Cruel Summer escrita por red hood


Capítulo 2
PART II - you know that i caught it


Notas iniciais do capítulo

Vindo aqui cheia de vergonha, espero que alguém ainda tenha esperanças com Cruel Summer ♥. Acho que postei esse história em um dos momentos mais turbulentos desse ano, ela estava até finalizada mas peguei os últimos capítulos para reescrever, porque não tinha gostado de muitas coisas. Escrever aqui me faz pensar muito nesses momentos e como ta tudo bem dar um tempo em relação a um projeto e retornar quando estiver se sentindo melhor ♥.

Fevereiro Drastoria foi um projeto lindo que espero que tenha uma segunda edição! Afinal, Fevereiro é o mês do meu aniversário, meu mês favorito ♥. Portanto, muito obrigada Little Alice e Lu por todo emprenho, eu amo a identidade visual e tudo que gira em torno do projeto ♥, o carinho que vocês tem pelo casal é sem igual!

Por fim, muito obrigada Trice por me ajudar betando esse capítulo, te acho muito incrível e admiro muito como você sempre está disposta a ajudar as fanfiqueiras perdidas como eu ♥

Espero que gostem!



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CRUEL SUMMER - PART II

Astoria estava tendo um dia de má sorte. Poker era um jogo que mexe com a mente e a dela andava um tanto perturbada. Havia sido pega blefando durante a última rodada e agora queria chorar vendo as suas fichas irem todas para um velho barrigudo do outro lado da mesa.

Culpava o seu desempenho deplorável pelas ondas de vergonha que pareciam tomar conta de seu corpo ao longo do dia, fazendo com que a sua atenção não conseguisse ser mantida por mais de um minuto. Uma semana e ela ainda não havia superado o que havia acontecido. Não era como se ela tivesse permissão de esquecer de como havia ficado bêbada e quase quebrado o próprio dente ao cair na festa dos Fawley.

Os últimos 7 dias foram compostos de sermões de seus pais por ela só “trazer vergonha para família” e comentários sobre a generosidade de Draco Malfoy que havia a ajudado a se levantar. A única coisa que a divertia era a ironia de ouvir Malfoy e generosidade em uma mesma frase.

Astoria massageava as têmporas, a sua cabeça latejava devido ao estresse que estava enfrentando. Todos os seus anjos pareciam estar revirando os olhos, enquanto os diabos lançavam os dados sobre a mesa.

As noites de poker eram o seu único alívio na semana, já que passava o restante dos dias pintando em seu estúdio e tentando definir a curadoria da próxima exposição na galeria de seus pais. Porém, nem quando ela tinha graduação em Artes, a sua opinião era muito aceita naquela família, era preferível ouvir Daphne e os termos jurídicos dela.

Portanto, era em partidas de jogos de azar que Astoria sentia que encontrava a sua sorte.

Já frequentava aquele pub há aproximadamente um ano e se sentia quase intima da maioria ali. Havia encontrado aquele bar após uma noite de insônia e falta de inspiração para pintar qualquer coisa, resultando em uma longa caminhada pelas ruas desertas de Londres. O bar que tinha um aspecto sofisticado no primeiro andar, ficava ainda mais escuro e sombrio ao descer para a parte em que funcionava uma espécie de cassino, conhecido como Cabeça de Javali.

Os seus pais surtariam se a imaginassem ali. Afinal, uma Greengrass jamais deveria frequentar lugares que envolvessem jogatina e bebedeira. Contudo, no auge de seus 25, Astoria se deliciava ao ser sempre a mais nova da mesa. Em várias noites se via presa em conversas com senhoras ricas e com mais energia que ela para varrer a noite entre cartas de baralho e coquetéis caros. Dava-se melhor com elas do que com os pretendentes que os seus pais sugeriam que ela fizesse contato.

Porém, hoje estava se sentindo intimidada e perdida.

Tinha apenas duas opções naquele momento: desistir por hoje e voltar para casa mais cedo ou pagar bebidas até que todos aqueles velhos esquecessem da própria quantidade de fichas, assim teria a mínima vantagem sobre eles e resgataria dinheiro o suficiente pelo menos para conseguir pagar um táxi.

Estava sinceramente considerando a segunda opção, quando ele chegou, fazendo com que ela soltasse um cansado “era só o que me faltava”.

Mal ela sabia que Draco Malfoy estava ali mais uma vez para bancar o seu salvador.

— Boa noite, Greengrass — ele sussurrou em seu ouvido, apoiando-se na cadeira que Astoria estava sentada. — Tendo um dia de azar?

Pelo comentário e os olhos nebulosos dele, ela tinha certeza de que o loiro estava analisando os oponentes da mesa.

— Se antes eu achava isso, agora tenho certeza — respondeu enfurecida se levantando da mesa.

— Calma, você vai recuperar — ele a segurou pelo braço, olhando bem em seus olhos. — Confia em mim.

Astoria quase deixou escapar uma risada. Como poderia confiar em alguém como ele? Contudo, mais um tiro no escuro não era nada para alguém que já estava morta.

Ela o analisou por mais alguns segundos, desviando os olhos apenas para notar a presença de Blaise Zabini e Theodore Nott logo atrás de Draco. 

— Não me decepcione, Malfoy.

Dito isso, ele a soltou devagar deslizando as mãos pelos braços dela. Astoria revirou os olhos quando para completar Draco lhe deu uma piscadinha e tomou o seu lugar na partida que se iniciava.

Ela permaneceu em pé ao lado dele, observando a rodada ser iniciada. A mesa era composta por mais 3 pessoas, que pareciam não gostar nada da troca, mas também resolveram não verbalizar. 

Astoria que já não tinha muita fé no loiro, sentiu como se estivesse pagando a língua a cada carta que ele conseguia. A seriedade no rosto dele, fazia com que até ela comprasse os blefes que ele soltava, enquanto as cartas se reuniam como mágica em sua mão.

Não demorou muito para um Straight Flush se materializar e Draco se virar para ela mostrando o baralho, como se mostrasse um brinquedo novo e caro que ela sem dúvidas estava disposta a obter.

O gosto da vitória era agridoce em sua boca. Ela odiava dar o braço a torcer, mas estava tão aliviada em saber que não havia perdido tudo, afinal ainda precisava de uns trocados para pegar um táxi. A revelação da jogada fez com que alguns dos oponentes derrubassem os seus cigarros e exclamassem terríveis palavrões. Apesar da vitória, o clima da mesa era pesado. Estava na hora de partir, sem dúvidas.

— Quer beber algo? — Draco sugeriu ao se levantar, tendo dificuldades de segurar todas as suas fichas. Ele tinha um sorriso vitorioso, mas por trás de sua proposta havia também um convite para sair dali.

Uma coisa que Astoria tinha experiência era em sair quando percebia que as coisas poderiam ficar ruins. Portanto, assentiu com a cabeça enquanto eles iam em direção ao gabinete para trocar as fichas por dinheiro.

Demoraram alguns minutos para convencer o homem do caixa que não gostariam de jogar mais naquela noite ou um buffet completo do pub. Com as cédulas na mão, Malfoy entregou a parte dela e guardou a própria parcela no bolso interior de seu blazer, enquanto isso Astoria não conseguiu parar de pensar que, para alguém envolvido em tanta corrupção, ele estava sendo bem honesto com ela.

— Ah, tenho uma condição para sair daqui — Astoria anunciou, com um sorriso enorme nos lábios, fazia tempo que não tinha uma amostra grátis de felicidade como aquela. — Tem que ter álcool no local e você vai me pagar quantas bebidas eu quiser.

— Só isso? — Draco perguntou, como se esperasse um grande desafio vindo dela.

— Sou uma moça fácil de agradar.

Então Draco estendeu a mão e os dois saíram dali.

*

Apesar de ser verão, a noite estava gelada e úmida, para a felicidade de Astoria. Os andaram lado a lado até irem parar em um outro pub, não muito movimentado, a algumas quadras do Cabeça de Javali.

Ela nunca tinha ido ali, mas Draco jurava que o local tinha uma das melhores avaliações no tripadvisor, o que arrancou uma gargalhada dela. Sentaram-se nas banquetas em frente o barman e uma onda de dejavú percorreu o seu corpo. Estavam ali só os dois como na noite da festa. Contudo, dessa vez, ela menos embriagada — por enquanto — e menos desgostosa com a vida.

A primeira coisa que Astoria fez foi olhar o cardápio que tinha uma variedade imensa de cervejas, que se ela estivesse sozinha jamais pediria, pois além de não ser muito fã de bebidas amargas, eram caras delas para o que ofereciam. Mas, como nada naquela noite estava acontecendo como esperado, resolveu arriscar e pediu a bebida com o preço mais alto seguindo a regra do jogo que ela mesma havia inventado.

Draco pediu o mesmo, enquanto ria da situação, provavelmente não havia acreditado que Astoria fosse mesmo fazer aquilo.

— Então, — ela se virou para encará-lo — você largou seus amigos lá, isso não vai contra algum tipo de código de conduta?

— Duvido que eles se importem — Draco respondeu dando de ombros. — Devem estar muito ocupados tentando seduzir alguma das senhoras ricas de lá.

— Achei que você apenas andasse com playboys ricos como você — ela o provocou.

— Eu ando mesmo, e é assim que a maioria se mantém — ele respondeu, enquanto dava um leve gole no próprio copo.

Astoria mordeu o lábio inferior impedindo que o seu sorriso se formasse e imitou o gesto dele, gostava — até demais — de como ele comprava todas as provocações dela sem nem mesmo hesitar.

Continuaram assim, trocando comentários ácidos um com outro e conversando sobre as coisas mais triviais do mundo por horas. Por muito tempo as plantas foram as únicas amigas de Astoria.

Então, ter alguém para conversar era novo, era bom. 

Draco era inteligente, aparentemente não havia comprado o próprio diploma, como os caras que Daphne costumava sair e insistia em apresentar para Astoria. Além disso, parecia interessado em arte e também em livros, fazendo com que os assuntos entre os dois parecessem infinitos.

Mas, apesar do clima bom, a jovem Greengrass sentia uma tênue tensão pairando sobre eles toda vez que Draco a tocava no braço ou encontrava o olhar dela. Os olhos dele eram como joias brilhantes e ela não podia evitar em querer comprá-las, mesmo sabendo que o preço seria alto.

— Sabe, você não é tão ruim para... — Ela pensou alto e, segundos depois, arrependeu-se do conjunto de palavras que havia escolhido.

— Um Malfoy? — ele logo respondeu.

Ela pigarreou desconcertada, parecia que um copo de água fria havia sido jogado em sua cabeça. Como responderia aquilo? 

Tirou as palavras da minha boca. Estou tendo uma ótima noite, mas você continua sendo um Malfoy, continuo abominando tudo que você e a sua família faz.

Ele tamborilava os dedos na perna e ela conseguia ver a ansiedade no olhar dele. O balançar das pernas dele reverberava nas dela, roçando levemente. Ela o olhou beber seu drink, e resolveu propor:

— Sim, por isso vamos sair daqui, Malfoy.

*

Astoria sempre ouvira que nada de bom acontecia depois das 3 da manhã, mas eram nesses momentos que ela mais se sentia viva. Os demônios poderiam estar soltos, no entanto, era quando ela sentia que os seus estavam adormecidos. 

Andaram lado a lado, os seus casacos vez ou outra se encostando, fazendo com que calafrios percorressem o corpo dela. A rua estava assombrosamente vazia e Draco pareceu tenso enquanto faziam o caminho. Ela não o culpava, imaginava que ele deveria viver sobre ameaças e com medo de linchamento o tempo todo. Nessas horas a Greengrass não podia evitar em agradecer por ser praticamente esquecida, já que todos os holofotes estavam sempre em Daphne.

Porém a sua mente turva e confusa pelo álcool, queria poder ler mais do que as expressões dele. Até que ponto ele estava apreensivo com o mundo exterior ou a sua tensão era por estar entrando no mundo dela?

As duas situações eram perigosas demais.

Revirou a bolsa em busca da chave do estúdio, logo destrancando a porta de entrada. Apesar de ainda ter o seu quarto e grande parte de suas coisas na mansão Greengrass, ali era o seu verdadeiro lar, o seu refúgio. O lugar era um loft adaptado, sem cozinha ou área de serviço. 90% do local era composto por plantas e itens de arte. Havia quadros para todos os lados, alguns finalizados, outros apenas rascunhados. O assoalho coberto por panos que faziam um péssimo trabalho em esconder e prevenir pontos de cores pelo chão, mas Astoria amava tudo aquilo.

Amava que o seu cubículo particular tinha mais dela do que a casa que ela viveu por praticamente toda a sua vida.

Draco entrou no ambiente com cuidado, como se a qualquer momento fosse pisar em algum explosivo. Havia algo íntimo em ter outra pessoa no ambiente que era tão pessoal para ela e ele parecia sentir aquilo. Normalmente Astoria só permitia modelos, para fins de trabalho, ou a sua própria irmã.

Uma das coisas favoritas dela em relação àquele lugar eram as grandes janelas que registravam o nascer do sol e as luzes da cidade. Era o seu lugar preferido para sentar-se e pintar e Draco pareceu tão hipnotizado pela vista quanto ela a primeira vez que entrou no local.

— A vista aqui é muito bonita — ele falou quebrando o silêncio entre os dois.

Ela concordou com a cabeça ainda o observando. As cores contornavam o rosto dele como uma ilustração. Os olhos dele refletiam as luzes ainda intensas, colorindo o olhar cinzento e cansado que ele antes apresentava.

— Malfoy — Astoria o chamou, fazendo com que ele voltasse a atenção para ela. Astoria o entregou um copo d’agua, porquanto já haviam bebido demais naquela noite e ambos tinham que trabalhar na manhã seguinte.

— Greengrass — ele pegou o copo e brindou com o dela, afinal hidratação era algo mais do que necessário depois de uma noite igual a dos dois.

Astoria o olhou por alguns segundos tentando registrar a imagem do homem de cabelos quase brancos e olhos de tempestade iluminado por luzes externas, deixando-o ainda mais distante, inalcançável e bonito.

Ela não podia deixar de negar isso. Era uma artista, tinha uma atração natural por coisas belas, mesmo que apenas superficialmente, então, pela segunda vez na noite, deixou que os seus pensamentos escapassem de sua boca e disse:

— Eu queria muito te pintar.

Fechou os olhos por um seguindo, deixando a súbita vergonha tomar conta dela.

— Como uma de suas francesas?

E assim a magia havia sido desfeita. Astoria começou a rir incontrolavelmente levando o homem a rir também. Meses atrás se alguém lhe dissesse que Draco Malfoy era, além de filho de um império sujo, uma pessoa que tinha de fato um senso de humor, ela não acreditaria.

— Nunca pintei uma francesa, mas não recusaria a experiência

— Posso te apresentar uma se quiser — ele comentou, enquanto tirava o blazer, deixando à mostra apenas a camisa de linho verde-clara que ele vestia.

Draco se sentou no banco em frente a tela em branco de Astoria, que logo percebeu como os ombros dele tencionaram.

— Você não precisa ficar calado, sabia? —  comentou, saindo de trás da tela e indo até Draco. — E nem tenso assim.

Ele levantou o olhar até o dela e agora Astoria que estava tensa. Pensou em massageá-lo nos ombros ou posicioná-lo de modo mais confortável, como sempre fazia com os seus modelos, mas perdeu a coragem no meio do caminho. Talvez também estivesse nervosa e se arrependeria dessa ideia imbecil quando acordasse e o álcool em seu organismo já tivesse sido todo metabolizado.

— Sim, mas também não sei o que falar — ele admitiu, rindo nervosamente.

— Eu sei que é a sua primeira vez, então serei cuidadosa — ela respondeu, tocando-o no ombro, antes de ir buscar a sua peça de grafite. — Vou fazer algumas perguntas até você relaxar esses seus ombros. Por que você estava lá no Cabeça de Javali hoje?

— Fui fechar um negócio que não merecia um restaurante 5 estrelas — Draco respondeu em uma batida. — E você?

— Gosto de jogar, um péssimo hábito como pôde ver — ela respondeu, enquanto engolia a seco.

Um negócio?

Que tipo de negócios eram fechados de madrugada em um cassino ilegal em um bar?

Ficou tão atordoada que esqueceu de fazer uma pergunta, percebendo apenas quando Draco levantou a voz mais uma vez:

— Quais outros péssimos hábitos você tem?

— Chamar filhos de magnatas para o meu estúdio — ela disse com a voz carregada de ironia.

— Sério?

— Sim, mas esse adquiri recentemente.

Caíram em um silêncio desconfortável, mesmo depois de todos os comentários sarcásticos e o olhar desafiador que Draco lançava a ela. Astoria havia esquecido por alguns minutos que estava se deixando envolver pelas garras da má fé.

Felizmente, a tensão entre eles parecia se dissipar enquanto Astoria terminava o rascunho do rosto dele e começava a pintar tudo com um tom de lilás e rosa, formando a base do que viria ser o retrato do amanhecer no olhar do homem ali em sua frente.

Depois do que pareceram horas analisando cada pequeno detalhe do Malfoy, ela começou a sentir o cansaço pesar assim que o sol apontou pela janela. Mesmo com os olhos caindo de sono, ela não pôde evitar fitar Draco por mais alguns segundos. Estava tendo uma imagem privilegiada do Malfoy naquele momento. O sol refletindo dourado na pele normalmente pálida dele. Os olhos usualmente tempestuosos estavam cristalinos. E o amanhecer, que antes era só fruto da imaginação dela, estava por todos os lados, fazendo-o brilhar.

Astoria queria tocar o semblante tranquilo de Draco quando ele fechou os olhos e parecia apreciar os raios de sol beijando a sua pele.

—  Acredito que terei que terminar isso outro dia — ela anunciou com um suspiro, fazendo com que Draco abrisse os olhos. — Você se importa em aparecer no estúdio algum dia dessa semana?

Parte dela não queria que aquela noite acabasse. Parecia tudo um sonho alucinante, sem trilha sonora, apenas com o calor da noite e o som da respiração dos dois. Draco encontrou o olhar dela e abriu um sorriso.

—  O que eu ganho com isso? —  ele a desafiou.

Astoria perguntou sem esperanças dele aceitar algo do tipo. Então ficou mais que surpresa com a proposta do outro homem.

—  Acho que nada do que ofereço para os meus modelos será suficiente para você —  Astoria retrucou enquanto guardava os seus pincéis e limpava as mãos sujas de tinta em uma flanela.

Do canto do olho podia ver um sorriso travesso tomar conta de Draco, mais uma vez se mostrando como um brinquedo caro que ela estava disposta a comprar.

— Você anda acumulando muitas dívidas, senhorita Greengrass. Mas até a próxima eu escolho o meu preço.

Ela revirou os olhos e o acompanhou até a porta.

Tinha algo muito errado naquilo tudo, mas era inevitável sentir o seu corpo ficar ansioso com a possibilidade de uma próxima vez.

Já do lado de fora, Draco parecia dividido entre ir embora ou pedir para ficar. Já Astoria, tinha certeza de que, se fosse qualquer outra pessoa no mundo, ela teria levado ele para cama, mesmo que fosse apenas para dormir poucas horas até que ambos tivessem que ir trabalhar.

O relógio no celular dela marcava 6 horas da manhã, ou seja, ela tinha poucos minutos até que tivesse que passar na galeria para organizar a próxima exposição de lá.

Então, em um impulso, Astoria chegou muito perto de Draco. Podia sentir a respiração dele rente ao seu rosto. Sem dúvidas estava gostando de ver a confusão nos olhos dele, que pareciam tão rendidos, apenas esperando que ela fechasse o espaço entre eles.

— Tenha um bom dia, Draco — ela sussurrou antes de fechar a porta.

Ela que havia iniciado tudo naquela noite, nada mais justo que fosse a responsável em terminar.


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Notas finais do capítulo

Ai ai, quando a bichinha acordar...

Me digam o que acharam! Juro que não vou demorar para postar o próximo que terá mais drama familiar e Drastoria arrumando confusão.



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