Saint Seiya: O Rugido do Camaleão escrita por Anderson Luiz


Capítulo 43
O Grande Mestre




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Ikki e Shun saíram correndo da casa de Escorpião e em pouco tempo eles chegaram na casa de Sagitário. Os dois sabiam que passariam facilmente pela casa já que o seu guardião já estava morto há vários anos.

Porém, assim como os outros, ao entrarem no templo foram confrontados pela armadura de ouro de Sagitário e depois encontraram o testamento de Aiolos. Depois de renovarem seus votos e sua convicção, eles partiram para a décima casa.

 

[Entrada das Doze Casas]

— Aaaaah! A última chama está começando a se apagar… - Gritava Tatsumi desesperado.

— Desse jeito em breve a flecha irá perfurar totalmente o coração da Senhorita Saori… - Murmurou Mii desesperançosa.

— Mestre Mu, o que podemos fazer? - Questionou Kiki que observava tudo da entrada da Casa de Áries.

— Não nos resta mais nada a fazer a não ser esperar… - Respondeu Mu, com uma voz cheia de tristeza e preocupação.

— Droga! Cadê o Seiya!? - Pensou Jabu frustrado por não poder fazer nada naquela situação.

— Não percam a esperança… enquanto eu permanecer com Atena, continuarei guiando os seus cavaleiros para a vitória… porém, a esperança é o que faz um milagre florescer… - Soou a voz da Deusa Niké, pegando todos de surpresa. Eles ainda não conseguiram assimilar que o Báculo Dourado era uma deusa.

— Eu confio no Seiya e em todos os cavaleiros que estão lutando nesse momento… Portanto ainda não desistam! - Falou Saori através do seu cosmo.

— Senhorita… - Falou Mii em lágrimas enquanto segurava a mão de Saori.

— Ce-certo! Nós não vamos desistir! - Falou Tatsumi balançando sua espada de bambu tentando disfarçar a sua careta de choro.

 

[Escadaria do Salão do Grande Mestre]

— Urgh… e-eu estava inconsciente? Por quanto tempo eu dormi? - Pensou Seiya tentando se levantar, mas era em vão. - Urgh… N-não adianta… Não tenho mais forças…

Seiya levanta a cabeça, mas mal consegue enxergar o caminho que devia seguir. - Minha visão está turva… mal consigo ouvir meu coração batendo… todos os meus sentidos estão sumindo… será que eu vou morrer aqui, antes de chegar no Salão do Grande Mestre? Depois de tudo o que sacrificamos… não há mais nada que eu possa fazer?

 

[Casa de Capricórnio]

— Ikki! - Chamou Shun surpreso apontando para um meteoro que estava prestes a colidir com o templo.

— Espera Shun… aquilo é uma armadura de ouro? - Questionou Ikki enquanto eles se aproximavam.

— Acho que sim… será que é o cavaleiro de Capricórnio? Se tivermos que enfrentar um cavaleiro de ouro agora…

— Eu sei Shun… mas não podemos parar agora… vamos em frente!

Logo depois da armadura de ouro atingir o teto do templo zodiacal, os dois cavaleiros de bronze entraram no templo. Eles começaram a procurar onde estava o cavaleiro de Capricórnio e depois de alguns minutos eles o encontraram.

— Shiryu! - Gritou Shun correndo para acudir o irmão.

— Porque o Shiryu caiu do céu usando uma armadura de ouro!? - Se perguntou Ikki.

Logo depois a armadura de ouro deixou o corpo do bronzeado e assumiu a sua forma de object, ficando ao lado de Shiryu.

— Aguente firme Shiryu! - Falou Shun preocupado vendo os ferimentos do Dragão.

— Urgh… Shun? Ikki?

— Porque você estava usando a armadura de ouro? O que aconteceu com o cavaleiro de Capricórnio?

— Eu não sei direito… mas momentos antes de perder a consciência, tenho certeza que ouvir o Shura arrependendo-se de ter ficado do lado Grande Mestre… ele deve ter colocado a sua armadura em mim para salvar a minha vida… se não eu teria sido desintegrado…

— Então Shura salvou a sua vida… - Comentou Shun.

— Escute Shiryu… você ainda pretende morrer por Atena?

— Porque você está me perguntando isso?

— Se ficarmos para cuidar desses seus ferimentos existe uma chance de que você sobreviva, porém… neste momento a chama de peixes está se apagando e não há mais ninguém para lutar contra o Grande Mestre…

— Irmão… - Falou Shun triste segurando a mão de Shiryu.

— Tudo bem Shun… - Disse Shiryu soltando a mão de Shun. - Por favor, vão e salvem Atena… Prometo que enquanto houver vida em mim irei atrás de vocês, nem que eu vá me arrastando. - Falou Shiryu com um sorriso confiante no rosto.

— Shiryu… Adeus! Adeus meu irmão! - Disse Ikki se levantando e partindo.

— Você também precisa ir Shun… não permita que o Ikki lute sozinho…

Mesmo sem querer ir, Shun acena com a cabeça concordando, se levanta e vai atrás de Ikki.

— Eu estou contando com vocês… - Falou Shiryu ficando inconsciente logo em seguida.

 

[Star Hill]

— O que devemos fazer agora? - Questionou Jamian.

— Eu não sei… Aquele cosmo que perseguia-mos antes explodiu e desapareceu perto das doze casas…

— Isso quer dizer que ou ele foi derrotado ou se ocultou…

— É possível, mas pela energia cósmica que o intruso emanou não acho que os soldados seriam capazes de enfrentá-lo, muito menos vencê-lo. - Respondeu Igazen.

— Ainda existe a possibilidade que um cavaleiro de ouro tenha dado cabo dele…

— Sim, isso também é possível, mas é menos provável na situação atual.

— Bem, então nesse caso precisamos contar para alguém o que descobrimos.

— Acho que devíamos voltar a casa de Áries e contar para todo mundo o que vimos aqui.

— Érrr. Então é melhor irmos logo… - Falou Jamian apontando para o Relógio de Fogo.

 

[Casa de Aquário]

— A casa de Aquário está toda congelada… será que isso foi resultado da batalha do contra o cavaleiro de Aquá… Hyoga! - Gritou Shun que correu na direção do Cisne quando o viu no chão.

— Shun.. é você? - Perguntou Hyoga recobrando a consciência. - Fico feliz que você esteja bem…

— Hyoga… seus ferimentos… mas nós não temos tempo de…

— Ikki? - Falou Hyoga interrompendo Ikki. - Isso quer dizer que a batalha ainda não acabou, não é? Então o que estão fazendo aqui? Apressem-se, não se preocupem comigo.

— Hyoga, antes eu costumava amaldiçoar o meu destino, mas hoje eu sou grato por ele… mesmo que diante do universo a minha vida não valha nada… eu sinto que fui abençoado por ter vocês como irmãos de sangue e de armas…

— Eu também me sinto da mesma forma… tivemos sorte de lutar ao lado dos nossos irmãos… talvez só possamos nos encontrar novamente no outro mundo, heh.

— Eu torço para que possamos nos encontrar mais uma vez antes disso… Adeus meu irmão… - Disse Ikki indo embora.

— E Shun… obrigado por ter salvado a minha vida… Mas agora você precisa ir… precisa salvar Atena… Juro que seguirei vocês assim que possível… - Disse Hyoga.

Mesmo com os olhos inundados de lágrimas, Shun concordou acenando com a cabeça e foi atrás de Ikki.

— Eu conto com você… - Sussurrou Hyoga apagando em seguida.

Shun e Ikki finalmente chegam na casa de Peixes e lá encontram June, que estava à beira da morte, assim como todos os outros bronzeados.

— June! - Gritou Shun correndo para ajudá-la. - June… June, por favor… Acorde…

— Urgh… Shun… Estou fe-feliz que esteja vivo… - Sussurrou a amazona com os olhos marejados.

— June… - Falou Shun abraçando a amazona com força, como se nunca mais fosse a soltar. - Precisamos cuidar desses ferimentos!

— Nã-não... Vo-vocês precisam ir ajudar o Seiya, ele está em perigo! Tenham cu-cuidado com as rosas… elas… são venenosas… - Sussurrou novamente June quase sem forças.

— Não fale, poupe suas energias…

— Ikki… q-quem bom… assim o Shun não ficará sozinho… - Falou ela com um sorriso no rosto. - Shun, estou or-ogulhosa de você, assim como o mestre Daidalos também deve estar… Ma-mas agora vocês precisam ir… Sal-salvem… Atena…

Shun reluta, mas acaba aceitando a vontade da amazona e se despede de June. Ikki e Shun avançam e finalmente atravessam a casa de Peixes. Depois de atravessarem o último templo zodiacal, eles se deparam com a escadaria que levava ao Salão do Grande Mestre coberto por rosas.

— A June mencionou que era pra termos cuidado com as rosas… elas são venenosas…

— Eu sei… mas não temos tempo… vamos ter que atravessar assim mesmo…

— Esperem! Isso é suicido! - Disse uma voz feminina.

— Quem está aí?! - Questionou Ikki.

— O cavaleiro de Peixes usava técnicas com Rosas… e o caminho para o Grande Mestre está coberto por Rosas… Nem mesmo o Seiya conseguiu passar. - Disse uma amazona surgindo das sombras e apontando para o corpo do bronzeado mais a frente.

— Seiya! - Gritou Shun avançando e adentrando impulsivamente no mar de rosas.

— Pare! - Falou Marin lançando um Meteoro contra Shun, que esquivou facilmente.

— Espera… isso foi um Meteoro? - Questionou Ikki. - Quem é você, afinal?

— Marin de Águia… - Respondeu ela pulando no meio das rosas e indo na direção do Seiya.

— Marin de Águia? A mestra do Seiya? - Questionou Shun surpreso.

— Eu percebi que havia algo errado com essas rosas, talvez estejam envenenadas… mas quando estava me preparando para pular no meio das rosas para salvar o Seiya, eu notei que vocês estavam se aproximando… - A amazona de prata pegou e levantou o Seiya, então foi andando até os cavaleiros de bronze.

— Urgh… parece que tem alguém me carregando… Quem pode ser? Está sensação é tão familiar… me lembra a minha irmã… até mesmo o cheiro é o mesmo… - Pensou Seiya enquanto era carregado por Marin.

— Me escutem! Tenho uma mensagem importante para vocês… O atual Grande Mestre não é o verdadeiro Mestre do Santuário…

— O quê? Do que você está falando? - Perguntou Ikki surpreso.

Mas Marin desaba próximo deles. Shun avança e os tira do meio das rosas, e mesmo tendo todo cuidado pra não tocar nas rosas ele fica meio tonto.

— Ikki… só de chegar perto eu fiquei tonto… essas rosas são realmente perigosas.

— Se o que ela disse foi verdade, precisamos correr… - Disse Ikki elevando o seu cosmo… - Então irei eliminar todas essas as rosas de uma só vez! Ave Fênix!

O golpe de Ikki avançou queimando e destruindo todas as rosas no meio do caminho, liberando a passagem para o Salão do Grande Mestre.

— E agora o que faremos Ikki? Não podemos deixar o Seiya assim…

— Shun, nós não sabemos com que tipo de veneno o Seiya foi contaminado… se ficarmos aqui tentando descobrir como salvá-lo não poderemos salvar Atena… Sinto muito Shun, mas precisamos ir em frente…

— Mas Ikki… nós estamos deixando nossos irmãos à mercê da sorte… eles não vão conseguir sobreviver desse jeito…

— Escute Shun… você acha mesmo que eles vão te perdoar se você abandonar Atena para salvá-los? - Falou Ikki virando as costas para Shun. - Pense bem irmão… depois de tudo o que eles sacrificaram nessa batalha você acha mesmo que eles escolheriam salvar a própria vida ao invés da de Atena?

— Não… - Respondeu Shun com um tremendo pesar em sua voz.

— Então herde a convicção e a determinação deles e lute… vamos lutar até o fim… - Falou Ikki avançando pela escadaria.

Shun olhou ainda relutante para Seiya, mas ele sabia o que deveria fazer, se ele ficasse ali o Seiya nunca o perdoaria, assim como outros. Então seguiu Ikki até o Salão do Grande Mestre.

— Seiya… Marin… O que diabos aconteceu com vocês? - Se perguntou Shina que tinha acabado de chegar e só viu alguém subindo as escadarias para o Salão do Grande Mestre.

Shina se aproximou de Seiya e o analisou, o coração do bronzeado estava batendo mais devagar a cada minuto, ele estava morrendo.

— Não! Não permitir que você morra agora, vamos Seiya, desperte! - Gritou Shina colocando as duas mãos no tórax de Seiya e liberando uma descarga elétrica imitando um desfibrilador.

 

[Salão do Grande Mestre]

— Então esse é o salão do Grande Mestre!? - Questionou Ikki diante de um grande portão.

— Vamos entrar Ikki. - Respondeu Shun tentando abri-lo.

— O que houve Shun?

— Eu não estou conseguindo... ele é muito pesado... parece que tem alguma coisa exercendo uma pressão enorme sobre ele.

— Deixe comigo... - Falou Ikki tentando em vão abrir o portão. - Não é possível... esse portão é muito pesado... como alguém conseguiria abri-lo?

— Olá jovens cavaleiros de bronze... eu estou impressionado que tenham conseguido chegar tão longe...

— Essa voz... ela está vindo de dentro do salão... isso quer dizer que o Grande Mestre está nos esperando. - Comento Shun.

— Permitam-me liberar a entrada de vocês.

De repente toda aquela pressão que envolvia o grande portão desapareceu. Ikki e Shun estenderam as mãos e facilmente conseguiram abrir o portão e adentraram no salão.

Enquanto isso Shina teve que liberar descargas elétricas várias vezes, até que finalmente Seiya acordou.

— Seika!! - Gritou Seiya ao despertar. - Urgh… O que houve, porque o meu peito está doendo tanto?

— Que bom que você despertou Seiya… - Falou Shina arfando muito, ela deu alguns passos para o lado e encostou-se em um rochedo.

— Ahh! Shina foi você que me salvou? - Perguntou Seiya olhando para a escadaria que agora estava sem nenhuma rosa.

— Não… eu só dei uma ajudinha. - Disse ela mostrando a mão envolta em correntes elétricas. - Quando eu cheguei aqui só estavam vocês dois, mas vi alguém subindo para o Salão do Grande Mestre.

— Vocês dois? - Questionou Seiya olhando para os lados quando finalmente vê sua mestra ainda inconsciente. - Marin!?

Seiya foi até a sua mestra. - Mas como? O que houve aqui? Porque ela está toda machucada?

— Como eu lhe disse antes, eu acabei de chegar, não sei o que aconteceu. - Respondeu a prateada ainda tentando recuperar o fôlego.

Então Seiya se lembrou daquela sensação de que sua irmã estava o ajudando. - Shina… me diga… você sabe qual a verdadeira identidade da Marin? - Perguntou ele enquanto ia na direção da sua mestra.

— Quê? Por que isso agora?

— Asterion de Cães de Caça me disse que a Marin era a minha irmã… isso é verdade?

— Do que você está falan… - Nesse momento a Shina se lembrou de algo. - Anos atrás, poucos anos depois que você chegou no Santuário, as pessoas começaram a comentar que você e a Marin poderiam ser irmãos, pois ambos eram japoneses, e procuravam por alguém. Você por uma irmã e ela pelo irmão…

— Eu não sabia disso… porque… porque ninguém me contou!? - Indagou o bronzeado completamente confuso.

— A própria Marin fez questão de desmentir isso na época e pediu pra que parassem com esse boato, pois se você descobrisse poderia se iludir e isso iria atrapalhar seu treinamento.

— Então… ela não é minha irmã? - Perguntou Seiya frustrado.

— Eu não sei Seiya… A Marin sempre foi muito reservada e bem… nós não somos as melhores amigas…

— Mas e se… e se eu puder ver o rosto dela? Assim vou poder saber se ela é realmente a minha irmã… - Sussurrou Seiya estendendo a sua mão trêmula na direção do rosto da Marin. - Urgh! Nã-não posso fazer isso! Sinto como se estivesse cometendo um pecado terrível…

— Isso mesmo Seiya… e você não gostaria de ser morto pela Marin por ter visto o rosto dela dessa forma, não é mesmo?

— Sim, você está certa. Agora preciso me apressar e derrotar o Grande Mestre e salvar Atena!

— Muito bem dito! Quando esta batalha terminar, talvez ela mostre o rosto para você… por isso não ouse morrer Seiya! Agora vá e deixe ela comigo.

— Shina, obrigado. - Respondeu Seiya que partiu seguindo para o São do Grande Mestre.

 


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo pronto, espero que gostem das mudanças que ocorreram aqui, diferente do clássico que vai enfrentar primeiro o grande mestre é o Ikki e o Shun, o Pangaré chegará depois.


Agradeço aos leitores que aqui chegaram e até o próximo capítulo ^^



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