Sol da meia-noite: Midnight Sun escrita por Alina Black


Capítulo 65
(T4 Nessie) - Incógnita




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A matilha havia se dividido em grupos em uma caçada atrás do vampiro misterioso, Jake temia que o predador pudesse retornar para buscar a bebê que havia deixado para trás e por isso Seth e Leah eram encarregados da minha proteção quando ele não estivesse por perto, mas os lobisomens não tinham nenhum rastro do vampiro, era como se a terra o tivesse engolido.

Enquanto isso algumas mudanças significativas aconteciam com Clara, em apenas duas semanas ela havia crescido de uma forma inexplicável além de se comunicar através de um simples toque, ela não falava com palavras e sim com imagens, quando ela estava feliz ela mostrava para Jake e para mim imagens do seu brinquedo favorito, as nuvens no céu, os pássaros cantando e o lobo de pelúcia que Jake havia comprado para ela e quando ela estava aborrecida ou com medo ela fazia com quem nos sentíssemos assim, no inicio Jake ficou assustado, porém ele já estava apegado demais a ela e como ela não demonstrava perigo algum guardamos isso como segredo, apenas Seth e Leah sabiam das mudanças dela, temíamos pela reação de Sam em descobrir que Clara era uma bebê diferente.

— Ela cresceu nos últimos três dias – Disse Jake com uma tira de couro nas mãos, ele usava como uma forma de medir a bebê sempre fazia um nó na ultima vez que a media e assim tínhamos uma base do seu desenvolvimento, ela agora parecia ter três meses ao invés de duas semanas.

— Acha que ela pode virar uma vampira quando crescer? Perguntou Leah.

—Vampiros não nascem – respondeu Jake guardando a tira em uma gaveta da cozinha – São criados, você deveria saber disso Leah.

— Clara come comida de bebê – falei concordando com Jake, o natural não seria ela ter nos devorado caso fosse uma criança vampira?

Leah fez uma careta – Foi uma pergunta idiota, mas assim como vocês eu também busco respostas para isso, principalmente pelo fato de que não poderemos escondê-la de Sam por muito tempo com ela crescendo desse jeito.

Jake e eu concordamos com Leah, em qualquer momento poderíamos cruzar com Sam e ou qualquer um dos garotos da sua matilha, por mais que ele concordassem que Clara não era perigosa eles não conseguiriam esconder de Sam, Jake pegou uma mamadeira de Clara que estava sobre a bancada da cozinha e retornou para o meu lado me entregando, ao vê-lo Clara balançou os bracinhos em sua direção e ele sorriu – Oh que meigo ela quer o papai – Disse Leah o provocando.

Baixei a cabeça e ri.

Apesar da nossa inexperiência como pais estávamos indo bem, como Clara havia aparecido no inicio da nossa rotina de casados ela foi encaixada nela, mas apesar de ser um bebê ela não dava tanto trabalho, dormia a maior parte do dia e quando decidia não dormir a noite Jake fazia questão de ficar a noite inteira brincando com ela, não era apenas ele quem havia se apegado, Clara também já o amava.

A pandemia havia explodido no mundo e por isso eu não estava indo para faculdade, apenas os veteranos tinham sido autorizados a fazer parte da equipe de pesquisa, confesso que se não fosse Clara eu teria ficado muito chateada, mas como precisava cuidar dela o dia todo até que não vi como algo ruim.

Jake e Leah acertavam os detalhes da minha proteção com Clara enquanto eu dava a ela seu café da manhã, quando o bater na porta os interrompeu – Deve ser Seth – Disse Leah cortando a sala, sorri ao ver a animação de Clara, ela gostava de Seth pois ele sempre fazia brincadeiras lhe tirando gargalhadas, mas ao ouvir a voz de Sam Jake e eu paralisamos, apressada me levantei do sofá dando as costas para a porta e cobrindo Clara com um cobertor quando Sam entrou – Jacob – ele falou em um tom que pareci amigável – Vim saber como andam as coisas por aqui.

— Olá Sam – Jake respondeu passando ao meu lado e me olhou se soslaio, de imediato compreendi o seu sinal – Está tudo bem.

— Preciso por a Clarinha na cama, ela dormiu – Falei sem olhar para Sam e dei alguns passos mas parei ao ouvir sua resposta.

— Porque tanta pressa? Posso ver a menina?

— Ela está dormindo – Disse Leah – Porque tanto interesse?

— Sam a Clarinha está dormindo, vamos conversar lá fora ou vai assusta-la – Disse Jake, fechei os olhos e respirei profundamente então apressada segui para a nosso quarto fechando a porta ao entrar.

Olhei para a menina e sua expressão era de choro – O que foi meu amor? Sussurrei a afagando contra meu peito – Está tudo bem – Tentei acalma-la cantarolando uma canção de ninar e a balançando em meus braços, Clara bocejou e levou o dedinho a boca fechando os olhinhos – Ninguém vai machuca-la eu prometo – sussurrei com ela em meus braços até que ela adormeceu.

A coloquei no berço e a cobri com o seu cobertor, olhei pela janela e pela expressões de Jacob e Sam eles não estavam tendo uma conversa amistosa, Sam havia descoberto sobre Clara eu tinha absoluta certeza disso, puxei a cortina da janela e suspirei, apesar de saber que Jacob jamais permitiria que machucassem Clara eu senti medo.

— Amor – Disse Jake ao abrir a porta do quarto, dei um pulo da cama dando alguns passos ao seu encontro o abraçando forte – Está tudo bem – Ele falou passando uma das mãos em meus cabelos tentando me acalmar.

—Ele descobriu não é? Perguntei angustiada.

— Se não descobriu ele desconfia – Jake respondeu – Mas ele não pode fazer nada, sabe que teria que me enfrentar, além disso ele não tem certeza de nada.

— E se sairmos daqui? Sugeri olhando nos olhos dele – Podemos ir para algum lugar onde Sam não possa intervir.

Jake prendeu meu rosto entre suas mãos- Amor, aqui é o lugar mais seguro tanto para você quanto para Clara, prometo a você que ninguém vai machuca-la, está bem?

Sorri timidamente e balancei a cabeça concordando – Eu confio em você, a Clarinha também.

Os lábios de Jake tocaram minha testa e eu suspirei o abraçando forte, eu estava com medo, Clara já significava muito para mim mesmo estando há tão pouco tempo conosco, eu já a amava, ela era a nossa filha, nossa bebê.

Jake passou os braços em volta da minha cintura tirando meus pés do chão e caminhou comigo até nossa cama me deitando com cuidado, em seguida se deitou ao meu lado me puxando para seu peito – Tudo vai ficar bem – ele sussurrou beijando meus cabelos e eu fechei os olhos me aconchegando no peitoral nu dele – Vamos usar aquele deposito para ser o quarto da Clara – ele falou me lembrando do que havíamos combinado dias antes quando clara interrompeu nosso momento de casal na madrugada.

—Vamos – eu sussurrei com os olhos fechados – O quarto cheio de bonecas.

— Ai eu cartão de crédito – Ele sussurrou me fazendo rir.

Abri os olhos e os ergui apoiando minhas mãos no peito dele – Obrigada.

— Não precisa agradecer, é minha obrigação proteger minha família.

Dei um sorriso largo e arrastei meu corpo aproximando meus lábios do dele- Eu te amo – sussurrei beijando os lábios dele, as mãos dele subiram por minhas costas antes dele girar nossos corpos na cama deixando o corpo dele sobre o meu.

Apesar de ser uma grande incógnita Jake e eu já amávamos Clara, ela era a nossa filha.


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