Stay escrita por Alice Bucker


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Sonhei que estava escrevendo uma Fanfiction, então acordei e decidi escrever uma, espero que gostem!



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Pov’s Austin

Segunda-Feira

 Village City - Flórida (Cidade fictícia)

Levanto da minha cama velha com dificuldade, pois meu corpo dói a cada movimento que faço, fico sentado por alguns segundos esperando tranquilamente a alma voltar ao meu corpo para que eu me lembre informações básicas sobre mim e minha existência.

Odeio segundas-feiras, ótimo pensamento para se iniciar uma segunda, não é mesmo?

Com esse pensamento me levanto e vou em direção ao banheiro, faço minha higiene matinal tomando um longo banho em seguida, volto para o meu quarto, ele é comum e confortável, não é extravagante como os outros dessa casa, todos os outros foram decorados pela minha madrasta de gosto duvidoso.

Me visto com uma calça de moletom e um agasalho do mesmo material, agradeço mentalmente por hoje estar frio, não gostaria de ter que explicar ao meu pai a minha escolha de roupas num dia quente.

Minha estupidez é realmente surpreendente. Dá próxima vez que você ver alguém apanhando Austin, VOCÊ DEIXA!

Penso, dando uma última olhada em meu rosto, tem um corte no meu lábio e está inchado, mas fica quase imperceptível se focar no meu olho esquerdo roxo.

Desço as escadas para um café da manhã que eu espero que seja rápido e silencioso.

— Olha pai! A Katy fez “cabelo de bailarina” em mim para a aula de hoje! Paiiii, olhaaa! -  Consigo ouvir os gritos da minha irmã mais nova Liz antes mesmo de chegar a mesa.

Kathrine, ou Katy, é minha irmã do meio, a mais inteligente da casa, naturalmente ela já foi para aula, diferente de mim que nunca me dei bem na escola, ela é uma aluna excelente.

— É lindo querida, mas o papai quer ler o jornal – Responde o homem que deveria ser meu pai.

Ao menos olha pra ela, pelo menos finge que se importa com alguém além de você mesmo.

 - Olha Austin! Olha! – Diz Liz vindo em minha direção – Se deixar o seu crescer a Katy pode fazer em você também.

— É claro, vou pensar no assunto princesa – Digo sorrindo.

Como rapidamente, quero sair antes que minha madrasta se levante, meu pai nunca perceberia os machucados já que está ocupado no mundo dele, mas ela notaria com certeza.

 - Vou sair, até mais tarde Liz, se comporte no balé – Digo saindo da mesa e indo para a garagem.

Ótimo, ninguém deu a mínima, nem mesmo as empregadas.

Subo na minha moto e saio veloz pelas ruas me afastando do centro da cidade, não demoro mais que quinze minutos para estar numa parte abandonada da cidade, ou que pelo menos parece ser abandonada.

Me aproximo de um dos prédios, não aparenta ter mais de quatro andares, vou na direção de um guarda fortemente armado, não trocamos uma palavra, ele somente me manda parar e faz uma ligação, depois me deixa entrar e outro homem me segue para dentro do local com uma arma nas minhas costas, ele é muito alto e forte com tatuagens por todo o corpo, eu não teria a menor chance mesmo que ele estivesse com uma arma de brinquedo.

Que enrascada foi essa em que eu me meti.

***

— Olha só quem apareceu chefe! Nosso método de cobrança nunca falha – Diz o capanga, ele me escolta para dentro do covil do vilão, na verdade é só um escritório, gosto de ser dramático.

— Sr. Moon, não achei que realmente viria, onde está a minha grana? – O homem em minha frente me pergunta com um olhar frio.

Que tal algumas apresentações, este em minha frente é o Sr. James Watson, que provavelmente me mataria se eu não tivesse uma carta na manga, ou melhor, um colar de diamantes caríssimo no bolso, que foi dado a minha madrasta que eu detesto como presente.

— Aqui está, esse colar vale muito mais que a dívida dele, mas fique tranquilo, eu não vou cobrar, agora solte-o - Eu digo, jogando a jóia em seu colo.

— Sua arrogância ainda vai custar a sua vida - ele diz examinando o objeto - Imagino que isso pertençam a nova vadia do seu pai, não foi por ela que sua mãe foi trocada? Ela te deixou não foi? Que tipo de mãe abandona uma criança com um pai como o seu, ele ainda bate em você?

Desgraçado, não deixa ele mexer com você, fique calmo.

Um garoto, provavelmente com a minha idade é trazido para a sala, ele está machucado e quase não fica em pé por conta própria, ele é tem cabelos ruivos e compridos, é alto e sardento.

— Acredito que isso não seja da sua conta - digo - Já posso me retirar com meu amigo ou ainda vão nos matar?

— Sim, vocês já podem ir - Watson responde com uma carranca, ele não esperava que eu pagasse a dívida.

— Senhor, o carregamento de Miami chegou - disse um loiro entrando na sala sem cerimônia.

Carregamento de drogas com certeza.

— Já estava na hora, pode instalar as cadelas e passe as regras, mais tarde irei eu mesmo conferir se estão todas lá.

Bom, é melhor eu me retirar enquanto posso.

Me viro e encaro o homem que segura a arma em minha direção, reviro os olhos e vou até a porta do escritório, entro no elevador sendo seguido por ele e o garoto que anda com dificuldade, me aproximo para ajuda-lo e ele agradece com os olhos, vejo que a arma agora está na cintura do homem, já é um bom sinal.

Olhando os botões do elevador, vejo que existem alguns andares no subsolo, mas isso não é da minha conta.

Saio do prédio, me afasto dos portões e do otário armado, vou em direção a minha moto e o peso do ruivo parece ter dobrado, eu tento sentar ele na moto e consigo com muita dificuldade, não tenho ideia de como levar ele para casa. Há mais casas e construções abandonadas por perto, o que torna tudo levemente sombrio, não paro de imaginar o que acontece nesse lugar estranho.

Isso não é da minha conta.

— Você – Diz o garoto meio abobado.

— Eu - digo encarando o garoto para quem eu acabei de pagar uma dívida milionária.

— Não acredito que realmente me ajudou, você não precisava ter feito isso, poderia ter me deixado morrer, obrigado – Diz ele com um sorriso sem graça – Não achei que viria mesmo.

 - Obrigado pelo voto de confiança – digo com um sorriso sarcástico.

 - Olha, não é todo dia que alguém te tira de uma briga e se oferece para resolver os seus problemas.

— Simpatizei com você – digo.

Essa é uma meia verdade, eu estava no lugar errado e na hora errada, o que aconteceu mesmo é que eu achei que ele fosse uma garota, uma coisa levou a outra e no fim eu assumi a dívida para evitar ser massacrado por cinco debilóides.

— Por que? – Ele pergunta.

— Não faço idéia – Digo sério – Então...

— Você é um cara estranho, meu nome é Dez, na verdade é Dezmond Wade, mas eu prefiro Dez.

— Eu sou o “Nove” – Digo rindo, mas ele me olha sério – Desculpe, pareceu mais engraçado na minha mente, eu sou Austin, deveria evitar dever dinheiro para esse tipo de gente ou vai morrer cedo Dez.

— Tenho meus motivos, é uma longa história mas acho que você merece saber, eu... – Ele começa o que seria uma possível mentira, com certeza é viciado em drogas.

— Sim mereço, mas agora não é uma boa hora, quero sair desse lugar e imagino que você virá comigo, certo? – Digo ríspido e subo na moto – Outro conselho Dez, corte o cabelo, de longe parece uma garota.

— Você é engraçado – Ele diz.

— Não, não sou – respondo.

Acelero para longe com meu novo conhecido na garupa, ele se agarra ao meu corpo com força e eu tento fingir que não me importo com pessoas agarradas em mim, pois sei que ele está fraco e poderia cair.

Então Dez, onde fica a sua casa? – Pergunto ao me aproximar do centro.

— ...

— Dez? Você está vivo aí? – Pergunto novamente.

— Pode me deixar em qualquer lugar – Ele responde nervoso.

— Dez você tem uma casa? – Pergunto.

— Eu já tive...


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Notas finais do capítulo

Opinem, mas com educação, obrigada!



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