O almoço ocorreu surpreendentemente bem, Draco não disse nada que pudesse irritá-la — era sempre ele que começava as brigas, pelo menos do ponto de vista de Astoria —, apenas conversou sobre assuntos extremamente entediantes com o pai dela.

— O que acha de vir jantar aqui mais tarde? — convidou o Sr. Greengrass enquanto os dois acompanhavam Draco até a porta. — Lembra dos Delacour? A filha mais velha delas acabou de se mudar para Londres para começar uma pós, e a mãe dela também está na cidade. Elas vão estar aqui para o jantar.

Astoria não sabia daquela informação, e se sentia um pouco ofendida pelo seu pai estar contando primeiro para Draco do que para ela, uma moradora da residência Greengrass. Sim, ela estava presente e escutando a conversa, mas seu pai não se dirigia a ela enquanto falava.

Ninguém a perguntou, mas Astoria lembrava do nome Delacour. Nunca chegou a conhecê-los, mas sabia que era uma família rica da França, e sempre ouvia comentários de como a Sra. Delacour e suas filhas eram incrivelmente lindas.

— Muito obrigado pelo convite, mas receio que estarei bem ocupado no escritório hoje — respondeu Draco.

Sr. Greengrass parecia decepcionado.

— Uma pena — comentou, fazendo algo muito próximo de um bico. Astoria nunca havia visto seu pai fazer aquela expressão. — Fleur Delacour é uma jovem muito bonita, achei que seria interessante para você conhecê-la.

Astoria revirou os olhos. Não acreditava na cara de pau do próprio pai, parecia até que estava falando com um filho e não com o advogado da família.

Draco riu, visivelmente desconfortável. Astoria nunca havia visto Fleur pessoalmente, mas imaginou que ela fosse bonita demais para namorar alguém como Draco Malfoy. Pensou logo que ela mesmo poderia achar um par perfeito para Fleur, que era mil vezes melhor que Draco.

— Trabalharei até tarde hoje, fica para uma próxima — disse Draco, como se não quisesse mais estender aquele assunto.

Eles se despediram, Astoria acenou entediada e suspirou aliviada quando a porta de entrada se fechou. Finalmente poderia ficar em paz com seus quadros.

Pelo menos até o jantar.

***

Diversos funcionários corriam de um lado para o outro da mansão, deixando o lugar perfeito para o jantar. Astoria não entendia muito dos negócios da família, mas já havia notado que seu pai via os Delacour como mais do que amigos, já que ele estava fazendo um esforço tremendo só para agradar os convidados.

Sr. Greengrass sempre tinha segundas intenções em festas e eventos, nunca se reunia com alguém só para se divertir, até mesmo os aniversários das filhas eram locais de negócios.

Astoria gostava de dizer que o pai vivia para a empresa tanto quanto ela vivia para as histórias de amor.

A Sra. Greengrass havia morrido há seis anos, depois de passar um ano severamente doente. A mãe costumava cuidar de eventos, e pensar na decoração de cada talher em uma mesa de jantar, e depois do falecimento o Sr. Greengrass começou a se esforçar para ser tão bom quanto a esposa um dia havia sido. Astoria até tentava ajudar, mas ela era muito distraída e sempre esquecia algo como os sousplats. Não entendia a necessidade de sousplats na mesa, ou de ter uma taça certa para cada tipo de vinho.

Depois de uma arrumação devidamente coordenada pelo sr. Greengrass, as duas mulheres Delacour chegaram. Elas eram muito mais bonitas do que Astoria havia imaginado.

A mãe, Apolline Delacour, poderia facilmente dizer que tinha trinta anos e que era irmã de Fleur e não mãe. Enquanto Fleur era facilmente a mulher mais linda que Astoria já havia visto. E com certeza merecia algo melhor do que Draco Malfoy.

Astoria faria questão de escolher o homem mais bonito e solteiro para ela.

Diferente do almoço, ela conseguia entender o assunto do jantar. Nos momentos em que a Sra. Delacour e seu pai discutiam negócios, ela conversava com Fleur sobre a França, faculdade e etc.

Descobriu que Fleur era uns anos mais velha que ela, que começaria em setembro a mestrado em economia na Kings College. Mas apesar de estudar economia, Fleur se interessava muito por arte e moda, o que deixou Astoria bem feliz. Inclusive, a visita quis logo ver o estúdio dela.

As duas saíram depois da sobremesa, e Astoria guiou a nova amiga até seu estúdio.

— Astoria, você é muito talentosa — comentou Fleur maravilhada, enquanto observava os diversos quadros espalhados pelo local.

Não conseguia deixar de ficar corada com o elogio. Astoria sabia que era boa em muitas coisas, mas arte era sua maior paixão e ser reconhecida por isso sempre a deixava alegre.

Tinha certeza de que iria gostar muito da companhia de Fleur.

Mas, infelizmente, logo descobriria que a francesa tinha um péssimo gosto quando se tratava de homens.

— Fui visitar o campus ontem e encontrei um homem perfeito — contou Fleur enquanto as duas tomavam um chá, antes de Fleur ir embora. Ela tinha um sotaque forte enquanto pronunciava cada palavra em inglês, e Astoria achava adorável. — Ele era tão alto e bonito. Nós conversamos um pouco, ele está fazendo doutorado.

— Doutorado? — Astoria arqueou a sobrancelha, interessada. — Ele deve ser inteligente.

— Sim! — concordou Fleur animada.

Pensou que talvez fosse mais fácil encontrar o par perfeito para amiga do que havia esperado.

— E você sabe o nome dele?

— É Bill Weasley — respondeu sonhadora.

Weasley? O sobrenome não parecia estranho. E demorou alguns segundos para que Astoria o conectasse a uma família conhecida por muitos em Londres. Não por serem ricos, ou por terem algum negócio promissor — o pai da família possuía uma loja de brinquedos —, e sim por serem todos ruivos. E quando eles andavam em bando chamavam bastante atenção, já que eram muitos.

Astoria não os conhecia muito para recordar os seus nomes e rostos. Mas Bill Weasley era um rosto difícil de esquecer, não por causa da descrição que Fleur havia dado — que era completamente errada —, mas por conta de uma cicatriz gigante que tinha no rosto. Astoria havia escutado quando estava no ensino fundamental, que ele havia sido atacado por um cachorro bem grande quando era pequeno. Era triste, mas aquele rosto estava longe de ser considerado atraente. E longe de ser bom o bastante para Fleur Delacour.

— Você está falando de Bill Weasley, o cara com uma cicatriz gigante no rosto? — perguntou, como se fosse difícil de acreditar.

— Ele mesmo! Não é um gato?

Astoria sorriu sem graça, não sabendo o que responder. Por sua sorte, Fleur estava animada demais para notar.

— Você o conhece? — perguntou.

— Não exatamente. — Astoria respondeu rápido. — É difícil não saber quem ele é, tem muitos Weasleys pela cidade.

Fleur não notou o leve tom de deboche na voz dela.

— Ele me falou que tem uma família grande — comentou alegre. — Nós tomamos um café juntos. Vim para Londres para estudar, mas talvez até arranje um namorado.

Novamente, Astoria forçou um sorriso.

Fleur arranjaria sim um namorado, e ele seria alguém mil vezes melhor que Bill Weasley. Astoria faria questão de garantir isso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Coitado do Bill! Astoria fez a deslegitimação de shippada agora :((
E aí será que tem alguém melhor que Bill para namorar a Fleur?