Prelúdio para o Amor escrita por G_Namo


Capítulo 16
capitolo sedicesimo


Notas iniciais do capítulo

capítulo mais recente de todos, escrito 12/12/10.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/79853/chapter/16

- CAPITOLO SEDICESIMO -

A campainha tocou e ele olhou para o relógio... Estranho, normalmente há essa hora ninguém aparecia por aqui. Sem nenhum pensamento em particular ele foi até a porta e sem olhar no olho mágico a abriu, segundos depois a fechando.

- Shino! Não fecha a porta! – a porta impedida de ser fechada por um braço que desesperadamente se manifestava, teve a imagem mental de um polvo.

- O que você quer Naruto?

- Eu só quero conversar...

- Você nunca quer conversar, eu não tenho dinheiro nem comida, vá atrás do Chouji – podia sentir sua paciência diminuindo.

- Abre a porta! Meu braço ta doendo! – o fato de o homem estar gritando no corredor não estava ajudando muito, era tudo uma grande inconveniência e, Shino odiava causar inconveniências, derrotado ele abriu a porta. O loiro entrou triunfante e com uma expressão que ele julgou retardada, mas era sua expressão típica também.

- Shino...!

Shino foi até a cozinha ignorando o outro que o seguia falando seu nome.

- Shino! Shino! Shino!

- O QUE É?

- A Ino-chan disse que me ama também! – Naruto abraçava sua almofada, ele teria que lavá-la agora...

- Eu mereço... – suspirou.

xx

Gaara estava começando a pensar que isso tudo estava virando uma grande irritação, e uma piada por parte.

Hinata estava evitando ele, isso era fato, fato que o estava irritando. E um Gaara irritado nunca era bom.

Ele quase não a via mais, e quando a via ela sempre estava com pressa.

- Hinata... – cumprimentou quando estava saindo de casa e ela chegando.

- G-G-Gaara!

- Hn... Eu tava saindo pra tomar um café, você quer vir...?

- A-A-Ah! Obrigada m-m-mas eu estou com p-pressa! – sem nem dar tempo de responder ela entrou e fechou a porta de sua casa.

-...

Não só isso... Ele se perguntava também o que tinha acontecido com Tora, o gato era sempre conveniente para seu lado, já que sempre trazia Hinata para seu apartamento, onde estava o maldito gato?

Apertando o cenho em frustração ele suspirou, e quase riu, que ridículo, dependendo de um gato...

Pouco sabia que Hinata agora checava pelo menos três vezes todas as janelas e portas para ter certeza de que estavam trancadas antes de sair de casa.

xx

- Ta com você? – perguntou o ruivo.

- Ta sim, aqui dentro ó! – o loiro respondeu e mostrou uma sacola, sorrisos malignos tomando conta de suas faces.

- CHUCK TERÁ SUA VINGANÇA! – um deles gritou.

- A VINGANÇA DE CHUCK, PLANO DOIS! – o outro respondeu e juntos riram.

- Shh! Alguém pode ouvir...

- Verdade...

- Ei Sasori, você acha que vai funcionar mesmo? – Naruto perguntou meio incerto, já havia sido um desafio pegar a cabeça do boneco de volta quando Gaara deixou o apartamento, mas ter que arriscar tudo de novo.

- Vai – ele respondeu curto e confiante. Mas era tudo o que o outro precisava.

- É! Vai mesmo, e a gente vai fazer o Gaara gritar que nem uma menininha! Ele vai ver, quem mandou estragar nosso plano! – sua expressão caiu por um segundo – como é que a gente vai fazer mesmo?

Sasori suspirou.

- Me segue – os dois marcharam em direção ao apartamento oposto do de Gaara.

- Hinata? Mas você acha que ela vai ajudar?

- Ela nem vai saber, não está em casa.

- Mas isso é tipo, fazer que nem ladrão! Como é mesmo a palavra...?

- Intrusos.

- Isso! Nós vamos ser intrusos!

- Não se ela não souber – Sasori tirou de seu kit um objeto pontudo e abriu a porta da casa da menina, logo apareceu um cachorro e um gato, preparado para isso Sasori jogou os biscoitos e os animais se foram, Naruto o olhou com admiração – você vem ou não?

Juntos foram até a varanda, pularam para a outra que ficava ao lado, o escritório de Gaara, perfeito. Passaram fita adesiva extra forte e colaram a cabeça do boneco contra o vidro, portanto quando Gaara estivesse relaxado e fosse abrir sua cortina seria presenteado com a cabeça de CHUCK! O plano era infalível e perfeito. Só faltava agora,

- Cadê a câmera?

- Aqui ó! Eu trouxe! – e colocou uma mini câmera escondida, os dois deixando a cena logo depois.

xx

- Tenten! – ouvindo seu nome a menina saiu correndo em direção a porta. Sabia quem era só pela voz.

- Oi! – respondeu abrindo um sorriso para seu vizinho, convidando-o para entrar.

- Então... Hm... Eles abriram um pub novo no centro da cidade e eu recebi dois convites... Queria saber se você não ia gostar de me acompanhar...? – a menina sorriu mais ainda, e no mesmo instante.

- Claro, sem problema, você vai dirigindo?

- Vou, venho te chamar pra gente ir às oito e meia, pode ser?

- Ok!

Ele fechou a porta e ela, como uma adolescente abobada saiu correndo em direção ao seu armário, empurrou todas as roupas pro lado e sorriu orgulhosa.

- AHÁ! Sabia que um dia eu ia precisar disso! – disse pegando um cabide que tinha um vestido verde escuro pendurado – diga olá para uma mulher!

xx

- SPA Konoha, Tatani falando, como posso ajudá-lo?

- Boa tarde, meu nome é Uchiha Sasuke e eu gostaria de me hospedar com vocês para o fim de semana.

A mulher perguntou seu telefone e ele passou.

- Ah sim... Uchiha-san, temos seu registro aqui, o senhor gostaria de fazer algum pedido ou reserva especial?

- Na verdade... Gostaria que todos os meus tratamentos fossem supervisionados e feitos pela fisioterapeuta Shizune.

- Certo, mais alguma coisa?

- Quero reservar a suíte principal também. Só isso.

- S-Sim! Muito obrigada por escolher nosso SPA Uchiha-san! Tenha um ótimo dia!

Sasuke sorriu ao desligar o telefone.

xx

Em seu vestidinho verde escuro de mangas compridas e as costas de fora em um decote oval e um par de sapatilhas pretas Tenten abriu a porta de seu apartamento e escondeu um sorriso bobo quando viu a expressão de Kankuro.

- Vamos indo...? – ela perguntou meio sem graça. Esperando alguns segundos pela resposta dele.

- Sim.

O caminho até o pub foi agradável, ou pelo menos ela pensou assim, sem notar os olhares incontroláveis de Kankuro pelo retrovisor do carro. Afinal de contas, ele era muito bom em distrair mulheres com conversas. Como ele desejava o seu eu em completo estado de paz sexual de volta.

O pub era muito legal, pensou ela, tinha saído do país algumas vezes e uma de suas viagens tinha sido para a Irlanda, e a impressão que eles fizeram dos pubs irlandeses na cidade de Sapporo foi muito bem bolada. A atmosfera era a mesma, com tons avermelhados e marrons, luz amarelada, a única coisa que mudava era que invés de ruivos em massa aqui parecia mais em casa, pelo menos pra ela.

A musica era muito boa também, eles deram risada quando ambos reconheceram o som do The Radiators From Space, o que os levou para a pista. Tenten nunca foi idiota, sabia que com eles bebendo e dançando algo viria a acontecer, e quando aconteceu ela não reclamou, o beijou com a mesma intensidade, não teria vindo até aqui se não fosse por uma pequena segunda intenção de sua parte. Mas o que ela não esperava era a audácia que veio depois. Quem esse cara pensava que era pra colocar suas mãos naqueles lugares?

- Seu imbecil! Você ta achando que eu sou quem? – gritou ela em meio a música, dando um empurrão em Kankuro, encarando-o por uns dois segundos e indo embora em seguida. Ele, um pouco embriagado e com o grupo de pessoas que entrou em sua linha de visão, se viu preso sem saber por onde sair.

A noite estava morna, mas ela sentiu frio mesmo assim ao sair do pub, havia se esquentado demais enquanto dançava e a bebida também ajudara no aumento de sua temperatura corporal, a brisa da noite, portanto, tendo impacto maior e ao mesmo tempo refrescante. Andando sem rumo e num passo apressado ela sacou o telefone da bolsa.

Tenten? – perguntou a voz do outro lado da linha.

- Lee! Você ta aonde? – seu tom de voz saindo um pouco mais desesperado do que ela pretendia.

To perto do centro, por quê? Aconteceu alguma coisa? Tenten? Você está bem?

Tenten? Ela esta bem Lee? Aconteceu alguma coisa...? – já começara a se arrepender do tom usado, podia imaginar Gai tentando arrancar o telefone da mão de Lee. Suspirando interrompeu.

- LEE! – chamou atenção, quando do outro lado da linha ele se calou, ela continuou – eu estou bem, só preciso de uma carona, tem como você me buscar na frente do... – olhou em volta e reconheceu a enorme construção que era o shopping – no shopping que fica perto do parque?

Para já colega Tenten! – e em menos de sete minutos ele e Gai chegaram, em seu pequeno carrinho, abrindo espaço para ela sentar atrás junto com as caixas de cerveja, pouco tempo depois se arrependeram de ter dado carona, pois os quinze minutos do percurso inteiro escutaram a menina reclamar de uma informação cortada em pedacinhos e ambos ficaram assustados demais para perguntar a razão de tanta raiva.

xx

Gaara estava irritado. Ela não estava nem um pouco contente.

Ao que diz respeito a sua situação atual com sua vizinha.

Movido por sua irritação ele marchou em direção ao corredor, parou alguns instantes na frente da porta, escutou movimento dentro da casa, ela estava levemente repreendendo algum de seus animais, ele teria sorrido se não estivesse tão irritado, decidido tocou a campainha e esperou.

Nada.

Ainda nada.

Tocou mais e mais uma vez e nada. Bateu na porta e nada também.

Puto da vida ele foi em direção ao seu apartamento novamente, atravessou sua sala em passos gigantes e entrou no seu escritório, com um sorriso cínico em seu rosto ele pensou, se ela achava que isso era o suficiente para evitá-lo estava muito, mas muito enganada, abriu a cortina de seu escritório.

...

O ruído do silêncio o acordou de seu transe, seus olhos focando no que é concreto mais uma vez, uma cabeça estava colada com duréx na sua janela. Ele literalmente viu vermelho quando escancarou a porta que dava para a varanda, tava todo mundo achando que podia fazer o que quisesse com ele, é mesmo? Certo então. Pulando da sua sacada para a outra ele avistou o que procurava, Hinata ainda estava parada de frente para sua porta e de costas para ele, batendo no vidro ele tirou a menina de seu transe e ficou satisfeito ao ver os grandes olhos perolados dela se arregalarem ao verem sua figura tão próxima. Ela o lembrou de um animal pequeno encurralado.

Derrotada a menina, em passos arrastados, abriu a porta vidrada e abriu espaço para que ele entrasse, ficaram em silêncio por alguns minutos, ele a fitando com os olhos e ela olhando para qualquer coisa que não fosse ele, até que num pulo ela reconheceu um movimento brusco e começou a andar para trás, ele vindo em sua direção. Teve vontade de chorar quando sentiu suas costas na parede, isso era tudo surreal demais.

- Você tem me evitado.

Ela ia abrir a boca para dizer algo.

- Eu não gosto de ser evitado.

Suas sentenças pareciam pedras sendo jogadas em sua cara, como? Por que suas palavras tinham esse efeito sob ela?

Ela permaneceu em silencio.

- Por quê?

-... E-

- Não minta!

Dentro de si ela gritou, não agüentava mais, chega, não queria mais saber.

- Eu não agüento mais! – ela já não dava a mínima para o choro que saia descontrolado – eu não quero n-nada com você, sua namorada te ama de verdade e v-você só machuca fazendo i-isso, eu já me machuquei exatamente p-por causa disso e n-não q-quero ser sofrimento de n-ninguém! P-P-Por favor, vá embora! – implorou em uma voz perdida.

Se possível o seu mundo ficando mais destruído ao ver a expressão fria no rosto de Gaara ao sair, sem emoção. Quando escutou o barulho da porta bater, foi como se tivessem soltado uma alavanca, suas pernas perderam qualquer equilíbrio e ela escorregou até bater contra o chão, chorando mais ainda.

- Por... Que... T-Tão... C-Complicado...?

xx

- Engraçado não acha?

- O que? – perguntou Sasuke, com um sorriso inteligente nos lábios.

- Que todos os seus tratamentos, por acaso, apareceram na minha prancheta do fim de semana inteiro. – comentou Shizune de volta, ele não podia ver o sorriso em sua face, pois andava atrás dela.

- Engraçado, não?

- Sa-su-ke-kun!

Shizune travou.

- ? – Sasuke olhou em volta procurando a fonte que chamara seu nome.

- Karin? – o tom de sua voz era curioso.

Shizune sentiu o ódio subir por sua espinha.

- Sim! Que coicidência ver você aqui! – disse ela animada – ah! Shizune-san, não sabia que você estava trabalhando aqui também – continuou ela num ar distraído como se só tivesse visto a outra mulher agora.

A fisioterapeuta contou até cinco e respirou fundo antes de virar.

- Karin-san boa tarde, - mandou um belo sorriso amarelo que foi correspondido pela mulher de óculos – não esperava encontrá-la aqui.

Sasuke olhava com interesse um anúncio que estava grudado na parede, sem perceber o que se transpassava em sua frente.

Pelo menos para ambas já era claro, o ódio era mútuo.

xx

O grito de frustração fazia questão de sair da sua boca, junto com várias palavras resmungadas, Kankuro odiava ficar assim.

A pior parte de tudo isso era que, sempre que ele levava um fora era só ele ligar pra mais uma de suas "amigas" que tudo ficava bem, mas nem vontade disso ele tinha de fazer! Dando mais um grito de frustração ele enfiou a cara no sofá, por que diabos ele só conseguia pensar nela? Era como se a sua doença agora tivesse um só tipo de sintoma, mas no caso era uma mulher só! Precisava falar com alguém. Era muita coisa pra sua cabeça pequena.

Não muito depois ele estava na porta do apartamento que se lia 2B, batendo esperou ela abrir, e sem mesmo ser convidado entrou. Aburame Shino não tendo tempo de impedir o intruso.

Uma rajada de palavras frustradas saindo da boca do homem que sentava no balcão de sua cozinha americana e servia-se de seu Sakê. Suspirou, precisava tratar desse anúncio de síndico com a faxineira Chiyo-san depois. Urgente.

xx

- Achei que nunca fosse ver esse dia – sussurrou Hanabi no ouvido de sua irmã, enquanto sentavam no banco de trás do carro, quem dirigia o carro era Hijiri-san, motorista de seu pai há anos então não podia arriscar ser ouvida por ele.

- É mesmo... – respondeu Hinata em um tom desanimado, com um sorriso que Hanabi achou errado em seu rosto, sua irmã estava desanimada desde a hora em que a buscara na sua casa hoje mais cedo, normalmente uma noticia assim, como seu pai querendo apresentar sua nova namorada, teria um impacto mais espantoso.

O carro estacionou e elas entraram no restaurante, deram seu nome na porta e foram guiadas até uma mesa em um canto mais reservado do lugar. Seu pai assim que as viu logo levantou.

- Que bom que chegaram – a menina mais nova ficou um pouco desconcertada com o bom humor do pai – gostaria que vocês conhecessem Haruka-san – ele fez menção a uma linda mulher que sentava ao seu lado, ela tinha um longo cabelo de coloração peculiar que a lembrava de alguém conhecido, grandes olhos verdes e um sorriso confortante, ao seu lado sentava alguém que ela não pode distinguir por causa do cardápio em frente ao seu rosto, porém antes que a pessoa afastasse o objeto Hinata ouviu seu nome ser chamado, e quando olhou para o lado pode ver seus próprios olhos arregalados.

- Sakura-san?

- Hinata?

A menina olhou para a mesa e foi recebida por uma massa de cabelos ruivos e um par de olhos turquesa vibrantes.

- Gaara-san? – mas foi Hanabi quem identificou o menino.

- Ah! Então vejo que vocês já conhecem a filha de Haruka, Sakura e seu namorado, Gaara-san – comentou Hiashi sorrindo.

Hanabi podia jurar que se tirasse uma tesoura do bolso ela conseguiria cortar uma grossa linha que deixava a atmosfera tão densa.

Haruka e Hiashi ignorantes ao que acontecia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

estou seriamente considerando parar de escrever fanfics assim que terminar Prelúdio e Rakujitsu.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Prelúdio para o Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.