The Stars in George Weasley escrita por Morgan


Capítulo 1
One - Case Angelina




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George Weasley sempre foi relativamente feliz consigo mesmo. Tudo bem se não fosse o favorito de todo mundo o tempo todo. Sabia que podia ser pior. Podia ter o complexo de inferioridade do irmão mais novo, Rony, que nem sequer o deixava falar para a garota que gostava desde os onze anos de idade que gostava dela.

Sim.

Podia ser pior.

George sabia que a maioria das pessoas gostava mais do seu irmão gêmeo Fred, que o achavam mais bonito (o que era debatível para o garoto) e mais engraçado (isso ele concordava em partes). Ele não se ressentia com isso, ou ao menos tentava não se ressentir, porque Fred era, de longe, a melhor coisa de sua vida. Amava seu irmão mais do que qualquer outra coisa e sabia que a recíproca era verdadeira. Eles viviam juntos a tanto tempo que George achava difícil conseguir ser diferente algum dia.

Não, o fato de não ser o favorito das pessoas não costumava incomodá-lo. Não sempre. Quer dizer, há coisas que não temos como mudar, não é? E ter nascido com um irmão gêmeo consideravelmente mais carismático que você aparentemente era uma delas. Fred nunca agia como se fosse melhor do que ele, só que havia uma razão para serem Fred e George Weasley e não George e Fred e ele estava bem com isso. A única coisa que sempre conseguia alcançar os seus nervos eram as garotas.

Era muito comum as garotas gostarem primeiro de Fred, algo totalmente compreensível e sem tanta importância assim – isso se elas não tentassem algo com George depois de serem rejeitadas pelo irmão. Não. Isso para o ruivo era demais, começando pelo fato deles não serem a mesma pessoa e como uma pessoa, George ter sentimentos, sentimentos estes que poderiam ser machucados por esse tipo de tratamento. Algo que nem todo mundo parecia sequer cogitar. Ele tentava ignorar isso e achava que se saía bem na maioria das vezes.

Bem, isso até o Caso Angelina acontecer.

Angelina Johnson é (ou era) uma grande amiga dos gêmeos desde que eles entraram em Hogwarts. Eles entraram no time de quadribol ao mesmo tempo e sempre foram próximos. Não era preciso dizer que George passou a gostar da artilheira, não é?

Ele não se lembrava de quando havia acontecido. Talvez naquele ano em que Angelina se tornou capitã do time e passou mais tempo ainda com ele. Ele realmente não sabia. Mas para encurtar essa missa triste, Angelina não sentia o mesmo. Pelo menos não por aquele gêmeo específico. Angelina tentou algo com Fred, que prontamente disse não, não por saber dos sentimentos do irmão, mas porque Angelina era sua amiga e Fred sabia que não namoraria com ela (Fred dizia não querer namorar ninguém e que este era o seu mantra. Seus amigos tinham uma ideia diferente disso), o que era a vontade da garota e toda a Grifinória sabia. George não sabia disso. Ele realmente não sabia sobre os sentimentos de Angelina pelo seu irmão. Nunca havia notado e Fred não contou rápido o suficiente que havia acabado de rejeitar a garota, então, quando, três dias depois, a capitã do time procurou George pedindo para que saíssem porque ela "queria aliviar a mente", George apenas aceitou. Tirou a garota do castelo pela sua passagem secreta favorita.

Sua passagem secreta favorita! Ele fez isso por ela!

E quando ela o beijou no meio do Três Vassouras, George correspondeu!

George deveria ter notado que tinha algo de errado, mas gostava de Angelina a tanto tempo que só conseguiu ficar feliz por estar acontecendo. Então eles voltaram para Hogwarts e quando George foi até o irmão contar o que aconteceu, Fred não conseguiu acreditar no que estava ouvindo. Enquanto Fred dizia o quanto aquilo havia sido asqueroso, péssimo e totalmente irresponsável, George não conseguia sentir nada porque a garota de quem pensara gostar a tanto tempo gostava do seu irmão e havia o beijado... por que? Para preencher o buraco?

Saber que eles eram gêmeos e esse poderia ser o motivo até mesmo deixou o estômago de George embrulhado.

— Ela vai ouvir algumas verdades, ah, se vai! – exclamou Fred, despertando George de seus pensamentos. O garoto puxou o irmão pelo pulso antes que ele se levantasse e saísse do dormitório deles.

— Não – disse George – Está tudo bem, Freddie. Quer dizer, ela não tinha como saber.

— Georgie, foi errado!

— Ela não sabia... dos meus sentimentos. Assim como você. Não tinha como ninguém saber. Vamos deixar isso entre nós.

— Mesmo assim foi errado. Mesmo sem saber, George, as pessoas não podem sair por aí usando você a hora que querem. Você não pode deixar que façam isso!

— Eu sei, eu sei – disse George desesperado para controlar a impulsividade do irmão – Sei que foi errado. Mas eu posso resolver isso sozinho. Você não precisa se meter, Fred.

Fred suspirou e assentiu. Ele era muito rápido quando se tratava de defender os irmãos, principalmente quando sentia que George estava sendo injustiçado, mas o garoto não queria mesmo que aquilo aumentasse. Não queria que Angelina soubesse dos seus sentimentos, só queria esquecer que mais uma vez não havia sido o escolhido, pois daquela vez havia machucado muito mais do que nas outras.

George era bom em esconder esse tipo de coisa. Então no dia seguinte quando Angelina o procurou ele tratou de encerrar o assunto. Não seria nenhum tipo de estepe, não para ela. A garota tentou falar alguma outra coisa, pedir desculpa, mas já era tarde demais. Acabou perdendo os dois amigos. George por ter sido extremamente inconsequente com os sentimentos de outra pessoa e Fred por ter magoado o seu irmão. O quinto ano terminou e o sexto começou e Angelina estava bem enterrada no fundo da memória de George e assim ele se esforçava em manter. 

Mas a situação acabou sendo um baque maior do que ele imaginava para sua auto-estima. Ele começou a evitar garotas que não fossem a irmã, Hermione ou suas amigas realmente próximas quando estava sozinho e tudo que fazia era algumas pegadinhas com o irmão quando tinham tempo e, claro, produzir para sua futura loja de logros. 

Ah, e jogar quadribol.

Sim, essa era a melhor parte. Amava jogar quadribol e se tornava facilmente a melhor parte de sua semana. Até mesmo quando tinha que lidar com Amélie Diggory.

Amélie ou Amy, como as pessoas costumavam chamá-la, era a batedora do time de quadribol da Lufa-Lufa.

Porque ela era da Lufa-Lufa. George sabia. Havia assistido sua seleção. Sim, George sabia. E ainda assim, sempre que trocava uma palavra com a irritante bruxa de taco, ele tinha dúvidas.

Nunca havia conhecido uma lufana como ela. Todos diziam que lufanos eram gentis, doces, educados e carinhosos. George gostava dessas características e podia dizer com toda certeza do mundo que Amélie Diggory não possuía nenhuma delas.

Amelie era exagerada, barulhenta, exibida, um pouco maldosa às vezes e não muito educada – George já havia ouvira a garota xingar no meio do campo vezes demais para concordar com essa última parte. Mas não o entendam mal: George gostava de Amy. Era difícil para George procurar uma memória de infância onde Amy não estivesse. Cedric e Amy costumavam passar muito tempo n'A Toca já que seus pais, Arthur e Amos, eram muito amigos e foram vizinhos a vida toda. Então os quatro sempre haviam sido próximos. Eles eram amigos, não tanto quanto Fred e Amy, mas eram. 

Fred dizia que tudo que tinha com Amy era amizade, mas George duvidava. Sabia que mais cedo ou mais tarde Amy confessaria gostar do irmão. Era sempre assim com ele. 

Pensar que Amy gostava de Fred ajudava George a entender porquê a lufana sempre o evitou. Quer dizer, não evitou de verdade, eles ainda saíam juntos e conversavam, mas tinha que admitir que de todo o grupo que estava sempre junto, Amy era a que mais se distanciava dele. Mesmo sempre o provocando e soltando piadas. George tentava não pensar muito nisso, mas quando pensava, sempre via como algo um pouco artificial. 

Mas não tinha o que fazer. Como foi dito, George estava acostumado com as pessoas escolhendo seu irmão. E se Amy havia escolhido Fred desde que tinham uns oito anos, tudo bem. As provocações gratuitas e a rivalidade em campo eram suficientes para George. Amélie Diggory gostava de propagar o absurdo de que era uma jogadora melhor do que George e isso o irritava, o fazia rir e o motivava a ser melhor em cada jogo. Tudo na mesma medida.

— Georgie, eu estava pensando... e se colocarmos um pouco de Aletônia na fórmula do Incha-Língua? Talvez equilibrasse um pouco dos efeitos colaterais, que acha?

George avaliou por um tempo e depois balançou a cabeça.

— Podemos testar, mas talvez deixe muito amargo. As pessoas não vão querer comer.

Fred suspirou enquanto se sentavam na mesa da Grifinória. Era sábado de manhã e o primeiro jogo de quadribol da Grifinória naquele ano aconteceria em poucas horas. 

— E aí, Harry, como está hoje? – perguntou Fred sorrindo para o garoto que apenas deu de ombros. Harry sempre ficava mais nervoso do que eles antes dos jogos, mesmo agora, quando já estava no time a quatro anos – Escute, acha que consegue pegar o pomo-de-ouro um pouco mais rápido hoje? Marquei de...

— FRED! – exclamou Spinnet na ponta fazendo uma careta para o ruivo – Não peça essas coisas a ele – ela balançou a cabeça – Harry fará tudo no seu tempo.

— Que é um tempo muito rápido. Não se envergonhe, Harry, pode dar uma de apanhador mais jovem e mais talentoso o quanto quiser. Estou morta de preguiça hoje... – Katie Bell deu uma piscadinha para Harry e Fred apontou para ela com um sorriso.

— É só a Lufa-Lufa, não devemos ter prob– começou Ginny e George quase engasgou. Ergueu a mão para fazer a irmã parar de falar, mas foi tarde demais.

O furacão lufano chegou.

George não fazia ideia de como isso acontecia, mas toda vez que falavam mal do time da Lufa-Lufa, Amy Diggory surgia como um bicho-papão atrás de você. Sempre. Principalmente nos dias de jogos.

— Aí é que você se engana, Ginevra – disse a garota com um sorriso empurrando um garoto da Grifinória para o lado e se sentando ao lado de Fred sem pedir licença uma vezinha sequer – Lufa-Lufa será um problema sim, como tem sido desde o ano passado. Estamos mais do que prontos para chutar a bunda de vocês.

— Você se sentou aqui só para compartilhar suas alucinações, Diggory? – questionou George.

— Me sentei aqui para ficar perto de você – ela piscou e George revirou os olhos – Não gostou?

Amy estava sempre flertando como piada por aí e na maioria das vezes George escolhia ignorá-la. O que, ele já havia percebido, apenas a incentivava ainda mais. 

— Parece que alguém aqui acordou de mau humor – disse ela – Se você aceitasse meus convites, talvez acordasse com um humor melhor.

— Que convites? – perguntou Fred, curioso.

— De dormir comigo, é claro.

Os irmãos e amigos de George riram com a garota e ele arqueou uma sobrancelha, resolvendo respondê-la a altura. Ele fazia isso algumas vezes.

— Sabe, você nunca fez esse convite – disse ele, pensativo – Tenho certeza que se tivesse, eu teria aceitado. Que tal hoje? Posso te deixar cansada em outros lugares senão o campo hoje.

Fred soltou uma risada mais alta ainda e Lee bateu as mãos na mesa fazendo Hermione Granger o olhar de cara feia. Amélie por sua vez apenas sorriu mais ainda porque ela nunca se dava por vencida em absolutamente nada. Mesmo que George de fato a vencesse.

— Espero que você não tenha dito essas coisas para a minha irmã mais nova, Weasley – disse Cedric aparecendo ao lado do garoto. George abriu um sorriso para o amigo e deu de ombros.

Cedric era o capitão do time da Lufa-Lufa e um apanhador fenomenal, assim como um amigo muito bom também. Ele sim era o tipo de lufano com qual George estava acostumado. George percebeu quando as meninas da mesa pararam de comer para olhar o garoto que havia acabado de chegar e revirou os olhos com um ar de riso. Era sempre assim. George apenas podia supor que acontecia o mesmo com Amélie também, já que, bem, ela era um pouco irritante sim, mas George não era cego. Ele sabia o quanto Amy era bonita. Ela não era muito alta como o irmão, na verdade sua cabeça batia no ombro de George. Seus olhos eram verdes, muito mais verdes que os de Cedric, mas seu cabelo não era loiro como o do irmão, era de um castanho amendoado. Quem não estivesse acostumado com ela e a visse ao ar livre sob o sol poderia pensar que era apenas um loiro mais escuro do que o normal,  mas George sabia que não. Ele sabia muito bem disso, porque sempre pensara que seu cabelo era muito bonito e que funcionava bem nela. Combinava com sua pele constantemente bronzeada de tanto treinamento e suas expressões nada doces ou confiáveis quanto as do irmão mais velho. 

Se bem que, George pensou piscando em direção a garota, a pele dela não estava tão bronzeada quanto de costume, no máximo um pouco vermelha ao redor do nariz. Ela não havia treinado tanto para essa temporada quanto costumava fazer, ele concluiu desviando o olhar. 

— Deixe de incomodar o time dos outros e vamos tomar café – disse ele para a irmã.

— Não estava incomodando!

— Estava, sim – disse Fred recebendo um tapa forte no ombro em resposta.

— Ninguém te perguntou, Fredinho – ela sorriu falsamente e depois se virou para Ginny – Te vejo depois do jogo?

Sua irmã assentiu e ela se virou para ir para própria mesa com Cedric.

Pouco tempo mais tarde o time da Grifinória já caminhava confiante em direção ao campo com Angelina Johnson os liderando. Os sete jogadores se enfileiraram em frente aos jogadores da Lufa-Lufa enquanto Madame Hooch recitava as regras de sempre no meio deles. Quando a mais velha se afastou para buscar as bolas do jogo, Fred e George sorriram um para o outro.

— Só para vocês saberem, não importa quem ganhe ou perca – disse Fred, chamando atenção dos colegas em volta.

— O castelo ainda vai pegar fogo hoje á noite – completou George com um sorriso de lado.

O sorriso tomou conta das faces ao redor deles, em especial de Amy Diggory.

— Vai ser ótimo comemorar a derrota de vocês – disse.

— Vai ser ótimo ver você cair desse pedestal, Ames – disse George e o sorriso tremeu no rosto da garota.

— Já disse para não me chamar assim, Weasley.

George apenas riu.

— No lugar de sempre? – questionou Cedric não querendo deixar que sua irmã se empolgasse na discussão.

— No lugar de sempre. A senha de hoje vai ser o número e nome na camisa do apanhador que pegar o pomo-de-ouro.

— Vocês querem parar? – disse Angelina de repente, bufando em direção aos gêmeos – Se concentrem no jogo!

George se forçou a não revirar os olhos enquanto a professora voltava. Ele assistiu quando Amy subiu na vassoura com atenção e jogou o taco em cima do ombro. Sempre foi uma surpresa para ele como uma garota tão pequena conseguia ter tanta força. Então o apito soou, todos estavam no ar e o ruivo deixou que todos seus pensamentos se voltassem para o jogo. George se aproximou do irmão e gritou, tentando se fazer presente mesmo com o vento forte que os atacava.

— Por que você não fica perto do gol hoje? – Fred arqueou a sobrancelha – Dean ainda está pegando o jeito e você é mais rápido! Acho que é mais seguro! – gritava ele.

Fred assentiu sem muito esforço. Quando se tratava de quadribol, sempre ouvia os conselhos de George. A estratégia dos gêmeos era quase sempre a mesma: George ficava perto do gol para defender o goleiro e Harry, quando precisava e Fred ficava com as artilheiras do time, mas George sabia que por ser o primeiro jogo de Dean como goleiro o time rival não pegaria leve com ele. Conhecia Amy o bastante para saber que a garota nem sequer piscaria se tivesse a chance de derrubar Dean Thomas da vassoura para que seus artilheiros marcassem alguns gols. Então Fred, que sempre fora um pouco mais rápido, seria a melhor opção para ficar perto dos aros. Ele foi rápido em direção ao meio de campo, ficando de olho nos movimentos rápidos das três artilheiras de seu time.

— Faz apenas dois minutos que o jogo começou e a goles já entrou como um raio dentro do gol da Grifinória! – narrou Lee.

George deu um forte impulso na vassoura chegando bem a tempo na frente de Angelina e rebatendo o balaço que vinha seguindo a garota, a capitã sorriu em sua direção, mas ele fingiu não notar, mirando o balaço na direção de Cedric enquanto Lee anunciava:

— O jogo está acontecendo rápido demais! 40 x 50 para Lufa-Lufa! Parece que hoje o Pomo não vai se fazer de difícil: O camisa 7 da Grifinória já o avistou!

Antes que o balaço de George pudesse sequer chegar perto do apanhador da Lufa-Lufa, Amélie surgiu na frente. Ela tinha um sorriso desafiador no rosto enquanto erguia o taco e olhava para o jogador que havia acabado de jogá-lo em direção ao seu irmão. George arqueou as sobrancelhas em desafio, mas o sorriso da garota congelou no lugar. George franziu o cenho. Parecia que Amy havia acabado de levar um grande susto, como se não esperasse George ali, mas ele era o batedor do time, o que ela esperava senão ele?

O balaço continuava se aproximando e a garota não se mexia, fazendo com que George começasse a se perguntar o que estava acontecendo com ela. Será que estava passando mal? George estava a ponto de impulsionar a sua própria vassoura e tirar a rival do caminho do balaço quando Thomas Orwell apareceu e o rebateu na direção de Katie Bell. George viu quando Thomas se virou para a garota e disse algo, mas não pôde dar mais atenção do que isso, pois agora precisava proteger Katie.

— Parece que o trio de artilheiros da Lufa-Lufa não está para brincadeiras hoje! – gritou Lee – Summerby, Mcmanus e Cadwallader acabaram de fazer a manobra Hawkshead e estão se encaminhando em direção a Dean Thomas! Que Merlin o proteja! Ou Fred e George Weasley, dá no mesmo!

Ao ouvir isso, George trocou um olhar com Angelina e correu em direção ao irmão que já rebatia o primeiro balaço em direção a Summerby. Diggory, que agora parecia ter acordado de seu transe o devolveu a Fred com toda força que possuía. George reprimiu um sorriso, agradecendo mentalmente pelo que quer que fosse que fez a garota parar minutos antes. Mesmo pequena, Amy sempre pareceu ter muita força.

Fred impulsionou a sua vassoura, mirando dessa vez em Mcmanus e o acertando na nuca. A vassoura do garoto rodopiou, não o derrubou, mas foi o bastante para interromper a formação em V do time que avançava em direção aos aros.  

— Fred e George Weasley derrubaram a formação da Lufa-Lufa! Não sei para vocês, mas me parece que hoje o castelo pegará fogo!

Ao contrário do que pensavam, Summerby e Cadwallader continuaram avançando. Cadwallader recebeu a bola e quando George mirou o balaço que recebera na direção do garoto, ele sorriu e jogou a goles para Summerby, que a enterrou bem no canto do aro enquanto Orwell defendia o colega, rebatendo o balaço em direção ao time da Grifinória.

— E é ponto da Lufa-Lufa! Estamos empatados com 70 a 70, enquanto Potter e Diggory brigam pelo pomo-de-ouro.

Amy se aprumou na vassoura e foi em direção onde os balaços passeavam perto de seu irmão. Sem pensar duas vezes, a garota pegou o taco e enviou o balaço para Angelina Johnson com toda força que conseguia. George correu em direção a capitã, mas não chegou a tempo, o balaço acertou na traseira de sua vassoura, fazendo com que ela voasse para tenda que cobria os alunos da Corvinal, batendo suas costas e escorregando até o chão.

George deu um soco no ar. Havia sido lento demais e agora o time estava com uma pessoa a menos!

— Não se preocupe, Georgie – disse uma voz suave acima dele – Não faz diferença.

Ele respirou fundo antes de se virar para Amy, mas percebeu que sua mão estava apontada para cima e quando ele seguiu na direção dela, franziu os lábios em frustração. Cedric estava muito a frente de Harry, sua mão já esticada enquanto uma pequena bola brilhava perto de seus dedos.

— Cedric Diggory acabou de pegar o pomo-de-ouro! A vitória de hoje é da Lufa-Lufa! Como eu previ, o fogo tomou conta do castelo e foi pelas mãos do apanhador Diggory, número 7!

— Vejo você mais tarde, Georginho – disse Amélie, seu sorriso suave fazendo com que George não conseguisse não retribuir mesmo após a derrota. Era algo nela. Era impossível não gostar dela, mesmo que conseguisse ser extremamente irritante quando queria. E sempre queria quando se tratava de George. Amy virou a vassoura, indo em direção ao resto de seu time que cumprimentava seu capitão e apanhador, mas não antes de virar uma última vez e jogar um beijo no ar para George como despedida. 

Essa garota ainda seria a perdição de alguém. George apenas agradecia por não ser ele. 

 


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