Jamais engane um duque escrita por Miss Sant


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

IMPLORANDO POR COMENTÁRIOS, será que eu posso ficar desesperada aqui?



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Lilian olhava-se naquela intrincada redoma de vidro, que graças a sabedoria e habilidade dos venezianos, havia sido transformada no que hoje é tão disputado e agraciado pelas damas da alta sociedade: um espelho. Nada aplaca a podridão da alma, como uma boa imagem refletida no espelho. Era a própria descrição da sociedade londrina, todos absortos em austeridade, legitimidade, riqueza e é claro, nenhuma liberdade. A perfeição imaculada.

Viu-se refletindo, os cabelos castanhos escuros, quase pretos, olhos âmbar como os de sua mãe. Não era estranho que fosse questionada, e taxada como a réplica da condessa. Jaqueline, sua mãe, a escandalosa e francesa, porém ainda condessa de Doncaster, tinha qualidades inestimáveis, do tipo que não valia enumerar para a sociedade inglesa, tudo o que enxergavam nela, era uma mulher de humores volúveis, de classe duvidosa, e gosto impecável, que enredou um conde, e casou-se primeiro em sua terra para depois oferecer um lampejo matrimonial aos ingleses. Sua mãe era... Sua mãe é, tudo que ela sempre desejou ser de alma, mas que de fato nunca conseguiria. É preciso muita coragem para adentrar os bailes recheados de matronas de língua afiada. Sua mãe fazia questão de ser o assunto, e revoltava-se quando o conde não escandalizava os salões com ela.

Lilian sorriu, e rogou aos céus que a energia de sua mãe atravessasse os mares e terras, e chegasse a galope para invadir sua alma, precisaria de toda ajuda possível. Era chegada a hora de encenar o seu maior papel.

Saiu do seu quarto na residência dos Montgomery e desceu as escadas sinuosas para encontrar Claire e seus tios, visconde e viscondessa de Montgomery. O caminho até o baile fora repleto de olhares agradecidos de Claire, que assim que adentrou o salão, pôs-se a dar um aperto em seu braço e sussurrar em seu ouvido.

— Que Deus a abençoe imensamente, prima.

Lilian virou-se para responder, mas Claire já estava em outro mundo. Daniel havia chegado. E caminhava perigosamente em uma linha que certamente o faria chegar à Claire.

Claire o olhava fascinada, verdadeiramente apaixonada, devotada àquele que deu a ela a possibilidade de algo mais que um casamento amistoso. Talvez por esse motivo, ela não vira seu duque amistoso chegando. Lorde Kahn tinha um sorriso leve no rosto, um olhar carinhoso, tão diferente dos olhos selvagens de Daniel. Lilian poderia suspirar por aqueles olhos que imitavam a maré no inverno. Um suspiro foi o que bastou para atentar-se a chamar a atenção de Claire com um leve aperto em seu braço. Triste que Lorde Kahn tenha vencido a corrida e chego primeiro até a elas, o pobre homem não sabia que estava vencendo todas as batalhas erradas.

— Lorde Kahn. – Ambas inclinaram a cabeça em direção ao duque, que respondeu com um aceno.

— Lady Claire.

— Oh, perdão. Recorda-se da minha prima, Lady Lilian Doncaster.

Lilian percebeu com certo divertimento quando o duque fez a associação do nome. Isso nunca a abandonaria.

— Percebo que vossa graça compreendeu de quem se trata o imponente Doncaster. – Lilian se sobressaltou surpreendida por Daniel que brotara entre ela e sua prima. Ela o olhou divertidamente e balançou a cabeça com descaso.

— Imaginei apenas que com o passar dos anos isso não fosse mais lembrado.

Lilian pensou em responder que independente dos anos um escândalo era um escândalo, e que quando alguma parte envolvida fazia questão de manter comentários, não importavam os anos, a fofoca permaneceria viva. Abriu a boca para comentar quando avistou um amigo.

— Ora Lorde Baker, que falta de educação escutar a conversa dos outros. – Daniel pegou a mão de Lilian e a beijou, piscando o olho ao fazê-lo. Um desgraçado encantador.

— Acho que não me recordo de seus amigos.

— Ah, sim, perdão, faz mais de um ano, deixe-me refrescar sua memória. Lorde Daniel Jones, Visconde de Beker, e um grande amigo.

Daniel cumprimentou o duque. E com uma elegância que tentaria a família real, ele ousou falar com Claire como se ela não estivesse gerando um filho seu. Ele se aproximou para depositar um beijo na mão de Claire, e o duque levantou brevemente a sobrancelha direita.

— Daniel, por favor, minha prima esta noiva do duque.

— Esqueci como os noivados demoram por aqui. Mas fique tranquila, não estou planejando roubá-la do altar, era um cumprimento inocente. Peço perdão caso vossa graça tenha se incomodado.

— Lorde Kahn jamais se incomodaria, sabe que estarei ao seu lado a igreja e isso é tudo que importa.

— Fico impressionada como despreza até mesmo a tentação de um anjo.

— Anjos não são destinados a tentar Lady Lilian. – Lorde Kahn se pronunciou pela primeira vez desde que Daniel havia chegado.

— Tem razão. Deixemos as tentações para aqueles que sabem o gosto do pecado não é mesmo? Por acaso nunca foi tentado, vossa graça?

— Lilian, Lorde Kahn é o típico lorde inglês, um duque até o último fio de cabelo, acredita mesmo que ele saberia a respeito da devassidão do mundo?

— Mas ainda é um homem, não é vossa graça? Os anos em Oxford não lhe deram um gosto do mundo?

— Sim, mas permaneci fiel à sua prima, a quem eu sempre amei.

— Não é lindo, Lilian? A imagem da nobreza inglesa, o casal perfeito.

— Não sou perfeita, muito menos Lorde Kahn, somos...

Claire parou, em péssima hora diga-se de passagem. Não poderia definir ou sustentar algo em que não acreditava mais. Lilian quase pôde sentir sua mente trabalhando em palavras que seu olhar sustentasse.

— São adequados, perfeitos um para o outro. – Daniel sugeriu com divertimento nos olhos.

— Sim, definiu com exatidão Beker. – Lilian adiantou-se em completar.

— Vossa graça, a conversa está ótima, mas diferentemente do senhor, eu sou um homem que me permito alguns prazeres como a dança. Lilian?

— Irei recusar, você é um dançarino muito habilidoso e exibido e eu estou sem a mínima vontade de ser girada pelo salão como um pião. Por outro lado, Claire ama dançar, hoje mesmo falávamos sobre a falta de diversidade de seus parceiros de dança. Vossa graça não se incomodaria, não é mesmo?

— A primeira dança da dama deveria ser com seu noivo.

— Não ouvi um pedido. – Lilian pisou sutilmente no pé de Daniel, o homem estava tentando um santo.

— Ora, Gabriel, mostre a eles que não somos tão antiquados.

— Se assim deseja, fique à vontade.

E Claire foi passando pela multidão para chegar ao salão, contendo-se para não revelar muita intimidade com um homem que supostamente não tinha nenhuma intimidade. A mentira era uma arma complexa, mas de fácil condução. Sua prima havia tomado gosto e aprendido com o melhor. Ficou os observando por um tempo, até lembra-se de Lorde Kahn ao seu lado.

— Vossa Graça, receio que fomos abandonados.

— Sim, por mais que tenha tido ótimas aulas, minha desenvoltura não chega aos pés de Lorde Baker.

— Certamente que não, digamos que seria uma competição injusta, considerando onde e de quem receberam aulas.

— Por acaso o visconde se valeu de tratamento especial?

— Oh, sim, Daniel certamente se valeu.

Lilian não conseguiu evitar o riso que lhe escapou. Lembrava-se perfeitamente de Daniel contando-lhe como havia recebido as melhores aulas de uma condessa viúva, ele contara que a mulher o introduzira na vida, o ensinou a ser amante e homem, era engraçado como se referia a ela como a melhor professora de sua vida. Quando Lilian sugeriu que o carinho que tinha pela condessa poderia se transformar em amor, Daniel gargalhou e ficou imediatamente pálido, uma semana depois terminara o caso, deixando a mulher arrasada. Era curioso como até mesmo uma mulher experiente foi reduzida pelo seu charme.

— Lady Lilian? O que há de tão engraçado? Gostaria de rir um pouco.

— Oh, vossa graça, lembrei de algo que Dan... Que Lorde Baker me disse há um tempo. Algo sobre o charme de uma boa dança.

— Vejo que a senhorita e Baker são muito íntimos, estaria ele lhe fazendo a corte?

Lilian não aguentou, explodiu em uma gargalhada. Ironicamente ele tinha feito um corte diferente, a uma dama diferente e comprometida, Daniel, o mais convicto e cobiçado libertino de Londres reduzido a um homem apaixonado por uma jovem inocente, afinal era esse o destino de todos os canalhas ser enredado por paixões.

— Oh céus! Oh, o senhor realmente não conhece Lorde Baker. Ele morreria antes de fazer a corte. E eu morreria só para ver ele se submeter a tamanho sacrifício.

— Não acredita que o amor valeria o sacrifício?

— Se quiser ter conversas filosóficas, senhor, sugiro que sejam feitas em movimento, minha boca está seca e minha alma inquieta.

Lilian o testou, sugerindo um passeio talvez tenha pesado a mão na ousadia, mas convenhamos, o duque era tão jovem, jovem demais para nunca ter experimentado a libertinagem, jovem demais para não testar a corda bamba do decoro, a diferença entre ele e Daniel era pouco mais de um ano, 25 anos ducais e nenhuma indiscrição? Não era possível. Ela era tão jovem quanto ele, aos 22 anos Lilian já ouvia insinuações sobre o casamento e não ficar velha demais para reproduzir. Essa era a maior diferença entre eles era mulher, uma mulher metade francesa, e uma mulher que testou as águas ardentes do ostracismo inglês.

— Pois bem, deixe-me tirar a impressão de ser um velho de 100 anos no corpo de um jovem duque.

— Agradeço imensamente.

Eles se puseram a andar as margens do salão.

— Consegui aplacar sua inquietude Lady Lilian?

— Da minha alma? Certamente não, mas vossa graça ajudou.

— Chame-me de Gabriel.

— Não deveria me dar liberdades Lorde Kahn, não sou como as outras moças que fingem falso decoro para aceitá-las. Aceito-as de imediato ou recuso impositivamente.

— É uma mulher direta.

— Em geral. Mas qual foi mesmo o assunto? Algo sobre amor e sacrifício.

— Sim, sobre minha curiosidade a respeito das suas crenças.

— Certo. A verdade é que sim, eu acredito que possa haver pessoas que se amem verdadeiramente, mas o amor não deveria exigir sacrifícios, grandiosidades, ou o pior, não deveria estar sobre os trilhos da sociedade londrina. Muito pelo contrário, o amor deveria ser simples, vir fácil, se instalar sorrateiramente, deveria ser algo que te pega no susto, de repente você sabe que ama, mas isso não te tira do eixo, você não perde a consciência.

— Não acredita que em quem move terras por amor?

— Ninguém move terras por amor, vossa graça. Movem-se terras por puro interesse. Veja minha prima, desde o nascimento destinada a estar com você, como se não pudesse ter voz para os próprios sentimentos.

— Eu e sua prima teremos mais que um casamento por conveniência, eu a amo e tenho certeza de que sou retribuído.

— Eu não duvido. Não há um só fio de cabelo de falsidade em Claire. Mas, se por acaso ela se encantasse perdidamente por outro homem? Alguém simples, que não fosse um nobre, mas que a amasse em retorno, e ela se sentisse tentada a dissolver o compromisso. Aceitaria de bom grado, vossa graça?

Eles pararam de caminhar. Lilian havia chegado numa grande porta que dava para uma varanda com vista para o jardim. O príncipe do decoro atravessaria a porta? Responderia à questão? Lilian ergueu uma sobrancelha o desafiando.

— Isso jamais aconteceria. – Lilian percebeu o exato momento em que a possibilidade atingiu Gabriel. Não, ele não perderia Claire.

— Então é isso o que entende por amor? Prender e jamais soltar?

— O lugar onde meu coração está deve permanecer comigo.

— Interessante...

Lilian caminhou devagar e sinuosa até se encostar na bancada de mármore, e esperou que Gabriel tomasse lugar ao seu lado. Ela o observava ficar cada vez mais rígido.

— Não sei se no lugar de Claire me sentiria amada ou presa.

— Quem ama o bastante não se sente em uma prisão.

— Certamente temos visões diferentes sobre essa falácia. Quem ama o bastante deve deixar seu amor livre, que explore, que cresça, se for ao seu lado, meus parabéns, você tem um amor de fato. Mas se alguém prefere explorar o mundo, e nem mesmo cogita levá-lo junto, essa pessoa não o quer por perto.

— Não compreendo.

— A fidelidade vossa graça, é uma opção como bem sabe. Lordes e Ladies encontram-se em alcovas com seus amantes, mantém casos, isso não quer dizer necessariamente que não amem seus pares.

— Ora, é claro que sim!

— Não, isso significa que eles não tiveram escolha. Ser fiel independe de amar. Está mais relacionado a não ter desejo por mais ninguém. É fácil amar, difícil mesmo é perdoar, compreender e permanecer.

— O amor não deveria levar a isso?

— Não. A escolha leva a isso. A possibilidade, a total liberdade de abraçar a sua vontade.

— Então permitiria que o homem que ama mantivesse um caso?

— Se o fizesse, é porque não me ama, e se não me ama, deve ser livre para fazer o que bem entender.

— Agora entendo por que todos a chamam de progressista.

— Não é disso que todos me chamam.

— Mas é o que é. A senhorita tem ideias muito diferentes.

— A queda da Bastilha provocou ideais muito contundentes, mas isso já faz tempo.

— Liberté, égalité, fraternité – Gabriel os citou com certo incomodo.

— Não concorda? Somos livres, se exercêssemos a igualdade e fraternidade, duvido muito que passaria tanto tempo em sessões do parlamento para descobrir como empurrar os pobres o mais longe possível dos entornos de Mayfair.

— Não é isso que acontece.

— Ora vossa graça, não seja hipócrita.

Lilian se virou, e ficou de frente para a lateral do corpo de Gabriel, ele era consideravelmente mais alto, mas isso não a impediu de consertar sua postura e esticar o pescoço o suficiente para ganhar alguns centímetros ao encará-lo.

— Por acaso é defensora dos carentes?

— Sou defensora da verdade, e sim daqueles que necessitam, porque são escorraçados das vistas da nobreza, e subitamente nas festividades religiosas, toda a nobreza se recorda que existem pessoa que não podem se dar ao luxo de ter chás da tarde.

Lilian admitiria depois de um tempo que exagerou. Não deveria ter batido o braço na bancada de forma tão contundente. Nem mesmo ter jorrado tudo aquilo no duque. Gabriel voltou-se para ela, com olhos semicerrados e meio boquiaberto. Em segundos ela ouviu o tintilar de algo batendo nas grades que sustentavam o mármore, e por fim, um baque surto. Além de um ardor na mão sentia... um vazio no pulso?

— Oh céus! Minha pulseira. – Lilian se debruçou na bancada.

— Lady Lilian, por favor, vai acabar virando para o outro lado.

— Assim eu cairia exatamente onde minha pulseira caiu? Eu realmente preciso recuperá-la.

— Não irá recuperar nada a essa hora, os jardins estão sob penumbra, mal enxergará os próprios pés.

— E o que sugere?

— Que deixe... Amanhã pode fazer uma visita e perguntar se alguém achou.

— Perdoe-me pelo que irei dizer agora vossa graça, mas o senhor perdeu o juízo? Não vou confiar minha pulseira ao acaso. Se me der licença, estou descendo.

— Não devo acompanhá-la, isso seria...

— Não lembro de ter solicitado sua gloriosa companhia.

Lilian segurou a barra do vestido e pôs-se a descer os degraus. Gabriel a seguiu.

— Já não foi vista em muitos jardins com quem não deveria?

— Gabriel, você não representa perigo. Somos praticamente família. E eu preciso da minha pulseira de volta, foi herança de família. De todo modo, não estou pedindo que me acompanhe, estou comunicando que irei atrás do que me pertence.

— Lilian... Não deveria.

Tarde demais, Lilian caminhou até a parede que sustentava a balaustrada, olhou para cima tentando dimensionar o local em que estava, suspendeu as saias de como que seus joelhos encostassem na grama e começou a procurar o objeto. Estava de quatro apoios, tateando nervosamente a grama. Gabriel assistia a cena estarrecido. Meia dúzia de cachos negros haviam se soltado, o decote balançava perigosamente relvando mais do que deveria, continha-se para não deixar sua imaginação trilhar caminhos indecorosos. Resolveu que iria ajudá-la.

Abaixou-se ficando sobre os calcanhares, uma postura nada digna de um duque. Lilian emitia sons de frustração. E Gabriel olhava balançava a cabeça a todo instante, sua mente corria em duas direções, o que o decote revelaria se Lilian se movesse um pouco mais, e o que ele diria se fossem vistos naquela situação.

Estavam vasculhando a grama a poucos centímetros de distância, quando sentiu algo pontudo em sua mão. Finalmente! Quando levantou a pulseira em sua mão, Lady Lilian se aproximou, seus rostos na mesma direção. O peito de Lilian subia e descia, e ela gargalhou jogando a cabeça para trás.

— Oh céus, graças a Deus! Muito obrigada! Olhe só para nós, já agradeceu que quase não possa ver o estrago para não se arrepender tanto?

Gabriel não respondeu, não conseguiria responder àquela pergunta em mil anos. Seria possível que em anos, sentia-se tentado? Sentiu a garganta secar e seu sangue se esvair para uma área perigosa do seu corpo. Por Deus! Ela era prima de sua noiva, sua noiva Claire, a quem amava desde sempre. Toda a conversa sobre amor e liberdade tinha o deixado confuso. Mas passaria, certo?

— Kahn? Se incomodaria?

Voltando a si, ele percebeu que Lilian balançava o pulso no ar, sugerindo que ele colocasse a pulseira. Quando se inclinou para alcançar o pulso direito de Lilian, o calor de sua pele o desconcertou, desequilibrou-se e caiu sobre uma mulher que não era sua noiva, num jardim mal iluminado em uma festa da sociedade. Gabriel poderia aproveitar-se facilmente da situação. Lilian o olhava fixamente, lábios entreabertos, respiração acelerada. Ela umedeceu os lábios inferior e ele sentiu que poderia beijá-la, institivamente aproximou o rosto do dela, e sentiu o hálito quente de Lilian em seu rosto. Ela sustentou seu olhar, como se o desafiasse a tentar, a se aproximar.

Uma respiração.

Lilian sussurrou seu nome.

Kahn – Muito distante.

Gabriel? – Sim, ele estava prestes a cair em pecado. E sentia-se entusiasmado. Somente uma intervenção do próprio Deus poderia detê-lo.

Ouviu-se um assobio longe, seguido de um riso rasgado. Gabriel pôs-se de pé rapidamente puxando Lilian com ele.

— Ainda bem que fui eu a encontrá-los, imagine o escândalo se Lady Alberry os vê. Não queremos desfazer um casamento duque. Fique atento as tentações, Lilian é um perigo.

— Não há perigo, muito menos escândalo, estava ajudando Lady Lilian, minha futura prima a recuperar um item perdido.

— Sim, em breve estarão na mesma família, mas se não quer casar-se com a prima errada, sugiro que acompanhe Lady Claire em visitas escandalosas pelo jardim. Se for visto em uma posição comprometedora que seja com sua futura esposa. Não quero estar errado a respeito de sua honra Lorde Kahn.

— Não vejo motivos para dúvidas.

— Deixe de bobagens Daniel. Eu e Gabriel seremos família, como ele mesmo disse, não há com o que se preocupar.

Lilian limpou as saias, esticou a mão para pegar a pulseira das mãos de Gabriel e seguiu caminhando na direção de Daniel.

— Numa linda manhã de sábado campestre, o duque sairá da igreja com uma doce e terna mulher de belíssimos cachos loiros aos seu lado. 


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Notas finais do capítulo

Me digam qualquer coisa, até que tá péssimo, eu tô aceitando



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