Insegurança escrita por Duda
Todo dia uma visita
com uma feição diferente,
às vezes uma tristeza esquisita,
outras um grande desmazelo
de mim comigo, apenas meu eu sente.
Em todas elas parece um apelo
"se enxergue mais" tudo em mim grita,
parece que todo meu ser consente
que o que falta não é nada, só vida.
Uma ânsia de sair todo dia
viver cada segundo desesperadamente,
todo átomo meu ouvia
esse despertar calado
do coração que sentia
toda noite um desagrado.
A cada segundo uma vontade diferente.
Minha imagem é um vazio descontrolado,
não mostra meu coração transcendente.
Às vezes uma súbita vontade de mudar,
querer ser igual,
mas numa consciência a raiar
deixo disso, não largo meu eu pelo banal.
No fim do texto ou das contas
ainda fico a indagar:
quem sou eu da cabeça às pontas?
Essa pergunta me parece dilacerar.
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