Saint Seiya: O Rugido do Camaleão escrita por Anderson Luiz


Capítulo 35
A Bravura do Cisne




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[Em algum lugar do Santuário]

— Dois cosmo estavam se chocando a noroeste daqui… são cosmos familiares… mais uma vez cavaleiros estão se enfrentando, arriscando a vida por uma farsa! - Pensou Igazen fechando o punho com força. - Tsc… Eu queria poder intervir nessa batalha, mas eu tive a ligeira impressão de sentir outro cosmo nesta área… temo que mais mais um invasores tenha vindo para o Santuário.

Enquanto Igazen pensava ele sente novamente a movimentação de cosmo naquela área e por ela estar mais próximo decide avançar e procurar pelo invasor.

Depois de algum tempo ele finalmente consegue localizar a área onde o invasor estava se escondendo.

— Eu sei que tem alguém aqui! - Gritou Igazen. - Vamos, revele-se logo!

— Tsc… então você me encontrou? E agora o que vai acontecer? - Disse um cavaleiro saltando das sombras e pousando diante de Igazen com enormes asas de prata.

— Essa armadura... essas asas… Você é o Cavaleiro de Prata de Corvo, não é?

— Exatamente! Eu sou Jamian de Corvo! - Disse o prateado e em seguida suas asas começaram a se dobrar diminuindo de tamanho.

— O cavaleiro de Corvo foi dado como morto, assim como os demais cavaleiros de prata que foram enviados para o Japão, já que seu corpo nunca foi encontrado.

— Quanta audácia achar que eu, o poderoso Jamian de Corvo, seria vencido por um mero cavaleiro de bronze! Não me faça rir! - Falou Jamian irritado apoiando o pé em uma pedra e apontando o dedo para Igazen.

— Mas porque você só voltou agora pro Santuário? E porque está se escondendo nas sombras?

— Tsc… precisei de uns dias pra me recuperar e consertar a minha armadura… tudo culpa daquele maldito Fênix… - Jamian então respirou fundo e sua fisonomia mudou, ficando completamente séria. - Depois do meu encontro com a Saori Kido e os cavaleiros de bronze no Japão, minhas dúvidas sobre o Grande Mestre começaram a crescer.

— Então você também tem dúvidas em relação ao Grande Mestre… - Murmurou Igazen.

— Por isso eu voltei pro Santuário... porque eu quero ver a verdade com os meus próprios olhos… E não vou permitir que ninguém fique no meu caminho! - Jamian levou os dedos aos lábios, respirou fundo e soltou um alto e vibrante assobio.

Por alguns instantes nada aconteceu.

— Mas o que você está fazen… espera… eu ouvir dizer que o Cavaleiro de Corvo tinha habilidade de controlar Corvos…

Nesse momento uma nuvem negra surgiu no céu e centenas de grasnados tomaram conta daquele lugar.

Uma lágrima escorreu pelo canto do olho do prateado. - Meus queridos amigos… por um momento eu pensei que vocês tinham me abandonado. - Pensou Jamian emocionado.

 

[Casa de Escorpião]

— Não adianta insistir! Não está vendo que seus ataques não surtem efeito contra mim!? - Disse Milo bloqueando sem qualquer esforço o golpe de Hyoga. - Idiota! Você ainda não entendeu os sentimentos de Camus?

— O quê!? - Falou Hyoga com dificuldades, já que aos poucos estava perdendo os sentidos por causa da hemorragia causada pelas picadas do escorpião.

— Camus o confrontou na casa de libra com o intuito de instigá-lo a despertar o sétimo sentido, mas como você falhou ele o selou no caixão de gelo como último recurso, pensando em poupar a sua vida.  Você ficaria num estado de semi-morte e se fosse forte o suficiente talvez pudesse reviver algum tempo depois do fim deste conflito. Foi assim que Camus planejou poupá-lo, ele não queria perder mais um pupilo.

— Mestre Camus… então o senhor… - Pensou Hyoga surpreso, em seguida ele começou a se lembrar do dia em que conheceu Camus, quando o dourado foi visitar o seu pupilo, Cristal.

Ele lembra de Camus o repreendendo por ele querer se tornar cavaleiro apenas para poder tirar a sua mãe das águas gélidas da Sibéria. Ele também lembra do Camus dizendo que não importava a força do inimigo, devia-se manter a calma durante a batalha e que para Hyoga se tornar um cavaleiro de verdade ele deveria ser tão forte e frio quanto as Geleiras Eternas, pois elas suportam o poder do sol há milhares de anos e nunca derreteram.

 

[Início da Escadaria da Casa de Sagitário]

— Que estranho… - Comentou Seiya.

— O que foi Seiya? - Perguntou Shiryu.

— O espaço entre Escorpião e Sagitário é maior do que entre as outras casas… - Respondeu.

— Também percebi, facilmente aqui caberia mais uma casa zodiacal, se houvesse mais uma. - Comentou Shiryu.

Nesse momento June também ia comentar sobre isso, porém houve uma explosão de cosmo vindo da casa de escorpião e ela parou de correr. - Isso foi o Hyoga!?

Shiryu e Seiya também pararam de correr e viraram na direção da oitava casa.

— Droga! Será que o Hyoga vai ficar bem!? - Perguntou o Seiya.

— Eu não tenho dúvidas! Sei que o Hyoga está dando o máximo de si nessa luta! - Respondeu June virando para os dois.

— Isso mesmo! - Falou Shiryu. - Vamos confiar no Hyoga! Agora vamos seguir em frente, a casa de Sagitário está logo ali.

 

[Entrada das Doze Casas]

— Droga! A chama da casa de Escorpião está prestes a se apagar! - Gritou Tatsumi desesperado.

— Restam menos de quatro horas… - Pensou Mii preocupada, enquanto estava de joelhos ao lado de Saori e fazia um afago em seu rosto. - Calma Tatsumi… Precisamos ter fé… Eles já devem ter chegado em Sagitário. - Falou Mii, tentando esconder sua apreensão, mas era completamente em vão, a tensão em sua voz era perceptível.

— Eu sei! Eu sei! - Respondeu Tatsumi, entretanto ele não parecia acreditar muito naquilo que tinha acabado de falar.

Nachi se aproxima de Tatsumi e pergunta o que ele tinha mandado o Ban fazer no avião e o Tatsumi responde que ele foi pegar algo importante. Minutos depois Ban aparece carregando a urna da armadura de ouro de Sagitário.

— O quê?! A senhorita Atena trouxe a urna do Japão pra cá? Porquê? - Perguntou Jabu espantado por ver a urna depois de tanto tempo.

Os outros cavaleiros de bronze se aproximaram.

— Se vocês a trouxeram porque não entregaram a um deles? Ela seria útil na batalha contra os cavaleiros de ouro! - Falou Geki.

— Não fale besteira! Nós não a trouxemos para usá-la em batalha! Aliás, nenhum de vocês se provou digno de usá-la, então provavelmente ela seria inútil. - Respondeu Tatsumi.

— Então porque você mandou o Ban buscá-la? - Questionou Jabu.

— Porque está na hora de devolvê-la ao verdadeiro dono. - Respondeu uma voz dentro da cabeça de todo mundo.

O Báculo de Atena começa a brilhar e a urna da armadura parece responder, então ela se abre e a armadura de Sagitário sai voando em direção às doze casas. Todos ficaram confusos com o que tinha acabado de acontecer.

— De quem é essa voz na minha cabeça?! - Gritou Ichi arregalando os olhos e colocando as mãos na cabeça.

— Provavelmente da Deusa Nike. - Respondeu Mii ficando de pé.

— Deusa Nike? - Indagou Ban.

— Sim, ela é a deusa da vitória. Segundo o que sabemos, ela e seus irmãos faziam parte do séquito de Zeus e lutaram ao lado dele e dos outros deuses na Titanomaquia na era mitológica. Depois, antes de desaparecer e deixar Atena como deusa patrona da humanidade, Zeus lhe entregou Nike. Desde então, ela permanece ao lado de Atena protegendo a humanidade. - Disse Mii apontando para o Báculo de Atena.

— Você só pode estar de brincadeira… - Falou Geki incrédulo.

— Ela está falando a verdade. Durante anos a Fundação Graad pesquisou sobre a Deusa Nike tentando descobrir o seu paradeiro, quando na verdade ela sempre esteve ao lado da Senhorita. - Respondeu Tatsumi.

— Então, se ela é uma deusa porque não vai enfrentar os cavaleiros de ouro e o Grande Mestre? - Questionou Ban.

— Mesmo estando ligada a deusa da guerra, Nike não é uma deusa combativa. Além do mais, segundo as pesquisas da Fundação Graad e as informações que obtive durante o meu breve treinamento de Saintia, em algum momento da era mitológica ela abandonou a sua forma original e assumiu outra forma para permanecer sempre ao lado de Atena, agora sabemos qual foi. - Respondeu Mii.

— Então ela é inútil… - Comentou Nachi.

— De forma alguma! - Rebateu Mii. - Neste exato momento a Deusa Nike está guiando os cavaleiros de bronze para a vitória, precisamos ter fé em Seiya e nos outros cavaleiros.

 

[Casa de Escorpião]

— Enquanto eu atingia o Hyoga com a Antares o último Pó de Diamante que ele lançou acertou os meus quinze pontos vitais… - Pensou Milo assustado. - Urgh… o ar congelante dele conseguiu até mesmo congelar e paralisar a minha armadura de ouro.

Milo se aproxima do corpo de Hyoga que estava caído no chão em cima de uma poça de sangue que aumentava rapidamente, por causa da Antares o sangue jorrava do corpo do bronzeado.

— Se eu não tivesse usando a minha armadura de ouro… teria sido vencido completamente. Eu posso ter vencido a batalha contra a morte… mas perdi a luta… no último instante Hyoga conseguiu elevar o seu cosmo mais do que eu…

Nesse momento Hyoga começa a se mover. - Não é possível… mesmo inconsciente ele tenta seguir em frente!? Porque você quer tanto avançar? O que o move assim, Hyoga? Será por seus amigos? Será por seu mestre Camus? Ou será para derrotar o Grande Mestre? Mas acho que isso não importa mais… sua força vital está se esvaindo igual ao seu sangue… Por causa dos ferimentos da minha Agulha Escarlate só lhe restam poucos instantes de vida… Porém ainda assim você insiste em avançar desesperadamente para concluir a sua missão, abrindo mão da sua própria vida… Esses cavaleiros de bronze estão lutando por essa tal Saori Kido arriscando tudo… O Grande Mestre disse que ela queria usurpar o lugar de Atena, mas será verdade mesmo? Ou será que ela é…

Milo arregalou os olhos e tomou uma decisão. Ele se abaixou, ficou de joelhos e pegou Hyoga nos braços, em seguida ele acertou o peito de Hyoga com seu dedo indicador, na hora o peitoral da armadura de bronze trincou no local onde o cavaleiro de escorpião tocou. Momentos depois o sangramento do Cisne começa a estancar e minutos depois ele recobra a consciência.

— Urgh…

— Hyoga, o sangramento está estancando, em breve você deve recuperar os seus sentidos. Eu acertei o seu ponto vital central para deter a hemorragia. Pode me ouvir Hyoga?

— Si-im… Ma-mas porque você fez isso?

— Hehe… você plantou uma dúvida em mim… agora quero ver até onde, vocês cavaleiros de bronze, irão chegar e como esta batalha vai terminar.

— Obrigado Milo.

— Não precisa me agradecer. Você provou ser um verdadeiro cavaleiro, como poderia deixar um companheiro morrer assim? - Falou Milo com um sorriso de canto de boca.

— Hunff… Entendi. - Respondeu Hyoga com um sorriso. Ele se levantou e olhou ao redor, como se procurasse por alguém. - Shun…

Hyoga andou lentamente até o seu irmão e quando se preparava para pegá-lo nos braços, Milo interferiu. - O que pensa que está fazendo?

— Eu prometi que o Shun iria chegar até o Grande Mestre, mesmo que eu tivesse que o carregar até lá.

— Deixe-o comigo. Ele deve ainda deve estar vagando pela entrada do mundo dos mortos e você também não está em condições melhores, eu prometo que vou cuidar dele até que ele retorne. Você tem a minha palavra de cavaleiro.

— Então Milo, eu vou lhe confiar o Shun. Quando ele despertar, peça que ele siga em frente e nos alcance.

— Tudo bem. Mas você sabe o que lhe aguarda depois de Sagitário não é?

— Mestre Camus… - Pensou Hyoga preocupado. - Sim, mas eu estou preparado pra dar tudo de mim.

— Então vá! Cumpra a sua missão!

Hyoga acenou com a cabeça e seguiu para fora da casa de escorpião.

Enquanto Milo observava o bronzeado cruzar a sua casa, ele murmura. - Talvez essa seja a batalha mais difícil da sua vida… mas se lutar com o mesmo empenho que lutou contra mim, assim como eu, Camus também irá lhe reconhecer como um verdadeiro cavaleiro.

 

[Casa de Sagitário]

— Finalmente estamos chegando em Sagitário! A casa de Aioros! - Falou Seiya olhando para os amigos.

De repente uma estrela candente aparece cruzando o céu sobre as cabeças dos bronzeados e entra na casa de Sagitário.

— O que foi isso? - Questionou Shiryu surpreso.

— Vamos descobrir! - Falou June e os três avançaram para o nono templo zodiacal.

Os três ficam parados na entrada da casa de Sagitário.

— Antes a casa parecia vazia, por isso achei que seria fácil atravessá-la, mas agora… posso sentir um poderoso cosmo emanando de dentro dela.

— A mesma coisa aconteceu na casa de Libra… - Falou June que na sequência ficou espantada. - Esperem… Será que aquilo foi armadura de Sagitário?

— Você acha aquela estrela cadente foi a armadura de Sagitário? Igual o que aconteceu com a armadura de Libra? - Perguntou Seiya surpreso.

— Bem… De todo jeito não podemos ficar aqui parados, não é? Precisamos avançar e chegar logo na casa de Capricórnio. - Falou Shiryu.

June e Seiya acenam com a cabeça e em seguida os três entram na casa de Sagitário.

Depois de caminharem um pouco eles se deparam com a armadura de Sagitário no meio da casa zodiacal.

— Então aquela estrela cadente que vimos, era mesmo a armadura de ouro. - Comentou Seiya.

— Mas porque ela está aqui? - Perguntou Shiryu.

Os três começam a avançar na direção da armadura de ouro quando de repente a armadura começou a mover-se e apontar o sua flecha na direção deles.

A armadura de ouro disparou a sua flecha dourada contra os três.

Shiryu e June saltaram para desviar, mas Seiya ficou sem reação.

— Seiya! - Gritaram Shiryu e June.

 


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo pronto. Dessa vez demorou, estive doente e ainda estou me recuperando, espero que gostem.

O grande Jamian retorna para o Santuário! Todos pensavam que ele tinha perecido para o poderoso Ikki, mas parece que este Corvo ainda vai brilhar. Provavelmente vou usá-lo pós 12 casas, novos personagens e personagens obscuros estão previstos para estrear, fiquem atentos.

Talvez Marin ainda tenha mais um capítulo, onde ela vai chegar ao topo de Star Hill e talvez mais uma batalha até que ela chegue na casa de peixes.

Agradeço aos leitores que aqui chegaram e até o próximo capítulo ^^



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